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SENAI-RJ / SESI-RJ .....1 Rio de Janeiro 2001 SENAI-RJ / SESI-RJ .....2 Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Presidente Diretoria Corporativa Operacional Augusto César Franco de Alencar Diretor SENAI-Rio de Janeiro SESI-Rio de Janeiro Paulo Roberto Gaspar Domingues Diretor Regional do SENAI-RJ Diretor Superintendente do SESI-RJ Diretoria de Educação Regina Maria de Fátima Torres Diretora Diretoria de Saúde e Segurança do Trabalho Sérgio Bastos Medeiros Diretor Gerência de Educação Profissional Luis Roberto Arruda Gerente Gerência de Produtos-Segmento Saúde e Segurança do Trabalho José Luiz Pedro de Barros Gerente SENAI-RJ / SESI-RJ .....3 SENAI-RJ / SESI-RJ .....4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Segurança na Operação de Caldeiras ©2001 SENAI-Rio de Janeiro SESI-Rio de Janeiro Diretoria de Educação Diretoria de Saúde e Segurança do Trabalho FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA Coordenação - SENAI-RJ Regina Averbug Pesquisa de Conteúdo e Redação Jorge Maurício de Castro Maciel Avelino Moreira Lourenço Tratamento Pedagógico Alexandre Ferreira Sandoval Revisão Pedagógica Regina Averbug Neise Freitas da Silva Revisão Técnica Charles Roberto Hipólito Revisão Gramatical e Editorial Izabel Maria de Freitas Sodré Supervisão da Produção Gráfica Ana Paula de Barros Leite Ilustração Spasso Quattro / Xande Colaboração José Carlos R. Franqueira Kátia Lúcia Oliveira Barreto Vera Regina Costa Abreu Projeto Gráfico Spasso Quattro FICHA CAFICHA CAFICHA CAFICHA CAFICHA CATTTTTALALALALALOGRÁFICAOGRÁFICAOGRÁFICAOGRÁFICAOGRÁFICA SENAI-RJ. CFP de Artes Gráficas SESI-Rio de Janeiro Gerência de Produtos - Segmento Saúde e Segurança do Trabalho Av. Graça Aranha,1-Centro 20030-002-Rio de Janeiro-RJ Tel:(0xx21)2563-4518 Fax:(0xx21)2563-4067 http://www.rj.sesi.org.br SITTAG - Setor de Informação Técnica e Tecnológica cfp.agrafica@rj.senai.br Ano 2001 Material para fins didáticos Propriedade do SENAI - Rio de Janeiro Reprodução total ou parcial, sob expressa autorização SENAI-Rio de Janeiro GEP-Gerência de Educação Profissional Rua Mariz e Barros, 678 – Tijuca 20270-002-Rio de Janeiro-RJ Tel:(0xx21)2587-1121 Fax:(0xx21)2254-2884 http://www.rj.senai.br FIRJAN. SESI/SENAI. Segurança na Operação de Caldeiras: caderno do participante. Rio de Janeiro: Dir. de Educação e Dir. de Saúde e Seg. do Trab., 2001. 116 p. (Segurança na Operação de Caldeiras) Por. Bibliografia. 1 . SEGURANÇA DO TRABALHO. 2 . OPERAÇÃO DE CALDEIRAS. 3 . CADERNO DO PARTICIPANTE I. Título . II. Série. CDD 331.259 6 CDU 331.45 SENAI-RJ / SESI-RJ .....5 S U M Á R I O Conversando com você............................................................................................................ 07 Parte I Baú de Informações.................................................................................................... 09 Tema 1: Noções de grandezas físicas e unidades............................................................. 11 Tema 2: Conhecendo as caldeiras....................................................................................... 15 Tema 3: Trabalhando nas caldeiras..................................................................................... 37 Tema 4: Cuidando das caldeiras........................................................................................... 53 Tema 5: Prevenindo contra explosões e outros riscos................................................... 61 Tema 6: Legislação e normalização...................................................................................... 69 Anexo............................................................................................................................................. 87 Parte II Fazendo e aprendendo............................................................................................ 97 Atividades..................................................................................................................................... 99 Parte III Conferindo suas respostas....................................................................................107 Parte IV Fontes de pesquisa.................................................................................................113 Bibliografia....................................................................................................................................115 SENAI-RJ / SESI-RJ .....6 SENAI-RJ / SESI-RJ .....7SENAI-RJ / SESI-RJ .....07 CONVERSANDO COM VOCÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . C a r o a l u n o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O elemento humano ainda é fator primordial para o bom funcionamento, durabilidade, rendimento e operação segura de uma caldeira, apesar do grande desenvolvimento tecnológico dos instrumentos de medição e da crescente utilização do controle automático desses equipamentos, nos últimos anos. A função de um operador de caldeiras não se limita, apenas, ao cuidado com a operação do equipamento. Ela é muito mais abrangente: dependendo da decisão do operador, em alguns momentos, poderão estar em risco vidas humanas e bens patrimoniais. Por isso, é fundamental um trabalho qualificado e a execução consciente da manutenção das caldeiras de acordo com as normas técnicas. Pretendemos com este Curso complementar a qualificação do operador de caldeiras, transmitindo informações que lhe possibilitem conhecer o seu funcionamento e a forma correta de operá-la com segurança. Com a intenção de favorecer a sua aprendizagem, elaboramos este caderno da seguinte forma: Parte I - Baú de informações Onde há textos, que resumem os temas principais discutidos durante o curso, para você consultar sempre que necessário. Parte II - Fazendo e aprendendo É a hora de aplicar o que foi estudado. Para isso, você terá que resolver as atividades propostas. Parte III - Conferindo as suas respostas Apresenta algumas possibilidades de respostas para as questões apresentadas nas atividades. Parte IV - Fonte de pesquisa São as referências bibliográficas. Como este caderno tem também um caráter prático, juntamos a ele algumas fichas que, no seu exercício como operador de caldeiras, poderão ser utilizadas. Esperamos que você enriqueça os conhecimentos conquistados neste curso com uma prática consciente e participativa. Estudar é uma forma de reinventar, de recriar, de re-escrever, tarefa de sujeito, não de objeto. SENAI-RJ / SESI-RJ .....8 SENAI-RJ / SESI-RJ .....9 PARTE I B A Ú D E I N F O R M A Ç Õ E S SENAI-RJ / SESI-RJ .....10 SENAI-RJ / SESI-RJ .....11 bar kgf/cm2 psi atm mmHg mH2O kPa (ibf/pol2) (torr) (mca) (kN/m2)* 1 1,019716 14,503 0,9869 750,062 10,19716 100 0,980665 1 14,2233 0,967841 735,556 10,00 98,0665 0,068947 0,070307 1 0,068046 51,715 0,70307 6,8947 1,01325 1,03323 14,6959 1 760 10,33226 101,325 1,33322 1,3595 19,368 1,31579 1000 13,59 133,322 0,09806 0,1000 1,42233 0,09677 73,5561 9,80665 0,0100 0,01019 0,14503 0,009869 7,50062 0,10197 1 * Unidade do Sistema Internacional TEMA 1: NOÇÕES DE GRANDEZAS Pressão é uma força exercida sobre uma determinada área. Para calcular qualquer tipo de pressão utiliza-se a fórmula: P = pressão F = força A = área Uma mesma força poderá produzir pressões diferentes, dependendo da área sobre a qual atuar. Assim, se a área for muito pequena, poderemos obter grandes pressões, mesmo com pequenas forças. Para verificar a pressão interna da caldeira o operador usa o manômetro. UNIDADE DE PRESSÃO As unidades de medidas de pressão, peso, força e área, muito utilizadas para o funcionamento de qualquer tipo de caldeira, variam de acordo com as normas de cada país. Por esse motivo, as normas brasileiras recomendam, às nossas indústrias, unidades do Sistema Internacional (SI) em relação à sua na utilização de máquinas/equipamentos nacionais ou importados. A seguir, tabela com as unidades do Sistema Internacional e respectivas conversões em unidades de medidas de pressão. FÍSICAS E UNIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . P = F A SENAI-RJ / SESI-RJ .....12 CONCEITO DE CALOR E TEMPERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A manifestação da energia térmica de um corpo pode ser percebida pelos órgãos sensoriais de nossa pele, o que provoca em nós a sensação de frio ou quente. Essa manifestação é popularmente chamada temperatura e, em Física, recebe a denominação de estado térmico do corpo. Quanto maior é o grau de agitação das partículas de um corpo, maior é sua temperatura, ou seja, mais elevado é seu estado térmico. A energia térmica pode transferir-se de um corpo para outro, mas sempre o faz do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura. Para que isso ocorra, é preciso que exista entre os corpos uma diferença de temperatura: a energia transferida é chamada calor. Assim, a temperatura de um corpo, sua energia térmica e a agitação de suas partículas alteram- se quando esse corpo recebe ou cede calor. A transferência de calor somente termina quando os dois corpos em contato atingem a mesma temperatura, ou seja, um estado denominado equilíbrio térmico. Medida de temperatura A percepção que temos da temperatura é bastante relativa e imprecisa. Podemos constatar esse fato, por exemplo, mergulhando simultaneamente a mão esquerda em água quente e a direita em água fria. Depois de um minuto, colocando ambas as mãos na água morna, obteremos duas respostas para a mesma temperatura: a mão esquerda nos levará à conclusão de que a água está fria, mas a direita nos levará a concluir o inverso. energia térmica - energia gerada pelo calor órgãos sensoriais - próprios para se transmitir sensações SENAI-RJ / SESI-RJ .....13 Zero absoluto Temp Água congela Água ferve 0 273,15 373,15 Kelvin (K) . . . . . . . . . -273,15 0 100 Celsius (ºC) . . . . . . . . . . . . . 460 492 672 Rankine (ºR) . . . . . . . . . . . . -460 0 32 212 Fahrenheit (ºF) A temperatura é, freqüentemente, medida na escala Celsius (ou Centígrada) e na escala Fahrenheit. Para fins científicos, são usadas as escalas Kelvin (Absoluta) e Rankine. As escalas Kelvin e Celsius usam os mesmos intervalos para os graus. As escalas Fahrenheit e Rankine usam um intervalo tal que, em comparação com a Celsius, por exemplo, teremos: 1 grau Celsius = 180 = 9 graus Fahrenheit 100 5 Para se fazer a transformação de ºC para ºF, ou ºF para ºC, usam-se as fórmulas abaixo: A seguir, observe uma comparação entre as quatro escalas: Apresentamos, a seguir, uma tabela de vapor saturado, na qual é possível verificar que a um dado valor de pressão absoluta corresponde uma temperatura fixa e determinada. T ºC = 5x (T ºF - 32) 9 T ºF= 9x T ºC + 32 5 SENAI-RJ / SESI-RJ .....14 TABELA DE VAPOR SATURADO Pressão Absoluta Temperatura Pressão Absoluta Temperatura kg/cm2 C kg/cm2 C 0,01 6,7 8,0 169,6 0,015 12,7 8,5 172,1 0,02 17,2 9,0 174,5 0,025 20,8 9,5 176,8 0,03 23,8 10 179,0 0,04 28,6 11 183,2 0,05 32,5 12 187,1 0,06 35,8 13 190,7 0,08 41,2 14 194,1 0,10 45,4 15 197,4 0,12 49,1 16 200,4 0,15 53,6 17 203,4 0,20 59,7 18 206,1 0,25 64,6 19 208,8 0,30 68,7 20 211,4 0,35 72,2 22 216,2 0,40 75,4 24 220,8 0,50 80,9 26 225,0 0,60 85,5 28 229,0 0,70 89,5 30 232,8 0,80 92,9 32 236,3 0,90 96,2 34 239,8 1,0 99,1 36 243,0 1,1 101,8 38 246,2 1,2 104,2 40 249,2 1,3 106,6 42 252,1 1,4 108,7 44 254,9 1,5 110,8 46 257,6 1,6 112,7 48 260,2 1,8 116,3 50 262,7 2,0 119,6 55 268,7 2,2 122,6 60 274,3 2,4 125,5 65 279,5 2,6 128,1 70 284,5 2,8 130,5 75 289,2 3,0 132,9 80 293,6 3,2 135,1 85 297,9 3,4 137,2 90 301,9 3,6 139,2 95 395,8 3,8 141,1 100 309,5 4,0 142,9 110 316,6 4,5 147,2 120 323,2 5,0 151,1 130 329,3 5,5 154,7 140 335,1 6,0 158,1 150 340,6 6,5 161,2 160 345,7 7,0 164,2 180 355,3 7,5 167,0 200 364,1 8,0 169,6 220 373,6 SENAI-RJ / SESI-RJ .....15 Caldeiras Flamotubular CALDEIRAS – CONSIDERAÇÕES GERAIS Geradores de vapor (caldeiras) são equipamentos complexos, fechados, destinados a produzir e acumular vapor de água à pressão maior que a atmosférica, através da aplicação de calor. É produzido vapor a partir da energia térmica, ou seja, da queima de algum tipo de combustível em fornalha apropriada. Em alguns casos, as fontes de calor podem ser eletrodos e resistências elétricas, fissão nuclear, energia solar, gás, óleo, etc. eletrodos - condutores metálicos por onde uma corrente elétrica entra num sistema ou sai dele. resistências elétricas - fontes de calor onde o calor é gerado pela passagem da corrente elétrica por um condutor. fissão nuclear - reação nuclear, espontânea ou provocada, em que um núcleo atômico, geralmente pesado, se divide em duas partes de massas comparáveis, emitindo nêutrons e liberando grande quantidade de energia. As caldeiras podem ser classificadas em diversos tipos, de acordo com o material de que são feitas, finalidade, pressão, dimensões, conteúdo de tubos, forma e posição dos tubos, combustível, fonte de aquecimento, tipos de fornalhas, fluido vaporizante, princípio de funcionamento, etc. Iremos considerar nesse estudo: · caldeiras de tubos de fogo (fogotubular ou flamotubular); · caldeiras de tubos de água (aquotubular), por apresentarem características semelhantes às anteriores, quanto ao sistema de combustão/aquecimento; · caldeiras elétricas, por sua grande aplicabilidade em algumas regiões do país; · caldeiras com sistema de combustão a gás. 1. Caldeiras de tubos de fogo (fogotubular ou flamotubular) TEMA 2: CONHECENDO AS CALDEIRAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SENAI-RJ / SESI-RJ .....16 Fornalha CALDEIRA VERTICAL DE FORNALHA EXTERNA Chaminé Controle de tiragem Saída de vapor Água vaporizando Tubos de fumaça Fornalha Porta CALDEIRA VERTICAL DE FORNALHA INTERNA As caldeiras flamotubulares ou fogotubulares (tubos de fogo) são aquelas em que as chamas e os gases quentes provenientes da combustão passam pelo interior (por dentro) dos tubos, cedendo calor à água que os envolve. São de construção simples e podem ser classificadas quanto à disposição de seus tubos em: a) verticais; b) horizontais. Nelas, os tubos são colocados verticalmente em um corpo cilíndrico, fechado nas extremidades por placas chamadas espelhos. Podem ser de fornalha interna ou externa.A fornalha interna fica no corpo cilíndrico, logo abaixo do espelho inferior. Os gases da combustão sobem através dos tubos, aquecendo e vaporizando a água que se encontra externamente aos mesmos. As fornalhas externas são utilizadas, principalmente, para combustíveis de baixo poder calorífico. CALDEIRAS VERTICAIS SENAI-RJ / SESI-RJ .....17 Chaminé Lama Nível da água Parede dupla com água Grelhas e cinzeiros Caixa de fumaça Fornalha Abrangem várias modalidades, desde as caldeiras cornuália e lancaster de grande volume de água, até as modernas unidades compactas. As principais caldeiras horizontais apresentam tubulões internos, por onde passam os gases quentes. Podem ter de 1 a 4 tubos de fornalha: · caldeira cornuália CALDEIRAS HORIZONTAIS · caldeira lancaster · caldeira locomóvel ou locomotiva · caldeira escocesa SENAI-RJ / SESI-RJ .....18 Chaminé Fornalha Saída de vapor Nível de água · caldeira multitubular 2. Caldeiras de tubos de água (aquotubular) Os gases de combustão envolvem os tubos por onde circula a água. Esse tipo de caldeira baseia-se no princípio da convecção. Por esse princípio, quando um líquido é aquecido, as partículas aquecidas ficam mais leves e sobem (evaporam), enquanto que as partículas frias, que são mais pesadas, descem. Recebendo calor, elas tornam a subir, formando um movimento contínuo, até que a água entre em ebulição. Para fins didáticos, dividimos as caldeiras aquotubulares em três grandes grupos: a) caldeiras aquotubulares de tubos retos; b) caldeiras aquotubulares de tubos curvos; c) caldeiras aquotubulares de circulação positiva. 3. Caldeiras elétricas São um equipamento cujo papel principal é transformar energia elétrica em térmica, para transmiti-la a um fluido apropriado, geralmente água. Os tipos fundamentais de caldeiras elétricas são: · de resistência; · de eletrodo submerso. SENAI-RJ / SESI-RJ .....19 CC - sensor de condutividade LIC- indicador e controlador de nível LG - indicador de nível PIC- controlador de pressão BD- bomba-d’água ID - hidrômetro PI - manômetro PT - transmissor de pressão LT - transmissor de nível VBV- válvula de bloqueio de vapor VR - válvula de retenção VB - válvula borboleta PSV- válvula de segurança VC2- válvula de controle TC - transdutor de corrente TP - transdutor de pressão VA - válvula agulha VS - válvula solenóide HS- limitador de potência A/M- extrator ou redutor de sinais PCV- válvula controladora de pressão LCV- válvula controladora de nível PSH- segurança de alta pressão CAH-controlador de limite de condutividade IV/I - transdutor de potência I/P - transdutor de potência SENAI-RJ / SESI-RJ .....20 · de jato de água 1- corpo da caldeira 2- eletrodo (+) 3- contra-eletrodo 4- corpo da cascata 5- bomba de circulação 6- bomba de alimentação 7- válvula controle de produção 8- válvula controle de alimentação 9- saída de vapor 10-eliminador de ar 11-válvula de segurança 12-controle de nível de água 13-descarga de fundo A produção de vapor, em uma caldeira elétrica, baseia-se no seguinte fato: a corrente elétrica, ao atravessar qualquer condutor, encontra resistência à sua livre circulação e desprende calor (efeito Joule). A água pura é considerada um mau condutor de corrente elétrica; portanto devem-se adicionar determinados sais à mesma para que se possa obter uma determinada condutividade. Alguns fabricantes recomendam a adição de soda cáustica ou fosfato trissódico à água de alimentação (observe que essa adição deve ser calculada e colocada após o tratamento químico da água de alimentação). SENAI-RJ / SESI-RJ .....21 A quantidade de vapor gerada (kgf/h) depende diretamente dos seguintes parâmetros: · condutividade da água; · nível de água; · distância entre os eletrodos. 4. Caldeiras ou geradores de vapor com sistema de com- bustão a gás 1. Sistemas de operação Vamos considerar um gerador do tipo flamotubular, de corpo cilíndrico, horizontal, com fornalha central e três passagens dos gases, queimando gás natural. Esses geradores, de uma maneira geral, após concluídos apresentam os seguintes sistemas, para operação: a) corpo do gerador; b) sistema automático de combustão; c) sistema automático de partida; d) sistema automático de alimentação de água; e) sistema automático de modulação de chama; f) sistema automático de segurança; g) sistema elétrico; h) acessórios. 2. Dados sobre cada sistema: a) Corpo do gerador com as principais unidades funcionais: . costado; . fornalha; . espelhos; . tubulação; . etc. SENAI-RJ / SESI-RJ .....22 b) Sistema automático de combustão com os seguintes componentes principais: . combustor piloto; . regulador de entrada de ar; . ventilador de ar secundário; . válvula redutora de pressão; . manômetro de pressão do gás; . válvula de bloqueio do gás; . válvula de comando das válvulas de bloqueio; . válvula reguladora de vazão do gás; . filtro regulador da pressão do ar; . etc. c) Sistema automático de partida, constituído pelo piloto: . válvula do bloqueio manual do gás; . válvula redutora de pressão do gás; . válvula do bloqueio automático do gás; . combustor piloto; . transformador de ignição de 1000V; . etc. d) Sistema automático de alimentação de água com os seguintes componentes principais: . turbo-bomba; . válvula de fechamento manual de água; . regulador de nível; . etc. e) Sistema automático de modulação da chama com os seguintes elementos principais: . PMC (pressostato de modulação de chama); . SM (servo-motor); . válvula de modulação de vazão de gás; . válvula de modulação de ar; . etc. f) Sistema automático de segurança, com os principais equipamentos: . sensor de chama ultravioleta; . pressostato limitador da pressão do ar; . pressostato limitador da pressão mínima do gás; . pressostato limitador da pressão máxima do gás; . PPM (pressostato de pressão máxima do vapor); . manômetro indicador da pressão máxima; . sistema de indicação do nível de água com eletrodos. SENAI-RJ / SESI-RJ .....23 g) Sistema elétrico de comando, com os seguintes componentes (todos protegidos contra poeira e umidade): . circuito completo dos ventiladores com protetores; . circuito completo dos motores das bombas-d'água, com protetores; . sistema de intertravamento elétrico; . comutadores, botoeira, chaves, etc., necessárias ao funcionamento do gerador; . programador de combustão, para controle das partidas e de paradas; . transformador de ignição, para alimentação do comando; . cigarras, sirenes de alarme; . controle de nível com transformadores e relés. Tal sistema é o cérebro do gerador: basta acionar o comando automático, para que o equipamento, imediatamente, passe a operar de forma automática. O sistema recebe e colhe impulsos elétricos e mecânicos, fotoelétricos e térmicos e, com tais informações, comanda precisamente a seqüência das operações a serem realizadas. h) Acessórios do corpo do gerador: . válvula para tomada de vapor; . válvula da descarga de fundo; . portas de inspeção ou bocas de visita; . tampões para limpeza dos depósitos da lama; . válvula da entrada de água, etc. 3. Funcionamento 3.1. Em operação normal, estando a pressão abaixo da máxima estabelecida, o comando de ignição vai atuar para colocar o gerador em funcionamento. O equipamento automático de partida inicia a operação para acender o queimador piloto, comandando o sistema automático de queima. Após, o sensor de chama ultravioleta reage, dá por terminada a operação de ignição e, então, desliga o equipamento de partida. O sistema de alimentação de água entra em funcionamento sempre que o nível da água dentro do gerador atinge um limite mínimo determinado, e pára de funcionar no momentoque a água atinge um nível considerado máximo. Em caso de faltar o líquido, o sistema automaticamente desliga o circuito da queima de gás e faz soar um alarme sonoro e/ou visual. Em caso da falta ou falha de chama, o sistema elétrico do comando (sensor ultravioleta de chama) desliga o circuito de queima e comanda a volta ao ponto de partida inicial. Se o defeito continuar, o sistema fará soar um alarme. Quando a pressão máxima de vapor estabelecida for atingida, o pressostato de pressão máxima atua sobre o sistema de queima, parando a combustão, até a pressão interior do gerador cair a um valor mínimo estabelecido. Ao atingir esse ponto, inicia uma nova partida da ignição. A partida sempre se dá em fogo baixo (ou mínimo), para maior segurança do sistema. Após o sensor da chama reagir, passa-se para o fogo alto (máximo). SENAI-RJ / SESI-RJ .....24 O fogo mínimo representa 50% da capacidade de queima do sistema e pode ser regulado na faixa de 50% a 100% da capacidade de queima do gerador. O objetivo mais importante do sistema de modulação de chama é diminuir a capacidade de produção de vapor do gerador, quando a pressão vai se aproximando da pressão máxima determinada. Assim, evitam-se, ou pelo menos diminuem-se, as paradas freqüentes do gerador. Dessa maneira, aumenta-se a vida útil de todos os componentes e controles dos sistemas e, consequentemente, aumenta-se a vida útil do gerador. 3.2. Nas caldeiras a gás, o limite para fornecimento é o filtro da rede. A partir daí, o fornecimento do gás segue a rede de distribuição do cliente, que deve ser dimensionada em função da pressão existente na estação de distribuição da concessionária, da distância até o gerador de vapor, e ainda do consumo real estimado máximo. É necessário colocar, antes do filtro, uma válvula de bloqueio, de esfera e de fechamento rápido, para cortar o fornecimento de gás no caso de necessidade ou de manutenção normal. Deve-se identificar a válvula de bloqueio de maneira clara, com uma placa com os dizeres "Válvula de Bloqueio Manual do Gás". Na tubulação do gás, na caldeira, existe uma válvula reguladora de pressão, pois a pressão na estação de fornecimento do gás é geralmente mais alta do que aquela que se deseja para a operação do equipamento. Entre as válvulas de bloqueio automático do gás, existe uma válvula de vent, que despressuriza a linha de gás, quando há um vazamento na primeira válvula de bloqueio automático. Para facilitar a observação, após a primeira válvula de bloqueio, existe um borbulhador de água, no qual se poderão observar os possíveis vazamentos de gás. Desse borbulhador sai uma tubulação que vai para fora da casa de caldeiras, em local seguro. O diâmetro desse tubo deverá ser igual ou maior que o da conexão do borbulhador. O ponto de descarga deverá estar acima do telhado pelo menos 3m e afastado de instalações elétricas. A extremidade do tubo deverá estar virada para baixo, para evitar entrada de água de chuva. Na casa de caldeiras, colocar avisos de "proibido fumar", "perigo de explosão", "proibido acender fósforo", etc. 3.3. Fluxogramas de uma rede de gás combustível, com os elementos principais: a) FLUXOGRAMA 1 SENAI-RJ / SESI-RJ .....25 01-válvula de bloqueio manual do gás; 02- filtro; 03-válvula reguladora de pressão do gás; 04-manômetro para indicar a pressão, após a válvula reguladora; 05-pressostato de segurança da pressão baixa do gás; 06-válvula de bloqueio automático do gás para o combustor; 07-borbulhador; 08-válvula solenóide para o vent; 09-válvula solenóide para o vent; 10-pressostato de segurança da pressão alta do gás; 11-válvula borboleta de modulação; 12-manômetro para indicar a pressão na entrada do queimador; 13-válvula de bloqueio manual do gás para o combustor (funciona totalmente fechada para operar com óleo). b) FLUXOGRAMA 2 01-válvula de bloqueio manual; 02- filtro da entrada de gás; 03-válvula reguladora principal; 04-manômetro principal de gás; 05-pressostato de baixa pressão do gás; 6/8- válvula de bloqueio automática de gás; 07- válvula de vent; 09- pressostato de alta pressão de gás; 10- válvula reguladora principal; 11- manômetro do queimador de gás; 12- sensor de chama ultravioleta; 13- válvula de bloqueio do piloto; 14-válvula reguladora do piloto; 15-válvula solenóide do piloto; 16-manômetro do piloto; 17-misturador de ar/gás do piloto; 18-servo motor de modulação; 19-pressostato de baixa pressão do ar; 20-manômetro do ar de combustão; 21-válvula reguladora da velocidade de abertura; 22-válvula solenóide de comando de bloqueio; 23- regulador do ar comprimido. SENAI-RJ / SESI-RJ .....26 Os fluxogramas mostram os elementos básicos e principais de uma rede de gás. A posição relativa dos elementos das redes não pode ser mudada sem uma consulta prévia ao fabricante do equipamento. Qualquer peça dessas redes não pode ter sua especificação alterada, modificada, sob pena de grande risco. As alterações têm que ser feitas por técnicos especializados do fabricante. Em hipótese alguma, os valores das pressões ajustadas pelos técnicos do fabricante poderão ser alterados. A não-observação desses itens poderá trazer sérias conseqüências ao equipamento e também aos operadores. As válvulas de bloqueio automático de gás têm que ser verificadas periodicamente, assim como as solenóides. Deve-se simular ocorrência de pressão alta e baixa para testar o sistema de segurança. Deve-se manter o vidro do borbulhador sempre limpo, para permitir uma visualização das bolhas que indicam que está havendo vazamento de gás. É preciso limpar periodicamente a tela do filtro e verificar o funcionamento das válvulas reguladoras de pressão. Se for constatado qualquer problema, deverá ser corrigido imediatamente. A rede de gás é dimensionada, também, em função do tipo de gás a ser utilizado. Este não pode ser mudado sem uma consulta prévia ao fabricante do equipamento. 4. Alguns componentes importantes de sistemas automáticos 4.1. Combustor piloto e acessórios a) FLUXOGRAMA DE UM COMBUSTOR PILOTO A GÁS 01-válvula de bloqueio manual; 02-válvula reguladora de pressão; 03-válvula solenóide; 04-válvula solenóide; 05-manômetro com bloqueio; 06-misturador de ar/gás; 07-mangote flexível; 08- transformador de ignição; 09-combustor piloto. SENAI-RJ / SESI-RJ .....27 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . OBSERVAÇÃO 4.2. Sensor de chama ultravioleta Sua função é detectar a radiação ultravioleta emitida pela chama. Está ligado ao programador de combustão, sendo capaz de detectar a chama ou a falta dela, e informar ao sistema de segurança de combustão. Ele detecta somente a radiação ultravioleta e, por isso, não é influenciado por outros tipos de radiação, como, por exemplo, a radiação infravermelha, emitida pelas paredes da fornalha quando se tornam rubras. Um sensor tipo fotocélula é capaz de captar essa radiação e, assim, dar uma informação errada ao sistema de segurança. Toda chama produz radiação ultravioleta, invisível ao olho humano, mas detectada pelo sensor. Por segurança, o sensor não deve ficar exposto a outras fontes de radiação ultravioleta, que não a chama dos combustores. Há várias outras fontes falsas de radiação ultravioleta, sendo as mais comuns: tijolos refratários com temperatura acima de 1400oC, arcos de solda elétrica, radioisótopos, e, principalmente, a centelha nos eletrodos do combustor piloto. O vidro do sensor deverá ser limpo periodicamente, com um pano macio e limpo, pois, não necessita de ajustes ou de manutenção. 5. Gases combustíveis Os gases combustíveis normalmente utilizados são o gás natural, o GLP e, ainda, gases residuais, ou os obtidos porprocessos de gaseificação. São mais leves que o ar, com exceção do GLP e, por isso, as instalações devem estar sempre muito bem ventiladas. Deve-se dar atenção especial às partes mais elevadas da instalação, onde há possibilidade de acumular gases, verificando se não há circuitos elétricos inadequados, superfícies superaquecidas ou qualquer outra situação capaz de causar a ignição do gás. Como o gás é incolor, só podendo ser detectado pelo cheiro, é preciso evitar trabalhar dentro da sala de caldeiras com esmeril, que causa fagulhas, solda elétrica, maçaricos, isqueiro, etc. Se for necessário usar tais equipamentos, a operação deve ser realizada a uma distância de pelo menos 5m do gerador de vapor. O gás combustível admitido na rede principal tem sua pressão reduzida para aproximadamente 850mm.ca . Quando passa pelo misturador, arrasta o ar, causando uma mistura ideal de ar/combustível, e a ignição é feita por um par de eletrodos ligado a um transformador de 10 000V de tensão de saída. O perfeito funcionamento do combustor piloto é importante para a segurança do equipamento e do operador. Havendo falta de ignição várias vezes, haverá um acúmulo de gás no interior da fornalha e, se for dada a partida, certamente haverá uma explosão. Para evitar isso, testar sempre o sistema de ignição. Testar, também, o sistema de purga, pois ele é fundamental na expulsão dos gases acumulados na fornalha. SENAI-RJ / SESI-RJ .....28 O gás natural de petróleo é composto principalmente de metano, que apresenta baixo risco de intoxicação, se for inspirado, porém tem um alto risco de explosão. Mesmo assim, se houver vazamento em alguma área e houver necessidade de uma aproximação, isso deverá ser feito com proteção respiratória. Esse gás causa misturas explosivas com o ar. Assim, qualquer vazamento, com ou sem fogo, deverá ser imediatamente sanado (bloqueando-se a entrada de gás), porque causa uma situação de alto risco. Portanto, é fundamental evitar-se, de todas as maneiras, que haja acúmulo de gás em qualquer ponto, pois poderá haver explosão com sérios danos materiais e pessoais. 6. V6. V6. V6. V6. Verificação rotineira importanteerificação rotineira importanteerificação rotineira importanteerificação rotineira importanteerificação rotineira importante a) Verificar se não há vazamento na rede de gás. b) Verificar o funcionamento correto do sensor ultravioleta. c) Verificar o funcionamento dos ventiladores e também se as pré- purgas e pós-purgas estão sendo realizadas normalmente. d) Verificar instrumentos e válvulas. e) Verificar os pressostatos. f) Verificar o ignitor piloto, as ligações elétricas, os eletrodos de ignição. g) Verificar a limpeza da tubulação de gás. h) Verificar a estanqueidade das válvulas. i) Verificar a válvula de bloqueio de gás, na entrada do queimador e do ignitor piloto. j) Verificar o sensor ultravioleta. 7. V7. V7. V7. V7. Vazamento acidental de gásazamento acidental de gásazamento acidental de gásazamento acidental de gásazamento acidental de gás Caso ocorra um vazamento e o gás fique acumulado no interior da casa de caldeiras, é preciso ter cuidado, pois é uma situação de alto risco de explosão. As seguintes providências deverão ser tomadas: a) isolar e evacuar a área envolvida. Abrir as janelas e portas para permitir intensa ventilação; b) utilizar todos os meios para eliminar as possíveis fontes de ignição, tais como cigarros, fósforos, isqueiros, dispositivos elétricos de ligação, esmeril, fagulhas, etc.; c) usar somente lâmpadas e fios em boas condições de segurança; d) evitar desligar os circuitos elétricos nas chaves ou painéis elétricos, existentes na área envolvida, pois as chaves elétricas podem gerar faíscas. Desligar a energia elétrica em um local afastado; e) bloquear imediatamente o suprimento de gás; f) procurar onde houve vazamento e consertar imediatamente; g) verificar, cuidadosamente, se nas áreas próximas houve também acúmulo de gás; h) inspecionar as instalações e testá-las antes de o gerador voltar a funcionar. SENAI-RJ / SESI-RJ .....29 8. Manutenção A segurança operacional no manuseio de gás combustível depende de uma manutenção corretiva e preventiva sistematicamente cumprida. Deve-se, assim: a) fazer inspeções e ajustes freqüentemente; b) realizar testes de estanqueidade das válvulas e da tubulação; c) corrigir, imediatamente, qualquer irregularidade que houver, mesmo pequena; d) manter atualizado o prontuário e o registro de segurança; e) manter limpa a casa de caldeiras; f) verificar, diariamente, o sistema de detecção de chama; g) manter limpo o sensor ultravioleta; h) verificar os intertravamentos elétricos dos pressostatos; i) manter os instrumentos calibrados; j) verificar sempre o sistema de ar combustão. É importante ainda: · não executar operação de corte na tubulação de gás, sem antes purgar a linha com gás inerte, gás carbônico ou nitrogênio; · não usar ar para esta purga; · testar pneumaticamente a rede, após a manutenção. Para esse teste pode-se usar o ar. É fundamental que não haja vazamento de gás, pois isto acarreta extremo perigo. Comentários sobre a operação da caldeira 1. Os menores custos de operação só são obtidos quando se opera o equipamento com alta eficiência térmica. O que altera tal eficiência são as perdas de calor e, por isso, têm que ser, obrigatoriamente minimizadas. Perde-se calor, principalmente, pela radiação, pelos gases que saem da chaminé e pelas descargas. Uma diminuição das perdas causa um aumento no rendimento, que vai causar, por sua vez, uma economia nos custos do combustível. O baixo rendimento do equipamento representa desperdício de combustível o que tem influência direta nos custos de produção. 2. Caldeiras flamotubulares eficientes e que operam com gás natural apresentam as condições típicas abaixo: · 15 a 30% de excesso de ar; · 9 a 10% de CO2; · 3 a 5% de O2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . OBSERVAÇÃO SENAI-RJ / SESI-RJ .....30 Para se alcançar esses valores, devem ser verificados, principalmente, entre outros itens, os seguintes: a) relação ar-combustível; b) teor de CO2 e O2 c) percentual de perdas nos gases da chaminé; d) condições das superfícies de troca de calor; e) sistemas de recuperação de calor; f) minimização das descargas de fundo; g) programação racional de funcionamento; h) suprimento de água de alimentação, com a mais alta temperatura possível; i) medidores de vazão a vapor, de vazão de água, de consumo de energia; j) estudo da possibilidade de instalar válvulas redutoras de pressão do vapor, o mais perto possível do local de consumo; k) possibilidade de se instalarem sistemas de recuperação de calor dos gases de combustão. 3. A perda principal de uma caldeira ocorre pela tiragem ou saída dos gases pela chaminé. As perdas por radiação, na realidade, deveriam ser chamadas de perdas por radiação e convecção. Nas caldeiras modernas, essas perdas podem ser consideradas como sendo de 1% do poder calorífico do combustível usado. Dependendo, no entanto, das condições do equipamento, podem atingir valores significativos, como 9 ou 10% do poder calorífico do aumento de combustível. As perdas por radiações são constantes e existem enquanto houver combustão. Quando a taxa de utilização da caldeira for baixa, essa perda pode representar uma parte considerável do total de calor gerado pela queima do combustível. 4. Já que as descargas de fundo acarretam perdas (de água, produtos químicos, vapor, entre outras, e em especial as de calor),deve ser efetuado o menor número possível de drenagens. Estas se farão em estrita compatibilidade com as recomendações do pessoal técnico, responsável pelo tratamento da água, com a finalidade especifica de permitir a descarga dos sólidos em suspensão. 5. Exemplo de uma caldeira típica flamotubular horizontal, que queima gás: · excesso de ar: 15 a 30%; · dióxido de carbono (CO2): 9 a 10%; · oxigênio (O2): 3 a 5%; · perdas pela chaminé: 20%; · temperatura de saída dos gases na chaminé: 220%. SENAI-RJ / SESI-RJ .....31 Como a relação ar-combustível é fundamental para o bom funcionamento do gerador de vapor, existem instalações de geradores de vapor que possuem equipamentos precisos de medição: medem e alteram a relação de queima, de modo a mantê-la sempre o melhor possível. Por isso, a eficiência da queima é sempre a mais adequada, em qualquer situação. Quando não se dispuser desses equipamentos precisos, pode- se usar gráficos, que darão uma indicação bastante real. O valor do excesso de ar, que causa 20% de perdas na chaminé, é de 40% e, é necessário obter-se, na medição de CO2 na base da chaminé, uma porcentagem de 8,25% CO2 (valores retirados do gráfico). Se o excesso de ar for reduzido para 17%, vai haver uma porcentagem de 10% CO2, e a porcentagem de perdas nos gases da tiragem passa a ser de 18,5%. A eficiência da caldeira, então, tem um aumento de (20% - 18,5%) = 1,5%. Essa caldeira típica, apresentava uma eficiência de 73%, antes da redução do excesso de ar. Com um aumento de 1,5%, a eficiência passou a ser (73% + 1,5%) = 74,5%. Assim, a economia nos custos de combustível, em um determinado período (semanal, quinzenal, mensal, e etc.) será: Por outro lado, se o excesso de ar sofre um aumento, o percentual de CO2 diminui e a perda nos gases de exaustão aumenta; assim, a eficiência da caldeira irá diminuir. Isso resultará em um aumento nos custos do combustível, o que vai contribuir para elevar o custo final do produto. Podemos afirmar, assim, que sempre que as perdas de calor pelos gases da chaminé aumentarem, vai haver um aumento nos custos do combustível. Analisamos apenas a relação ar/combustível, porém todos os outros itens citados anteriormente são importantes quando se desejar operar o gerador de vapor de maneira segura e econômica. Classificação dos tipos de combustíveis das caldeiras 1. Convencionais a) sólidos; b) líquidos; c) gasosos. 2. Elétricos a) resistências; b) eletrodos (submersos); c) jatos de água (cascata). valor do custo do combustível x 74,5 -73 = R$......... 74,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SENAI-RJ / SESI-RJ .....32 3. De recuperação a) gases de escape; b) produtos residuais. 4. Nuclear: fissão de urânio. 5. Solar: energia solar. Classificação das caldeiras, segundo a Portaria n0 23, de 27/12/94, e republicada em 26/04/95: As Caldeiras são classificadas em três categorias de acordo com as classes de pressão: . categoria "A" . categoria "C" . categoria "B" Partes de uma caldeira Este item apresentará, separadamente, os componentes de caldeiras flamotubular (tubos de fogo) e aquotubular (tubos de água). Partes de caldeiras flamotubulares · corpo da caldeira; · espelhos; · feixe tubular ou tubos de fogo; · caixa de fumaça. Partes de caldeiras aquotubulares · tambor superior (ou tambor de vapor); · tubulão inferior (ou tambor de lama); · feixe tubular; · fornalha; · parede de água; · superaquecedor. Partes de caldeiras elétricas A construção das caldeiras elétricas difere da forma de construírem as outras caldeiras por não haver nas últimas, necessidade de queima de combustível para geração de vapor, ou seja, elas não possuem fornalha, ventiladores, queimadores e chaminés. Os três tipos principais de caldeiras elétricas são: . tipo resistência; . tipo eletrodo submerso; . tipo jato de água (cascata). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SENAI-RJ / SESI-RJ .....33 Equipamentos auxiliares 1. Queimadores Os queimadores são equipamentos destinados a promover, de forma adequada e eficiente, a queima dos combustíveis em suspensão. Os tipos de queimadores existentes no mercado podem ser divididos em duas classes, dependendo do processo empregado na atomização: a) de pulverização mecânica · atomização por óleo sob pressão; · atomização por ação centrífuga (corpo rotativo). b) de pulverização com fluido auxiliar · atomização a vapor; · atomização com ar a baixa, média ou alta pressão. 2. Economizador Sua finalidade é aquecer a água de alimentação da caldeira. Está localizado na sua parte alta, entre o tambor e os tubos geradores de vapor, e os gases são obrigados a circular através dele, antes de saírem pela chaminé. Existem vários tipos de economizadores, e, na sua construção, podem ser empregados tubos de aço maleável ou fundido com aletas. Os economizadores podem ser: . separados; . integrais. 3. Pré-aquecedor de ar Pode ser definido como equipamento (trocador de calor) que eleva a temperatura do ar antes que este entre na fornalha. O calor é cedido pelos gases residuais quentes ou pelo vapor da própria caldeira. Há três tipos de pré-aquecedor de ar, de acordo com os princípios de operação da caldeira: a) Pré-aquecedor regenerativo; b) Pré-aquecedor regenerativo (tipo Ljungstron); c) Pré-aquecedor tipo colméia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SENAI-RJ / SESI-RJ .....34 4. Sopradores de fuligem (ramonadores) Este dispositivo permite uma distribuição rotativa de um jato de vapor no interior da caldeira, na superfície externa dos tubos. 5. Chaminé É uma parte importante da caldeira: ajuda na tiragem (saída dos gases da combustão) devido à diferença de pressão atmosférica que existe entre a base e o topo, provocada pela diferença de temperatura dos gases de combustão. INSTRUMENTOS E DISPOSITIVOS DE CONTROLE DE CALDEIRAS Dispositivo e instrumentos de controle são itens indispensáveis a qualquer unidade geradora de vapor, pois servem para garantir a operação segura, econômica e confiável do equipamento. 1. Dispositivos de alimentação: a) de água nas caldeiras · injetores; · bomba-d'água; · bomba alternativa; · bomba centrífuga. b) de combustível c) de ar · ventiladores; · pré-aquecedores de ar; · fornalhas; · zona de convecção; · economizador; · ventiladores (responsáveis pela exaustão); · dutos de gases; · chaminé. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SENAI-RJ / SESI-RJ .....35 2. Visor de nível Consiste em um tubo de vidro ou uma placa de vidro presa em uma caixa metálica, cuja finalidade é dar ao operador a noção exata da altura de água existente na caldeira. Sistemas de controle de nível Os dispositivos para controle de nível de água podem ser: . sistema de bóia; . sistema de eletrodos; . sistema termostático; . sistema termo-hidráulicos; . transmissão de pressão diferencial. 3. Indicadores de pressão a) Manômetro · com mola; · tubular. b) Dispositivos de segurança · válvula de segurança; · sistema de proteção contra falhas de chama; · válvula solenóide. c) Dispositivos auxiliares · pressostato; · programador; · ventiladores; · quadro de comando; · compressores de ar. d) Válvulas · válvula principal de saída de vapor; · válvula de alimentação de água; · válvula de segurança; · válvula de retenção; · válvula de descarga; · válvula de serviço (vapor); · válvula de respiro (vents);· válvula de introdução de produtos químicos; · válvula de descarga contínua; · válvula de alívio. SENAI-RJ / SESI-RJ .....36 e) Tubulações · linha de alimentação de água; · linha de óleo combustível; · linha de vapor; · linha de drenagem. f) Tiragem de fumaça · tiragem natural; · tiragem mecânica: - induzida; - forçada; - mista; - controle de tiragem. SENAI-RJ / SESI-RJ .....37 Como toda máquina, uma caldeira também deve operar dentro das normas estabelecidas no projeto de fabricação. Uma operação mal feita diminui o rendimento, eleva os custos e faz aumentar em muito os riscos de operação. Todos os fabricantes de caldeiras estabelecem, nos manuais de operação, normas que devem ser observadas. Do mesmo modo, determinam seqüências de atitudes que devem ser seguidas na fase de partida, de operação e de parada do equipamento. As determinações dos fabricantes são importantes, não podendo, pois, ser esquecidas. Há quatro fases na operação de qualquer tipo de caldeira: · pré-partida; · partida; · operação; · parada. TEMA 3: TRABALHANDO NAS CALDEIRAS CALDEIRAS DE COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS Além das recomendações inseridas no próprio manual do fabricante, o operador deverá adotar outros procedimentos importantes para a operação desse tipo de caldeira de forma correta e segura. 1. Na fase de pré-partida . verificar o nível de água no tanque de abastecimento; . verificar e fazer o alinhamento da alimentação de água; . fazer verificação geral das válvulas e instrumentos da caldeira; . verificar condições operacionais da bomba-d'água de alimentação; . fazer drenagem dos indicadores e controladores de nível (garrafa e visor) e testar os sistemas de segurança (alarme e trip); . abrir drenos e ventiladores do superaquecedor; . ajustar o nível de água da caldeira na posição operacional; . verificar condições operacionais dos ventiladores e sistema de tiragem da caldeira; . verificar condições de alimentação elétrica dos painéis de comando e sinalização; . certificar-se da quantidade disponível de combustível e de que esse material esteja em condições de uso; . verificar o funcionamento do mecanismo de alimentação de combustível; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SENAI-RJ / SESI-RJ .....38 . verificar o funcionamento do mecanismo de acionamento das grelhas (rotativas ou basculantes). 2. Na fase de partida . colocar lenha seca e fina e um pouco de combustível líquido; . iniciar o fogo com tocha ou outro sistema disponível; . alimentar a fornalha de maneira a garantir aquecimento gradual dos refratários e grelhas da caldeira; . fechar o respiro (vent) do tubulão superior, após garantir eliminação total do ar, nas caldeiras que não possuam superaquecedor; . abrir lentamente a válvula de saída de vapor, evitando golpe de aríete, e liberar vapor para consumo quando atingida a pressão de trabalho; . fechar o respiro (vent) do superaquecedor, nas caldeiras que o possuam. 3. Na fase de operação . observar atentamente o nível de água da caldeira, fazendo os ajustes necessários; . observar temperaturas do economizador e pré-aquecedor de ar; . observar as indicações dos dispositivos de controle de temperatura e pressão, fazendo os ajustes necessários; . fazer todos os testes de rotina da caldeira; . observar se os tanques de suprimento de água estão sendo suficientemente abastecidos; . observar se a reposição de combustível está sendo suficiente; . fazer vistoria nos equipamentos, observando qualquer anormalidade; . verificar se a temperatura dos gases da chaminé está dentro dos parâmetros normais; . observar a combustão através dos visores e da chaminé fazendo os ajustes necessários; . fazer regulagem dos dampers, quando necessário; . fazer sopragem de fuligem periódica, conforme rotina de cada equipamento; . fazer descargas de fundo, conforme recomendações do laboratório de análise de água; . fazer as anotações exigidas pelos superiores; . manter sempre em ordem e limpa a casa das caldeiras; . nunca se ausentar da casa de caldeira sem notificar a algum colega ou superior, para que se efetue a substituição; . retomar o processo de acendimento, no caso de a caldeira apagar subitamente durante sua operação normal, somente após garantia de completa purga e exaustão dos gases remanescentes. 4. Na fase de parada da caldeira . fazer sopragem de fuligem (ramonagem) em caldeiras aquotubulares dotadas com tais dispositivos; . interromper a alimentação de combustível e tomar os cuidados necessários com relação aos alimentadores (pneumáticos, rotativos, etc.); . manter o nível de água, ajustando-o conforme a vaporização que irá ocorrer, dependendo da quantidade de combustível disponível na fornalha; SENAI-RJ / SESI-RJ .....39 . ter a garantia de que o combustível remanescente na fornalha não é suficiente para geração de vapor, desligando os ventiladores e exaustores; . abafar a caldeira, fechando os dampers e as pontas de alimentação da fornalha, garantindo vedação contra entradas de ar frio; . fechar a válvula de saída de vapor; . abrir respiro (vent) da caldeira ou do superaquecedor; . bascular as grelhas para possibilitar limpeza da fornalha; . tomar as providências necessárias, dependendo do objetivo da parada da caldeira. CALDEIRAS DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E/OU GASOSOS 1. Na fase de pré-partida . verificar o nível dos tambores de água e de combustível; . verificar e fazer o alinhamento da alimentação de água; . verificar e fazer o alinhamento da alimentação de combustível e limpar os sistemas de filtros, se necessário; . iniciar processo de aquecimento e efetuar controle de temperatura até atingir valor suficiente para circulação, no caso de caldeiras a óleo combustível; . iniciar circulação, ligando a bomba quando atingir a temperatura ideal do combustível; . fazer verificação geral das válvulas e instrumento da caldeira; . verificar condições operacionais das bombas de alimentação de água e de combustível; . fazer drenagem dos indicadores e controladores de nível (garrafas e visor) e testar o sistema de segurança (alarme e trip); . ajustar o nível de água na caldeira na posição operacional; . abrir drenos e respiros (vent) da caldeira; . abrir somente os drenos e os respiros (vent) do superaquecedor nas caldeiras que o possuam; . verificar condições de alimentação elétrica dos painéis de comando e sinalização; . verificar condições operacionais dos ventiladores e sistema de tiragem da caldeira; . verificar, onde houver, as condições operacionais do compressor de ar utilizado na atomização do combustível; . verificar posicionamento e condições dos eletrodos de ignição; . limpar a fotocélula. 2. Na fase de partida . ventilar ou purgar a fornalha por um período suficiente para garantir eliminação total de gases; . dar partida no compressor de ar para atomização; . verificar se os valores de temperatura e pressão do combustível são ideais para acendimento; . acender queimador piloto; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SENAI-RJ / SESI-RJ .....40 . alinhar lentamente a válvula de combustível, certificando-se de que a caldeira está acesa; . obedecer à seqüência de acendimento recomendada pelo fabricante nas caldeiras com mais de um queimador; . ajustar as condições de queima, garantindo estabilidade de chama; . desligar o queimador piloto e verificar se a chama se mantém estável; . fazer aquecimento gradual para não danificar refratário e tubos, respeitando- se a curva de aquecimento recomendada para cada tipo de caldeira; .verificar qualquer anormalidade nos equipamentos e nos instrumentos indicadores de controle, tomando as providências para os ajustes necessários, durante a fase de aquecimento; . fechar o respiro (vent) do tubulão superior, após garantir eliminação total do ar nas caldeiras que possuam superaquecedores; . passar o controle da caldeira para o automático, quando as condições de pressão atingirem valores preestabelecidos para tal, conforme procedimento operacional; . abrir vagarosamente a válvula de saída de vapor, evitando-se o golpe de aríete e liberando vapor para consumo quando atingida a pressão de trabalho; . fechar o respiro (vent) do superaquecedor nas caldeiras que o possuam superaquecedor. 3. Na fase de operação . observar atentamente o nível de água da caldeira, fazendo os ajustes necessários; . observar temperaturas do economizador e pré-aquecedor de ar; . observar as indicações dos dispositivos de controle de temperatura e pressão, fazendo os ajustes necessários; . fazer todos os testes de rotina da caldeira; . observar se os tanques de suprimento de água estão sendo suficientemente abastecidos; . observar se a reposição de combustível está sendo suficiente; . fazer vistoria nos equipamentos, observando qualquer anormalidade (ruído, vibrações, superaquecimento); . verificar se a temperatura dos gases da chaminé está dentro dos parâmetros normais; . observar a combustão através dos visores e da chaminé, fazendo os ajustes necessários; . fazer regulagem dos dampers quando necessário; . fazer sopragem de fuligem periódica conforme rotina de cada equipamento; . fazer descargas de fundo, conforme recomendações do laboratório de análise de água; . fazer as anotações exigidas pelos superiores; . manter sempre em ordem e limpa a casa de caldeiras; . notificar algum colega ou superior, caso haja necessidade de se ausentar da casa de caldeira, para que se efetue a sua substituição; . retomar o processo de acendimento somente após garantia de completa purga e exaustão dos gases remanescentes, se a caldeira apagar subitamente durante a sua operação. SENAI-RJ / SESI-RJ .....41 4. Na fase de parada da caldeira . fazer sopragem de fuligem (ramonagem) em caldeiras dotadas com este dispositivo; . interromper a alimentação de combustível, fazendo a purga da linha (uma parte para queima e o restante para uma linha de retorno); . fazer a purga da linha, no caso de queima de óleo combustível, com óleo menos viscoso, sem deixá-lo passar pelo aquecedor de óleo; . fazer a purga da linha, no caso de combustíveis gasosos, com injeção de vapor; . apagar os queimadores, obedecendo à seqüência recomendada pelo fabricante da caldeira; . desligar a bomba de alimentação de óleo, na caldeira de óleo combustível; . ventilar a fornalha para exaustão completa de gases remanescentes; . drenar visores de nível, fazendo os ajustes necessários para manter a caldeira com nível operacional; . parar o ventilador e abafar a caldeira, fechando todos os dampers e registros de ar, após a exaustão da fornalha; . fechar a válvula de saída de vapor e bloquear todos os pontos de drenagem da caldeira; . interromper a alimentação de água; . abrir respiro (vent) da caldeira; . tomar as providências necessárias, dependendo do objetivo da parada da caldeira. SENAI-RJ / SESI-RJ .....42 DEFEITOS A bomba de óleo pesado não funciona. A bomba não dá suficien- te pressão ou nenhuma pressão. A bomba de óleo diesel não funciona. A temperatura está alta demais. A temperatura está baixa demais. PROVIDÊNCIAS Ler as instruções de manu- tenção a este respeito. Ler o manual e seguir as ins- truções. Ler o manual e seguir as ins- truções. Ler instruções de manutenção a este respeito. Desmontar a bomba e ver se as engrenagens estão em or- dem. Consultar as instruções de manutenção e segui-las. Fazer o óleo circular na rede com a regulagem correta. Ler as instruções de manu- tenção a este respeito e segui- las. Abrir a válvula. Examinar e trocar o purgador, se for o caso. Fazer o óleo circular na rede com a regulagem correta. CAUSAS PROVÁVEIS Defeito no sistema de coman- do elétrico. Defeitos no circuito de óleo combustível. Defeito mecânico da bomba. O motor não vira. A bomba está engripada (pro- curar virá-la com a mão). A regulagem está malfeita. A válvula automática de vapor não fecha. A válvula manual de vapor está fechada. O purgador não funciona. A regulagem está malfeita. Para melhor entendimento, vamos englobar as principais falhas do funcionamento de caldeiras em tabelas orientativas, que mostram alguns tipos de defeitos, causas e providências a serem tomadas pelo operador ou pessoal de manutenção especializado. Os principais itens que podem apresentar defeitos em uma caldeira são: 1. ALIMENTAÇÃO DE ÓLEO COMBUSTÍVEL SENAI-RJ / SESI-RJ .....43 Os fusíveis estão queimados. O termostato está desregulado ou danificado. A bobina da chave está quei- mada. A corrente não chega à bobi- na da chave eletromagnética. A resistência está queimada. A válvula de vapor está fecha- da. O purgador não funciona. O termostato ou a válvula solenóide do aquecedor está desregulada ou danificada. O aquecimento elétrico não funciona. O aquecimento a vapor não funciona. Examinar e trocar os fusíveis. Examinar o termostato regu- lando-o ou trocando-o. Trocar a bobina. Examinar o circuito elétrico e conferir se a chave está fun- cionando bem. Se não, subs- tituí-la. Trocar a resistência. Abrir a válvula. Examinar e trocar o purgador, se for o caso. Examinar o termostato ou a válvula, regulando-a ou subs- tiuindo-a, conforme o caso. SENAI-RJ / SESI-RJ .....44 CAUSAS PROVÁVEIS Ar na sucção. Filtro de água sujo. Válvula na sucção ou no recalque fechada. Cavitação. Válvula de retenção dando pas- sagem. Bomba com capacitação inferior à exigida pela caldeira. Rotação invertida da bomba. Válvula de descarga de fundo aberta. Instalação incorreta. Defeito mecânico da bomba. Defeito no sistema de comando elé- trico. Eletrodos do controle de nível com óleo, lama, etc. Fio do eletrodo do nível máximo com defeito ou partido. Eletrodo danificado. Defeito no sistema elétrico. PROVIDÊNCIAS Purgar o ar da bomba e verificar se não há entrada de ar pelas co- nexões da rede. Limpar o filtro. Verificar se há alguma válvula fe- chada na rede de água e abri-la, se for o caso. Verificar se a instalação está incor- reta para água quente, causando vaporização na sucção; reexami- nar a instalação e corrigi-la. Verificar se a válvula está mal ajus- tada, corrigindo-a, ou se tem partí- culas sólidas na sede, retirando-as. Reexaminar o projeto da caldeira e atualizar o procedimento. Verificar, junto à manutenção, a instalação elétrica do motor da bomba e promover o reparo. Verificar se as válvulas de descar- ga de fundo estão fechadas, e fechá-las, se estiverem abertas. Verificar se foram seguidas cor- retamente as instruções de insta- lação, corrigindo o que não esti- ver de acordo. Verificar as instruções de manu- tenção a esse respeito, e segui-las. Verificar, junto com a manuten- ção, o regulador de nível automá- tico ou chave eletromagnética, e promover o reparo. Drenar o regulador de nívelpor al- guns segundos, e repetir a ope- ração quantas vezes forem neces- sárias. Contatar manutenção para troca do fio. Contatar manutenção para troca de eletrodos. Contatar o departamento de manutenção especializado. DEFEITOS A bomba não recalca água ou, se recalca, é insuficiente. A bomba-d'água não funciona. A bomba enche a caldeira de água e não pára automatica- mente. 2. ALIMENTAÇÃO DA ÁGUA SENAI-RJ / SESI-RJ .....45PROVIDÊNCIAS Blindar essa caixa. Abrir totalmente a válvula de dreno reguladora de nível durante um mi- nuto e fechá-la em seguida, verifi- cando se o defeito persiste. Se isto ocorrer, chamar a manutenção. Ler sobre chaves magnéticas no manual de manutenção, seguin- do suas observações a respeito. Examinar e eliminar a umidade. Apagar a caldeira imediatamente. Se o nível estiver abaixo do visor, deixá-la esfriar sozinha. Se ainda houver água no visor de nível, acionar a bomba de água manu- almente, restabelecendo o nível. Descarregar a válvula de dreno re- guladora de nível até eliminar a lama, fazendo uma limpeza completa. Secar o topo superior do corpo de nível. Providenciar o reparo. Descarregar o regulador de nível, abrindo a válvula até o fim. Repe- tir a operação quantas vezes fo- rem necessárias. Examinar a bobina na caixa de con- trole e verificar se está queimada efetuando a troca, se necessário. Trocar o fio. Trocar o transformador. Lixar os pla- tinados dos contatos elétricos do relé à esquerda do regulador de nível. Ver no manual os defeitos do sis- tema automático da combustão. Abrir os registros. Trocar o alarme. CAUSAS PROVÁVEIS Imantação permanente na bobina de caixa. Alta tensão nas vizinhanças pode causar este defeito. Impureza nos eletrodos. Chave magnética da bomba desar- mada ou com defeito. Umidade na caixa dos eletrodos. Lama (ou incrustação) no regulador de nível, por falta de limpeza. Umidade na entrada de corrente nos eletrodos. Sistema de alimentação de água com defeito. Defeito no regulador de nível, devido à presença de lama ou óleo na água. Bobina do regulador de nível queima- da (dentro do armário de controle). Fio do eletrodo. Transformador da caixa de contro- le queimado.Mau contato. Sistema automático de combustão com defeito. Registros do visor de nível fechados. Alarme queimado. DEFEITOS A bomba só liga quando toca o alarme. A bomba não funciona, o ní- vel baixa, o alarme soa. A bomba não funciona; o ní- vel baixou e o alarme não soou, porém a caldeira con- tinua funcionando. OBSERVAÇÃO: Situação de possível explosão. A bomba funciona, mas o nível baixa. O nível está normal no visor de nível, porém o sistema de combustão não funciona e o alarme está soando. 3. CONTROLE DE NÍVEL SENAI-RJ / SESI-RJ .....46 PROVIDÊNCIAS Encher o tanque, tendo o cui- dado de purgar o ar da suc- ção da bomba. (ver instruções de manutenção.) Abrir a válvula. Ver instruções a este respeito e segui-las. Ver instruções a este respeito e segui-las. Efetuar a limpeza do filtro. Assoprar o gligê usando ar comprimido, evitando estopa e arame. Consultar o capítulo sobre ma- nutenção, e seguir as instruções. Trocar as porcelanas. Verificar se o atomizador está obstruído e fazer limpeza nes- sa peça, usando querosene ou solvente apropriado (pode também usar ar comprimido). Observar se a junta colocada no acento da culatra da parte interna da sede do combustor está mal ajustada, e ajustá-la, se for o caso. Verificar se há alguma obstru- ção na tubulação de óleo des- de o manômetro até o com- bustor, eliminando esse impe- dimento. CAUSAS PROVÁVEIS Falta de óleo no depósito de combustível para ignição. Válvula de saída do combustí- vel para ignição fechada. Ar na tubulação de sucção. Ar na tubulação. Filtro sujo. Atomizador de óleo diesel sujo. Eletrodos de ignição desajusta- dos. Porcelanas partidas. O óleo não chega normalmente ao combustor. A válvula de entrada de óleo está aberta, porém não chega óleo ao combustor. DEFEITOS O queimador piloto não acende ou falha às vezes e o manômetro de óleo não registra pressão. O queimador piloto não acende ou falha, às vezes, no manômetro e a pres- são de óleo é inferior a 100lb/pol2. O sistema automático de combustão opera, o pilo- to acende, mas o queima- dor principal não acende, apesar de o manômetro indicar que a pressão do óleo está boa. 4. CONTROLE DE COMBUSTÃO SENAI-RJ / SESI-RJ .....47 Verificar se as válvulas entre o depósito e a bomba estão fe- chadas, e abri-las, se for o caso. Fazer uma limpeza nos filtros. Antes consultar as instruções de manutenção a este respeito. Verificar se há na canalização de sucção uma entrada de ar, e vedá-la se for o caso. Ver instruções de manuten- ção a respeito dessa limpeza, e segui-las. Verificar se o depósito de ser- viço está cheio e completá-lo, se for o caso. Abrir a válvula. Fazer uma limpeza na tubulação. Retirar a tampa verificando o estado dos refratários. Fazer os reparos seguindo as instruções de manutenção Verificar se a válvula de retor- no está colada. Em caso posi- tivo, descolá-la. Verificar se a válvula no tubo de retorno para o depósito está fechada; se estiver, abri-la. Fechar a válvula de entrada de óleo no combustor e fazer a cir- culação do óleo acionando a chave de comando manual, até que o ponteiro do manômetro de pressão do óleo estabilize. Verificar se existe conexão solta na linha de sucção da bomba e reapertá-la, caso seja necessário. Tubulação fechada. Filtros sujos. Ar na sucção da bomba. Válvula de retorno aberta pela ação de partículas sólidas na rede. Falta de óleo impede o funcio- namento da bomba. Válvula de entrada de óleo no combustor fechada. Tubulação da caldeira suja de fuligem. Tampa traseira da caldeira está mal fechada. Pressão de óleo elevada. Pressão do óleo oscilando por causa de ar na canalização. O sistema automático de combustão opera, o pilo- to acende, mas o com- bustor principal não acende; a pressão de óleo, indicada no manô- metro, é muito baixa ou nula. O sistema automático de combustão opera, o pilo- to acende mas o combus- tor principal não acende, apesar de o manômetro indicar que a pressão do óleo está boa. A temperatura de saída dos gases da caldeira é superior à normal. A fumaça na saída de gases está mais escura do que o normal. SENAI-RJ / SESI-RJ .....48 Trocar as correias ou esticá-las. Colocar o registro no lugar certo. Prender a alavanca de coman- do. Limpar o rotor e a tela de entra- da, seguindo as instruções de manutenção. Providenciar sua limpeza. Consultar no manual de instru- ções sobre o item aquecedor de óleo, e segui-lo. Ver no manual de instruções so- bre os defeitos no compressor, e segui-las. Desmontar e lavar o atomizador de óleo combustível pesado. Substituir as correias. Providenciar o seu conserto. Trocar ou esticar as correias. Regular da seguinte forma: bor- boleta totalmente aberta, para fogo alto; borboleta meio fecha- da, para fogo baixo. Limpar ventilador. Providenciar o seu conserto. Verificar, aproximando os termi- nais um do outro, e observar se saltam centelhas. Se isto não ocorrer, percorrer todo o circui- to elétrico, para detectar o defei- to e corrigi-lo. Verificar se o defeito está tam- bém no circuito elétrico do transformador por interrupção nos fios e cabos. Ver as instruções de manuten- ção a esse respeito, e segui-las. Falta de ar secundário, motivada pela falta de firmeza das correias do ventilador que estão bambas. Registro da borboleta de ar fora do lugar. O servo motor não abre a borboleta, porque está solta a alavanca do comando. Ventilador sujo. Caixa de ar suja. Alta ou baixa temperatura no óleo. Baixa pressão no ar de atomiza- ção. Atomizador entupido. Correias partidas. Defeito no ventilador. Correias bambas. Borboleta de regulagem fora do lugar. Ventilador sujo. Defeito mecânico no ventilador. Não chega corrente aos eletrodos. A fumaça na saída de gases está mais escura do que o normal. O ventilador não funciona. O ventilador funciona, mas suaatuação não é normal. O combustor piloto não acende ou falha às vezes. A pressão registrada no manômetro de óleo é inferior a 100lb/pol2. SENAI-RJ / SESI-RJ .....49 PROVIDÊNCIAS Verificar se não ligaram ao mesmo tempo as chaves de comando manual e as de co- mando automático de ignição. Se isto ocorrer, desligar o au- tomático Lixar o platinado. Trocar o pressostato. Tirar o pressostato e substi- tuir o diafragma. Regular o pressostato Trocar o manômetro. Ver sobre o compressor de ar no manual de instruções e segui-las. Trocar o manômetro. Consultar o manual sobre o sistema automático de com- bustão, seguindo suas instru- ções. Verificar as instruções no manual e segui-las. Trocar o manômetro. Trocar o manômetro. Purgar o ar na tubulação. CAUSAS PROVÁVEIS Chave de comando manual de ignição ligada. Platinado de pressostato colado. Pressostato com o diafragma furado. Capilar do diafragma defei- tuoso. Pressostato desregulado. Defeito no manômetro. Defeito no compressor. Defeito no manômetro. Defeito no circuito de óleo. Defeito no circuito de óleo. Defeito no manômetro. Defeito no manômetro. Ar na tubulação de óleo. DEFEITOS A pressão está acima da permitida e as válvulas de segurança e o automáti- co de parada não funcio- nam. O gerador de vapor pára de funcionar e a pressão registrada no manômetro de vapor está abaixo do nível máximo normal. O manômetro de ar não registra pressão ou registra pressão baixa. O manômetro de óleo não registra pressão ou registra muito baixa. O manômetro de vapor registra pressão inferior quando o gerador de va- por desliga automatica- mente. O manômetro de óleo oscila muito, não dando pressão exata. 5. CONTROLE DE PRESSÃO SENAI-RJ / SESI-RJ .....50 Durante o funcionamento normal da caldeira, o operador deve seguir, diariamente, um roteiro de vistoria, com o objetivo de garantir um perfeito funcionamento do gerador de vapor. Seguindo um roteiro de vistoria o operador de caldeiras deverá: · Verificar se o tanque de água de alimentação da caldeira está sendo abastecido corretamente. · Verificar, no caso de caldeira a óleo, o nível e a temperatura do mesmo nos seus depósitos e o termômetro e o manômetro da linha de óleo próximos ao queimador. · Examinar manômetros e termômetros de ar, água e gases de combustão. · Controlar o nível de água através dos indicadores existentes na caldeira. · Verificar se a lubrificação dos equipamentos está adequada. · Fazer as descargas de fundo, conforme exigido pelo laboratório de qualidade da água. · Examinar o correto funcionamento das bombas existentes. · Verificar o funcionamento dos ventiladores. · Observar a combustão da fornalha, através dos visores e da cor da fumaça na chaminé. · Movimentar periodicamente todas as válvulas, para evitar que estas fiquem presas. · Testar o regulador e o visor de nível, várias vezes ao dia, verificando se os dispositivos de operação e segurança estão atuando normalmente. · Verificar se os pressostatos e o sistema de acendimento estão funcionando corretamente. · Testar a fotocélula, escurecendo-a com um tampão para verificar se há corte de chama. · Testar as válvulas de segurança, conforme recomendação do fabricante ou conforme o recomendado pela NR-13. · Preencher o relatório de vistoria diária, fornecido pelos supervisores. SENAI-RJ / SESI-RJ .....51 A seguir apresentamos um modelo de formulário para vistoria diária, que poderá ser utilizado por você, operador de caldeiras. ROTEIRO DE VISTORIA DIÁRIA DA CALDEIRA EMPRESA:____________________________________________________________________________ OPERAÇÕES PADRÃO TEMPO (HORAS) DE FUNCIONAMENTO 1 2 3 4 5 I- SISTEMA DE COMBUSTÃO 1 A- Compressor Nível do óleo Normal Pressão do ar 82Kpa Refrigeração Normal Temperatura Normal 1 B- Ventilador Temperatura dos mancais do ventilador Normal Folga das correntes do ventilador Normal Rolamentos (estado geral) Normal 1 C- Bomba de óleo Temperatura dos mancais da bomba de óleo combustível Normal Redutor (estado geral) Normal Nível de óleo (até 1/4 de engrenagens conduzidas) Normal 1 D- Circuito de óleo Temperatura do óleo combustível 120ºC Pressão do óleo combustível 206Kpa 1 E- Ignição Pressão do óleo diesel do piloto 820Kpa II- SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DA ÁGUA Funcionamento da bomba-d'água Normal Situação da gaxeta da bomba-d'água Normal Temperatura da água de alimentação no tanque de condensado 90ºC Indicador de nível de água e alarme Normal Descarga da coluna de nível Sim Descarga de fundo (conferir indicação do tratamento da água) Sim III- COMANDO AUTOMÁTICO Pressão máxima de trabalho 820Kpa Diferencial de pressão para modulação 34 - 102Kpa Funcionamento da fotocélula Normal IV- DIVERSOS Lubrificação geral Normal Temperatura dos motores Normal Temperatura dos gases de combustão da chaminé 120ºC Descarga da válvula de segurança Sim Data: _____/_____/______ Operador:____________________________________ SENAI-RJ / SESI-RJ .....52 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . OBSERVAÇÃO Os valores de pressão-temperatura dados na página anterior são apenas um exemplo: devem ser alterados de acordo com a orientação do Manual de Operação da Caldeira. SENAI-RJ / SESI-RJ .....53 Para que as caldeiras tenham bom funcionamento e longo tempo de vida, é necessário, entre outras coisas, dar uma especial atenção à água destinada à sua alimentação. De modo geral, a água contém impurezas, como matéria orgânica, compostos minerais em suspensão ou dissolvidos e gases. Os fabricantes determinam, em seus manuais de operação, quais devem ser as características da água de alimentação, antes da entrada na caldeira, e também da água que está dentro dela, gerando vapor. Existe uma infinidade de substâncias que podem estar dissolvidas na água, dependendo da sua origem: · cálcio (Ca) e magnésio (Mg), originando dureza total; · hidróxidos (OH–), carbonatos (CO–3 ) e hidrocarbonatos (HCO – 3 ) causando alcalinidade total; · sulfato; · sílica; · cloreto; · ferro; · gás carbônico; · amônia; · ácido sulfídrico; · oxigênio dissolvido; · sólidos totais dissolvidos; · PH. Dentre as principais conseqüências de um tratamento de água inadequado para uma caldeira, temos: · corrosão; · incrustação; · arraste. Tabela de tratamento de água A tabela a seguir apresenta, resumidamente, as impurezas da água que aqui foram abordadas e os respectivos tratamentos para eliminá-las. TEMA 4: CUIDANDO DAS CALDEIRAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SENAI-RJ / SESI-RJ .....54 CONSTITUINTES Turbidez Cor Dureza Alcalinidade Ácido mineral li- vre Dióxido de car- bono Sulfato Cloreto FÓRMULA QUÍMICA Nenhuma, pois na análise é ex- pressa em uni- dades. Idem Sais de cálcio e magnésio ex- pressos como CaCo3 B i c a r b o n a t o (HCO3), Carbona- to (CO3) e Hidra- to (HO) Ácido clorídri- co: HCL Ácido Sulfúrico: H2SO4 CO2 SO-24 Cl– DIFICULDADES CAUSADAS Sedimentos em linhas de água. Pode causar espuma nas caldeiras. Principais causadores de crostas calcáreas. Em excesso, causam espu- ma e arraste de sólidos com o vapor. Fragilidade cáustica no ferro. O bicarbonato e o carbonato produzem gás carbônico, causador de corrosão nas linhas de va- por e de condensado. Corrosão. Corrosão em dutos de água e linhas de vapor e de condensado. Adiciona-se ao conteúdo de sólidos da água, mas,
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