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CARL ROGERS TEORIAS E TÉCNICAS TURMA: PROCESSOS GRUPAIS HISTÓRIA DE VIDA Carl Ransom Rogers, psicólogo norte-americano, nasceu em 08 de janeiro de 1902, na cidade de Oak Park, Illinois, EUA, e faleceu em 1987. Carl Ransom Rogers, psicólogo norte-americano, nasceu em 08 de janeiro de 1902, na cidade de Oak Park, Illinois, EUA. Estudou agricultura na Universidade de Wisconsin e nos dois primeiros anos se interessou por religião, transferindo seu curso para história. Em 1924, após se graduar, entrou para o Seminário Teológico Unido com objetivo de se preparar para uma missão religiosa. Ao se transferir para o Teacher’s College da Universidade de Columbia, se interessou pelos cursos e conferências das áreas de psicologia e psiquiatria. Iniciou seus trabalhos clínicos com crianças, atuando no campo psicopedagógico com orientação infantil, surgindo assim o desejo de se tornar psicólogo. HISTÓRIA DE VIDA Conseguiu seu primeiro emprego como psicólogo na Associação para Proteção da Infância em Rochester, onde trabalhou durante doze anos. Em 1927, obteve seu título de mestre e, em 1931, seu título de doutor. Após publicar sua obra “Tratamento clínico da criança-problema”, percebeu que tinha elaborado suas próprias ideias a partir de sua experiência pessoal e resolveu formular para apresentar uma conferência na Universidade de Minnesota em 1940. A partir daí sua teoria ganhou reconhecimento, participou de diversos congressos, liderou pesquisas, publicou textos que são estudados até os dias atuais. Eleito duas vezes presidente da Associação de Psicologia e premiado nas categorias Melhor Contribuição Cientifica e Melhor Profissional. Foi um dos principais responsáveis pela ascensão da psicologia a nível clínico e de grande importância para o desenvolvimento da Psicologia Humanista. ABORDAGEM HUMANISTA Visão holística, positiva e otimista do indivíduo O indivíduo é visto como um todo, seu corpo, mente, espírito e emoções. Considerado um ser único, com sua psique naturalmente saudável e como um indivíduo bom. O humanismo enfatiza o papel ativo do indivíduo na formação de seus mundos, interno e externo, sendo um ser ativo, criativo, experiente, que vive no presente e responde subjetivamente às percepções, relacionamentos e encontros atuais. Tendência atualizante O ser humano tem uma forte tendência a se atualizar e se esforçar de modo contínuo para que se sinta realizado. Desse modo, constrói pouco a pouco quem realmente é. ABORDAGEM HUMANISTA Desenvolvimento da personalidade Destacava o livre arbítrio e o grande reservatório do potencial humano para a bondade. A teoria da personalidade de Rogers se apoia no “eu” ou autoconceito, cuja definição é: “o conjunto organizado de percepções e crenças sobre si mesmo”. O autoconhecimento inclui três elementos: Autoestima; Autoimagem e Eu ideal. No desenvolvimento do autoconceito, Rogers elevou a importância da consideração positiva incondicional x consideração positiva condicional. Abordagem Centrada na Pessoa Desenvolvida em 1940, a abordagem centrada na pessoa procura estimular e expor a tendência humana de autoatualização (Tendência Atualizante). A proposta da terapia centrada no cliente considera que uma pessoa que se sentir vulnerável ou ansiosa deve buscar um terapeuta que tenha congruência, aceitação incondicional e empatia. Só assim o cliente encontrará o clima necessário para o desenvolvimento pessoal. ABORDAGEM HUMANISTA EFICÁCIA Estudos sugerem que a terapia humanista é pelo menos tão eficaz quanto outras formas de psicoterapia na produção de mudanças estáveis e positivas ao longo do tempo para clientes que se engajam nessa forma de tratamento. Tratamento da esquizofrenia, depressão, ansiedade, problemas de relacionamento, transtornos de personalidade e vários vícios, como o alcoolismo. ABORDAGEM HUMANISTA CRÍTICAS Falta de evidências empíricas usadas na pesquisa. Devido à natureza subjetiva da estrutura, os psicólogos se preocupam com a falibilidade da abordagem humanista. A abordagem holística permite muita variação, mas não identifica variáveis constantes suficientes para serem pesquisadas com verdadeira precisão. Os psicólogos também temem que esse foco extremo na experiência subjetiva do indivíduo faça pouco para explicar ou avaliar o impacto da sociedade no desenvolvimento da personalidade. ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA - ENTREVISTA CARL ROGERS Fonte: https://youtu.be/2TOI_cqtKuA MAPA MENTAL CARL ROGERS PSICOLOGIA HUMANISTA ESTADO DE INCONGRUÊNCIA ACEITAÇÃO POSITIVA INCONDICIONAL CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O PROCESSO TERAPÊUTICO CONGRUÊNCIA CONFLITO ENTRE A AUTOIMAGEM E O EU IDEAL, PODENDO LEVAR À BAIXA AUTOESTIMA E DEPRESSÃO EMPATIA ACEITAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO CAPACIDADE DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO SER AUTÊNTICO, OUVIR E ACEITAR O QUE SE PASSA EM SI MESMO AUTOESTIMA AUTOCONHECIMENTO O VALOR QUE UMA PESSOA ATRIBUI A SI MESMA AUTOIMAGEM EU IDEAL COMO A PESSOA GOSTARIA DE SER A MANEIRA COMO A PESSOA SE VÊ TEORIA DA PERSONALIDADE SE APOIA NO “EU” OU AUTOCONCEITO TODAS AS PESSOAS BUSCAM A CONGRUÊNCIA, O EQUILÍBRIO E CONSISTÊNCIA ENTRE A SUA AUTOIMAGEM E SEU “EU IDEAL” FUNCIONALIDADE PLENA AQUELE QUE ALCANÇA CONGRUÊNCIA SE TORNA UMA PESSOA TOTALMENTE FUNCIONAL (SAUDÁVEL) TEM UM AUTOCONCEITO FLEXÍVEL ABERTO À EXPERIÊNCIAS CAPAZ DE VIVER EM HARMONIA COM OS OUTROS NECESSIDADE INERENTE DE CRESCER AUTONOMIA E AUTOCONTROLE CAPACIDADE INTERNA DE ALCANÇAR SEUS PRÓPRIOS OBJETIVOS AUTOATUALIZAÇÃO TEORIA DA PERSONALIDADE A personalidade é um contínuo estado de fluxo, em contínua mutação. Uma personalidade saudável é aquela que pode confiar em sua própria experiência e aceitar o fato de que as outras pessoas são diferentes. Rogers avalia personalidade em termos de experiências subjetivas, verificando como a pessoa percebe e aceita os eventos da vida. As experiências da infância têm certo impacto no desenvolvimento da personalidade, mas as experiências posteriores na vida têm uma influência maior. TEORIA DA PERSONALIDADE Campo da Experiência Há um campo de experiência único para cada indivíduo, que contém tudo o que se passa no organismo e está disponível à consciência a qualquer momento. É um mundo particular e pessoal, que nem sempre corresponde à realidade objetiva. TEORIA DA PERSONALIDADE Self É a consciência que o indivíduo tem sobre a própria identidade. O self compreende o que somente cada um de nós conhece e, por vezes, escondemos dos outros. O Self é a visão que a pessoa tem de si própria, baseada nas experiências passadas, estimulações presentes e expectativas futuras, e é onde contém a tendência para a realização. Real: é a visão real de si mesmo. Ideal: é aquilo que você gostaria de ser, como você se imagina ser, isto é, uma visão ideal de si mesmo. TEORIA DA PERSONALIDADE A extensão da diferença entre o Self real e o Self Ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades neuróticas; por isso o self ideal pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento pessoal. A aceitação de si mesmo como se é na realidade, e não como se quer ser, é um sinal de saúde mental. TEORIA DA PERSONALIDADE Congruência Rogers define congruência como o grau de exatidão entre a experiência e a tomada de consciência. Um alto grau de congruência significa que uma pessoa é ajustada, madura, aceita toda a variedade de experiência sem ameaça ou ansiedade. Incongruência Ocorre quando há diferenças entre a tomada de consciência, a experiência e a comunicação desta. Por exemplo: Pessoas que dizem estar passando por um período maravilhoso, mas que se mostram entediadas, isoladas ou facilmente doentes, estão revelando incongruência. ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA Abordagem Rogeriana de terapia na qual se supõem que o cliente é responsável pela mudança de sua personalidade. As pessoas são capazes de superar dificuldades utilizando seus recursos internos. Tudo centra-seno paciente. O método terapêutico é escutar e aceitar o paciente como ele é. . ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA Explora e avalia as atitudes e os sentimentos da pessoa em relação ao próprio Self e às outras pessoas. Não tem estrutura teórica predeterminada. A única crença é o valor e a importância inerentes ao paciente. Na terapia, Rogers acredita que as expressões faciais e o tom de voz falam muito mais que as palavras. Os registros do comportamento corporal são as moléculas de mudança da personalidade. ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA Supõe que o cliente (não o paciente) é responsável pela sua mudança de sua personalidade. Escuta o cliente sem ideias preconcebidas, tentando entender o mundo experimental do cliente. A tarefa do terapeuta não é curar, mas prover aceitação, compreensão e observações ocasionais. Não conta com uma estrutura teórica predeterminada (tal como a psicanálise freudiana), na qual o terapeuta deve encaixar no problema do paciente. RELAÇÃO COM OUTRAS CORRENTES Behaviorismo de B. F. Skinner Teoria psicanalítica de Sigmund Freud Teoria do desenvolvimento de Abraham Maslow GRUPOS DE ENCONTRO 1970 - Publica “On Encounter Groups” (Grupos de Encontro). 1974 - Acontece o primeiro workshop de grandes grupos (Person Centeral Workshops). O pilar da terapia rogeriana são os "grupos de encontro", em que vários clientes interagem. A filosofia do Grupo de Encontro se baseia na crença de que o grupo tem a capacidade latente ou manifesta de se autodirigir, ou seja, a direção é dada pelo grupo como um todo, cabendo aos facilitadores a criação de condições que possibilitem ao mesmo o seu desenvolvimento e crescimento, bem como a atualização dessa capacidade de dirigir a si mesmo. CONCLUSÃO Rogers retira o terapeuta de uma posição de superioridade para uma relação de igualdade. Assume que os indivíduos estão, em essência, procurando maneiras de melhorar seu funcionamento atual e maximizar suas potencialidades. Atribui a maioria das disfunções a uma perda de autoestima devido à natureza condicional da aceitação por outros. Tratava pessoas, proporcionando-lhes consideração positiva incondicional em uma aceitação terapêutica de encontro em grupo. Ele achava que os grupos ajudavam os membros a vivenciar mais suas emoções e aprender a lidar com outras pessoas de maneiras autênticas e abertas. Livro “Torna-se pessoa” de Carl Rogers Bezerra, M. E. S., Bezerra, E. N. (2012); Aspectos humanistas, existenciais e fenomenológicos presentes na abordagem centrada na pessoa. Rev. NUFEN, 4(2), 21-36.; Moreira, V. (2010) Revisitando as fases da abordagem centrada na pessoa. Estudos de Psicologia, 27(4), 537-44.; Livro-Fundamento e Aplicações Centrada na Pessoa e Psicoterapia Experiencial (Eunice Moreira Miranda) LAZARO SILVEIRA, Roberto. Teoria da personalidade de Carl Rogers. (robertolazarodasilveira.com.br) ALBERTO DA SILVA PINTO, Marcos. Abordagem centrada na pessoa. Encontro ACP. Disponível: https://encontroacp.com.br/conhecaacp/conheca/; Abordagem Centrada na Pessoa: O que é e Como Funciona. IPTC. Disponível: https://iptc.net.br/abordagem-centrada-na-pessoa/.) Abordagens para psicoterapia: https://courses.lumenlearning.com/boundlesspsychology/chapter/approaches-to-psychotherapy/) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALUNOS ANA BEATRIZ GUIMARAES DOS SANTOS BARBARA REGINA DA COSTA BAYMA BIANCA PEREIRA TEOTONIO FLAVIA MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA FLÁVIO DE CASTRO WAJCMAN GABRIEL BESSA LOBATO JULIANA BRANDAO CUNHA DA SILVA LAIS MACHADO DOS SANTOS FRANCA LUANA SANTOS DA SILVA MARIA CECILIA PIMENTEL GARCIA MARIO MAURICIO DE SOUZA MONICA FERREIRA SOARES MONIQUE FARIA DE ARAUJO NATHALIA MARCIAL BARCELOS NATHALIA NUNES SABBATINO COUTO NICOLE IZIDORO SANTANA QUEZIA CARVALHAES DUARTE RICARDI DA COSTA MEDEIROS ROSE SILVA DANTAS SORAIA BASTOS TOLEDO DA SILVEIRA THAIS SIQUEIRA IALONGO DOS SANTOS PROFESSORA: ZEIMARA DE ALMEIDA SANTOS PROCESSOS GRUPAIS
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