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Biossegurança - Limpeza, desinfecção e esterilização (FARA66)

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Aula 6 - Limpeza, desinfecção e esterilização
Aspectos conceituais
Processos de limpeza, desinfecção e esterilização
- Fundamentais em laboratórios de ensino, pesquisa e clínicos em que se
manipulam amostras e organismos que são classificados como
potenciais agentes infecciosos;
Ambiente Hospitalar e Laboratórios
Salas e Central de esterilização Primordiais para o adequado e seguro funcionamento do centro cirúrgico e outros setores; 
- Dependendo da complexidade do procedimento hospitalar diferentes artigos (instrumentos, materiais, etc.) são requeridos e sua inocuidade é fator chave para que se evite processos de infecção dos colaboradores ou pacientes.
Limpeza
- Remoção ou retirada de sujeira através de fricção de uma superfície com água e sabão ou detergente. 
- A presença da matéria orgânica pode inviabilizar a ação de agentes antimicrobianos impedindo também a penetração de produtos químicos ou meios físicos de esterilização, por não permitir uma exposição direta da superfície do artigo ao agente desinfetante ou esterilizante.
- Procedimento de limpeza: exposição à fluidos contaminados e produtos químicos imprescindível a utilização EPI como óculos, máscara cirúrgica, avental plástico, braçadeiras plásticas e luvas de borracha.
Carga microbiana concentrada na matéria orgânica, que consequentemente, será removida de uma superfície durante a remoção da sujidade.
- A limpeza deve ser sempre realizada como primeira etapa de desinfecção ou esterilização, pois vai garantir a qualidade destes processos. 
- Vários tipos de produtos podem ser utilizados, variando na eficiência de limpeza que proporcionam ou tipo de material que se deseja limpar.
Produtos utilizados
1- Detergente não-enzimático: Formulação saneante baseada em compostos químicos tensoativos que reduzem a tensão superficial de líquidos, melhorando a molhabilidade e viabilizando o processo de limpeza.
a) Superfícies: aplicar puro em um pano úmido ou escova, ou diluído em água (solução detergente). Aplicar pano umedecido em água para o enxágue.
b) Imersão: preparar a solução detergente na proporção de 10 mL por litro de água, em recipiente onde os artigos serão submersos. O tempo mínimo de exposição: 30 minutos. Para remoção de crostas ou sujidade aderidas utiliza-se escovas, tomando-se cuidado para não formar ranhuras em determinados materiais que poderão albergar sujidade mais facilmente enxágue em água corrente e abundante em água corrente e abundante. Secar com compressas secas e limpas.
2 - Detergente enzimático: Produto saneante elaborado com a combinação de enzimas, tensoativos, etc. tensoativos, etc. Considerado uma alternativa eficiente para procedimentos de limpeza em laboratórios clínicos, ambientes hospitalares, etc. Comercialmente estão disponíveis detergentes multienzimáticos com 4 ou 5 enzimas (amilase, protease, lipase, celulase e peptidase), tensoativos não iônicos e alguns incluem outros compostos com ação antimicrobiana para limpeza de materiais médicos e instrumentais cirúrgicos. O preparado da solução geralmente é realizado em água fria ou ligeiramente morna Evitar temperaturas elevadas: inativação das enzimas. A concentração deve seguir a orientação do fabricante descrita em cada embalagem, assim como a troca da solução, e o tempo mínimo de contato.
Desinfecção
É o processo de destruição de micro-organismos como bactérias na forma vegetativa (não esporulada), fungos, vírus e protozoários. Este processo não destrói esporos bacterianos. bacterianos. Pode ser realizada utilizando-se métodos físicos e químicos. A desinfecção pode ser dividida em três níveis de acordo com o espectro de destruição dos micro-organismos: Desinfecção de alto nível, Desinfecção de médio nível e Desinfecção de baixo nível.
Desinfecção de alto nível: Procedimento capaz de destruir todas as formas vegetativas de micro-organismos, inclusive Mycobacterium tuberculosis, vírus lipídicos e não lipídicos, fungos e uma parte dos esporos. Exemplo: glutaraldeído 2%, peróxido de hidrogênio 3-6%, formaldeído 1-8%, ácido peracético e composto clorado a 10.000 ppm.
Desinfecção de médio nível: Capaz de inativar o bacilo da tuberculose, bactérias na forma vegetativa, a maioria dos vírus e fungos, exceto esporos bacterianos. Exemplo: compostos clorados de 500 a 5000 ppm, álcool 70%.
Desinfecção de baixo nível: Procedimento capaz de eliminar a maioria das bactérias, alguns vírus como o da hepatite B e hepatite C, fungos. Não destrói micro-organismos resistentes como bacilo da tuberculose e esporos bacterianos. da tuberculose e esporos bacterianos. Exemplo: compostos fenólicos 0,5-3%, compostos de iodo, quaternário de amônia.
Aspectos Regulatórios:
Considerações gerais sobre os agentes químicos utilizados
Álcoois: desnaturação das proteínas dos micro-organismos e sua ação bactericida aumenta quando hidratado. Ex. Álcool isopropílico e álcool etílico (70%).
Aldeídos: Reação de alquilação na célula dos micro-organismos Alteração do DNA e RNA e comprometimento da síntese proteica. Ex. Glutaraldeído, formaldeído, glioxal, etc.
· Eficientes agentes para desinfecção de materiais médico-hospitalares;
· Pode agir sobre os esporos enrijecimento da parede celular;
· Podem ser utilizados para desinfecção de alto nível (slç 2%, 30’) e como esterilizante (8h-10h de exposição).
Compostos Orgânicos liberadores de cloro ativo: Compostos orgânicos que hidrolisam e liberam ácido hipocloroso. Esse produto possui mecanismo antimicrobiano não totalmente elucidado.
Hipótese: reação química do ácido hipocloroso com uma enzima, triosefosfato dihidrogenase, essencial na oxidação da glicose e, portanto, na atividade do metabolismo celular.
A ação sanificante das N-cloroaminas, de hipocloritos e do cloro, é controlada pelo ácido hipocloroso (HOCl), que é um produto da hidrólise destas substâncias cloradas;
HOCl neutro permeabilidade celular maior
OCl- ânion dificuldade em penetrar na célula x forte oxidante
Compostos Inorgânicos liberadores de cloro ativo: compostos inorgânicos amplamente utilizados; São encontrado em apresentações líquidas ou sólidas e em contato com a água produzem íon hipoclorito (reativo e com ação antimicrobiana). Ex: Hipoclorito de cálcio, hipoclorito de sódio, etc.
Esterilização
Processo utilizado para alcançar a completa destruição de microorganismos, incluindo todas as suas formas, inclusive as esporuladas, com a finalidade de prevenir infecções e contaminações;
Processos químicos: Glutaraldeído, formaldeído e ácido peracético;
Processos físicos: Vapor saturado (autoclave), calor seco (estufa) e raios gama;
Processos físico-químicos: Óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio e vapor de formaldeído.
1 - Processos físicos:
Esterilização por Calor Úmido: o equipamento utilizado é autoclave. É o método de 1ª escolha tratando-se de esterilização por calor. Preservar a estrutura dos instrumentos metálicos e de corte, por permitir a esterilização de tecidos, vidros e líquidos, desde que observados diferentes tempos de exposição e invólucros.
- O mecanismo de ação biocida é feito pela transferência do calor latente do vapor para os artigos, e este calor age coagulando proteínas celulares e inativando os microorganismos. Os artigos termossensíveis não devem sofrer autoclavagem. Processo de rotina de muitos laboratórios de ensino, pesquisa e hospitalares.
Etapas:
· Invólucros;
· Colocação da carga na autoclave;
· Ciclo da esterilização;
· Qualificação do processo;
· Estocagem e Prazo de Validade.
Invólucros:
- Após limpeza, secagem e separação, os artigos deverão ser acondicionados para serem submetidos ao ciclo de esterilização;
- Como invólucros para este processo, existem: papel grau cirúrgico, filme plástico de polipropileno, algodão cru duplo com 56 fios, papel crepado, caixas metálicas forradas internamente com campos simples e com orifícios para permitir a entrada do vapor;
- Utilizando-se caixas metálicas com orifícios, os artigos contidos no interior devem ser utilizados prontamente, pois os orifícios promovem a recontaminação se estocados.Se a caixa metálica for sem orifícios, deverá ser esterilizada com a tampa acondicionada separada da caixa, e somente fechá-la após o resfriamento.
Colocação da carga na autoclave: Artigos embalados em papel, dos diferentes tipos, e artigos embalados em tecido não podem ter contato entre si, pois retém umidade. Se tiverem de ser colocados na mesma carga, devem ser colocados em prateleiras diferentes da autoclave. Quanto a posição na prateleira os invólucros devem ficar dispostos no sentido vertical, e nunca camada sobre camada na mesma prateleira, para permitir a exaustão do ar e a circulação do vapor no interior de cada pacote. As cargas de tecidos (gazes e campos) devem ser processadas em cargas diferentes dos metais, caso contrário os têxteis devem ficar na prateleira superior para facilitar a penetração do calor. Cautela no manuseio dos materiais tanto na inserção na autoclave quanto na retirada do material estéril.
Ciclo da esterilização:
· Retirada do ar e entrada do vapor;
· Esterilização;
· Secagem;
· Admissão de ar filtrado para restauração da pressão interna.
Os equipamentos tem diferentes formas de programação de ciclos, quanto a tempo de exposição, utilização de água destilada em diferentes quantidades portanto, devem ser seguidas as orientações do fabricante. 
Qualificação do processo:
Objetivo de validar a eficácia do processo de esterilização. Existem vários meios de testar a qualidade da esterilização por autoclave. Os indicadores químicos podem ser internos ou externos.
Indicadores químicos internos: avaliam os parâmetros vapor, temperatura e pressão. São fitas que reagem quimicamente alterando sua cor e são colocadas no interior de cada pacote, e conferidas na abertura do pacote.
Indicadores químicos externos: na forma de fita adesiva, são utilizados apenas para diferenciar os pacotes que passaram pelo processo de esterilização daqueles que ainda não passaram, através da mudança da cor da fita por sensibilidade a temperatura.
Indicadores biológicos: são utilizados para testar a eficácia do processo quanto a destruição dos micro-organismos, através da utilização de tubetes com fitas impregnadas de Bacillus stearothermophillus, colocados dentro de alguns pacotes-teste (identificados assim) em locais estratégicos da autoclave conforme seu tamanho.
Estocagem e Prazo de Validade:
- Bastante variável e depende do tipo de invólucro, da eficiência do empacotamento, do local de estocagem quanto a umidade e se são prateleiras abertas ou fechadas que indicará a circulação de poeira. 
- Para maior segurança, recomenda-se a estocagem dos pacotes em armários fechados ou caixas para maior proteção. 
- O manuseio externo destas embalagens deve ser com as mãos limpas. A abertura de cada pacote ou caixa esterilizada deve ser feita com técnica asséptica utilizando luva esterilizada ou pinça estéril exclusiva para este fim.
Esterilização por Calor Seco:
- Equipamento utilizado é o Forno de Pasteur, usualmente conhecido como estufa. 3 fases: Aquecimento, esterilização e resfriamento. 
- A esterilização é gerada através do aquecimento e irradiação do calor, que é menos penetrante e uniforme que o calor úmido. 
- Tempo de exposição mais prolongado e maiores temperaturas, sendo inadequado para tecidos, plásticos, borrachas e papel. Este processo é mais indicado para vidros, metais, pós (talco), ceras e líquidos não aquosos (vaselina, parafina e bases de pomadas).
REFERÊNCIAS 
Oppermann, C. M., Pires, L.C. (2003). Manual de biossegurança para serviços de saúde. Porto Alegre: PMPA/SMS/CGVS. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biossegurancaservicos_saude.pdf 
Ministério da Saúde. (2001). Orientações gerais para Central de Esterilização. Coordenação-Geral das Unidades Hospitalares próprias do Rio de Janeiro – Brasília. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_gerais_ce ntral_esterilizacao_p2.pdf

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