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CDC - MATERIAL PARA CONCURSO

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Prévia do material em texto

1 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. 
 
 
Dispõe sobre a proteção do consumidor 
e dá outras providências. 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte lei: 
TÍTULO I 
Dos Direitos do Consumidor 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
 Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do 
consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso 
XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições 
Transitórias. (TJPE-2013) (TJSC-2017) 
(MPRS-2016): Nas relações de consumo não se aplica a regra do pacta sunt 
servanda. 
OBS: O direito material tradicional, concebido à luz dos princípios romanistas, 
tais como a autonomia de vontade, o pacta sunt servanda e a própria 
responsabilidade subjetiva, ficou ultrapassado, se revelando ineficaz para 
dar proteção efetiva ao consumidor." (Interesses difusos e coletivos 
esquematizado / Adriano Andrade, Cleber Masson - p.610) 
(TJGO-2012-FCC): O Código de Defesa do Consumidor estabelece normas 
Última atualização legislativa: Lei nº 13.425, de 2017. 
 
Última atualização questões de concurso: 19/03/2018. 
 
Observações quanto à compreensão do material: 
1) Cores utilizadas: 
➢ EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras 
informações relevantes, etc. 
➢ EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso. 
➢ EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou 
exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da 
questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no CDC). 
➢ EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal) 
 
2) Siglas utilizadas: 
➢ MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da 
Magistratura); BL (base legal, etc). 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.078-1990?OpenDocument
 2 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
de defesa e de proteção do consumidor, de ordem pública e de interesse 
social, regulamentando normas constitucionais a respeito. BL: art. 1º, CDC. 
(TJSC-2009): O “Diálogo Sistemático de Subsidiariedade” consiste na 
aplicação prioritária do CDC e subsidiária do Código Civil. 
 Art. 2° CONSUMIDOR é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final. (TJSC-2013) (TJPR-2012) (MPSC-
2014) 
(MPSC-2014): O conceito de consumidor não leva em conta o aspecto 
subjetivo, mas tão somente a natureza da posição ocupada em 
determinada relação jurídica, de modo que uma pessoa pode ser 
considerada consumidor em determinada situação e, no momento 
seguinte, em outra relação jurídica, ser caracterizada como fornecedor. 
(TJPA-2012-CESPE): Considera-se consumidor a pessoa que adquire o 
produto ou o serviço ou, ainda, a que, não o tendo adquirido, utiliza. BL: art. 
2º, caput, CDC. 
(TJPR-2012-UFPR): A teoria finalista aprofundada se concentra em investigar 
no caso concreto a noção de consumidor final imediato e a de 
vulnerabilidade. 
Explicação: Está correta, tendo em vista que a teoria finalista, ao definir o 
consumidor se preocupa com a subjetividade da definição, quanto à 
finalidade existencial da retirada do bem do mercado de consumo. Define 
o consumidor como aquele que adquire o produto ou serviço para 
utilização própria ou de sua família, e não para fins profissionais, buscando 
tutelar os mais vulneráveis, nesses casos, os consumidores. 
 Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, 
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 
(TJSC-2013/2017) (TJPR-2012) 
(TJMA-2013-CESPE): De acordo com o CDC, a coletividade está protegida, 
na condição de consumidor, desde que a coletividade tenha intervindo nas 
relações de consumo, ainda que não sejam determinadas as pessoas que a 
compõem. BL: art. 2º, § único, CDC. 
(TJPE-2013-FCC): No tocante às relações de consumo, pode-se falar em 
consumidor por equiparação à coletividade de pessoas, ainda que 
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. BL: art. 2º, § 
único, CDC. 
 Art. 3° FORNECEDOR é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de 
produtos ou prestação de serviços. (TJPE-2013) (TJSC-2013/2017) (TJPR) 
 3 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
(MPGO-2016): É considerado fornecedor de produtos ou prestador de 
serviços, entre outros, a pessoa jurídica de direito público ou privado, a 
massa falida, o espólio, a sociedade irregular e a sociedade de fato, 
independentemente de serem ou não filantrópicas ou terem ou não fins 
lucrativos. 
Explicação: “Para o fim de aplicação do CDC, o reconhecimento de uma 
pessoa física ou jurídica ou de um ente despersonalizado como fornecedor 
de serviços atende aos critérios puramente objetivos, sendo irrelevantes a 
sua natureza jurídica, a espécie dos serviços que prestam e até mesmo o 
fato de se tratar de uma sociedade civil, sem fins lucrativos, de caráter 
beneficente e filantrópico, bastando que desempenhem determinada 
atividade no mercado de consumo mediante remuneração". (STJ - REsp: 
519310 SP 2003/0058088-5, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, J. 20/04/04, 3ª TURMA, 
Data de Publicação: DJ 24.05.2004 p. 262) 
(TJMA-2013-CESPE): Assinale a opção correspondente a caso em que se 
identifica objeto de relação de consumo: d) Um hospital presta serviço a 
cliente credenciado por plano de saúde. 
Explicação: Para que haja uma relação de consumo é necessário que haja 
um consumidor e um fornecedor. Nesse caso o hospital é o fornecedor, 
enquadrado na definição contida no art. 3º do CDC e o cliente do plano de 
saúde é o consumidor, destinatário final do serviço prestado, enquadrando-
se na definição contida no art. 2º do CDC. 
 § 1° PRODUTO é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
(TJSC-2017) (TJPE-2013) (TJPR) 
 § 2° SERVIÇO é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante REMUNERAÇÃO, inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
(TJPE-2013) (MPSC-2014) (MPMS-2015) (MPGO-2016) (MPRO-2017) 
(TJCE-2014-FCC): São relações jurídicas que se definem como de consumo, 
e assim se enquadram legalmente, as bancárias, securitárias, financeiras e 
as concernentes aos serviços prestados por profissionais liberais. BL: art. 3º, §2º 
c/c art. 14, §4º do CDC e Súmula 297 do STJ. 
(TJSC-2013): Qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, exceto as decorrentes das relações de caráter 
trabalhista, pode ser considerada como serviço, no âmbito da legislação 
consumeirista. BL: art. 3º, §2º, CDC. 
(TJSC-2013): As empresas de financiamento prestam serviço sujeito à tutela 
da legislação de proteção ao consumidor. BL: STJ, AgRg no AREsp 244430-
SC. 
(TJSC-2013): O serviço de concessão de crédito está sujeito à incidência da 
 4 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
legislação consumeirista. BL: art. 3º, §2º, CDC. 
(TJPE-2013-FCC): Não se enquadram ao CDC as relações jurídicas 
concernentes aos condôminos nos condomínios edilícios. BL: STJ, AgRg no Ag 
1122191-SP. 
(TJRS-2012): O CDC não é aplicável ao atendimento realizado por hospital 
público, tratando-se de serviço prestado diretamente pelo Estado. BL: STJ, 
REsp 1187456-RJ. 
(TJES-2012-CESPE): No CDC consta expressamente o conceito de 
consumidor e de fornecedor, os denominados elementos subjetivos da 
relação jurídica de consumo. Entretanto, nem sempre é possível certificar-se 
da existência de relação de consumosomente pela análise literal dos 
artigos do CDC, de modo que o julgador deve conhecer o entendimento 
dominante dos tribunais superiores. Segundo a jurisprudência do STJ, o CDC 
se aplica a serviço de água e esgoto, contrato bancário e contrato de 
previdência privada. BL: STJ, AgRg no AREsp 239416-RJ; Súmula 297 do STJ; 
Súmula 563 do STJ. 
(TJBA-2012-CESPE): Considera-se serviço qualquer atividade – salvo as 
decorrentes das relações de caráter trabalhista – fornecida no mercado de 
consumo, mediante remuneração, o que inclui as atividades de natureza 
bancária, financeira, de crédito e securitária. BL: art. 3º, §2º, CDC. 
CAPÍTULO II 
Da Política Nacional de Relações de Consumo 
 Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o 
atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, 
saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da 
sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações 
de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 
9.008, de 21.3.1995) 
 I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de 
consumo; (TJPR-2017) 
 II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o 
consumidor: 
 a) por iniciativa direta; (TJPA-2009) 
 b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações 
representativas; 
 c) pela presença do Estado no mercado de consumo; (MPSC-2014) 
 d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de 
qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7
 5 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
(TJPA-2012-CESPE): O CDC autoriza a intervenção direta do Estado no 
domínio econômico, para garantir a proteção efetiva do consumidor. BL: 
art. 4º, II, CDC. 
Explicação: A intervenção direta do Estado (art. 4º, II, CDC) visa a proteção 
efetiva do consumidor e busca assegurar-lhe o acesso aos produtos e 
serviços essenciais e garantir a qualidade e adequação dos produtos 
(segurança, durabilidade, desempenho). 
 III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de 
consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade 
de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os 
princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição 
Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre 
consumidores e fornecedores; 
 IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos 
seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; 
 V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle 
de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos 
alternativos de solução de conflitos de consumo; 
 VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no 
mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida 
de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos 
distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; 
 VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; (TJMT-2009) 
 VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. 
 Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, 
contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros: 
 I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o 
consumidor carente; (TJGO-2012) (TJMT-2009) 
 II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no 
âmbito do Ministério Público; 
(TJSC-2009): Dentre os instrumentos para a execução da Política Nacional 
de Relações de Consumo encontra-se a instituição de Promotorias de 
Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público. BL: art. 5º, 
II, CDC. 
 III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de 
consumidores vítimas de infrações penais de consumo; 
 6 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas 
Especializadas para a solução de litígios de consumo; (M) 
(TJMT-2009-VUNESP): No que pertine ao rol exemplificativo dos instrumentos 
utilizados pelo poder público para a execução da Política Nacional das 
Relações de Consumo, encontra-se, na Lei n.º 8.078/90, criação de Juizados 
Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de 
litígios de consumo. BL: art. 5º, IV, CDC. 
 V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações 
de Defesa do Consumidor. (TJMT-2009) 
 §§ 1° e 2º (Vetados). 
CAPÍTULO III 
Dos Direitos Básicos do Consumidor 
 Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
 I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por 
práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou 
nocivos; (TJSC-2013) 
 II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e 
serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; 
 III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, 
com especificação correta de quantidade, características, composição, 
qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que 
apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) Vigência (TJPA-
2009) (TJPR-2012) (MPSC-2016) (MPRO-2017) 
(TJMG-2012-VUNESP): É direito básico do consumidor a informação 
adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, 
qualidade e preço, bem como riscos que apresentem. BL: art. 6º, III, CDC. 
 IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos 
comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas 
abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; (TJPR-2012) 
 V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as 
tornem excessivamente onerosas; (TJSC-2013) (TJMS-2008) 
(MPRO-2017-FMP): Sobre os direitos básicos do consumidor, é CORRETO 
afirmar: Admite a revisão do contrato em razão de fatos supervenientes que 
afetem seu equilíbrio. BL: art. 6º, V, CDC. 
(TJPR-2012-PUCPR): O consumidor tem direito à revisão das cláusulas 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12741.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12741.htm#art6
 7 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
contratuais que se tornaram excessivamente onerosas em razão de fatos 
supervenientes à contratação. BL: art. 6º, V, CDC. 
(TJGO-2012-FCC): No sistema protetivo do consumidor é garantido o direito 
de modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as 
tornem excessivamente onerosas. BL: art. 6º, V, CDC. 
 VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, 
individuais, coletivos e difusos; (MPRO-2017) (TJSC-2013) (TJPA-2012) (TJMS-
2008) 
 VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à 
prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos 
ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos 
necessitados; (TJMS-2008) 
(TJPB-2011-CESPE): De acordo com o previsto no CDC, constitui direito 
básico do consumidor o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com 
vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos ou difusos,assegurada a proteção Jurídica, administrativa e 
técnica aos necessitados. BL: art. 6º, VII, CDC. 
 VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for 
verossímil a alegação OU quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências; (TJPR-2012) (TJMG-2012) (MPSC-2014) (MPRO-2017) 
(DPEAL-2017-CESPE): Os princípios consagrados no Código de Defesa do 
Consumidor (CDC) consistem no ponto de partida para a compreensão do 
sistema adotado pela lei consumerista e dos seus aspectos de proteção aos 
vulneráveis negociais. Considerando essas informações, assinale a opção 
correta, acerca dos princípios fundamentais do CDC e de suas 
consequências práticas: A hipossuficiência do consumidor — que não se 
relaciona, necessariamente, à condição financeira, política e social do 
destinatário final do produto — deve ser aferida em cada caso concreto, 
não podendo ser simplesmente presumida. 
 
(TJPR-2017-CESPE): Maria, aposentada, compareceu a uma agência 
bancária para sacar seu benefício previdenciário. No entanto, ao consultar 
o extrato, verificou que o numerário fora sacado por terceiro. Inconformada, 
procurou a defensoria pública, que ajuizou ação de indenização, 
requerendo, entre outras coisas, a inversão do ônus da prova em favor de 
Maria. Por sua vez, em sua resposta, a instituição financeira alegou fato 
exclusivo da vítima, porquanto a operação fora realizada mediante a 
utilização de cartão e senha pessoal. Acerca dessa situação hipotética, 
assinale a opção correta à luz da legislação aplicável ao caso e da 
jurisprudência do STJ: O juiz deverá deferir o pleito de inversão do ônus da 
prova em favor da autora, pois cabe à instituição financeira demonstrar a 
regularidade do saque. BL: art. 6º, VIII do CDC e Súmula 479 do STJ. 
 8 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 
(PGM/Porto Ferreira/SP-2016-VUNESP): Todo consumidor, assim reconhecido, 
é vulnerável, mas nem todo consumidor é hipossuficiente. Diante dessa 
afirmação, é correto afirmar que tal assertiva demonstra que a 
vulnerabilidade é pressuposto da condição de ser consumidor, sendo que a 
hipossuficiência é característica que deve ser analisada casuisticamente. 
 
OBS: De uma vez por todas: 
 - a VULNERABILIDADE é inerente ao consumidor; é absoluta; princípio do 
CDC; regra de direito material. 
 - a HIPOSSUFICIÊNCIA será constatada mediante a aferição do caso 
concreto; direito básico do consumidor; regra de instrução processual. 
 
(TJRS-2016): No âmbito do CDC, foram inseridas normas de natureza 
processual, visando garantir proteção adequada aos consumidores, 
permitindo-lhes o enfrentamento de disputas judiciais em igualdade de 
condições com o fornecedor. Sobre esse tema, assinale a alternativa 
correta. O juiz poderá inverter o ônus da prova a favor do consumidor 
sempre que este for hipossuficiente ou for verossímil a sua alegação. BL: art. 
6º, VIII, CDC. 
 
(MPF-2015): Nem todo consumidor é hipossuficiente, mas sempre será 
vulnerável. A hipossuficiência é auferida casuisticamente e gera 
consequências processuais, já a vulnerabilidade é presumida e gera 
consequências de direito material. 
 
(TJSE-2015-FCC): O Código de Defesa do Consumidor se utiliza das 
expressões “vulnerabilidade e “hipossuficiência" nos seus artigos. A respeito 
deste tema, é correto afirmar que a vulnerabilidade é uma condição 
pressuposta nas relações de consumo e a hipossuficiência deve ser 
constatada no caso concreto. 
(TJSC-2013): O juiz pode deferir, em benefício do consumidor, a inversão do 
ônus da prova no curso do processo civil versando sobre direito do 
consumidor. BL: art. 6º, VIII, CDC. 
 IX - (Vetado); 
 X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. (TJMS-
2008) (TJPE-2011) (TJSC-2013) (MPSC-2014) (MPRO-2017) 
 Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste 
artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em 
regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
(MPSC-2016): A informação adequada e clara, acessível à pessoa com 
deficiência, sobre os tributos incidentes sobre os diferentes produtos e 
serviços, bem como sobre os riscos que apresentem, configura direito básico 
do consumidor previsto na Lei 8.078/90. BL: art. 6º, inciso III c/c § único, CDC. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art6ix
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art100
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
 9 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
(TJPE-2011-FCC): Dentre os direitos básicos assegurados pela Teoria Geral do 
Direito abaixo discriminados NÃO se aplica às relações de consumo a regra 
da desconsideração da personalidade jurídica. 
Explicação: Apesar da desconsideração da personalidade jurídica ser 
tutelada pelo CDC, ela não consta dos direitos básicos do consumidor, 
previstos no art. 6º. 
 Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes 
de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da 
legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades 
administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais 
do direito, analogia, costumes e eqüidade. (TJSC-2017) 
 Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão 
solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo. 
(TJSC-2013) 
(TJSC-2017-FCC): Quanto aos direitos do consumidor, bem como suas 
disposições gerais, é correto: Direitos básicos do consumidor possuem rol 
elucidativo e não taxativo; se a ofensa for praticada por mais de um autor, 
todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas 
normas de consumo. 
CAPÍTULO IV 
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos 
Danos 
SEÇÃO I 
Da Proteção à Saúde e Segurança 
 Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não 
acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os 
considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, 
obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações 
necessárias e adequadas a seu respeito. (TJSC-2013) (TJPR-2012) (MPSC-2014) 
(MPPR-2017): A regra geral do CDC é que os produtos colocados no 
mercado não devem gerar risco à saúde e segurança do consumidor. BL: 
art. 8º, CDC. 
 § 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as 
informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que 
devam acompanhar o produto. (Redação dada pela Lei nº 13.486, de 2017) 
(MPPR-2017) 
(TJSC-2013): Os produtos industriais devem ser acompanhados de 
informações, em impressos apropriados, fornecidos pelo fabricante. BL: art. 
8º, § único do CDC. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13486.htm
 10 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 § 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados 
no fornecimento de produtos ou serviços, ou colocados à disposição do 
consumidor, e informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, 
sobre o risco de contaminação. (Incluído pela Lei nº 13.486, de 2017) 
 Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou 
perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e 
adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da 
adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. (TJPR-2012) 
(TJRS-2016): O fornecedor poderá colocar no mercado produtos e serviços 
potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança, mas deverá 
informar, de maneira ostensivae adequada, a respeito da sua nocividade 
ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em 
cada caso concreto. BL: art. 9º, CDC. 
(TJMS-2010-FCC): Observadas as normas administrativas correspondentes, é 
permitida a venda de produtos e serviços potencialmente nocivos ou 
perigosos à saúde dos consumidores, desde que a potencial nocividade ou 
periculosidade seja clara e adequadamente informada pelo fornecedor. BL: 
art. 9º, CDC. 
 Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo 
produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de 
nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. (TJSC-2013) (TJPR-2012) 
 § 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua 
introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade 
que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades 
competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários. (TJPR-2012) 
(TJMS-2010) 
(MPPR-2017): É um dos deveres do fornecedor que, após a colocação do 
produto no mercado vem a ter ciência de sua periculosidade, comunicar tal 
circunstância aos consumidores por meio de anúncios publicitários. BL: art. 
10, §1º, CDC. 
 § 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão 
veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do 
produto ou serviço. 
 § 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou 
serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito. (TJPR-2012) 
 Art. 11. (Vetado). 
SEÇÃO II 
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13486.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art11
 11 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o 
importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de 
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, 
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. 
 § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele 
legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias 
relevantes, entre as quais: (MPSC-2014) 
 I - sua apresentação; 
 II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; (TJSP-2008) 
 III - a época em que foi colocado em circulação. (MPSC-2014) 
(MPSC-2016): No regramento da Lei 8.078/90 acerca da responsabilidade 
pelo fato do produto ou do serviço, conceitua-se como produto defeituoso 
aquele que não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, 
considerando-se as circunstâncias relevantes, dentre elas sua apresentação, 
o uso e riscos esperados e a época em que colocado em circulação. BL: art. 
12, §1º, CDC. 
(TJPE-2013-FCC): O produto é defeituoso quando não oferece a segurança 
que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração 
circunstâncias relevantes, como sua apresentação, o uso e os riscos 
razoavelmente esperados e a época em que foi colocado em circulação. 
BL: art. 12, §1º, I, II e III do CDC. 
(TJTO-2007-CESPE): Acerca da responsabilidade pelo fato do produto e por 
vícios do produto e serviço nas relações de consumo, sob a sistemática do 
Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta: O consumidor 
pode sofrer danos por defeitos relativos à prestação de serviços e por 
informação inadequada ou insuficiente que com ele seja fornecida. O 
serviço presume-se defeituoso quando é mal apresentado ao consumidor, 
quando sua fruição é capaz de suscitar riscos acima do nível razoável de 
expectativa, bem como quando, em razão do decurso do tempo, desde a 
sua prestação, é de se supor que não ostente sinais de envelhecimento. 
OBS: A banca copiou, na integra, o conceito de serviço defeituoso 
apresentado pelo autor "Zelmo Denari": 
O § 1º do art. 14 oferece critérios de aferição do vício 
de qualidade do serviço prestado, e o item mais 
importante, neste particular, é a segurança do usuário, 
que deve levar em conta: o modo do fornecimento 
do serviço; os riscos da fruição; e a época em que foi 
prestado o serviço. O dispositivo enfocado é mera 
 12 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
adaptação da norma que conceitua o 'produto 
defeituoso', prevista no art. 6º da Diretiva n. 374/85 da 
 CEE e no § 1º do art. 12 do nosso Código de Defesa do 
Consumidor. O serviço presume-se defeituoso quando 
é mal apresentado ao público consumidor , quando 
sua fruição é capaz de suscitar riscos acima do nível 
de razoável expectativa (inc. I), bem como quando, 
 em razão do decurso de tempo, desde a sua 
prestação, é de se supor que não ostente sinais de 
envelhecimento (inc. II)". Rio de Janeiro: Forense 
Universitária. 2007.p. 203) 
 § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor 
qualidade ter sido colocado no mercado. (TJMS-2010) (TJSC-2013) 
(TJMA-2013-CESPE): Em ação que trate de matéria consumeirista, constitui 
aspecto irrelevante na análise do defeito do produto a existência, no 
mercado, de outro produto de melhor qualidade. BL: art. 12, § 2º, CDC. 
 § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será 
responsabilizado quando provar: (TJSC-2013) 
 I - que não colocou o produto no mercado; 
 II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; 
 III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. (TJSC-2013) 
 Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo 
anterior, quando: (TJTO-2007) 
 I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser 
identificados; (TJSC-2013) (MPPR-2016) 
 
(DPU-2017-CESPE): Com relação à responsabilidade e às práticas comerciais 
nas relações consumeristas, julgue o item que se segue. Situação hipotética: 
Paulo, dono de estabelecimento comercial, vendeu uma batedeira elétrica 
de fabricante identificado. Posteriormente, o aparelho explodiu durante o 
uso, o que causou lesão no consumidor. Assertiva: Nessa situação, não 
haverá responsabilidade solidária entre o fabricante e Paulo pelo dano 
causado. BL: art. 13, I, CDC. 
 
OBS: Paulo é comerciante. Trata-se de Fato do Produto (Defeito). Explosão 
de uma batedeira. No caso em exame, aplica-se o art. 13 do CDC. Sua 
responsabilidade, portanto, será subsidiária, haja vista o fabricante estar 
identificado. Sobre o assunto, vejamos seguinte trecho de julgado do STJ: 
(...) 
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO 
ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MATERIAIS E MORAIS. FATO DO PRODUTO. 
 13 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
ILEGITIMIDADE ATIVA DO AUTOR E AFASTAMENTO DOS 
DANOS MATERIAIS. MODIFICAÇÃO DO ACÓRDÃO. 
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. RESPONSABILIDADE 
SOLIDÁRIA DO COMERCIANTE NÃO CONFIGURADA. 
FABRICANTE IDENTIFICADO. AGRAVO INTERNO 
DESPROVIDO. (...) 2. Nos termos da jurisprudência desta 
Corte, a condenação do comerciante como 
responsável solidário somente teria lugar caso o 
produtor não pudesse ser identificado, o que não 
ocorreu na espécie. (...) (AgInt no AREsp 1016278/RJ, 
Rel. Min. MARCO AURÉLIO BELLIZZE, 3ª TURMA, j. 
28/3/17). 
 II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, 
produtor, construtor ou importador; 
 III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. 
(TJPI-2015-FCC): Karina adquiriu no supermercado Golf lacticínio produzido 
pela empresa Lima e acabou por passar mal porque o produto estava 
estragado, tanto em razão de falha nafabricação como no 
armazenamento. Se o juiz se convencer de que Karina sofreu danos morais, 
deverá condenar Golf e Lima, independentemente de comprovação de 
culpa, porque o fabricante é objetivamente responsável pelo fato do 
produto, mas o comerciante responde igualmente em caso de conservação 
inadequada de produtos perecíveis. BL: art. 12, caput, e art. 13, III do CDC. 
(TJPE-2013-FCC): O comerciante é responsabilizado quando o fabricante, o 
construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados, ou, 
quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, 
produtor, construtor ou importador ou, ainda, quando não conservar 
adequadamente os produtos perecíveis. BL: art. 13, I, II e III do CDC. 
 Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado 
poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo 
sua participação na causação do evento danoso. 
(TJSC-2013): Aquele que efetivar o pagamento ao consumidor prejudicado 
poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, 
segundo sua participação na causação do evento danoso. BL: art. 13, § 
único do CDC. 
 Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
(TJCE-2012-CESPE): Consoante os princípios da transparência e da 
informação, o fornecedor responderá tanto pela informação inverídica 
quanto pela falta de informação a respeito do produto ou serviço e da 
 14 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
correta utilização do produto. BL: art. 6º, III e art. 14, caput, CDC. 
 § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o 
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as 
circunstâncias relevantes, entre as quais: (TJPE-2013) 
 I - o modo de seu fornecimento; 
 II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
 III - a época em que foi fornecido. 
 § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas 
técnicas. 
 § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando 
provar: 
 I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
 II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
 § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada 
mediante a verificação de culpa. (TJSP-2008) 
(DPEPE-2018-CESPE): Após ter sofrido grave acidente, Mariana contratou o 
fisioterapeuta Carlos para cuidar de sua reabilitação. Contudo, o 
tratamento foi mal sucedido, e Mariana, por considerar que ficou inabilitada 
para o trabalho por tempo excessivo em razão da ineficiência e da má 
qualidade do serviço, deseja ajuizar demanda contra Carlos, para pleitear 
lucros cessantes. Nessa situação hipotética, Mariana deve ajuizar ação de 
responsabilidade pelo fato do serviço, e a responsabilidade de Carlos é 
subjetiva. BL: art. 14, §4º, CDC. 
 
OBS: No caso em questão, Mariana não teve apenas um serviço mal 
prestado, pelo qual poderia receber uma diminuição do valor pago. Ela 
teve uma inabilitação prolongada para o trabalho. 
 
(TJPI-2015-FCC): Antonio é médico e realizou cirurgia, no hospital Papa, a 
cujos quadros pertence, que resultou na amputação de uma das pernas de 
Tania. A amputação ocorreu porque Antonio entendeu que o 
procedimento era necessário à salvação da vida de Tania, que sofria de 
graves problemas circulatórios. Tania ajuizou ação contra Antonio e Papa 
afirmando que ambos teriam responsabilidade objetiva pelo fato, devendo 
por isto indenizá-la. Para que haja a responsabilização, é necessário que se 
demonstre, além da ocorrência de dano, a existência de culpa de Antonio, 
caso em que Papa responderá objetivamente pelo dano, solidariamente 
com Antonio. BL: art. 14, §4º do CDC c/c arts. 932, II e 933 do CC/02. 
 
(TJSC-2015-FCC): Etevaldo, médico neurocirurgião, realiza operação para 
 15 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
retirada de tumor cerebral em estágio avançado em Lucicleide, que vem a 
falecer no curso da cirurgia. A família da paciente ajuiza ação indenizatória 
contra Etevaldo, alegando erro médico e que Lucicleide não foi informada 
de que a cirurgia era de alto risco, podendo levá-la a óbito. Nesse caso, o 
juiz considerará a responsabilidade de Etevaldo como subjetiva, apurando-
se o eventual erro médico com a verificação de sua culpa; analisará como 
relevante juridicamente ter sido Lucicleide informada ou não dos riscos que 
corria, tendo em vista a gravidade de seu quadro de saúde, que impunha 
informação ostensiva e adequada da periculosidade da cirurgia a que seria 
submetida. BL: art. 14, §4º, CDC; art. 15 do CC/02 e Enunciado 533, da VI JDC. 
 
OBS: Enunciado n. 533 da VI Jornada de Direito Civil: O paciente 
plenamente capaz poderá deliberar sobre todos os aspectos concernentes 
a tratamento médico que possa lhe causa risco de vida, seja imediato ou 
mediato, salvo as situações de emergência ou no curso de procedimentos 
médicos cirúrgicos que não possam ser interrompidos. 
(TJPE-2013-FCC): Na atividade médica, a responsabilidade civil do 
profissional liberal é, em regra, apurada com base na responsabilidade 
subjetiva e examinada como obrigação de meio, excepcionalmente 
examinando-se como obrigação de resultado. BL: art. 14, §4º do CDC e 
jurisprudência pacificada dos Tribunais. Precedente: RJTAMG 63/384. 
 Arts. 15 e 16. (Vetados). 
 Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores 
todas as vítimas do evento. (TJPR-2012) (MPSC-2014/2016) 
(Analista-CRBio/1ªRegião-2017-VUNESP): Josefino estava parado no posto 
de gasolina da rede Predileto, abastecendo seu carro, quando, de repente, 
um helicóptero da empresa Duro na queda cai sobre tal estabelecimento, 
morrendo na explosão todos que estavam no helicóptero e no posto. Nesse 
caso, com relação à liame que agora une essas partes, é correto afirmar 
que Josefino é consumidor tanto do posto quanto da empresa Duro na 
queda, sendo que da última é assim considerado por equiparação. BL: arts. 
14 e 17, CDC. 
(TJPI-2015-FCC): Victor presenteou seu filho Victor Jr. com uma garrafa de 
vinho adquirida na empresa Sierra. Como o produto estava estragado, 
Victor Jr. teve que ser internado, depois ajuizando ação contra Sierra. Em 
contestação, alegou-se inaplicabilidade do Código de Defesa do 
Consumidor. A alegação não procede, pois, ainda que Victor Jr. não tenha 
adquirido, por si, o produto, equiparam-se a consumidor, para fins de 
responsabilização civil, todas as vítimas do evento danoso. BL: art. 17 do 
CDC. 
(TJSE-2015-FCC): Considere a hipótese de uma explosão ocorrida em um 
restaurante, que funcionava dentro de um shopping center. A explosão foi 
causada por um botijão de gás, que ficava na cozinha do restaurante, e foi 
tão forte que feriu gravemente seus empregados, além de pessoas que 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art15
 16 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
estavam jantando, empregados da loja vizinha, um segurança do próprio 
shopping center e, ainda, pessoas que passavam pelo corredor. Levando 
em consideração as regras de responsabilidade previstas no Código de 
Defesa do Consumidor-CDC, o segurança do shopping center pode pleitear 
indenização em juízo, contra o restaurante, com base no CDC, posto 
se tratar de vítima de um acidente de consumo. 
(MPAC-2014-CESPE): Considere que a queda de um avião de empresa 
aérea nacional, em via pública, cause a morte de centenas de pessoas, 
entre passageiros da aeronave e moradores do local do acidente. Nessa 
situação hipotética, de acordo com as normas do CDC e o entendimento 
do STJ, as vítimas moradorasdas casas atingidas pela queda do avião são 
consideradas consumidores por equiparação, ou bystanders. BL: art. 2º, § 
único, CDC. 
(MPSC-2014): No que diz respeito à responsabilidade pelo fato do produto e 
do serviço, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento, 
ainda que não se enquadrem no conceito de consumidor previsto no artigo 
2º do CDC. BL: art. 17 do CDC. 
OBS: Há equiparação de todas as vítimas do evento a consumidores apenas 
na responsabilidade decorrente DE FATO do produto ou do serviço, que é a 
seção na qual o art. 17 está inserido. 
SEÇÃO III 
Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço 
 Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não 
duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade 
que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou 
lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, 
com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou 
mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, 
podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. (TJRS-2016) 
(MPRR-2017-CESPE): Antônio adquiriu um televisor em um estabelecimento 
comercial e entrou em contato com a assistência técnica para instalação. 
Contudo, o técnico, ao concluir de modo correto o procedimento de 
instalação do aparelho, constatou que este não emitia som. Nessa situação 
hipotética, a responsabilidade civil prevista no CDC está fundada no vício 
do produto. BL: art. 18 a 20, CDC. 
(MPSC-2014): De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as 
imperfeições dos produtos dividem-se em duas categorias: defeitos e vícios. 
Os primeiros possuem natureza mais grave, pois são capazes de causar 
danos à saúde ou à segurança do consumidor, enquanto os segundos têm 
como conseqüência apenas a inservibilidade ou a diminuição do valor do 
produto. BL: arts. 12, §1º e 18 do CDC. 
(TJRJ-2011-VUNESP): Em matéria de responsabilidade civil, é solidária entre os 
 17 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
fornecedores nos casos de vício de qualidade. BL: art. 18, caput, CDC. 
 § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o 
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: (TJRJ-2011) 
 I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
(MPAM-2015-FMP): Consideram-se produtos essenciais os indispensáveis para 
satisfazer as necessidades imediatas do consumidor. Logo, na hipótese de 
falta de qualidade ou quantidade, não sendo o vício sanado pelo 
fornecedor, assinale a alternativa correta. É direito do consumidor exigir a 
substituição do produto por outro de mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso, ou, a seu critério exclusivo, a restituição imediata da 
quantia paga, sem prejuízo de eventuais perdas e danos, ou, ainda, o 
abatimento proporcional do preço. BL: art. 18, §1º, CDC. 
 (TJPI-2015-FCC): Délia comprou, na empresa de comércio Charlie, 10 
metros quadrados de porcelanato fabricado por Foxtrot, recebendo o 
produto encaixotado. Ao abrir as embalagens, verificou que parte do 
produto continha manchas que tornavam o porcelanato impróprio para a 
utilização pretendida pela consumidora, que requereu a substituição do 
bem. Charlie alegou, porém, que cabia a Délia ter analisado todas as peças 
no momento da entrega, tendo como política comercial não trocar 
produtos. Foxtrot sustentou que apenas o comerciante tem responsabilidade 
pela troca do produto. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, 
Foxtrot e Charlie são solidariamente responsáveis pelo vício do produto, 
devendo substituí-lo por outro da mesma espécie, em perfeitas condições 
de uso. BL: art. 18, §1º, I do CDC. 
(TJMA-2013-CESPE): Gastão comprou um carro e, após três dias de uso do 
veículo, uma peça do motor parou de funcionar, o que comprometeu o 
desempenho do automóvel. De imediato, Gastão requereu a troca da 
peça, entretanto, passados quarenta dias, não recebeu qualquer resposta 
da concessionária. Nesta situação hipotética, caracterizado o vício de 
qualidade, Gastão tem direito, conforme norma expressa do CDC, ao 
abatimento proporcional do preço pago pelo bem, além de indenização 
por perdas e danos. BL: art. 18, §1º, II e III do CDC. 
 § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo 
previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a 
cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser 
convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do 
consumidor. (MPPR-2016) 
 18 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° 
deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das 
partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do 
produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 
 § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste 
artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição 
por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação 
ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos 
incisos II e III do § 1° deste artigo. 
 § 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável 
perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado 
claramente seu produtor. (MPPR-2016) 
(TJSP-2008-VUNESP): O Código de Defesa do Consumidor isenta a 
responsabilidade do fornecedor direto por vício de produto in natura, caso 
seu produtor seja claramente identificado. BL: art. 18, §5º, CDC. 
 § 6° São impróprios ao uso e consumo: 
 I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; 
 II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, 
falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, 
ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, 
distribuição ou apresentação; 
(TJPI-2008-CESPE): Joana celebrou contrato com a pessoa jurídica A para 
prestação do seguinte serviço de bufê em um evento: realização de um 
jantar, com fornecimento de material (copos, talheres, pratos etc.), pessoal 
especializado (chefe de cozinha, auxiliares e garçons) e alimentação 
previamente definida. No dia do evento, os serviços foram prestados 
adequadamente, sem atrasos, ou quaisquer outras falhas. No dia seguinte, 
todavia, Joana e inúmeros convidados sofreram intoxicação alimentar e 
tiveram que se submeter a tratamento ambulatorial de emergência. 
Contatada, a empresa contratada informou que o fornecimento dos 
alimentos ficou a cargo da pessoa jurídica B, contratada por A para auxiliá-
la na realização do evento. Considerando a situação hipotética acima, 
assinale a opção correta, de acordo com o direito das relações de 
consumo. Pela terminologia adotada pelo CDC, os alimentos fornecidos 
pela pessoa jurídica B são considerados impróprios para o consumo. BL: art. 
18, §6º, II, CDC. 
 III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim 
a que se destinam. 
 Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de 
quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de 
sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do 
 19 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, 
podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 I - o abatimento proporcional do preço; 
 II - complementação do peso ou medida;III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou 
modelo, sem os aludidos vícios; 
 IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 
 § 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior. 
 § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou 
a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões 
oficiais. 
 Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que 
os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por 
aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta 
ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à 
sua escolha: (MPRS-2017) (AGU-2004) 
 I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
 § 1° A reexecução dos serviços PODERÁ ser confiada a terceiros 
devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. 
(MPPR-2016): Em se tratando de vícios de qualidade que diminuam o valor 
do serviço, sua reexecução poderá ser confiada a terceiros devidamente 
capacitados, por conta e risco do fornecedor. BL: art. 20, §1º, CDC. 
 § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins 
que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam 
as normas regulamentares de prestabilidade. 
 Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação 
de qualquer produto CONSIDERAR-SE-Á IMPLÍCITA a obrigação do fornecedor 
de empregar componentes de reposição originais adequados e novos, ou que 
mantenham as especificações técnicas do fabricante, SALVO, quanto a estes 
últimos, autorização em contrário do consumidor. 
 20 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
(Analista Processual/MEC-2014-CESPE): Com relação à responsabilidade 
pelo fato e pelo vício do produto ou serviço, prevista no CDC, julgue o item. 
O fornecedor de serviços de reparação de um produto deve empregar 
peças de reposição originais adequadas e novas, ou que mantenham as 
especificações técnicas do fabricante, salvo, na última hipótese, se houver 
autorização em contrário do consumidor. BL: art. 28, §4º, CDC. 
 Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, 
permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são 
obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos 
essenciais, contínuos. (MPSC-2014/2016) 
 Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das 
obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a 
cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código. 
 Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por 
inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade. 
 Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe 
de termo expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor. 
 Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, 
exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções 
anteriores. 
 § 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos 
responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções 
anteriores. 
 § 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao 
produto ou serviço, são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou 
importador e o que realizou a incorporação. 
SEÇÃO IV 
Da Decadência e da Prescrição 
 Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil 
constatação caduca em: (TJRS-2016) 
 I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não 
duráveis; (Cartórios/TJMG-2017) 
(Analista Judiciário/TRF5-2017-FCC): Minotauro encomendou da empresa X 
trinta cestas de Natal modelo A. A referida empresa entregou cestas de 
Natal modelo C, ou seja, com diversos produtos perecíveis natalinos em 
quantidade menor. Neste caso, de acordo com o Código de Defesa do 
Consumidor, o direito de Minotauro reclamar pelos vícios aparentes ou de 
fácil constatação existentes nas cestas natalinas caducará em trinta dias a 
contar da entrega efetiva das cestas. BL: art. 26, I do CDC. 
 21 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos 
duráveis. (TJSP-2011) 
(TJPI-2015-FCC): Oscar adquiriu conjunto de lâmpadas para sua residência e 
verificou, no momento da instalação, feita no mesmo dia da compra, que 
algumas delas não acendiam. Por tal razão, requereu, também no mesmo 
dia da compra, a substituição do produto. Como, no momento da 
reclamação, o fornecedor se recusou de maneira inequívoca a realizar a 
substituição, Oscar ajuizou ação para este fim. Fê-lo, porém, passados cem 
dias da entrega do produto. O fornecedor alegou prescrição. De acordo 
com o Código de Defesa do Consumidor, passados noventa dias da 
compra, ocorreu não prescrição mas decadência do direito de reclamar 
pelo vício do produto. BL: art. 26, II do CDC. 
 § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega 
efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. 
 § 2° Obstam a decadência: [causas obstativas da decadência] 
 I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante 
o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, 
que deve ser transmitida de forma inequívoca; 
OBS: De que forma tem que ocorrer essa “reclamação”? Pode ser verbal ou 
tem que ser escrita? A reclamação obstativa da decadência, prevista no 
art. 26, § 2º, I, do CDC, pode ser feita documentalmente ou verbalmente. STJ. 
3ª Turma. REsp 1.442.597-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 24/10/17 (Info 614). 
 II - (Vetado). 
 III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. (TJSC-2013) 
(MPPR-2016) 
 § 3° Tratando-se de VÍCIO OCULTO, o prazo decadencial inicia-se no 
momento em que ficar evidenciado o defeito. (TJRS-2016) 
(TJSP-2017-VUNESP): Pedro compra um televisor novo em 1° de março de 
2015. O fornecedor oferece garantia, mediante termo escrito, de 1 (um) 
ano. Em 15 de julho de 2016, em decorrência de um vício oculto (não 
originado de desgaste natural), o sistema de áudio da TV para de funcionar. 
Em 20 de agosto de 2016, Pedro entra em contato com o fabricante, 
informa o problema e solicita o conserto. O fabricante se recusa a efetuar o 
conserto afirmando que decorreu o prazo de garantia de 1 (um) ano. Pedro, 
então, propõe ação de obrigação de fazer, em 10 de setembro de 2016, 
pleiteando a condenação do fabricante a efetuar o conserto da TV. É 
correto afirmar que a ação é procedente, pois a reclamação referente à 
garantia legal de adequação do produto foi efetuada dentro do prazo 
decadencial de 90 dias, cuja contagem teve início a partir do 
aparecimento do defeito. BL: art. 26, II c/c §2º, I c/c §3º do CDC. 
 Art. 27. Prescreve em CINCO ANOS a pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art26%C2%A72ii
 22 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do 
dano e de sua autoria. 
(MPSC-2016): Prescreve em cinco anos, a partir do conhecimento do dano e 
de sua autoria, a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do 
produto ou do serviço segundo o normatizado no CDC. BL: art. 27 do CDC. 
 
(TJPI-2015-FCC): Romeu adquiriu da agênciaZulu um pacote de viagens 
para a Holanda, onde comemoraria sua lua-de-mel. Na data programada, 
porém, sem prévio aviso, a viagem foi cancelada, causando danos morais. 
Passados cem dias do fato, Romeu ajuizou ação de indenização contra Zulu, 
que alegou prescrição. De acordo com o Código de Defesa do 
Consumidor, a prescrição não ocorreu, pois prescreve em cinco anos a 
pretensão à reparação por fato do serviço, contados do conhecimento do 
dano e de sua autoria. BL: art. 27 do CDC. 
 
(MPPA-2014-FCC): Marina adquiriu no Supermercado Russo, para limpeza de 
sua residência, 1 litro da água sanitária “Quilimpo”, a qual foi utilizada por 
sua funcionária Juliana. A embalagem do produto identificava claramente 
a fabricante Quilimpo Ltda, empresa sólida financeiramente, e trazia a 
advertência: “diluir em água antes da utilização”. Embora tenha realizado a 
diluição, uma vez em contato com a urina de animais domésticos, a água 
sanitária liberou gases tóxicos, os quais provocaram queimaduras na pele de 
Juliana. Juliana poderá ajuizar, diretamente, ação de indenização contra a 
fabricante apenas, no prazo prescricional de 5 anos. BL: art. 27 do CDC. 
 
Explicação: A questão versa sobre FATO DO PRODUTO (arts. 12 a 17 DO 
CDC), sendo o prazo prescricional, de acordo com o art. 27 do CDC. Por fim, 
em se tratando de fato do produto (e não fato do serviço), há 
responsabilidade subsidiária do comerciante nas hipóteses previstas no art. 
13 do CDC, tal como ocorre na questão. 
 Parágrafo único. (Vetado). 
SEÇÃO V 
Da Desconsideração da Personalidade Jurídica 
 Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da 
sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, 
excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos 
ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver 
falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa 
jurídica provocados por má administração. 
 (TJPA-2009-FGV): O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da 
sociedade quando houver falência, estado de insolvência, encerramento 
ou inatividade da pessoa jurídica, provocados por má administração. BL: art. 
28, caput, CDC. 
(TJSP-2008-VUNESP): A desconsideração da personalidade jurídica pode ser 
determinada em favor de consumidor, no caso de inatividade do 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art27p
 23 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
fornecedor de produto, provocada por má-administração. BL: art. 28, caput, 
CDC. 
 § 1° (Vetado). 
 § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades 
controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes 
deste código. (TJMS-2008) 
(TJPA-2009-FGV): As sociedades integrantes dos grupos societários são 
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do CDC. BL: art. 
28 §2º, CDC. 
 § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas 
obrigações decorrentes deste código. (TJMS-2008) 
 § 4° As sociedades COLigadas só responderão por CULpa. (TJMS-2008) 
[dica: COLIGADAS + CULPA = COLCUL] 
(Analista Processual/MEC-2014-CESPE): A responsabilidade das sociedades 
coligadas, no caso de ocorrência de algum dano ao consumidor, deve ser 
de natureza subjetiva e não objetiva. BL: art. 28, §4º, CDC. 
 § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que 
sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de 
prejuízos causados aos consumidores. (TJRR-2008) (TJRS-2016) 
(MPSC-2016): A falência, insolvência, encerramento ou inatividade da 
pessoa jurídica decorrente de má administração, assim como a hipótese de 
a personalidade da pessoa jurídica constituir obstáculo ao ressarcimento de 
prejuízos causados aos consumidores poderão ensejar a desconsideração 
da personalidade jurídica da sociedade, conforme preceitua a Lei 8.078/90. 
BL: art. 28, caput e §5º, CDC. 
(TJPI-2015-FCC): Flávia contratou o fornecimento de esquadrias com a 
empresa Inca, a qual atrasou a entrega dos produtos, causando danos 
materiais e morais à consumidora. Convencido do fato, o juiz condenou 
Inca a pagar indenização. Na fase de cumprimento de sentença, porém, 
verificou-se que Inca passava por dificuldades financeiras, tornando 
impossível o ressarcimento dos prejuízos, razão pela qual Flávia requereu a 
desconsideração da personalidade jurídica de Inca. De acordo com o 
Código de Defesa do Consumidor, o pedido deverá ser acolhido, porque 
pode ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade 
for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. BL: 
art. 28 do CDC. 
CAPÍTULO V 
Das Práticas Comerciais 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art28%C2%A71
 24 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
SEÇÃO I 
Das Disposições Gerais 
 Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos 
consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas 
nele previstas. 
(MPSC-2014): No que diz respeito às práticas comerciais, equiparam-se aos 
consumidores todas as pessoas, determináveis ou não, expostas às práticas 
nele previstas. BL: art. 29, CDC. 
(TJPR-2012-PUCPR): De acordo com o CDC, as pessoas expostas às práticas 
comerciais abusivas equiparam-se a consumidores, ainda que 
indetermináveis. BL: art. 29, CDC. 
SEÇÃO II 
Da Oferta 
 Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, 
veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a 
produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a 
fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. 
(TJPR-2017-CESPE): Para a incidência do princípio da vinculação, a oferta 
deve ser precisa, pois o simples exagero não obriga o fornecedor. BL: art. 30, 
CDC. 
OBS: "HERMAN BENJAMIN, a saber: em segundo lugar, a oferta (informação 
ou publicidade) deve ser suficientemente precisa, isto é, o simples exagero 
(puffing), não obriga o fornecedor. É o caso de expressões exageradas, que 
não permitem verificação objetiva, como 'o melhor sabor', 'o mais bonito', o 
maravilhoso (Manual de Direito do Consumidor, pg. 138)" 
(TJSP-2017-VUNESP): Atraído por material publicitário, Lucas adquire um 
automóvel mediante contrato escrito de compra e venda. Posteriormente, 
constata que as condições do negócio lhe foram desfavoráveis, pois 
diversos itens mencionados na propaganda não constavam do veículo e do 
contrato. Assinale a resposta correspondente à correta solução do caso: 
Lucas deve exigir da vendedora que introduza no contrato as alterações 
necessárias a adaptá-lo ao conteúdo do material publicitário. BL: art. 30, 
CDC. 
OBS: Trata-se do PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO CONTRATUAL DA OFERTA 
(PUBLICIDADE: a oferta (publicidade) integra o contrato e deve ser 
cumprida. Gera um direito potestativo para o consumidor (o de exigir a 
oferta nos moldes do veiculado) e a responsabilidade do fornecedor é 
objetiva. 
 Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar 
informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre 
 25 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, 
prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos 
que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. (TIPI-2007) 
 Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos 
refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. 
(Incluído pela Lei nº 11.989, de 2009) 
 Art. 32. Os fabricantes e importadores DEVERÃO assegurar a oferta de 
componentes e peças de reposição enquantonão cessar a fabricação ou 
importação do produto. (TJSP-2015) 
 Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta DEVERÁ 
ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei. (TJSP-2015) 
 Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, 
deve constar o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade 
e em todos os impressos utilizados na transação comercial. 
(TJSP-2015-VUNESP): Em caso de oferta ou venda por reembolso postal, 
constarão o nome do fabricante e endereço na publicidade utilizada na 
transação comercial. BL: art. 33 do CDC. 
 Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviços por 
telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina. 
(Incluído pela Lei nº 11.800, de 2008). 
 Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável 
pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. (MPSC-2013) (TJSP-
2015) (MPPR-2016) 
 Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à 
oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor PODERÁ, alternativamente 
e à sua livre escolha: 
 I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, 
apresentação ou publicidade; (TJSP-2015) 
 II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; (TJSP-2015) 
 III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia 
eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. 
(TJSP-2015) 
SEÇÃO III 
Da Publicidade 
 Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, 
fácil e imediatamente, a identifique como tal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11989.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11800.htm#art1
 26 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou 
serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, 
os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem. 
 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
 § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação 
de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro 
modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito 
da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, 
preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 
(MPRS-2017): A publicidade é enganosa por comissão quando o fornecedor 
faz uma afirmação, parcial ou total, não verdadeira sobre o produto ou 
serviço, capaz de induzir o consumidor a erro. BL: art. 37, §1º, CDC. 
 § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer 
natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se 
aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita 
valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar 
de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
(TJPR-2017-CESPE): Determinada empresa que fabrica cervejas divulgou 
propaganda de sua nova bebida, de cor escura, e estampou uma mulher 
negra no anúncio, associando seu corpo às características do produto. O 
MP ajuizou ACP pleiteando a alteração do anúncio, sob o argumento de 
que ele era racista e sexista e que sua propagação violaria os direitos dos 
consumidores. Nessa ação, também foi requerido que o magistrado fixasse 
dano moral coletivo. Nessa situação hipotética, conforme a legislação 
aplicável ao caso e o entendimento doutrinário sobre o tema, a alegação 
do MP é compatível com a tipificação de propaganda abusiva, pois, no 
caso, ocorreu discriminação a determinado segmento social. BL: art. 37, §2º, 
CDC. 
(Analista-Advogado/CRBio-1ª Região-2017-VUNESP): Determinada empresa 
de roupas fez anúncio em um jornal de grande circulação de São Paulo, 
colocando as seguintes frases: “Sempre pensando no figurino das sereias e 
nunca das baleias” e “Não basta ser magra para ser linda, tem que se vestir 
bem”. Um órgão que defende direitos humanos se insurgiu contra tal 
anúncio. É correto afirmar que a publicidade é abusiva e, por isso, há 
motivos para reclamar sobre o anúncio. BL: art. 37, §2º, CDC. 
(TJPE-2011-FCC): Uma mensagem publicitária considera-se abusiva quando 
desrespeitar valores ambientais. BL: art. 37, §2º, CDC. 
 § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão 
quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço. 
 § 4° (Vetado). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/vep664-L8078-90.htm#art37%C2%A74
 27 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou 
comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. (MPPR-2016) (TJPR-2017) 
(MPSC-2016): Conforme o regramento do CDC, publicidade enganosa pode 
se dar na forma omissiva, quando não se informa sobre dado essencial do 
produto ou do serviço, cabendo o ônus da prova da correção da 
informação/comunicação publicitária a quem a patrocina. BL: art. 37, §3º e 
art. 38 do CDC. 
 
(TJSE-2015-FCC): É feita uma publicidade na TV, na qual é afirmado que 
determinado alimento tem qualidades terapêuticas para a prevenção de 
doenças. Provar a eventual veracidade da publicidade cabe, apenas ao 
anunciante. BL: art. 38 do CDC. 
SEÇÃO IV 
Das Práticas Abusivas 
 Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras 
práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) 
 I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento 
de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites 
quantitativos; 
 II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata 
medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com 
os usos e costumes; 
 III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer 
produto, ou fornecer qualquer serviço; (MPSC-2016) (TJSP-2017) 
 IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em 
vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe 
seus produtos ou serviços; (TJMG-2005) 
 V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; 
 VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e 
autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas 
anteriores entre as partes; (TJMG-2005) (TJPI-2007) 
(MPPR-2016): É vedado ao fornecedor executar serviços sem a prévia 
elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, 
ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes. BL: art. 39, 
VI, CDC. 
 VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo 
consumidor no exercício de seus direitos; (TJSP-2009) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8884.htm#art39
 28 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
 VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em 
desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se 
normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); 
 IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a 
quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os 
casos de intermediação regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei 
nº 8.884, de 11.6.1994) 
 X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela 
Lei nº 8.884, de 11.6.1994) 
 XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformadoem inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999 
 XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou 
deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.(Incluído pela Lei nº 
9.008, de 21.3.1995) 
 XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou 
contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999) 
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços 
de um número maior de consumidores que o fixado pela autoridade 
administrativa como máximo. (Incluído pela Lei nº 13.425, de 30.3.2017) 
(Produção de Efeitos) 
 Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou 
entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às 
amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento. 
(TJSP-2017-VUNESP): No período de 2 (dois) meses, Luciana recebeu em sua 
residência, sem solicitação prévia, edições semanais de uma revista. No 
início do terceiro mês, Luciana recebe boleto de cobrança de uma 
anuidade da revista e, em seguida, mantém contato com a editora e 
manifesta desinteresse no produto. A editora cancela o boleto de cobrança 
da anuidade e emite novo boleto referente às 8 (oito) edições recebidas 
por Luciana no período de 2 (dois) meses. Quanto a esse boleto, assinale a 
alternativa correta: Inexiste obrigação de pagamento, pois as revistas 
recebidas são equiparadas a amostras grátis. BL: art. 39, III, c/c § único, CDC. 
(MPSC-2016): Nos termos da Lei 8.078/90, o envio ou entrega de qualquer 
produto, sem solicitação prévia do consumidor, independente da 
quantidade remetida ou entregue, é equiparado a amostra grátis, sem que 
haja obrigação de pagamento. BL: art. 39, III e § único, CDC. 
(MPPR-2016): Enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8884.htm#art39
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8884.htm#art39
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8884.htm#art39
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8884.htm#art39
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/1890-67.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9870.htm#art39xiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9870.htm#art39xiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7
 29 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
qualquer produto ou fornecer qualquer serviço, equipara-se a amostra 
grátis, inexistindo obrigação de pagamento. BL: art. 39, III e § único, CDC. 
(TJPI-2007-CESPE): Em caso de práticas comerciais abusivas, não é 
necessário que se configure a lesão a direito individual, bastando que seja 
demonstrada a potencialidade ofensiva de tal prática para que incidam à 
espécie as disposições do CDC. BL: art. 39, caput, CDC. 
OBS: Atentar-se para a expressão “dentre outras” do caput do art. 39 do 
CDC, haja vista ser um rol exemplificativo. 
 Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor 
orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e 
equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem 
como as datas de início e término dos serviços. 
 § 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo 
prazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor. 
 § 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os 
contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociação das 
partes. 
 § 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos 
decorrentes da contratação de serviços de terceiros não previstos no 
orçamento prévio. (TJSP-2009) (TJPI-2007) 
 Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de serviços sujeitos ao 
regime de controle ou de tabelamento de preços, os fornecedores deverão 
respeitar os limites oficiais sob pena de não o fazendo, responderem pela 
restituição da quantia recebida em excesso, monetariamente atualizada, 
podendo o consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento do negócio, sem 
prejuízo de outras sanções cabíveis. 
SEÇÃO V 
Da Cobrança de Dívidas 
 Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será 
exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou 
ameaça. 
 Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito 
à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, 
acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano 
justificável. (TJSC) 
(TJMG-2007): No sistema do Código de Defesa do Consumidor, a sanção 
civil pela cobrança de dívida em valor maior que o real gera direito à 
repetição de indébito. No caso, é CORRETO dizer que a sanção: tem dois 
limites objetivos: só é possível nos casos de cobrança extrajudicial e tem que 
 30 código de defesa do consumidor – 
material com questões de concurso 
ter origem em dívida de consumo. BL: art. 42, § único, CDC. 
OBS: Para Antônio Hermann de V. e Benjamin, “a pena do art. 42, parágrafo 
único, rege-se por dois limites objetivos. Em primeiro lugar, sua aplicação só 
é possível nos casos de cobrança extrajudicial. Em segundo lugar, a 
cobrança tem que por origem uma dívida de consumo. Sem que estejam 
preenchidos esses dois requisitos, aplica-se o sistema geral do Código Civil. 
[...]. Observe-se que, no sistema do Código Civil, a sanção só tem lugar 
quando a cobrança é judicial, ou seja, pune-se aquele que movimenta a 
máquina do Judiciário injustificadamente. Não é esse o caso do Código de 
Defesa do Consumidor. Usa-se aqui o verbo cobrar, enquanto o Código Civil 
refere-se a demandar. Por conseguinte, a sanção, no caso da lei especial, 
aplica-se sempre que o fornecedor (direta ou indiretamente) cobrar e 
receber, extrajudicialmente, quantia indevida. O Código de Defesa do 
Consumidor enxerga o problema em estágio anterior àquele do Código 
Civil. Por isso mesmo, impõe requisito inexistente neste. Note-se que, 
diversamente do que sucede com o regime civil, há necessidade de que o 
consumidor tenha, efetivamente, pago indevidamente. Não basta a simples 
cobrança. No art. 1531, é suficiente a simples demanda" (BENJAMIM, 
Antônio Herman de Vasconcelos. In: GRINOVER, Ada Pellegrini et al. Código 
brasileiro do consumidor comentado pelos autores do anteprojeto. 6 ed. rev. 
e atual. Rio de Janeiro: Forense, p. 336). 
 
Obs1: Repetição do indébito no CDC: O CDC possui uma regra semelhante, 
mas que apresenta peculiaridades. Assim, se o consumidor for cobrado em 
quantia indevida e efetuar o pagamento, terá direito de receber valor igual 
ao dobro do que pagou em excesso, nos termos de seu art. 42, § único. 
Obs2: Requisitos para aplicar essa penalidade do CDC: a) Consumidor ter 
sido cobrado por quantia indevida; b) Consumidor ter pago essa quantia 
indevida (o CDC exige que a pessoa tenha efetivamente pago e não 
apenas que tenha sido cobrada); c) Não ocorrência de engano justificável 
por parte do cobrador (existência de má-fé do cobrador). 
(...) A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que a repetição em dobro 
do indébito, sanção prevista no art. 42, parágrafo único, do CDC, pressupõe 
tanto a existência de pagamento indevido quanto a má-fé do credor. (...) 
STJ. 4ª Turma. AgRg no AREsp 196.530/SP, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 
23/06/2015. 
(...) A jurisprudência desta Corte Superior possui entendimento no sentido da 
obrigatoriedade da restituição em dobro do valor cobrado indevidamente 
do consumidor, salvo no caso de engano justificável (...) STJ. 4ª Turma. AgRg 
no REsp 1427535/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 03/02/2015. 
Obs3: Engano justificável: a) Exemplo de engano justificável: cobrança com 
base em lei ou cláusula contratual mais tarde declarada nula pela Justiça; 
b) Exemplo de engano injustificável: concessionária de água

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