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Aula 30_09_21 Direitos Fundamentais

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DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAP I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
TÍTULO II 
• DIREITOS FUNDAMENTAIS
Princípios fundamentais ≠ Direitos Fundamentais
Princípio= valores Direitos= bens jurídicos
1215/1225 – Magna Charta Libertatum - Inglaterra
A Magna Charta Libertatum, assinada em 1215 pelo Rei João, é 
um documento que tornou limitado o poder da monarquia na 
Inglaterra, impedindo, assim, o exercício do poder absoluto
1628 – Petition Of Rights( Petição de Direito)
Criada em 1628 pelo Parlamento Inglês e enviada a Charles I como uma declaração de liberdades civis. A recusa do
Parlamento para financiar a política externa impopular do rei levou seu governo a exigir empréstimos forçados e alojar tropas
nas casas dos súditos como medida econômica. Detenção arbitrária e aprisionamento, por oposição a essas políticas,
geraram no Parlamento uma hostilidade violenta a Charles e a George Villiers, o primeiro Duque de Buckingham. A Petição
de Direito, iniciada por Sir Edward Coke, estava baseada em estatutos e cartas anteriores e estabelecia quatro princípios: (1)
Nenhum tributo pode ser cobrado sem o consentimento do Parlamento, (2) Nenhum súdito pode ser preso sem motivo
comprovado (reafirmação do direito de habeas corpus), (3) Nenhum soldado pode ser alojado na casa dos cidadãos e (4) a
Lei Marcial não pode ser usada em tempo de paz.
1679 – Lei de Habeas Corpus - Inglaterra
trouxe consigo garantias processuais que foram de extrema importância para sua evolução, criando assim, direitos que
tinham como fundamento proteger o indivíduo na sua locomoção, ou seja, proteger seu direito de ir e vir, permitindo
assim, que o indivíduo acusado de qualquer ato fosse ouvido inicialmente por um juiz para que não fossem tomadas
atitudes arbitrárias.
“melhor garantir a liberdade do súdito e para prevenção 
das prisões no ultramar”. COMPARATO (2015, p. 100)
1689 - Declaração dos Direitos de 1689 (Bill of Rights)
A Declaração dos Direitos era um dispositivo legal que criava condições para impedir o retorno do absolutismo 
na Inglaterra. Ela decretava, por exemplo, que:
• os impostos na Inglaterra só sofreriam aumento com a aprovação do Parlamento;
• o Parlamento decidia sobre a sucessão do trono;
• os reis não tinham direito de alterar as normas do comércio inglês;
• a liberdade de expressão não poderia ser coibida pelos reis;
• tornava-se proibido o rei expropriar propriedades privadas.
A Revolução Gloriosa foi importante para a história da Inglaterra, pois criou as condições políticas que
permitiram o desenvolvimento da burguesia. Esta passou a investir no desenvolvimento tenológico e científico,
que foi fundamental para que a Inglaterra se tornasse o país pioneiro no processo de desenvolvimento
industrial conhecido como Revolução Industrial. Isso, em longo prazo, transformou a Inglaterra na maior
potência industrial e comercial do mundo no século XIX.
Pós Revolução Gloriosa
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/revolucao-industrial.htm
1776 – Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia - EUA
A Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia foi criada afim de proclamar os direitos naturais e positivados 
inerentes ao ser humano, como, por exemplo, o direito de contestar a forma de governo mediante a alguma insatisfação 
que lhes era causada. 
É uma declaração de direitos inserida no contexto da luta da Independência dos Estados Unidos, que perdurou de 1775 a
1783, levando os EUA à vitória. Tal vitória lhes trouxe como resultado o reconhecimento europeu de sua independência.
Este documento foi tido como certo modelo em outras Declarações de 
Direitos, como a Declaração de Independência dos EUA, Carta de 
Direito dos EUA e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 
francesa.
1789 – Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - França
REVOLUÇÃO FRANCESA
• Liberté
• Igualité
• Fraternité
A Declaração do Homem e do Cidadão foi o nome dado ao documento elaborado durante a Revolução Francesa de 1789, cujo
objetivo é divulgar universalmente os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Esses são lemas defendidos pela Revolução que
coloca fim ao Antigo Regime francês absolutista e aos privilégios feudais, passando a adotar um instrumento de garantia aos direitos
que até então as pessoas não possuíam. Apesar de, a princípio, acontecer somente na Francesa, o próprio nome da Declaração traz
um caráter de universalidade nas palavras Homem e Cidadão, sugerindo que não seriam direitos apenas dos franceses, mas de
todos os povos. Como revela COMPARATO:
“Muito se discutiu a razão da dupla menção, ao homem e ao cidadão, no título da Declaração. A explicação mais razoável parece ser
a de que os homens de 1789 [...] não se dirigiam apenas ao povo francês, mas a todos os povos, e concebiam portanto o
documento em sua dupla dimensão, nacional e universal.” (COMPARATO, 2015, p.163)
1948 – Declaração Universao dos Direitos Humanos
REVOLUÇÃO FRANCESA
• Liberté
• Igualité
• Fraternité
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento de imensurável importância no que tange aos direitos
humanos. Foi assinada durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 10 de dezembro de 1948, em cumprimento
ao que foi assentado durante o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas em 16 de fevereiro de 1946, quando
ficou decidido que a Comissão de Direitos Humanos deveria desenvolver seu trabalho em três etapas, sendo que a
primeira delas seria, justamente, elaborar uma declaração de direitos humanos, conforme disposto no artigo 55 da Carta
da ONU. A segunda etapa consistiria na criação de tratados e convenções dotados de força vinculante e a terceira etapa,
por sua vez, seria a criação de mecanismos capazes de assegurar a observância universal dos direitos humanos assim
como tratar casos nos quais esses direitos estivessem sendo, de alguma maneira, violados.
a) DIREITOS FUNDAMENTAIS X DIREITOS HUMANOS
c) HETEROGENEIDADE DOS DIREITOS
b) MUTABILIDADE HISTÓRICA DO CONCEITO
d) DICOTOMIA QUE IMPÕE AO ESTADO, ORA O 
DEVER DE AGIR, ORA O DEVER DE NÃO AGIR
DIREITOS FUNDAMENTAIS X DIREITOS DO HOMEM
Segundo o Professor JJ Canotilho:
DIREITOS DO HOMEM são os direitos válidos para todos os povos e em todos os
tempos(dimensão jusnaturalista-universalista), enquanto que os DIREITOS
FUNDAMENTAIS são os direitos do homem jurídico e institucionalmente garantidos e
limitados no tempo e no espaço.
DIREITOS FUNDAMENTAIS X DIREITOS INDIVIDUAIS
Enquanto os DIREITOS FUNDAMENTAIS correspondem ao gênero do qual DIREITOS 
INDIVIDUAIS e DIREITOS COLETIVOS constituem espécie, segundo José Afonso da Silva:
“os DIREITOS INDIVIDUAIS são aqueles direitos fundamentais do homem indivíduo, que se 
estabelecem nas relações civis, que reconhecem a autonomia aos particulares face aos demais membros 
da sociedade e ao próprio Estado.”
HISTORICIDADE:
CARACTERÍSTICAS DO S DIREITOS FUNDAMENTAIS
Diz respeito à ligação entre os DIREITOS FUNDAMENTAIS e o processo histórico
humano, que se caracterizou pelas conquistas revolucionárias.
EFETIVIDADE:
O Estado deve garantir o máximo de eficácia na efetivação dos DIREITOS
FUNDAMENTAIS. Quanto maior a proteção dos direitos fundamentais, melhor
- Princípio da irretroatividade dos direitos fundamentais
- Vedação ao retrocesso
IMPRESCRITIBILIDADE:
CARACTERÍSTICAS DO S DIREITOS FUNDAMENTAIS
A proteção aos DIREITOS FUNDAMENTAIS não se submete à ação do tempo,
ou seja, não prescreve.
INALIENABILIDADE:
Os DIREITOS FUNDAMENTAIS não são transferíveis, inalienáveis, insuscetíveis
de negociação.

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