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Processo de envelhecimento sob os aspectos psicológicos Equipe: Edivania Dantas; Izadora Lacerda; Maria Clara; Marina Nunes. Centro Universitário do Rio São Francisco – UNIRIOS Curso de Bacharelado em Enfermagem 1 REFLEXÕES SOBRE O ENVELHECIMENTO HUMANO A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-2006) apontou que o número de pessoas com mais de 60 anos chegou aos 19 milhões, correspondendo a 10,2% do total da população. As mulheres correspondem a pouco mais da metade (56%) (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE], 2007). 2 A distinção de idoso é dividida em três, segundo os especialistas: os idosos jovens de 65 à 74 anos que são costumeiramente ativos , os idosos velhos que compreende 75 à 84 anos, e os idosos mais velhos que tem idade de 85 anos ou mais (Papalia, Olds & Feldman, 2006). O envelhecimento humano é um processo biológico natural, e não patológico caracterizado por uma série de alterações morfo-fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que acontecem no organismo ao longo da vida. Aspectos psicológicos do envelhecimento Neurologicamente, o processo de envelhecimento concentra-se na redução da rede neuronal e dendrítica, o que implica alterações nos tempos de reação, raciocínio, agilidade e mobilidade do idoso (ARANHA, 2007). Estudo realizados em culturas não ocidentais apresentam imagens positivas da velhice, apresentando que a imagem de deterioração não é universal, demonstrando que a percepção de envelhecimento é influenciada pela cultura. (Uchôa,2003). É possível pensar desdobramentos psicopatológicos no envelhecimento. Aranha (2007) destaca três quadros típicos no atendimento de idosos. O primeiro destaca os quadros de depressão. Diante de perdas e da sensação de impotência em lidar com frustrações e culpas, e ainda, da dificuldade em engajar-se em investimentos no mundo externo, o idoso deprime. O Segundo quadro presente é de ansiedade como angústia inconsciente por medo do aniquilamento e da fragmentação que passa a ser maior do que o medo da própria morte. Por fim os quadros demenciais associados à deterioração neurológica, mas também a mecanismos psicológicos pouco funcionais, ou seja a não adaptação a esta fase, não conseguindo se reorganizar e não sabendo lidar com as perdas vividas. Idade psicológica Hoyer e Roodin (2003) tem como definição da idade psicológica a capacidade adaptativa dos indivíduos para adequar-se as exigências do meio social, utilizando de características como memória, inteligência aprendizagem e controle emocional. Em sumo o individuo é caracterizado como velho quando perde capacidades cognitivas falhas na atenção, orientação e concentração, perdas que podem ser compensadas com experiência e sabedoria colhidas durante os anos de vida.(WHO,2005). Repercussões do Envelhecimento e Relacionamento Familiar É na família que o idoso tem o seu mais efetivo meio de sustentação e pertencimento, em que o apoio afetivo e de saúde se faz necessário e pertinente. Quando a família está impossibilitada de prestar assistência, o idoso fica exposto a situações de morbidade significativa sob vários aspectos tanto físicos como psíquicos ou sociais (MAZZA; LEFÈVRE, 2005). Sinais de alerta que apontam para vivÊncia de sofrimento diante da velhice e seus membros Um filho sobrecarrega-se e assume todos os cuidados com pais e abre mão da própria vida; Um pai velho assume responsabilidades desmedidas que caberia o filho assumir; Formação de alianças doentias entre membros da família diante da necessidade de resolução de um problema; Filhos de meia idade vivendo uma relação de simbiose com seus pais idosos ou vice-versa; Diante da necessidade de cuidado um membro da família recebe agressões e é alvo de distanciamento afetivo dos demais; Avós e pais disputam o amor de uma criança neto/filho, ou autoridade sobre ela. Lopes e Calderoni (2007, p. 227) “Homens e mulheres que se preparam para a velhice e se adaptam a mudanças fazem um melhor ajuste em sua vida depois dos 60 anos”. (p.27). Sendo a velhice uma fase da vida que leva em conta medidas de idade cronológica, biológica, social e psicológica é um processo que não contém marcadores de começo nem de fim, pois essas medidas podem ser afetadas individualmente causando impactos diferentes na vida do individuo. (WHO,2005). Referências ARGIMON, Irani I. de Lima. Aspectos cognitivos em idosos. Aval. psicol., Porto Alegre , v. 5, n. 2, p. 243-245, dez. 2006 . Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712006000200015&lng=pt&nrm=iso . acessos em 22 fev. 2021. BIASUS, Felipe. REFLEXÕES SOBRE O ENVELHECIMENTO HUMANO: ASPECTOS PSICOLÓGICOS E RELACIONAMENTO FAMILIAR. Perspectiva, Erechim, v. 40, n. 152, p. 55-63, dez. 2016. Disponível em: https://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/152_594.pdf . Acesso em: 19 fev. 2021. SCHNEIDER, Rodolfo Herberto; IRIGARAY, Tatiana Quarti. O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Estud. psicol. (Campinas), Campinas , v. 25, n. 4, p. 585-593, Dec. 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2008000400013&lng=en&nrm=iso>. access on 22 Feb. 2021. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2008000400013.
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