Buscar

Administração Financeira e Orçamentária - Livro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 213 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 213 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 213 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA
Professor Me. José Manoel da Costa
Professor Me. José Renato Lamberti
Professor Me. Narciso Franzin
Professor Me. Rodrigo Bastos Monteiro
Professor Esp. Robinson Pereira Santos
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; COSTA, José Manoel da; LAMBERTI, José Renato; 
FRANZIN, Narciso; MONTEIRO, Rodrigo Bastos; SANTOS, 
Robinson Pereira. 
Administração Financeira e Orçamentária. José Manoel da 
Costa; José Renato Lamberti; Narciso Franzin; Rodrigo Bastos 
Monteiro; Robinson Pereira Santos.
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
213 p. 
“Graduação - EaD”.
1. Educação. 2. Financeira. 3. Orçamentária. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0520-2 CDD - 22 ed. 658.4
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdo
Juliano de Souza
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Coordenador de Conteúdo
José Manuel da Costa
Lideranças de área
Angelita Brandão, Daniel F. Hey, Hellyery Agda
Design Educacional
Nayara Garcia Valenciano
Yasminn Zagonel
Iconografia
Ana Carolina Martins Prado
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
André Morais de Freitas
Editoração
Melina Belusse Ramos
Revisão Textual
Yara Dias 
Pedro Afonso Barth
Ilustração
Marta Kakitani
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou 
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de 
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista 
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores 
e tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e 
segurança sua trajetória acadêmica.
A
U
TO
RE
S
Professor Me. José Manoel da Costa
Mestre em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias 
pela Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR, 2014/2016). Pós-graduado 
(lato sensu) em Contabilidade geral e auditoria pela Universidade Estadual 
de Londrina (1995). Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade 
Estadual de Londrina (1987/1993). É coordenador do Curso Superior em 
Ciências Contábeis, modalidade EaD, do Centro Universitário Cesumar 
(Unicesumar).
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4713060J4
Professor Me. José Renato Lamberti
Mestre em Administração/Finanças pela Pontifícia Católica de São Paulo 
(PUC-SP/2011), pós-graduação (Lato Sensu) em MBA Executivo pelo 
Centro Universitário Cesumar (Unicesumar/2010). Possui graduação em 
Administração de Empresas pela PUC-SP (2006) e graduação em Ciências 
Contábeis pelo Unicesumar (2013). Doutorado em Finanças pela Universidade 
Mackenzie. Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão 
Financeira e dos cursos de extensão da Saint Paul. Autor dos livros Orçamento 
Empresarial, Gestão Financeira e de Vendas e Administração Financeira para o 
Mercado Imobiliário pela editora Cesumar.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4420313J5 
Professor Me. Narciso Franzin
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa 
Catarina (UFSC/2002). Graduado em Ciências pela Faculdade de Filosofia 
Ciências e Letras Mandaguarí, (FAFIMAN/1999), e graduado em Admnistração 
pela Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana, (FECEA/1988). 
Atualmente é Diretor Geral do Instituto Federal do Paraná (IFPR) - Câmpus 
Pitanga. É doutorando em Engenharia de Produção pela Universidade 
Metodista Piracicabana (UNIMEP).
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4738867U6
A
U
TO
RE
S
Professor Esp. Robinson Pereira dos Santos
Especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Paranaense 
(UNIPAR/2003) e em Planejamento Tributário pela Faculdade Cidade Verde 
(FCV/2011). Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual 
de Maringá (UEM/1998). Atua como executivo de empresas na área de 
Admnistração, com ênfaseem Admnistração Financeira, Custos, Negócios e 
Contabilidade.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4426178D3
Professor Me. Rodrigo Bastos Monteiro
Mestre em Administração pelo Programa de Pós-graduação em Admnistração 
da Universidade Estadual de Maringá (PPA/UEM/2015). Possui MBA em 
Gerenciamente de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/2014). Possui 
MBA em Finanças pelo Instituto Paranaense de Ensino (IPE/2011). Graduado 
em Admnistração pela Faculdade Maringá (2009). Professor do Núcleo 
de Educação a distância do Centro Universitário Cesumar (Unicesumar). 
Professor do Programa de Capaciação Executiva CADEMP/FGV. Possui 
Certificação ANBIMA CPA10 e CPA20. 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4947706P0
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de Administração Financeira e Orçamen-
tária. 
Administração financeira de um negócio envolve algumas decisões importantes: inves-
tir ou não em um projeto? (Como) financiá-lo? Distribuir (ou reinvestir) o lucro gerado 
pelos investimentos?
Pressupõe-se que essas decisões estão imersas em grande responsabilidade. A alocação 
de recursos em um investimento que tenha frustração de retorno pode ter explicação 
por incontáveis fatores. Ainda assim, em um caso como esse, a responsabilidade é do 
administrador financeiro. 
A função financeira das organizações empresariais faz interface com investidores inter-
nos e externos, os credores, que constantemente demandam por conhecer os caminhos 
pelos quais o seu recurso, emprestado à entidade empresarial, vai percorrer até voltar 
aos mesmos, já acrescidos de um prêmio pelo trajeto: a taxa de retorno.
O administrador financeiro, portanto, não espera todo o percurso do capital investido 
para dar explicações sobre o retorno a qual tipo de credor seja (interno ou externo). Ao 
contrário, ele se esmera em estabelecer check-points (pontos de verificação) que lhe im-
primam maior espaço para corrigir o percurso, em caso de discrepância com seu plano 
inicial. Em outras palavras, se alguma coisa dá errado entre o tempo de investimento e o 
de retorno, o administrador financeiro não quer ser pego de surpresa.
O planejamento empresarial é uma forma de estabelecer claramente os objetivos da 
organização e, com base nisso, estruturar uma trilha que permita a maior facilidade pos-
sível no alcance dos check-points (as metas do planejamento). O planejamento prevê 
certo esforço para alcançar o objetivo. Mas ele prevê, dentre os possíveis, o menor deles. 
Esse esforço, resumidamente, passa pela alocação de recursos em atividades e opera-
ções que façam as metas serem cumpridas. 
Para dar conta do emaranhado de metas, projetos, recursos e resultados a controlar, a 
ferramenta de orçamento empresarial é empregada. Ela torna a visão desse organismo 
em movimento que é a empresa em algo organizado e com sentido. Quem olha de fora 
não entende, porque não sabe. Quem olha de dentro, com planejamento empresarial, 
orçamento e gerenciamento dos projetos da organização, vê um espetáculo.
Na junção entre a análise do custo e retorno de um investimento com a análise do in-
vestimento e do resultado estratégico que ele apoia, está a administração orçamentária. 
Assim, este livro pretende, nas suas cinco unidades, fazer um recorte nos principais as-
pectos correlatos a esse assunto, de modo a instrumentalizar o assunto na gestão pro-
fissional de negócios empresariais.
APRESENTAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA
Na unidade I, há uma introdução ao tema, com a descrição das funções administra-
tivas, bem como fundamentos da gestão de stakeholders e seu papel no entendi-
mento dos desafios empresariais. 
Já na unidade II, o orçamento do capital empregado na empresa, sem seus projetos, 
é apresentado. 
Na unidade III, é feita a apresentação do planejamento e do orçamento empresarial, 
bem como a sua inter-relação fica evidenciada.
Na unidade IV apresenta-se um exemplo completo de um orçamento empresarial. 
Por fim, a unidade V conclui o trajeto da administração financeira e orçamentária de 
um negócio, descrevendo os tipos, vantagens e desvantagens, dos principais mode-
los de orçamentação e controle empresarial.
Desejamos a você um ótimo estudo!
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
11
UNIDADE I
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
17 Introdução
18 Objetivos do Administrador Financeiro 
19 Interdisciplinaridade na Administração Financeira 
21 Função Financeira nas Empresas 
23 Decisões Financeiras 
31 Análise da Gestão dos Recursos 
36 Indicadores da Eficácia da Gestão Financeira 
39 Considerações Finais 
UNIDADE II
ORÇAMENTO DE CAPITAL 
55 Introdução
56 Gastos Correntes e Gastos de Capital 
57 Fluxo de caixa 
59 TMR – Taxa Média de Retorno 
60 IL - Índice de Lucratividade 
63 Payback - Período de Recuperação do Investimento 
65 VPL - Valor Presente Líquido 
68 TIR - Taxa Interna de Retorno 
71 TMA - Taxa Mínima de Atratividade 
74 CAPM – Capital Asset Pricing Model 
78 Considerações Finais 
SUMÁRIO
12
UNIDADE III
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL
91 Introdução
92 Planejamento Empresarial 
100 Definindo Missão e Visão 
103 Sistema Orçamentário: Metas, Premissas e Implantação 
116 Controle 
120 Considerações Finais 
UNIDADE IV
ORÇAMENTO EMPRESARIAL
131 Introdução
132 Orçamento de Vendas 
138 Orçamento de Produção 
142 Orçamento dos Custos de Produção 
147 Orçamento de Despesas Operacionais 
155 Orçamento de Investimento 
157 Prática de Orçamento Empresarial 
162 Orçamento da Indústria de Colchas Patch para 2011 
180 Considerações Finais 
SUMÁRIO
13
UNIDADE V
TIPOS DE ORÇAMENTOS UTILIZADOS PELAS EMPRESAS
189 Introdução 
190 Orçamento Estático 
191 Orçamento Contínuo 
194 Orçamento Flexível 
196 Orçamento Base Zero 
199 Orçamento Por Atividades 
201 Orçamento Matricial 
204 Considerações Finais 
210 Referências 
211 Gabarito
213 Conclusão
U
N
ID
A
D
E I
Professor Me. José Manoel da Costa
Professor Me. Rodrigo Bastos Monteiro
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Apresentar a administração financeira como a função empresarial da 
disponibilidade, alocação e mensuração de recursos financeiros.
 ■ Distinguir as avaliações contábeis e administrativas para o resultado.
 ■ Promover o entendimento do ciclo financeiro de um negócio.
 ■ Destacar o uso de indicadores financeiros na análise de previsto 
versus realizado em um negócio em um dado período.
 ■ Introduzir a alavancagem financeira como um aspecto da 
administração financeira.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Objetivos do administrador financeiro
 ■ Interdisciplinaridade na administração financeira
 ■ Função financeira nas empresas
 ■ Decisões financeiras
 ■ Análise da gestão dos recursos
 ■ Indicadores da eficácia da gestão financeira
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a)! 
A administração financeira trata de uma atuação interdisciplinar, com 
interação de, no mínimo, três áreas. Nesse sentido, economia, contabilidade e 
administração dão subsídios para coordenar operações entre instituições finan-
ceiras, mercados consumidores e fornecedores e governos de modo a otimizar a 
transferência de recursos entre essas partes.
Uma organização empresarial privada tem lucro quando, em um determinado 
período, a soma das receitas obtidas com as operações é superior às necessi-
dades de recursos para cobrir os custos e despesas. Esses últimos podem ser 
variáveis ou fixos e estão contemplados também os resultados não operacionais 
e os impostos sobre venda e sobre lucro. A administração financeira, no âmbito 
da organização, vai se interessar pela busca dos recursos, seja entre os sócios ou 
com terceiros e pela aplicação desses recursos de forma a obter os resultados pla-
nejados pela empresa. Para que a administração financeira de um negócio seja 
efetiva (eficiente e eficaz, ao mesmo tempo), é precisoplanejamento. Por conta 
disso, para o gestor financeiro, demandam-se conhecimentos sólidos de cons-
trução e interpretação de demonstrações financeiras. 
O administrador financeiro utiliza indicadores para medir a efetividade de 
sua gestão. Assim, verifica sua condução das atividades empresariais durante um 
determinado período (eficiência) e também os resultados obtidos nesse período 
(eficácia), tendo como referência o planejamento construído. Para obter os indi-
cadores da gestão de recursos, dos quais o administrador financeiro pode lançar 
mão, aspectos como a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio, os prazos de 
pagamento e recebimento, a composição do capital, entre outros, são integrados.
Nesta unidade, são apresentados subsídios para a interpretação e análise 
das demonstrações financeiras, bem como de ferramentas de gestão financeiras 
e análise de desempenho da gestão, com intuito de propiciar melhor entendi-
mento da tomada de decisão financeira. 
Bons estudos!
Introdução
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
17
©shutterstock
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
OBJETIVOS DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO
Caro(a) aluno(a), os recursos sob responsabilidade do administrador finan-
ceiro são objeto de interesse de diversas partes, naturais e jurídicas (nominados 
também como stakeholders). Por isso, os seus objetivos, quanto mais alinha-
dos, maior segurança e menores incertezas oferecem. Ainda assim, cada uma 
das partes envolvidas terá uma perspectiva distinta senão vejamos os acionistas, 
por exemplo, independente se majoritários ou minoritários, ao investirem seus 
recursos na empresa, abrem mão de outras aplicações. Nesse sentido, o objetivo 
do administrador financeiro em relação aos acionistas é o de maior remunera-
ção possível sobre o capital empregado na organização (empresa). 
Contudo, o administrador financeiro não toma apenas o objetivo dos acionis-
tas como parâmetro de ação. Considera, também, por exemplo, a prosperidade e 
o desenvolvimento da região na qual a empresa está instalada, buscando envol-
vimento ambiental e social responsável, o nível de investimento requerido pelo 
setor, as premissas e as condições econômicas locais, regionais e mundiais, 
entre muitas outras relações. Outros stakeholders importantes contemplados no 
estabelecimento dos objetivos financeiros do administrador são as instituições 
Interdisciplinaridade na Administração Financeira
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
19
financeiras, fornecedores, clientes, empregados, dentre outros. De modo a cor-
roborar com esse raciocínio sobre os stakeholders, Weston (2000, p. 17) destaca 
que “altos padrões de comportamento ético requerem que uma empresa trate 
cada participante de uma maneira justa e honesta”.
INTERDISCIPLINARIDADE NA ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA
A economia e a administração financeira se relacionam tanto no nível macro 
quanto no microeconômico. O nível macroeconômico diz respeito a quanto a 
gestão de recursos financeiros nas instituições financeiras é ou será influenciada 
pelas políticas econômicas do Tesouro Nacional e no nível de atividade econômica 
do país. Isso pode, por exemplo, causar alterações nas fontes de financiamento e 
taxas de juros, o que afetaria o alcance dos objetivos da gestão financeira. 
Em relação à microeconomia, seu emprego está na contribuição que faz para 
o delineamento da estratégia de determinação do preço de venda, bem como 
no cálculo do custo meta e no volume de produção. Esses aspectos podem ter 
explicação no estudo da oferta e demanda de produtos, pela empresa e pelos 
consumidores respectivamente. 
A contabilidade e a administração financeira possuem pontos convergentes e 
divergentes no fornecimento de informações às organizações. Enquanto a contabi-
lidade utiliza o regime de competência, a administração se vale do regime de caixa 
para apuração do resultado. Essas perspectivas são complementares. Não com-
preendê-las pode ocasionar interpretações equivocadas do resultado observado.
Vejamos um exemplo. A empresa WYK adquiriu 100 unidades de uma mer-
cadoria à vista por R$5.000,00 (R$50,00 p/un.). No mesmo período, vendeu todas 
as unidades compradas por R$80,00 cada uma, com prazo de 60 dias para rece-
bimento. Na Tabela 1, será demonstrado o resultado pelo regime de competência 
e, na Tabela 2, o fluxo de caixa utilizando o regime de caixa.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
Tabela 1 – Apuração de resultado pelo regime de competência
FATO OCORRIDO
REGIME DE COMPETÊNCIA
PELO CONTADOR
Receita das vendas R$8.000,00
(-) Custo das Vendas - R$5.000,00
(=) Lucro do Período R$3.000,00
Fonte: os autores.
Utilizando-se dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas de 
Contabilidade, portanto, a partir do regime de competência, o lucro contábil no 
período será de R$3.000,00.
Tabela 2 – Apuração do caixa pelo regime de caixa
FATO OCORRIDO
REGIME DE CAIXA
PELO ADMINISTRADOR 
FINANCEIRO
Entradas de Caixa 0,00
(-) Saídas de Caixa - R$5.000,00
(=) Caixa Líquido no 
Período
- R$5.000,00
Fonte: os autores.
Por outro lado, utilizando o regime de caixa, no período, o caixa líquido é nega-
tivo em R$5.000,00. 
O que se pode concluir com esse exemplo? Que ainda que a operação possa 
gerar lucro efetivo (como o regime de competência previu), o administrador 
financeiro precisará obter recursos externos, e eventualmente pagar juros para 
credores, para equilibrar a necessidade de caixa do período. 
Em outras palavras, a empresa precisará dispor de R$5.000,00 para a sua 
operação, tendo em vista o lucro de R$3.000,00 possível. Assim, caberá ao adminis-
trador financeiro identificar junto aos doadores de recursos, próprios e terceiros, 
a melhor alternativa para financiar o negócio no período.
©shutterstock
Função Financeira nas Empresas
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
21
FUNÇÃO FINANCEIRA NAS EMPRESAS
A função financeira é um aspecto presente em todas as organizações empresariais, 
independentemente do porte ou ramo de atividade. Isso significa que o adminis-
trador financeiro representa o manejo de um conjunto de recursos referentes à 
atividade da empresa, com vista ao cumprimento de metas pré-estabelecidas no 
planejamento estratégico e, por conseguinte, no orçamento empresarial. Sendo 
assim, de acordo com Braga (1995), cabem à função financeira duas tarefas bási-
cas: (1) a obtenção de recursos buscando os menores custos e os maiores prazos 
e (2) a alocação eficiente desses recursos na empresa. 
Os recursos próprios, que pertencem aos acionistas (sócios da empresa), 
envolvem um custo de emprego importante para administrador financeiro. Quem 
investe em uma companhia tem expectativa de lucro. Ademais, os recursos de 
terceiros têm custos que precisam estar contemplados na taxa de retorno dos 
ativos da empresa. Dizemos que quanto mais capital de terceiros em um negó-
cio, mais alavancado ele está.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E22
META DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Quando uma pessoa decide investir seus recursos em uma empresa, seja na com-
pra de ações de companhias abertas (listadas na bolsa de valores) ou na compra 
de quotas de uma empresa limitada, está disposta uma relação entre risco e 
retorno. Quanto maior for o risco a que o capital investido está exposto, maior 
é a expectativa de retorno.
O retorno dos recursos dos investidores pode acontecer pela distribuição dos 
dividendosou pelo aumento do valor de mercado da empresa (ganho de capital), 
cuja realização depende da venda dos direitos de participação no capital social. 
Para Damodaran (2002), na busca da maximização do valor da empresa (preço 
das ações), há três razões para dar atenção: a) o preço das ações é o melhor indi-
cador do valor da empresa, pois é atualizado diariamente pelo mercado; b) em 
longo prazo, o preço das ações tende a refletir os efeitos das decisões tomadas 
pela empresa; c) escolher a maximização dos preços das ações como uma fun-
ção objetiva nos permite fazer afirmações categóricas sobre a melhor forma de 
selecionar projetos e financiá-los.
Segundo Braga (1995), o administrador financeiro deve considerar a real 
amplitude da meta da administração financeira, que vai além dos lucros da 
empresa. Essa meta coincide com o objetivo básico dos proprietários ou acionis-
tas. As decisões financeiras são orientadas para o aumento do valor de mercado 
da empresa. Portanto a meta da administração financeira é a maximização da 
riqueza dos acionistas que constitui algo mais amplo e profundo do que a maxi-
mização dos lucros. 
©shutterstock
Decisões Financeiras
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
23
Itens de decisãoÁreas de decisãoMeta objetiva
Taxa de corte
Risco e retorno
Mix
Tipo
Quando?
De que forma?
MAXIMIZAÇÃO
DA RIQUEZA Financiamento
Dividendos
Investimento
Figura 1 – Função financeira na empresa
Fonte: adaptado de Demodaran (2002).
DECISÕES FINANCEIRAS
Caro(a) aluno(a), as decisões 
financeiras compreendem o 
conjunto de atividades sob 
responsabilidade do admi-
nistrador financeiro. O 
administrador financeiro, 
responsável pela gestão de 
recursos de uma empresa, 
toma decisões em três áreas: 
decisões de investimento; 
decisões de financiamento; 
destinação dos lucros obtidos.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E24
DECISÕES DE INVESTIMENTO
A função do administrador financeiro na tomada de decisão sobre investimen-
tos consiste na forma de alocação ou aplicação dos recursos, que pode ser em 
ativos do tipo correntes, em longo prazo e de natureza permanente.
A manutenção dos ativos permanentes existentes e implementação de novos 
negócios são o foco de estudo para a decisão de investimento. Portanto, com 
olhar para competitividade, uma empresa ideal deveria continuamente dispor 
de recursos para pesquisas. Assim, novas tecnologias para obtenção dos pro-
dutos existentes (eventualmente a custos menores ou com mais eficiência no 
emprego dos mesmos) e o desenvolvimento de novos produtos, tenderiam a 
oferecer sustentabilidade ao negócio. Essa atividade de investimento requer a 
atenção constante do administrador financeiro para a viabilização operacional.
Outro aspecto importante é a identificação dos níveis necessários de ati-
vos. O equilíbrio na aplicação dos recursos, no curto e longo prazos e ativos de 
natureza permanente é relevante na maximização do uso dos recursos. Dentre 
os recursos, é necessário um foco de atenção no capital de giro, que corresponde 
aos ativos circulantes, que se transformam dentro do ciclo operacional. O capi-
tal de giro ou circulante se caracteriza pelo giro ou circulação que ele faz entre 
as contas patrimoniais.
Para melhor compreensão, acompanhe a circulação do capital a partir dos 
fatos contábeis, evidenciando a composição do capital de giro e o reflexo na gera-
ção de resultado da empresa, no Quadro 1.
Quadro 1 - Circulação do capital
FATOS ADMINISTRATIVOS
COMPOSIÇÃO DO CAPITAL 
DE GIRO
GERAÇÃO DE 
RESULTADO
Integralização de capital 
pelos sócios - R$10.000,00 Caixa - R$10.000,00 Nenhum
Utilização de R$5.000,00 
para compra de merca-
dorias
Caixa - R$5.000,00
Estoques - R$5.000,00
Total - R$10.000,00
Nenhum
Decisões Financeiras
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
25
Venda do total das merca-
dorias por R$8.000,00
Caixa - R$5.000,00
Clientes - R$8.000,00
Total - R$13.000,00
Receitas - R$8.000,00
Custos - R$5.000,00
Resultado - 
R$3.000,00
Recebimento das vendas Caixa - R$13.000,00 Nenhum
Fonte: os autores.
O capital circulante que, inicialmente, era de R$10.000,00 circulou pela empresa, 
saindo da conta caixa, passando pela conta de estoques e pela conta de clientes 
retornando a conta caixa. Nessa circulação, esse capital gerou resultado con-
tábil positivo (lucro de R$3.000,00) e gerou reflexo positivo no fluxo de caixa 
(aumento de R$3.000,00). Nesse caso, como o ciclo financeiro ou ciclo de caixa 
ocorreu no mesmo período que o ciclo operacional, tivemos o resultado contá-
bil igual ao incremento de caixa.
Taxa de Corte
Se o capital circulante líquido da empresa está acima dos níveis necessários para 
a gestão, tem-se um excedente. É esperado que esse excedente seja remunerado 
pela aplicação em atividades que, pelo seu emprego, ofereçam tal contrapar-
tida. O administrador financeiro pode se deparar com pelo menos três opções 
de investimento: 
1. Aplicação no mercado financeiro.
2. Aquisição de capital de outras companhias. 
3. Ampliação da atividade da empresa.
Como dissemos anteriormente, em todo investimento, existe uma previsão de 
retorno, dado um risco. Muitas vezes, o administrador compara retornos e riscos, 
dentre as opções de investimento, e estabelece um mínimo desejável: a taxa de 
corte. Para Damodaran (2002, p. 23) a “taxa de corte é a menor taxa aceitável de 
retorno para se investir recursos em um projeto”. Nesse sentido, o investimento 
a ser analisado só será viável (e concretizado) se a taxa de retorno prevista for 
maior do que a taxa de corte. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E26
Como para tomar a decisão o administrador financeiro deve considerar o 
risco de cada uma das opções, a taxa de corte será apenas o primeiro indicador 
da viabilidade. Estando ela superada, a relação entre risco e retorno, ou seja, o 
maior retorno com o menor risco relativo – é que passa a ser avaliada, uma vez 
que, como salienta Lemes Junior et al. “é natural esperar que quanto maior o 
risco assumido, maior seja o retorno” do investimento. 
Risco e Retorno
De acordo com Brigham e Houston (1999, p. 158), o risco “se refere à chance de 
ocorrer algum evento desfavorável”. O que Damodaran (2002, p. 60) apresenta 
complementa esse conceito de risco, uma vez que estipula que o risco “resulta da 
divergência entre os retornos reais e os retornos esperados”. Portanto o projeto 
de um novo investimento vai considerar uma taxa de corte aceitável, contudo, 
caso ocorra a realização de um risco - um “evento desfavorável” -, o investi-
mento pode ser frustrado.
Damodaran (2002) faz uma distinção entre os riscos do projeto, competiti-
vos e específicos. Para esse autor, o risco do projeto é o risco que afeta somente 
o projeto em questão, podendo resultar de fatores específicos do projeto ou de 
um erro de estimativa. Já o risco competitivo é o efeito imprevisto – devido à 
ação dos concorrentes – sobre os fluxos de caixa de um projeto. Por fim, os riscos 
específicos do setor são efeitos inesperados sobre fluxos de caixa de um projeto 
devido a mudanças tecnológicas no conjunto do setor, mudanças nas leis ou no 
preço de uma mercadoria. 
O retorno representa os resultados que decorrem de um investimento durante 
um determinado tempo. Assim, há necessidade de mensurar o retorno. Isso 
pode ser feito em função do lucro contábil ou fluxo de caixa. Há dois tipos de 
retorno mensuráveis: o operacional, com base no resultado contábil; e o finan-
ceiro, com base nos fluxos de caixa. As taxas de retorno vão depender tanto da 
mensuração do resultado (regime de competência versus caixa) quanto do grupo 
derecursos analisados. 
Decisões Financeiras
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
27
Pode-se calcular a taxa de retorno do:
 ■ Ativo Total: considerando o resultado total da empresa pelo volume total 
dos recursos investidos na empresa independente das fontes de financia-
mento, quer sejam próprias ou de terceiros.
 ■ Patrimônio Líquido: considerando o resultado total da empresa pelo 
valor dos recursos investidos pelos sócios na empresa, apenas as fontes 
de recursos próprias.
 ■ Projeto: considerando o resultado obtido pelo projeto pelos recursos neces-
sários para o projeto específico. Nesse caso, é necessário que a apuração 
de resultado seja departamentalizada com o menor nível de distribuição 
de receitas, custos ou despesas por rateio. Ainda, deve-se ter a apuração 
de resultados por projeto de forma direta.
Como já apontamos, o retorno deve ser igual ou maior que a taxa de corte defi-
nida como parâmetro aos investimentos. Com a taxa de corte em destaque, Lemes 
Junior (2005, p. 125) propõe tipos de retorno relativos a ela, como:
 ■ Retorno esperado: igual à taxa de corte; é o retorno que se espera para os 
ativos, estimado antes da execução do projeto.
 ■ Retorno exigido: um mercado eficiente deverá ser igual ao retorno espe-
rado ou à taxa de corte.
 ■ Retorno real: retorno real, efetivo, calculado no final de um período.
Se decisões de investimento são tomadas com o intuito de exposição a risco 
pela remuneração (retorno) para o capital investido e se o retorno de um 
investimento deve ser superior, pelo menos à inflação do período analisado 
(tomando uma taxa de corte como 0% ao período), a destinação de capital 
para a caderneta de poupança, títulos de capitalização ou consórcios são 
investimentos ou são meramente aplicações?
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E28
Decisões de Financiamento
A função do administrador financeiro na tomada de decisão sobre financia-
mentos consiste na forma de captação dos recursos para o financiamento dos 
ativos. Portanto, situações corriqueiras, como a previsão do aumento da carteira 
de duplicatas a receber ou aumento do nível de estoques, ou ainda uma grande 
ampliação da fábrica, ou construção de uma nova unidade fabril constituem, 
todas elas, exigências de financiamento para as quais o administrador finan-
ceiro precisa prover fontes.
A captação de recursos envolve todas as atividades da empresa, sejam elas 
correntes ou permanentes, desde que necessitem de recursos monetários ou 
de bens para a execução de metas ou planos da empresa. Há a necessidade de 
encontrar o equilíbrio entre recursos próprios e de terceiros e, no de terceiros, o 
equilíbrio entre curto e longo prazo, para que se possa obter a estrutura de capital 
adequada. Nesse sentido, não é recomendável realizar operações de emprésti-
mos superiores às necessidades de investimento e nem superiores à capacidade 
de liquidez da empresa.
Mix de Financiamento
O mix de financiamento trata do balanço entre o capital próprio e o capital de 
terceiros, utilizados para o financiamento dos ativos. O mix de financiamento 
deve levar em conta a estrutura de capital desejada e os prazos para quitação 
dos empréstimos e financiamentos. A estrutura de capital deve levar em conta o 
custo de capital que pode ser entendido como a remuneração aos terceiros e acio-
nistas por disponibilizarem seus recursos para aplicação nos ativos da empresa.
Se a captação de recursos for feita junto aos sócios ou acionistas, o custo 
do capital será igual à taxa de corte. Se essa captação for feita junto a terceiros, 
o custo de capital será a taxa de juros estipulada pela instituição financeira. Os 
acionistas, destarte, correm os maiores riscos dentro da empresa porque os ter-
ceiros (detentores dos títulos e contratos de dívida) possuem preferência no 
recebimento de seus créditos para a empresa. Por isso é que se espera que a 
Decisões Financeiras
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
29
rentabilidade exigida pelo acionista seja maior do que a rentabilidade paga aos 
outros credores, os terceiros.
Em contrapartida, quanto mais dívida emitida (mais financiamento), mais 
arriscada fica a empresa. Isso se dá uma vez que a dívida cria a obrigação de paga-
mento de juros sobre o valor emprestado (financiado) e o próprio valor corrigido 
monetariamente. Esse aspecto da dívida com terceiros que pode levar a empresa 
à falência no caso desses compromissos não serem honrados.
O mix de financiamento é conhecido como o custo médio ponderado de 
capital (CMPC) e, ainda mais, por WACC (weighted-average cost of capital). 
Seu princípio matemático é o seguinte:
Em que:
WACC = custo médio ponderado de capital.
CP = capital próprio avaliado a preços de mercado.
CT = capital de terceiros avaliado a preços de mercado. 
iCP = custo do capital próprio (remuneração do acionista).
iCT = custo do capital de terceiros (remuneração dos terceiros). 
IR = alíquota de imposto de renda.
A empresa que não possui capital de terceiros apenas capital próprio é uma 
empresa que possui um alto WACC. Isso se deve ao fato do custo do capital 
próprio ser mais alto do que o custo do capital de terceiros, assim como vimos. 
Na prática, com o intuito de crescer mais rápido do que a geração de capital 
que o negócio proporciona, as organizações empresariais privadas buscam bai-
xar o WACC (elevar a alavancagem) na contração de dívidas. Isso significa que 
a empresa está alavancando os recursos próprios com o uso de recursos de ter-
ceiros. O endividamento possibilita mais crescimento e menor WACC, porém 
aumenta o risco de inadimplência e, por consequência, de falência da empresa. 
Quanto mais alavancada, mais arriscada fica a empresa. A alavancagem pode 
ser resumida pela expressão: , em que o CT é o capital de terceiros e o CP é
 o capital próprio.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E30
Segundo o modelo MM do final da década de 1950, descritos por Ross et 
al. (2002, p. 329), a estrutura de capital não altera o valor de uma empresa, por-
tanto, de acordo com esse modelo, a empresa pode ter um percentual maior ou 
menor de capital de terceiros na composição do capital que o objetivo de maxi-
mizar o valor da riqueza não será influenciado.
Apesar de, na época, esse modelo ter sido considerado revolucionário, dando 
a Merton Miller e Franco Modigliani prêmios Nobel, cada administrador finan-
ceiro deve ter o seu modelo de estrutura ideal ou desejada. Essa estrutura deve 
considerar os prazos e característica dos contratos de financiamentos.
DESTINAÇÃO DOS LUCROS OBTIDOS
Após o final do exercício social, a empresa deve apurar o seu resultado que pode 
ser negativo (prejuízo) ou positivo (lucro). O lucro obtido em cada exercício social 
representa a remuneração do investimento feito na empresa (BRAGA, 1995). A 
princípio, a decisão sobre a destinação desses lucros é dos sócios ou acionistas 
em reuniões ou assembleias. Contudo a destinação do lucro está ligada a decisão 
de financiamento, uma vez que se houver necessidade de financiamento para os 
próximos exercícios, uma fonte de recursos é o recurso próprio dos sócios. Nesse 
contexto, o papel do administrador financeiro está justamente na demonstração 
aos acionistas de que a manutenção do lucro (reinvestimento) deles na empresa 
pode ser mais rentável do que a destinação em outras aplicações. Como vimos, 
a taxa de retorno para os investimentos na empresa, pelos acionistas, deve ser 
maior do que as outras possibilidades de aplicação disponíveis a eles.
Quanto?
A lei das sociedades anônimas (BRASIL, 1976) determina que 5% do lucro líquido 
devem ser destinados àconstituição da reserva legal, limitada a 20% do capital social. 
Sobre essa parcela, não cabe decisão. O restante do Lucro Líquido pode ser incorporado 
ao capital ou constituir reservas estatutárias. Sempre que necessário, a empresa pode 
constituir reservas previstas em seu estatuto para investimentos ou projetos futuros.
©shutterstock
Análise da Gestão dos Recursos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
31
De Que Forma?
A Lei 11.638/07 (BRASIL, 2007), em seu artigo 1º, alterou a alínea “d” do artigo 
178 da Lei 6404/76 (BRASIL, 1976). Com essa alteração, a partir 2008, as socie-
dades anônimas não podem mais ficar com lucros retidos nas demonstrações 
do exercício social, na conta Lucros Acumulados. Todos os lucros devem ser 
destinados ao final do exercício social, seja para reservas de lucros, seja para 
distribuição aos sócios ou acionistas, na forma de dividendos. A ação do admi-
nistrador financeiro está na orientação para os acionistas quanto a retirar ou 
não os dividendos. 
ANÁLISE DA GESTÃO DOS RECURSOS
Para o administrador financeiro, referente à empresa em que é gestor, interessa 
analisar as demonstrações com dois objetivos distintos: eficiência e eficácia de sua 
gestão. O enfoque desses indicadores é na avaliação da gestão, nos meios utilizados 
para gerenciamento dos recursos. A empresa deve ter um planejamento estratégico 
que determina as ações 
para curto e longo prazo, 
de acordo com esse pla-
nejamento estratégico, 
o administrador finan-
ceiro tem estabelecido 
suas metas, principal-
mente, quanto ao ciclo de 
caixa, ou ciclo financeiro. 
A partir daqui, passamos 
a apresentar alguns indi-
cadores que auxiliam o 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E32
administrador financeiro a compreender as modificações patrimoniais ocorri-
das no período analisado.
ÍNDICES DE ROTAÇÃO DOS RECURSOS
O grau de utilização dos ativos na geração das receitas é refletido na rotação 
ou giros dos recursos. Quanto mais eficiente o uso dos ativos, maior benefício 
trará a liquidez e a rentabilidade da empresa. O critério de avaliação é “quanto 
maior, melhor”.
Devemos entender como saldo médio a média aritmética das demonstra-
ções intermediárias do período. Por exemplo, se temos no ano doze balanços ou 
balancetes mensais, soma-se o saldo dos doze e divide-se por doze, encontrando, 
assim, uma média dos recursos utilizados durante o ano todo.
GIRO DOS ESTOQUES TOTAIS (GET)
O GET indica o número de vezes em que os estoques foram renovados, durante 
certo intervalo de tempo. Se houver estoques com diversas características o índice 
refletirá a média global ponderada de todos os valores mantidos na conta estoque.
O cálculo do GET se dá pela razão entre o custo dos produtos vendidos e 
o estoque:
GET = Custo das vendas
Saldo médio dos estoques
Análise da Gestão dos Recursos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
33
Giro do Ativo Total (GAT)
O GAT indica a eficiência com a qual a empresa usa seus ativos para gerar ven-
das. Normalmente, quanto maior esse índice, maior a eficiência no uso dos ativos.
Deve-se tomar cuidado ao usar o GAT para fins comparativos, pois é base-
ado nos custos históricos do total de ativos. Como algumas empresas têm ativos 
mais novos ou mais velhos que outras, essa comparação pode ser enganosa. 
Empresas com ativos mais novos tendem a ter giros menores que aquelas com 
ativos mais velhos. A diferença no GAT pode ser resultado de ativos mais caros 
e não de eficiência operacional.
O GAT é calculado pela razão entre as vendas e o total de ativos da empresa:
GAT = Receita Operacional Líquida
Saldo médio do Ativo Total
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS
Nesse grupo de indicadores, analisamos o prazo médio de realização dos recur-
sos. Esse grupo está intimamente ligado ao giro dos recursos, com a diferença 
de que naquele se calcula quantas vezes girou o recurso em um determinado 
período e neste quantos dias, em média, o recurso foi renovado. É nesse grupo, 
com base nos prazos médios, que calculamos o Ciclo Operacional e Financeiro 
da empresa.
Prazo Médio de Renovação dos Estoques (PMRE)
O PMRE expõe o período médio que decorre entre a compra e a venda de um 
determinado estoque. Tem efeitos diferentes para comércio e indústria. Enquanto 
no comércio se compra e já expõe para venda, na indústria são feitas as compras, 
depois, as transformações e, então, após ser finalizado o processo produtivo, o 
produto passa a ser vendido. O critério de análise é “quanto menor, melhor”, pois 
o objetivo é negociar rapidamente os estoques evitando obsoletismo.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E34
O PMRE ou Idade Média dos Estoques – IME indica a média do número de dias 
para venda dos estoques. O PMRE é calculado pela divisão do valor dos estoques 
(média do período) pelo custo das vendas do período. Como é medido em dias, 
o resultado deverá ser multiplicado pelo número de dias do período:
Prazo Médio de Cobrança (PMC)
O PMC ou Prazo Médio de Recebimento dos Clientes (PMRC) compreende o 
período médio entre a venda e o recebimento da duplicata (da venda). É o prazo 
efetivo e não o prazo para pagamento concedido por ocasião da venda. Portanto, 
se houver atrasos ou antecipação do recebimento, o prazo médio será diferente 
da política de prazos da empresa. O critério de análise é “quanto menor, melhor”, 
visto que, quanto antes receber as vendas, mais capital de giro a empresa terá.
O PMC é usado para avaliar as políticas de crédito e cobrança da empresa. É 
obtido dividindo-se o valor das contas a receber (média do período) pelas vendas 
brutas do período menos as devoluções e abatimentos. Como é medido em dias, 
o resultado da divisão deverá ser multiplicado pelo número de dias do período:
Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF)
O PMPF determina o período entre a compra e a liquidação das duplicatas dos 
fornecedores. O critério de análise é “quanto maior, melhor”, uma vez que tem 
papel importante no ciclo financeiro da empresa. O PMPF é usado para avaliar as 
políticas de prazo dos fornecedores. É obtido dividindo-se o valor da conta forne-
cedores (média do período) pelas compras brutas do período menos as devoluções 
e abatimentos de compras. Assim como o PMC e o PMRE é medido em dias, o 
resultado da divisão deverá ser multiplicado pelo número de dias do período:
Análise da Gestão dos Recursos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
35
PMPF = Saldo médio de Fornecedores x 360
Compras Brutas - (dev + abat)
Ciclo Operacional (CO)
O CO é o tempo decorrido entre o momento em que a empresa aplica material 
e trabalho no processo de produção até o instante em que o dinheiro da venda 
do produto acabado é arrecadado. Em outras palavras, é o período compreen-
dido entre a compra da mercadoria até o recebimento das vendas. Considera-se, 
então, o prazo médio de estocagem somado ao prazo médio de cobranças das 
duplicatas de vendas a prazo:
Ciclo de Caixa (CC)
O CC ou Ciclo Financeiro (CF) é o período compreendido entre o pagamento das 
compras aos fornecedores e o recebimento das vendas dos clientes. Quanto mais 
prazo obtivermos dos fornecedores e menos prazos concedermos aos clientes, 
menor será o CC. Pode ser negativo, no caso do prazo de estocagem e cobrança 
somados serem menores do que o prazo de pagamento ao fornecedor.
O Capital de Giro Líquido (CGL) ou Capital Circulante Líquido (CCL) é 
a diferença entre os ativos e os passivos circulantes da empresa, ou seja, a por-
ção de ativos circulantes financiada com recursosde longo prazo. O CGL pode 
ser positivo ou negativo, conforme o comportamento chamado Ciclo de Caixa 
da empresa.
O Ciclo de Caixa pode ser positivo ou negativo. O Ciclo de Caixa negativo 
é observado quando o volume e o prazo das fontes espontâneas de recursos 
excedem a duração do ciclo operacional. Quando o Ciclo de Caixa é positivo, a 
empresa deve buscar estratégias que o minimizem, sem perder receita ou preju-
dicar seu crédito no mercado:
©shutterstock
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E36
INDICADORES DA EFICÁCIA DA GESTÃO 
FINANCEIRA
Assim, quanto aos estoques e aos prazos médios, é possível adotar indicadores 
que demonstrem a acurácia com que os recursos são empregados. Nesse sentido, 
quanto melhor for o retorno produzido pelo emprego dos recursos financeiros 
mais eficiente foi a administração financeira.
Os indicadores de performance – de retorno – informam o percentual da 
remuneração dos recursos durante o exercício social. Trata-se da medida da efi-
cácia da gestão, pois representam o resultado obtido em decorrência da gestão 
financeira. De certa forma, representam a maximização da riqueza dos sócios. 
São considerados por muitos envolvidos na área como o grupo de índices de 
maior importância.
TAXA DE RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO TOTAL (ROI – 
RETURN ON INVESTIMENT)
Considera o percentual de remuneração do lucro líquido ao total dos recursos 
aplicados na empresa. Representa a remuneração dos capitais próprios e de ter-
ceiros. Os administradores têm nesse índice uma medida da eficiência de suas 
Indicadores da Eficácia da Gestão Financeira
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
37
gestões, uma vez que eles administram tanto recursos dos acionistas quanto de 
terceiros. O ROI indica a eficiência global da empresa em gerar resultados com 
seus ativos disponíveis e é calculado pela razão entre o Lucro Líquido e o Total 
de Ativos:
TAXA DE RETORNO SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (ROE – RETURN 
ON EQUITY)
A taxa de retorno sobre o capital próprio (ROE) considera o percentual de 
remuneração do lucro líquido aos recursos dos sócios investidos na empresa e 
representa a remuneração dos acionistas. Tem uma atenção maior dos investi-
dores, pois representa o rendimento de seus recursos. O ROE mede o retorno 
sobre o investimento dos proprietários da empresa (PL) e é calculado pela razão 
entre o Lucro Líquido e o Investimento dos proprietários (PL):
ROE = Lucro Líquido x 100
Saldo médio do PL
FÓRMULA DUPONT
A Fórmula DuPont ou Sistema DuPont leva esse nome porque foi desenvolvido 
pela DuPont Company há mais de meio século e, por ser tão simples e eficaz, 
é utilizada até hoje. “Considera a taxa de retorno dos recursos investidos como 
resultado do produto da margem de lucratividade das vendas pelo giro dos ati-
vos” (BRAGA, 1995, p. 168).
Algumas variações que ocorrem na fórmula são em razão de melhor enfoque. 
Assim, alguns analistas utilizam o Retorno sobre o Ativo Operacional e outros 
sobre o Ativo Total. É uma análise que envolve vários aspectos da rentabilidade, 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E38
dos giros e dos retornos, mas o objetivo final é a medição da eficácia da gestão 
pelo cálculo dos retornos dos recursos.
D
RE
Receita
Líquida
CPV
Despesas
Operacionais
BP
AC
AP Líquido
PC
ELP
Lucro
Operacional Margem
Operacional
ROA
Receita
Líquida
Receita
Líquida
Ativo
Operacional
Exigível
Total
PL
GAT
Exigível
+ PL
PL
MAF
ROE
-
=
=
=
=
=
x
x
=
=
=
=
÷
÷
÷
+
-
-
+
Figura 2 - Fórmula Dupont
Fonte: os autores.
Empresas e pessoas físicas adotam como parâmetro inicial para seus in-
vestimentos, ativos financeiros que tenham relação de risco e retorno mais 
conservadora (menor risco). Assim, por exemplo, investimentos em novas 
unidades ou processos fabris teriam como parâmetro financeiro mínimo o 
retorno do valor a ser investido, caso o emprego do recurso fosse feito em 
títulos da dívida pública federal. Em linhas gerais, esses títulos conhecidos 
como Títulos Públicos Federais (TPF) têm retorno associado à SELIC e risco 
de crédito em virtualmente zero. Desse modo, se o investimento nos pro-
cessos fabris, a ser realizado, não obtivesse nem o retorno proporcionado 
pela aplicação em TPF, não valeria a pena sequer cogitá-lo. Por outro lado, 
superada a rentabilidade desse parâmetro (conhecido também como ben-
chmark) o investimento estaria apto às demais análises à priori.
Considerações Finais
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
39
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), nesta unidade, pudemos apresentar tanto aspectos amplia-
dos do entendimento do resultado, como quando expusemos a análise contábil 
e financeira dele, quanto pudemos já fundamentar a utilização de indicadores 
de resultados. Ao finalizar esta unidade, esperamos que você tenha compreen-
dido que a administração financeira vai se ocupar de três grandes decisões: de 
investimento, de financiamento e de destinação dos lucros. Dessa forma, a uni-
dade apoia o objetivo do livro ao te mostrar que, nas decisões da administração 
financeira, será importante lançar mão de informações para planejar (orçar) e 
controlar o seu desfecho para dentro do esperado. 
As informações necessárias para administração financeira de um negócio 
serão obtidas na elaboração e análise de demonstrativos contábeis e financei-
ros (a priori, no orçamento, ou a posteriori nas demonstrações contábeis). Essas 
informações por si só não garantem a utilidade na eficácia da atividade do admi-
nistrador financeiro. 
Também foi possível apresentar, nesta unidade, a relação existente entre o 
capital próprio e o custo do recurso investido. O cálculo da média ponderada do 
custo do capital (CMPC), mais conhecido por sua sigla na língua inglesa WACC, 
nos dá um indicador do custo (ou expectativa) para a alocação de novos proje-
tos na estrutura da empresa. Em outras palavras, quando a empresa lança mão 
das análises de investimento para uma determinada iniciativa, o WACC conse-
gue mostrar qual é o percentual de remuneração que o projeto precisa produzir 
para cobrir os custos da empresa no emprego de capital próprio e de terceiros 
na sua estrutura financeira.
Na unidade II a seguir, você terá a continuidade do entendimento sobre o 
custo do capital e as formas mensuração do seu retorno em investimentos. A 
unidade ganha o título mais do que apropriado de Orçamento de Capital. Temos 
certeza que a leitura de cada unidade desta obra será importante e complemen-
tar no entendimento da aplicação de recursos nas iniciativas empresariais. 
40 
A DECISÃO DE INVESTIR E SEUS DESDOBRAMENTOS
CONCEITO
Não confundir aplicações financeiras com investimentos – apesar de nós, corriqueira-
mente, utilizarmos os dois como sinônimos. Investimento corresponde, no espectro 
econômico, à aquisição de bens de capital, ou seja, máquinas, equipamentos, edifícios e 
estoques de produtos com a finalidade de aumento da produção futura. Nada tem a ver 
com aquela poupança aplicada no banco.
A DECISÃO
O principal fator de influência sobre a decisão de investimento é o retorno esperado que 
depende da comparação entre o fluxo de receita futura aguardado e os gastos incorri-
dos em sua execução. Vamos a um exemplo:
Digamos que um determinado empresário esteja planejando a construção de uma te-
celagem. Assim, seu fluxo de receita futura dependerá do preço do tecido no momento 
operacional da empresa e da quantidade que for vendida. Por outro lado, o levantamen-
to dos custos, ou seja, da aquisição de máquinas, de terreno, contratação de funcioná-
rios, dentre outras coisas, precisa ser feito para confrontarcom a receita projetada.
Caso o retorno alcançado por unidade de capital aplicado seja menor do que o que o 
empresário obteria colocando o recurso em uma aplicação no banco, o investimento não 
vale a pena. É por isso que, de forma simplória, se diz que, quanto maior a taxa de juros, 
menores os investimentos. Para que arriscar seu capital num empreendimento, incor-
rendo em diversos tipos de riscos, se confortavelmente você pode ter um retorno mais 
elevado simplesmente colocando seu dinheiro numa aplicação segura de renda fixa?
CONTEXTO DE ELEVADOS INVESTIMENTOS
Consideremos um cenário de juros baixos e elevado nível de investimentos. Quais se-
riam os resultados?
O aumento do investimento provoca uma elevação na oferta de produtos e serviços 
e, dessa forma, os preços das mercadorias e prestadoras são pressionados para baixo. 
Como consequência, o retorno dos investimentos diminui substancialmente.
Além disso, um maior grau de investimento pressiona a demanda por máquinas para a 
realização de empreendimentos, o que leva os preços daqueles para cima, fazendo com 
que os gastos para a execução de projetos sejam mais acentuados.
Pode se dizer que o inverso, ou seja, uma diminuição no nível de investimentos na eco-
nomia faz com que a disponibilidade de produtos diminua e, dessa forma, os preços 
sejam puxados para cima – assim como é possível afirmar que um menor grau de inves-
timentos faz com que a procura por maquinários seja menos acentuada, provocando 
menores gastos para a realização de empreendimentos.
41 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quanto maior a taxa de juros, menor será o investimento, pois haverá um número me-
nor de projetos cujos retornos superarão a taxa de juros obtida em aplicações financei-
ras nos bancos.
Expectativas, ou seja, a percepção dos empresários quanto às condições futuras da eco-
nomia durante o período em que o investimento está sendo maturado e em sua etapa 
posterior operacional é determinante para o grau de investimentos em uma economia.
É por isso que em um ambiente instável, com recorrentes alterações na taxa básica de 
juros e uma persistente tendência inflacionária, os empresários relutam em elevar seus 
investimentos em produção futura ou em simplesmente iniciar novos empreendimen-
tos.
É justamente por essa instabilidade mencionada, que o Brasil carece de funding de lon-
go prazo para grandes projetos de infraestrutura, por exemplo, que seriam, sem dúvida, 
grandes impulsionadores do crescimento econômico nacional.
Entretanto, como grande receptores de investimentos extremamente volúveis, que 
adentram o País para se beneficiar dos juros altos, não há como financiar grandes em-
preendimentos por prazos mais espaçados, já que recursos entram e saem em uma di-
nâmica de difícil previsibilidade.
Fonte: Oliveira ([2016], on-line)1. 
42 
1. A seguir, são apresentados três demonstrações contábeis de uma organização 
empresarial (em R$). 
Balanço Patrimonial - Ativo
CÓDIGO DA 
CONTA
DESCRIÇÃO DA CONTA 31/12/20X7 31/12/20X6 31/12/20X5
1 Ativo Total 1.349.804 1.161.133 1.041.575
1.01 Ativo Circulante 552.053 657.122 585.701
1.01.01 Disponibilidades 73.058 256.310 294.365
1.01.01.01 Caixa e Bancos 18.227 13.984 14.601
1.01.01.02 Aplicações Financeiras 54.831 242.326 279.764
1.01.02 Créditos 320.123 263.716 186.791
1.01.02.01 Clientes 320.123 263.716 186.791
1.01.03 Estoques 109.397 81.852 68.912
1.01.04 Outros 49.475 55.244 35.633
1.01.04.01 Contas a receber p/ 
venda imóveis
10.340 3.520 2.000
1.01.04.02 Despesas antecipadas 2.154 1.808 2.640
1.01.04.03 Despesa antecipada 
com propaganda
217 0 0
1.01.04.04 IR/CSLL diferidos 16.829 16.898 14.435
1.01.04.05 Impostos a recuperar 7.621 9.606 3.723
1.01.04.06 Adiantamento a forne-
cedores
6.043 18.610 4.613
1.01.04.07 Contas a receber funcio-
nários
2.696 2.779 3.789
1.01.04.08 Outros ativos 3.575 2.023 3.405
1.01.04.09 Dividendos a receber 0 0 1.028
1.02 Ativo Não Circulante 797.751 504.011 455.874
1.02.01 Realizável em Longo 
Prazo
54.383 75.850 85.154
43 
1.02.01.01 Créditos Diversos 54.383 75.850 85.154
1.02.01.01.01 Imóveis destinados à 
venda
4.875 10.024 13.445
1.02.01.01.02 Impostos a recuperar 8.618 13.258 12.372
1.02.01.01.03 Depósitos judiciais e 
compulsórios
4.023 4.463 3.312
1.02.01.01.04 IR/CSLL Diferidos 32.569 43.280 50.572
1.02.01.01.05 Outras contas a receber 4.298 4.825 5.453
1.02.02 Investimentos 743.368 428.161 370.720
1.02.02.01 Investimentos 475.699 231.204 253.891
1.02.02.01.01 Participações Coligadas/
Equiparadas
123.000 131.805 0
1.02.02.01.03 Participações em Con-
troladas
163.243 99.204 258.505
1.02.02.01.04 Participações em Con-
troladas - Ágio
101.771 0 -4.809
1.02.02.01.05 Outros Investimentos 195 195 195
1.02.02.01.06 Adiant. para Futuro 
Investimento
87.490 0 0
1.02.02.02 Imobilizado 200.036 187.556 107.446
1.02.02.03 Intangível 67.633 9.401 9.383
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E44
Balanço Patrimonial – Passivo e Patrimônio Líquido
CÓDIGO DA 
CONTA
DESCRIÇÃO DA CONTA 31/12/20X7 31/12/20X6 31/12/20X5
2 Passivo Total 1.349.804 1.161.133 1.041.575
2.01 Passivo Circulante 197.328 180.275 155.945
2.01.01 Empréstimos e Financia-
mentos
12.722 2.295 16.439
2.01.03 Fornecedores 93.707 78.616 44.344
2.01.04 Impostos, Taxas e Contri-
buições
13.468 11.802 16.845
2.01.05 Dividendos a Pagar 1.158 3.522 2.780
2.01.05.01 Juros s/capital próprio a 
pagar
1.094 971 901
2.01.05.02 Dividendos a pagar 64 2.551 1.879
2.01.08 Outros 76.273 84.040 75.537
2.01.08.01 Salários e encargos 
sociais
48.320 42.314 37.352
2.01.08.02 Contas a pagar 23.507 35.861 32.112
2.02 Passivo Não Circulante 270.915 223.302 230.312
2.02.01 Obrigações 270.915 223.302 230.312
2.02.01.01 Empréstimos e Financia-
mentos
112.135 54.138 35.179
2.02.01.03 Tributos Diferidos 158.780 169.164 195.133
2.02.01.03.01 IRPJ Diferido 124.230 142.743 128.609
2.02.01.03.02 CSLL Diferida 34.550 26.421 66.524
2.04 Patrimônio Líquido 881.561 757.556 655.318
2.04.01 Capital Social Realizado 391.804 391.804 343.598
2.04.02 Reservas de Capital 177.336 92.001 8.527
2.04.04 Reservas de Lucro 191.078 147.133 138.171
2.04.04.01 Legal 40.874 34.807 28.476
2.04.04.07 Outras reservas de Lucro 150.204 112.326 109.695
2.04.04.07.01 Outras reservas de lucros 252.169 196.309 178.559
Considerações Finais
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
45
2.04.04.07.02 Juros s/capital próprio e 
dividendos
-47.465 -50.518 -54.870
2.04.04.07.03 Ações em tesouraria -54.500 -33.465 -13.994
2.04.05 Lucros/Prejuízos acumu-
lados
121.343 126.618 165.022
Demonstrativo de Resultado do Exercício - DRE
CÓDIGO DA 
CONTA
DESCRIÇÃO DA CONTA
01/01 A 
31/12/20X7
01/01 A 
31/12/20X6
01/01 A 
31/12/20X5
3.01 Receita Bruta de Vendas e/
ou Serviços
1.579.244 1.535.026 1.335.450
3.02 Deduções da Receita Bruta -320.838 -301.322 -255.244
3.03 Receita Líquida de Vendas e/
ou Serviços
1.258.406 1.233.704 1.080.206
3.04 Custo de Bens e/ou Serviços 
Vendidos
-699.602 -664.012 -605.677
3.05 Resultado Bruto 558.804 569.692 474.529
3.06 Despesas/Receitas Opera-
cionais
-406.484 -400.156 -274.832
3.06.01 Com Vendas -333.314 -300.490 -279.022
3.06.02 Gerais e Administrativas -85.584 -75.984 -70.265
3.06.03 Financeiras 18.093 24.366 22.433
3.06.03.01 Receitas Financeiras 36.393 43.891 47.139
3.06.03.01.01 Variação cambial 0 2.484 6.039
3.06.03.01.02 Encargos Financeiros s/ 
impostos, líquido
6.226 0 0
3.06.03.01.03 Outras 30.167 41.407 41.100
3.06.03.02 Despesas Financeiras -18.300 -19.525 -24.706
3.06.03.02.01 Variação cambial -2.235 0 -10.258
3.06.03.02.02 Encargos financeiros s/
impostos
0 -2.506 -14.448
3.06.03.02.03 Outras -16.065 -17.019 0
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N ID A D E46
3.06.04 Outras Receitas Operacio-
nais
4.390 12.218 51.273
3.06.05 Outras Despesas Operacio-
nais
-32.627 -39.654 -36.521
3.06.05.01 Amortização de diferido -7.085 -7.825 -8.319
3.06.05.02 Amortização de ágio -1.019 0 0
3.06.05.03 Outras -24.523 -31.829 -28.202
3.06.06 Resultado da Equivalência 
Patrimonial
22.558 -20.612 37.270
3.09 Resultado Antes Tributação/
Participações
152.320 169.536 199.697
3.10 IR e Contribuição Social -30.138 -40.069 -45.329
3.11 IR Diferido -839 -2.849 10.654
3.15 Lucro/Prejuízo do Período 121.343 126.618 165.022
47 
Com base nesses demonstrativos:
1. Calcule o ROI em cada um dos 3 anos.
2. Calcule o GAT em cada um dos 3 anos.
3. Apresente o valor do ativo por ano e o percentual de variação entre os anos.
4. Apresente o resultado gerado por ano e a variação entre os anos.
5. Apure o Capital de Giro Líquido (CGL). 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Administração dos Fluxos de Caixa: Teoria e Prática
German Torres Salazar
Editora: Atlas
Sinopse: o livro trata de Finanças Empresariais destacando 
a teoria e prática da administração dos fluxos de caixa das 
empresas. Desse modo, são discutidos os princípios-funções 
da ciência das finanças das empresas, essenciais para atingir 
a maximização do valor das ações das grandes empresas e a 
maximização do patrimônio líquido de médias e pequenas 
empresas. Recomendamos as leituras das partes I, II e III do 
livro que conta com cinco partes no total.
REFERÊNCIAS
49
BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 
1995.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei 
n. 6404, de 15 de dezembro de 1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm>. Acesso em: 3 set. 2008.
_______. Lei n. 11638, de 28 de dezembro de 2007. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm>. Acesso em 3 set. 
2008.
BRIGHAM, E. F. e HOUSTON, Joel F. Fundamentos da moderna administração fi-
nanceira. Tradução de Maria Imilda da Costa e Silva. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
DAMODARAN, A. Finanças corporativas aplicadas. Porto Alegre, Bookman, 2002.
LEMES JUNIOR, A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração financeira: 
princípios, fundamentos e práticas brasileiras. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. Admnistração Financeira: Corporate Fi-
nance. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
WESTON, J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da administração financeira. Tradu-
ção Sidney Stancatti. Revisão Técnica Fabio Gallo Garcia e Luis Alberto Bertucci. 10. 
ed. São Paulo: MAKRON Books, 2000.
REFERÊNCIA ON-LINE
1 Em: <http://www.investimentos.org/a-decisao-de-investir-e-seus-desdobramen-
tos/>. Acesso em: 21 jul. 2016.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm
GABARITO
Com base nesses demosntrativos:
1. Calcule o ROI no 20X7.
 ■ Fórmula
Esta fórmula de cálculo somente poderá ser aplicada na íntegra quando temos as 
demonstrações mensais ou pelo menos trimestrais para calcularmos o Saldo Médio 
do Ativo Total, quando somos usuários externos das demonstrações normalmente 
temos o saldo anual, neste caso não é possível calcular a média, por isso vamos uti-
lizar o Saldo do Ativo Total sem fazer a média.
 ■ 20X7
ROI = (121.343 ÷ 1.349.804) × 100
ROI = 8,99%.
 ■ 20X6 
ROI = (126.618 ÷ 1.161.133) × 100
ROI = 10,90%.
 ■ 20X5
ROI = (165.022 ÷ 1.041.575) × 100
ROI = 15,84%.
2. Calcule o GAT em 20X7.
 ■ -Fórmula
Esta fórmula de cálculo somente poderá ser aplicada na íntegra quando temos as 
demonstrações mensais ou pelo menos trimestrais para calcularmos o Saldo Médio 
do Ativo Total, quando somos usuários externos das demonstraçoes normalmente 
temos o saldo anual, neste caso não é possível calcular a média, por isso vamos uti-
lizar o Saldo do Ativo Total sem fazer a média.
 ■ 20X7
GAT = (1.258.406 ÷ 1.349.804)
GAT = Receita Operacional Líquida
Saldo médio do Ativo Total
GABARITO
51
GAT = 0,932.
 ■ 20X6
GAT = (1.233.704 ÷ 1.161.133)
GAT = 1,0625.
 ■ 20X5
GAT = (1.080.206 ÷ 1.041.575)
GAT = 1,0371.
3. Apresente o valor do ativo por ano e o percentual de variação entre os anos.
Ativo Total, por ano:
31/12/20X5 = R$ 1.041.575
31/12/20X6 = R$ 1.161.133 (VARIAÇÃO POSITIVA DE 11,48% NA COMPARAÇÃO COM 
O ANO ANTERIOR)
31/12/20X7 = R$ 1.349.804 (VARIAÇÃO POSITICA DE 16,25% NA COMPARAÇÃO 
COM O ANO ANTERIOR).
4. Apresente o resultado gerado por ano e a variação entre os anos.
Resultado, por ano
20X5 = R$ 165.022
20X6 = R$ 126.618 (VARIAÇÃO NEGATIVA DE 23,27% NA COMPARAÇÃO COM O ANO 
ANTERIOR)
20X7 = R$ 121.343 (VARIAÇÃO NEGATIVA DE 4,17% NA COMPARAÇÃO COM O ANO 
ANTERIOR).
5. Apure o Capital de Giro Líquido (CGL).
20x5
CGL = AC - PC = 585.701 - 155.945 = R$ 429.756
20x6
CGL = 657.122 - 180.275 =R$ 476.847
20x7
CGL = 552.053 - 197.328 = R$ 354.725
U
N
ID
A
D
E II
Professor Me. José Renato Lamberti
Professor Me. Narciso Franzin
Professor Me. Rodrigo Bastos Monteiro
ORÇAMENTO DE CAPITAL 
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Apresentar ferramentas que auxiliam o administrador financeiro a 
analisar a relação existente entre o investimento de capital e retorno 
esperado por isso.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Gastos Correntes e Gastos de Capital
 ■ Fluxo de Caixa
 ■ TMR – Taxa Média de Retorno 
 ■ IL – Índice de Lucratividade 
 ■ PAYBACK – Período de Recuperação do Investimento
 ■ VPL – Valor Presente Líquido 
 ■ TIR – Taxa Interna de Retorno
 ■ TMA – Taxa Mínima de Atratividade
 ■ CAPM – Capital Asset Pricing Model
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a)! Nesta unidade, consideraremos as decisões de investi-
mento e financiamento para empreendimentos. Uma iniciativa empresarial, 
para ter sucesso, demanda que seus administradores tomem decisões. Essas 
decisões vão das mais importantes e estratégicas, como abrir ou não um novo 
negócio, até outras mais específicas e operacionais, como a aquisição de máqui-
nas e equipamentos e a implementação de tecnologias. De todo modo, o que se 
espera dessas decisões é que deem retornos financeiros sempre superiores a suas 
alternativas. Então, veja que, no momento da decisão, não há certeza sobre sua 
efetividade. A realização do que se espera com a decisão virá apenas com o pas-
sar do tempo. Ou seja, a decisão financeira diz respeito a resultados futuros de 
deliberações realizadas no presente.
O que ocorre na prática é que os recursos para investimento são escassos 
e os administradores financeiros têm a responsabilidade de selecionar projetos 
que deem maior retorno financeiro para a empresa. Para isso, devem elaborar 
demonstrativos de aplicações de recursos que permitam visualizar, de maneira 
eficiente, o retorno desses recursos – de preferência remunerados – em um 
dado momento do futuro, subsidiando, assim, a tomada de decisão. Os méto-
dos de desconto, como o de período de recuperação do investimento (Payback) 
e o da taxa contábil de retorno, não consideram o valor do dinheiro no tempo, 
enquanto outros métodos, como o do Valor Presente Líquido (VPL) e o da Taxa 
Interna de Retorno (TIR), levam isso em consideração. Dá para entender, apenas 
por esse aspecto temporal, quais deles terão mais relevância na análise finan-
ceira profissional.
Fique certo de que é de fundamental importância que a organização escolha, 
entre as alternativas apresentadas, aquela que mais lhe traga ganho, ou seja, a que 
maximize seus lucros. Portanto um administrador financeiro deve ser capaz de 
decidir se vale a pena ou não fazer o investimento e ser capaz de escolher inteli-
gentemente entre duas ou mais alternativas. Para conseguir isso, é necessário um 
sólido conjunto de procedimentos paraavaliar, comparar e selecionar projetos.
Bons estudos! 
Introdução
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
55
©shutterstock
ORÇAMENTO DE CAPITAL 
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E56
GASTOS CORRENTES E GASTOS DE CAPITAL
Caro(a) aluno(a), gastos correntes são aqueles considerados de curto prazo, por-
tanto, debitados como despesas no exercício em que ocorrem. São exemplos desse 
tipo de gastos aqueles com salários, aluguéis, matérias-primas, entre outros. Os 
gastos de capital, por outro lado, são de longo prazo, serão debitados em exer-
cícios futuros. Isso quer dizer que esses gastos serão amortizados (depreciados) 
durante vários meses e anos, obedecendo às regulamentações da Receita Federal. 
Podemos citar como gastos de capital a aquisição ou substituição de máquinas e 
equipamentos, projetos de segurança e preservação ambiental, as construções, 
aquisição de terrenos, e assim por diante.
Na determinação dos custos iniciais de um projeto, é importante saber que 
isso poderá decidir a viabilidade ou não do projeto. Em outras palavras, a mag-
nitude do projeto, independentemente do seu retorno, pode já ser um fator de 
limitação para a estrutura da empresa. Além desse aspecto, a análise financeira 
vai percorrer certo caminho que, como resultado, oferecerá retorno a algumas 
indagações: 
 ■ Quanto será gasto na aquisição de novos itens?
 ■ Há despesas adicionais com frete, instalação, manutenção, contratos etc.? 
©shutterstock
Fluxo de caixa
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
57
 ■ Os equipamentos substituídos têm valor de mercado residual?
 ■ Qual será a despesa com impostos no investimento a realizar?
A seguir, apresentamos a ideia de fluxo de caixa na análise do custo do capital 
e passamos a apresentar as ferramentas analíticas que permitem responder às 
perguntas da análise financeira, definindo-as, dando exemplos e, na medida do 
possível, explorando limitações que o uso de cada uma dessas ferramentas implica.
FLUXO DE CAIXA
Quando vamos analisar o retorno 
de um investimento, ou então 
quando nos interessamos pela 
apresentação de uma projeção de 
resultado, o fluxo de caixa é a prin-
cipal forma de exposição desses 
dados.
Podemos assumir o fluxo 
de caixa como sendo o dado 
apresentado na última linha do 
Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Em outras palavras, o Fluxo 
de Caixa é o resultado líquido após custos operacionais - fixos e variáveis, taxas 
e impostos. 
Esse é o dado que permite a relação entre o investimento e o retorno a ele 
associado. Portanto, ao analisarmos o custo (e o retorno) de um investimento, 
faremos uma padronização no tempo e comparação de magnitudes do valor do 
capital investido anteriormente à geração de fluxos de caixa pelo projeto.
Sendo assim, poderíamos simplificar o que estamos chamando de fluxo de 
caixa pela seguinte demonstração:
ORÇAMENTO DE CAPITAL 
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E58
Demonstrativo simplificado
(UN) Vendas (quantidade)
(× P) Preço
(= UN × P) Faturamento 
(− CV × UN) Custo Variável
(− CF × UN) Custo Fixo 
(= LAJIR) Lucro antes dos juros e imposto de renda 
(− dívida × Kd) Juros
(= LAIR) Lucro antes do Imposto de Renda 
(− alíquota IR x Base trib) Imposto de Renda
(=) Lucro Líquido 
Kd é a taxa paga pela obtenção do recurso feito dívida.
Podemos exemplificar um fluxo de caixa a partir de um exemplo de um inves-
timento em um imóvel comprado por R$300.000,00. Os aluguéis líquidos que 
podemos receber no futuro têm o valor de R$20.000,00 ao ano. Após receber-
mos 5 aluguéis - um ao final de cada ano -, no final do quinto ano, vendemos o 
imóvel por R$325.000,00. A representação do fluxo de caixa desse investimento 
é a seguinte: 
t=0 t=1 t=2 t=3 t=4 t=5
-300.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000
325.000
O segundo exemplo para o fluxo de caixa sempre é o do carrinho de cachor-
ro quente. Digamos que o Dogão da Galera, famoso (e fictício) vendedor de 
cachorro quente perto de uma universidade tenha um faturamento bruto de 
R$20.000,00 por ano. Os custos fixos e variáveis são de R$12.000,00, de tal 
modo que o resultado líquido da empresa Dogão da Galera é de R$8.000,00 
por ano. Suponhamos que a vida útil operacional para o negócio é de 10 anos. 
Vamos imaginar que o custo para construir - ou comprar – o Dogão da Galera 
é de R$50.000,00 e que ao final (t=10) os ativos restantes poderão ser vendidos 
por R$15.000,00. Nesse caso, a representação dos fluxos de caixa é a seguinte:
©shutterstock
TMR – Taxa Média de Retorno
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
59
t=0 t=1 t=2 t=3 t=4 t=5 t=6 t=7 t=8 t=9 t=10
-50.000 8000 8000 8000 8000 8000 8000 8000 8000 8000 8000
15.000
Dado o entendimento a respeito dos fluxos de caixa, passemos a entender como 
esses fluxos podem mostrar o resultado do negócio e o custo do capital empregado.
TMR – TAXA MÉDIA DE RETORNO
A taxa média de retorno (TMR) tem 
por finalidade determinar a lucra-
tividade de um projeto. Essa é uma 
das técnicas mais antigas utiliza-
das nas análises de investimento. A 
TMR consiste na comparação dos 
lucros contábeis líquidos com os 
custos iniciais, adicionando todos 
os lucros líquidos futuros e dividin-
do-os pelo investimento médio. 
Podemos calcular a TMR da 
seguinte forma:
TMR = Média dos Lucros Líquidos anuais futuros
Metade do Investimento Inicial
Como pode ser observado, o conceito é de fácil entendimento. Contudo, há fato-
res que não recomendam a utilização da TMR em uma análise financeira. Entre 
eles, o fato de que a TMR não considera o valor do dinheiro no tempo. Ou seja, 
para análise, utiliza o lucro contábil e não o fluxo de caixa, ignorando, assim, a 
depreciação. Igualmente, não é computado o valor presente do valor residual do 
ORÇAMENTO DE CAPITAL 
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E60
equipamento, assim sendo, o valor residual poderá reduzir o investimento ini-
cial ou ainda aumentar a entrada futura de caixa.
Mostra-se a seguir como é feito o cálculo da TMR em um exemplo citado 
por Groppelli e Nikbakht (2006). Nesse exemplo, você deve considerar que os 
lucros líquidos para os próximos 4 anos estejam calculados em R$10.000,00, R$ 
15.000,00, R$20.000,00 e R$30.000,00, respectivamente. Se o investimento ini-
cial é de R$100.000,00, qual é a TMR? 
Resolução:
1° Passo: encontrar o lucro líquido médio:
2° Passo: calcular o investimento médio:100.000 = 50.000
2
3° Passo: a TMR:
Ou seja, a TMR é de 0,375 (ou ×100 = 37,5%). Fica evidenciado que, nesse caso, 
os resultados obtidos nos anos 1 e 4, por exemplo, têm a mesma magnitude finan-
ceira. Um problema do qual a TMR não conseguirá se desvencilhar. 
Vamos a uma nova abordagem. O Índice de Lucratividade (IL).
IL - ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE
De modo geral, um empresário sabe que os clientes são diferentes quando relacio-
nados à lucratividade que proporcionam para a empresa: uns são mais lucrativos 
que outros. A lucratividade mostra, por meio de um percentual, o ganho obtido 
pela empresa em relação (sobre) às vendas realizadas. 
©shutterstock
IL - Índice de Lucratividade
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
61
O Índice de lucratividade (IL) é uma medida de retorno em relação ao inves-
timento inicial. Tem o mesmo princípio da lucratividade, ou seja, permite que 
a empresa saiba se o projeto em vista lhe trará retornos positivos. O cálculo do 
IL se

Outros materiais