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Presidente da República Jair Messias Bolsonaro Ministério do Meio Ambiente (MMA) Ricardo de Aquino Salles - Ministro Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) Homero de Giorge Cerqueira - Presidente Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação (DIMAN) Marcos de Castro Simanovic - Diretor Coordenação Geral de Uso Público e Negócios (CGEUP) Daiane Daniele Santos Rocha – Coordenadora-Geral Coordenação de Planejamento, Estruturação da Visitação e do Ecoturismo (COEST) Roberta Rayane da Cunha Barbosa – Coordenadora Autores da edição adaptada Paulo Eduardo Pereira Faria Fabio França Silva Araujo Carolina Pötter de Castro Pedro de Castro da Cunha e Menezes Fundamentos do Planejamento de Trilhas / Paulo Eduardo Pereira Faria, Carolina Pötter de Castro, Fabio França Silva Araujo e Pedro de Castro da Cunha e Menezes. Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade: ICMBio, 2020. 36 p. Colaboração Técnica Pablo Casella Mateus Sonego Larry Lachner (Universidade Estadual do Colorado) Garret Villanueva (Serviço Florestal Americano) Capa, Projeto Gráfico e Diagramação Júlia Fonseca e Thaís Amâncio Foto de Capa Parque Nacional da Serra do Cipó, por Edson Faria Júnior Ilustrações Pablo Casella Fotos Carolina Pötter Edson Faria Júnior Edward Elias Evandro Rodney Joana D’Arc Magalhães Paulo Faria Este documento foi traduzido e adaptado livremente do original: Trail Fundamentals and Trail Management Objectives - 2016 United States Department of Agriculture | ForestService Em cooperação com: United States Department of Transportation’s Federal Highway Administration Autores da edição original: Jaime Schmidt Jonathan Kempff, P.E. Vicky Duvall Michael Warta O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) agradece ao Programa Parceria para a Conservação da Biodiversidade na Amazônia, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Serviço Florestal Americano (SFA) e Colorado State University. ÍNDICE APRESENTAÇÃO ..............................................................................................................4 FUNDAMENTOS DE TRILHAS .......................................................................................5 Tipo de trilha ......................................................................................................................... 5 Classe de trilha ..................................................................................................................... 7 Uso manejado.....................................................................................................................17 Uso projetado .....................................................................................................................18 Parâmetros de projeto ......................................................................................................18 PMT: DEFININDO OS OBJETIVOS DO PROJETO ................................................... 23 Por que usar o PMT? .........................................................................................................23 O PMT no ICMBio ...............................................................................................................23 ANEXOS ........................................................................................................................... 24 REFERENCIAS CITADAS NA EDIÇÃO ORIGINAL NORTE-AMERICANA ........................................................ 34 4 APRESENTAÇÃO Até o século XIX, as trilhas, percorridas a pé ou com animais de montaria, eram o componente principal da infraestrutura de transporte terrestre dos povos do planeta. Percorrer trilhas era a única alternativa dos viajantes, fosse qual fosse a motivação da viagem. Nos dias de hoje, ainda são mantidas ao redor do globo redes nacionais e internacionais de milhares de quilômetros de trilhas, mas agora com o objetivo principal de oferecer oportunidades de lazer e recreação em contato com a natureza. Quando empregado coloquialmente, o vocábulo “trilha” pode remeter a três conceitos distintos: Um “atrativo turístico”, que motiva a visita a uma área natural; uma atividade física em si, como nas expressões “trilhar” ou “fazer trilha”, referindo-se a atividade de percorrer uma trilha; e, por fim, a trilha como infraestrutura de “transporte”. Não por acaso, o estabelecimento de trilhas é uma das atividades prioritárias para viabilizar a visitação em áreas protegidas, muitas vezes estando estes equipamentos presentes quando nenhuma outra estrutura de suporte está disponível no local. Do ponto de vista técnico, uma trilha deve ser entendida como um percurso intencionalmente concebido e manejado em ambiente natural ou rural, com grau limitado de intervenção. Assim, por exemplo, uma trilha se diferencia de uma “picada” aberta clandestinamente por caçadores, ou um “carreiro” de animais, pois estes não possuem nem intenção de manejo nem execução planejada, condições necessárias para caracterizar uma trilha. Em 2018, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade lançou o “Manual de Sinalização de Trilhas” que representou um avanço para a consolidação das trilhas como importante instrumento de uso público. Agora, por meio desta publicação, “Fundamentos de Planejamento de Trilhas”, baseada em método do Serviço Florestal Americano, o instituto aprofunda conceitos fundamentais relativos ao planejamento, implantação e manutenção de trilhas, incluindo o marco metodológico, tipologia, classe, uso e parâmetros de projeto – tanto para a implantação de novas trilhas como para o manejo daquelas já existentes nas unidades de conservação federais, visando atrair cada vez mais visitantes e oferecer aos mesmos uma experiencia de qualidade no contato com a natureza. Fábio França Silva Araújo 5 FUNDAMENTOS DE TRILHAS Os fundamentos do planejamento de trilhas são compostos por cinco conceitos fundamentais, cujas definições compõem o escopo da trilha. São eles: » Tipo de trilha » Classe de trilha » Uso manejado » Uso projetado » Parâmetros de projeto A implementação de novas trilhas ou manejo daquelas já existentes deve ser orientado pela identificação dos conceitos fundamentais, cujas definições compõem o escopo do projeto da trilha, identificados em formulário próprio – Projeto de Manejo de Trilhas (PMT). Os conceitos fundamentais devem ser construídos a partir das orientações e regulamentos existentes, como planos de manejo, normas de zonas de manejo e outros documentos de planejamento, se houver ou caber. Além disso, decisões sobre a classe de experiência proposta, decisões especificas para cada trilha e outras diretrizes devem ser consideradas. Os fundamentos de planejamentos de trilhas oferecem, assim, uma maneira consistente para registrar e comunicar com clareza o projeto pretendido e as diretrizes de manejo para projetar, construir, manejar e viabilizar a operacionalização das atividades que demandam trilhas para sua prática. TIPO DE TRILHA A categoria tipo de trilha corresponde à superfície predominante da trilha e da(s) modalidade(s) de atividade(s) que a trilha suporta, há duas possibilidades: » Trilha terrestre: trilha que tem uma superfície constituída predominantemente de terra e que é projetada e manejada para atividades sobre essa superfície. Caminhadas, caminhadas de longo curso e ciclismo, por exemplo, requerem trilhas terrestres para sua prática. 6 Trilha terrestre na Floresta Nacional de Brasília (Foto: Paulo Faria) » Trilha aquática: trilha que tem uma superfície constituída predominantemente de água (mas pode incluir trechos terrestres) e que é projetada e manejada para acomodar a utilização nessa superfície. Atividades como canoagem, flutuação, stand up paddle e bóia cross podem requerer trilhas aquáticas para sua prática. Roteiros subaquáticosutilizados em atividades de mergulho, também chamados de trilhas subaquáticas, se enquadram neste tipo de trilha. Trilha aquática (Foto: Evandro Rodney) 7 Orientações específicas: 1. Deve ser identificado apenas um tipo de trilha para cada trilha ou segmento de trilha. 2. Para a definição de tipo de trilha, siga as orientações e normas vigentes, bem como as decisões específicas do projeto e diretrizes relacionadas. CLASSE DE TRILHA A definição da classe de trilha deve ser utilizada como base fundamental para definir os parâmetros de projeto e pode orientar inferências ou avaliações sobre os custos necessários a implementação e/ou manejo da trilha e a complexidade dos projetos – via de regra, quanto maior a classe da trilha maior o seu custo de implementação, excetuando desta lógica as despesas logísticas, como o transporte de materiais para locais de trilhas remotas. A classe de trilha representa o grau alvo de intervenção em uma trilha ou segmento de trilha, dentro de uma escala que vai da classe mais prístina a com maiores níveis de intervenção. A escolha da classe deve levar em consideração, com a máxima profundidade possível, as características, necessidades e expectativas dos visitantes e usuários, considerando que este fundamento tem grande influência na experiência da visitação. O gradiente de intervenção sugerido pelas classes de trilha faz correspondência com o ROVUC (Rol de Oportunidades de Visitação em Unidades de Conservação) e Plano de Manejo, oferecendo um leque de oportunidades de experiências aos visitantes. O nível de variação dos indicadores deve refletir as condições encontradas e que se deseja alcançar naquelas áreas. As classes servem como uma descrição dos ambientes e funcionam como diretrizes para o manejo atual e futuro da área, que deve ser respeitado pelos gestores e operadores de delegações de serviço. Trilha classe 1 (intervenção mínima): Pista única, podendo ser intermitente ou indistinta e podendo ser necessária a identificação de rota. Sinalização direcional usualmente limitada a cruzamentos ou presentes quando a localização da trilha não é evidente. A sinalização regulamentar é infrequente e focada na proteção de recursos. Identificação de destino, sinalização informativa e orientativa não está geralmente presente, a menos que exigido. Obstáculos são comuns, sendo que rochas e troncos podem estar presentes, ocorrendo naturalmente, muitas vezes substanciais, destinados a oferecer maior desafio e/ou integração com a paisagem. As passagens são estreitas com vegetação no leito da trilha e altas declividades. 8 Trilha Classe 1. Pista indistinta na descida do Rio Preto, no atrativo “Corredeiras”, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (Foto: Paulo Faria) Trilha Classe 1. Pista indistinta e com obstáculos substanciais, comum em travessias de costões rochosos, Parque Natural Municipal da Galheta (Bombinhas/SC) (Foto: Edson Faria Jr.) Trilha com estruturas mínimas ou inexistentes. Drenagem tipicamente fornecida sem estruturas. Passagens naturais por rios, tipicamente não há pontes e com utilização de materiais predominantemente nativos. 9 Trilha Classe 1. Trilha com maior declividade e rochas naturalmente ocorrendo no em seu leito, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (Foto: Paulo Faria) Trilha Classe 1: Trilha com pista pouco discernível ou intermitente. Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (Foto: Paulo Faria) 10 Trilha classe 2 (intervenção muito baixa): A pista é contínua e discernível, mas estreita e irregular. Pista única, com estruturas de pequeno porte, escala e número limitados e geralmente com materiais nativos. Estruturas adequadas para proteger e minimizar os impactos aos recursos naturais e à trilha. Passagens naturais por rios, pontes quando necessário para a proteção de recursos e maior segurança para usuários. Obstáculos podem ser comuns, substanciais, destinados a oferecer maior desafio e a vegetação pode invadir o corredor da trilha. Bloqueios podem ser utilizados para definir rotas e proteger recursos. A sinalização direcional está presente em cruzamentos ou quando a localização da trilha não é evidente com presença eventual de sinalização confirmatória de rotas ou tranquilizadoras. A sinalização regulamentar, interpretativa e orientativa são incomuns. Trilha Classe 2: Pista contínua e discernível, mas estreito e irregular. Vegetação pode invadir o corredor da trilha. Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (Foto: Joana D’Arc Magalhães) 11 Trilha Classe 2: Manejo utilizando materiais nativos, ocorrência comum de obstáculos. Parque Nacional da Serra do Cipó (Foto: Edward Elias)) Trilha classe 3 (intervenção baixa): A pista é única, contínua, óbvia, com estruturas construídas e adaptadas para maior fluxo de visitantes. Obstáculos podem ser comuns, mas não substanciais ou destinados a oferecer desafio. A vegetação deve ser removida do corredor da trilha. Estruturas podem ser comuns e substanciais, sendo construídas com materiais nativos ou não. Passagens por rios podem ser naturais ou construídas, conforme necessário para a proteção de recursos e maior segurança para usuários. Há sinalização direcional em cruzamentos, confirmatória e tranquilizadora, conforme necessário para segurança e orientação do usuário. Sinalização de natureza regulamentar, de proteção de recursos e interpretativa pode ser comum. 12 Trilha Classe 3: Pista contínua e óbvia, com corredor limpo (vegetação podada). Parque Nacional da Serra do Cipó (Foto: Edward Elias) Trilha Classe 3. Obstáculos podem ser comuns. Parque Nacional Torres del Paine, Chile (Foto: Paulo Faria) 13 Trilha classe 4 (intervenção média): Pista única, larga, inclinação suave, com poucas irregularidades e com estruturas adaptadas para maior fluxo de visitantes. A pista dupla é utilizada onde o volume de tráfego é alto. Pode ter calçamento, sendo utilizados materiais nativos ou não. Obstáculos são infrequentes e não substanciais. A vegetação é removida do corredor da trilha. As estruturas são frequentes e substanciais, normalmente construídas com materiais não nativos. Passagens por rios são naturais ou construídas, conforme necessário para a proteção de recursos e conveniência do usuário. Serviços podem estar presentes ao longo da trilha. Presença comum de sinalização direcional, confirmatória, tranquilizadora, de natureza regulamentar, interpretativa e de proteção de recursos e de destino. Trilha classe 4: Trilha com inclinação suave, sinalização interpretativa e calçamento com material importado, além de bancos à disposição dos visitantes. Parque Nacional de Brasília (Foto Carolina Pötter) 14 Trilha classe 4: Trilha com inclinação suave, poucas irregularidades, sinalização de destino e material importado Parque Nacional Los Glaciares (Foto Paulo Faria) Trilha classe 5 (intervenção alta): A trilha pode ser altamente modificada, sendo comum em áreas mais urbanizadas e pouco comum em áreas naturais. Pista larga, firme, estável, sem obstáculos, pouca declividade e geralmente uniforme. Pista única onde o volume de tráfego é baixo a moderado. Pista dupla, onde o volume de tráfego é moderado a alto. A presença de revestimento ou calçamento é comum. Estruturas frequentes ou contínuas, normalmente construídas com materiais não nativos, podendo incluir pontes, passarelas, corrimãos e serviços oferecidos ao longo da trilha. Sinalização direcional em cruzamentos e conforme necessário para segurança e orientação do usuário. Presença comum de sinalização direcional, confirmatória, tranquilizadora, sinalização de destino, interpretativa, sinalização de natureza regulamentar e de proteção de recursos. 15 Trilha classe 5: Pista com alta intervenção e calçamento e declividade baixa. Presença de sinalização interpretativa e acesso a mirantes estruturados. Parque Nacional Rocky Mountain, Estados Unidos (Foto: Paulo Faria) ) Trilha classe 5: Trilha altamente modificada,com revestimento importado, na Área de Proteção Ambiental do Planalto Central (Foto Carolina Pötter) 16 “Trilha classe 5: estruturas construídas e equipamentos facilitadores são comuns, como pontes, passarelas e mirantes. Edificações e disponibilidade de serviços podem compor a paisagem nas trilhas classe 5. Parque Nacional Table Mountain, África do Sul (Fotos: Paulo Faria) 17 Orientações específicas: 1. Deve ser identificada uma única classe para cada trilha ou segmento de trilha. 2. A descrição da classe de trilha reflete atributos típicos das trilhas em cada grau de intervenção. Todavia, desvios locais são aceitos em quaisquer classes e podem ser estabelecidos em função de condições específicas da trilha, topografia ou outros fatores, desde que a trilha continue coerente com a intenção geral da classe de trilha determinada. 3. A identificação da classe de trilha mais apropriada deve ser feita com base nas orientações e normas vigentes, além das decisões específicas do projeto e diretrizes relacionadas. 4. Aplique a classe que melhor reflete a intenção de manejo para a trilha ou segmento de trilha, que pode ou não refletir a condição atual da trilha. Para detalhes sobre cada classe de trilha consulte a matriz de classe de trilha. USO MANEJADO O uso manejado corresponde a(s) modalidade(s) de atividade(s) cujo uso é viabilizado pelo propósito do manejo com base em projeto, ou seja, correspondem a todos aqueles usos para os quais a trilha foi ativamente proposta. Orientações específicas: 1. O uso manejado indica a intenção de manejo para acomodar um ou mais usos específicos. 2. Pode existir mais de um uso manejo por trilha ou segmento de trilha. Como por exemplo, uma trilha manejada para ciclismo também pode viabilizar o uso por pedestres e possuir, assim, seus usos manejados para caminhantes e ciclistas. 3. Os usos manejados para uma trilha são geralmente um subconjunto de todos os usos permitidos na trilha. 4. Os usos manejados devem ser identificados a partir das orientações e normas vigentes, bem como as decisões específicas do projeto e diretrizes relacionadas. 5. Deve ser atentada a relação direta entre uso manejado e classe de trilha: geralmente, uma não pode ser determinada sem considerar a outra, sendo que nem todas as classes de trilha são apropriadas para todos os usos manejados. Por exemplo, uma trilha manejada para pedestres definida como de intervenção muito baixa (trilha classe 2) pode não ser apropriada para atividades de ciclismo. 18 USO PROJETADO O uso identificado em uma trilha ou segmento de trilha que demanda projeto e parâmetros de construção mais exigentes e restritivos corresponde ao uso projetado. Em conjunto com a classe de trilha identificada, o uso projetado vai definir quais serão os parâmetros de projeto que serão utilizados para a execução dos esforços de manejo ou implantação da trilha. Orientações específicas: » Apenas um uso projetado é definido por trilha ou segmento de trilha. Apesar de uma trilha ou segmento de trilha poder ter vários usos manejados, apenas um uso projetado é identificado como base para o projeto de trilha. » O uso projetado deve ser determinado a partir dos usos manejados identificados para a trilha, ou seja, o uso projetado compreende sempre a seleção do uso manejado mais exigente em relação aos seus parâmetros de projeto. » Em algumas situações, quando há mais de um uso manejado identificado para uma trilha, o uso projetado pode não ser identificado de maneira tão evidente, como quando os conjuntos de parâmetros de projeto não apresentam diferenças muito grandes. Por exemplo, em uma trilha manejada ativamente para uso compartilhado por caminhantes e ciclistas, o uso por ciclistas provavelmente seria o uso projetado, já que possui requisitos de projeto mais limitantes em classes menos desenvolvidas – requer trilha de largura maior e com menores declividades alvo. Em outros momentos, quando os usos manejados possuem grandes diferenças de parâmetros, o uso projetado é facilmente determinado – por exemplo, quando há atividades com uso de veículos motorizados, que geralmente possuem parâmetros de projeto mais restritivos. Apesar deste guia de planejamento focar em usos projetados para caminhantes e ciclistas, a referência original “Trail Planning Fundamentals”, do Serviço Florestal Americano, oferece diretrizes para planejamento e parâmetros de construção para atividades equestres, motocicletas, quadriciclos, entre outros. PARÂMETROS DE PROJETO Correspondem às diretrizes técnicas para diagnósticos de projeto, construção e manutenção de trilhas, com base em seu Uso Projetado e Classe de Trilha. Os parâmetros de projeto refletem claramente os objetivos do projeto da trilha e orientam o desenho de uma trilha a partir de critérios físicos principais: 19 » Largura da pista: é expressa em termos de pista simples, pista dupla e a largura mínima da pista. » Superfície projetada: é expressa em termos de tipo de superfície, saliências e obstáculos. Superfície da trilha (Foto Paulo Faria) 20 » Declividade projetada: é expressa em termos de três variáveis: a faixa de declividade média alvo para a trilha inteira; a declividade máxima aceitável em um trecho curto; e a extensão máxima admissível para estes trechos curtos, como % da extensão total do trecho. 1100m (altitude) 120m = desnível 1200m = percurso 1200m de extensão 120m de desnível 17% 25m 15% 22m Extensão de trechos curtos com declividade acentuada: 47m 47m 4% da extensão total da trilha} 10% (declividade média = alvo do projeto) 1200m (extensão total da trilha) 980m (altitude) 10% (declividade média = alvo do projeto) 21 » Inclinação lateral projetada: é expressa em termos de inclinação lateral alvo e inclinação lateral máxima. » Corredor projetado: é expressa em termos de largura e altura do corredor da trilha. Curvas projetadas: é expressa em termos do raio da curva. 22 Orientações específicas 1. Desvios locais de qualquer parâmetro de projeto são aceitos e podem ser estabelecidos com base nas condições específicas da trilha, topografia e outros fatores, desde que se mantenha a coerência dos parâmetros e desvios com a intenção geral da classe de trilha. 2. Esforços para reduzir o impacto ao recurso natural, reduzir riscos de acidentes em áreas mais perigosas ou ajustes para acomodar outros usos manejados são as situações mais comuns onde se admite desvios importantes nos parâmetros de projeto. 3. Identifique os parâmetros de projeto com base na classe de trilha e no seu uso projetado. No caso dos parâmetros cujas definições indiquem um intervalo de valores (como largura da pista, por exemplo), deve ser escolhido um valor específico baseado nos objetivos do projeto e nas características do terreno. 4. A determinação da declividade projetada de uma trilha, além de seus outros parâmetros de projeto, deve ser baseada em tipos de solo, condições hidrológicas, níveis de utilização, potencial erosivo e outros fatores que contribuem para a estabilidade da superfície e a sustentabilidade geral da trilha. 5. A definição da largura da pista projetada está relacionada com o sentido da trilha (se possui sentido único ou pista dupla, para ida e volta) e também com a fitofisionomia do ambiente. 6. Parâmetros de projeto trilhas de classes de trilha 3, 4 e, principalmente, 5 possuem potencial para oferecer condições mais acessíveis para pessoas com dificuldades de locomoção. Para acessibilidade plena a pessoas de menor mobilidade ou públicos- alvo determinados convém consultar referências técnicas e tolerâncias de parâmetros mais específicos. 23 PMT: DEFININDO OS OBJETIVOS DO PROJETO Os Projetos de Manejo de Trilhas (PMT) são os documentos que explicitam as definições de escopo da trilha, orientações de uso e diretrizes para manejo e implantação. Por que usar o PMT? A construção do PMT de forma prévia à execução das ações de manejo da trilha orienta de formaefetiva e eficiente o trabalho das equipes de execução, por sintetizar as informações básicas de referência para o planejamento e manejo da trilha em um lugar único e acessível. O PMT definido para cada trilha ou segmento de trilha viabiliza uma análise efetiva do projeto e condições da trilha, possibilitando um melhor planejamento operacional da implementação, manejo e sinalização das trilhas. Manejar uma trilha de forma efetiva ou qualificá-la como bem manejada e em conformidade com os objetivos e normativas não é possível sem que algumas perguntas sejam respondidas: Qual o propósito da trilha? Para que tipo de uso a trilha será manejada? Qual é o nível de desenvolvimento pretendido para a trilha? Ainda, limitações na qualidade da experiência do visitante e incompatibilidades entre usos possíveis podem ocorrer quando a trilha é manejada com base em percepções individuais ou tendo como base apenas os usos correntes da trilha, sem considerar necessidades futuras ou outras possibilidades de uso. Estabelecer o PMT e comunicá-lo devidamente a todos os níveis de execução dos trabalhos de manejo é um passo importante para evitar os problemas citados. O PMT no ICMBio Os pontos focais de uso público ou chefes das unidades de conservação federais são os responsáveis pela aprovação do PMT, que pode ser proposto por voluntários, autorizatários, representantes de concessionários, equipe técnica da UC ou outros parceiros devidamente capacitados. Os PMT não devem ser utilizados como documentos estáticos. Eles refletem a intenção de manejo e considerações que são importantes para o manejo da trilha. Assim, os PMT devem ser atualizados sempre que houver mudanças na intenção de manejo ou nas diretrizes e normas estabelecidas para cada trilha. 25 AT R IB U TO S D A S TR IL H A S TR IL H A C LA SS E 1 M ÍN IM A IN TE R V EN ÇÃ O TR IL H A C LA SS E 2 M U IT O B A IX A IN TE R V EN ÇÃ O TR IL H A C LA SS E 3 B A IX A IN TE R V EN ÇÃ O TR IL H A C LA SS E 4 M ÉD IA IN TE R V EN ÇÃ O TR IL H A C LA SS E 5 A LT A IN TE R V EN ÇÃ O PI SO E F LU XO D E TR Á FE G O Pi st a po de s er in te rm ite nt e ou in di st in ta . P od e ex ig ir id en tifi ca çã o de ro ta . P is ta ú ni ca , s em e st ru tu ra s co ns tr uí da s pa ra p as sa ge m . M at er ia is p re do m in an te m en te na tiv os . Pi st a co nt ín ua e d is ce rn ív el , m as es tr ei ta e ir re gu la r. Pi st a ún ic a, c om e s- tr ut ur as d e pe qu en o po rt e co ns tr uí da s pa ra p as sa ge m . T ip ic am en te , m at er ia is na tiv os . Pi st a co nt ín ua e ó bv ia . P is ta ú ni ca , co m e st ru tu ra s co ns tr uí da s e ad ap - ta da s pa ra m ai or fl ux o de v is ita nt es . M at er ia is n at iv os o u nã o. Pi st a la rg a e re la tiv am en te s ua ve , co m p ou ca s irr eg ul ar id ad es . P is ta ún ic a, c om e st ru tu ra s ad ap ta da s pa ra m ai or fl ux o de v is ita nt es . Pi st a du pl a on de o v ol um e de tr áf eg o é al to . M at er ia is n at iv os ou n ão . P od e te r c al ça m en to . Pi st a la rg a, fi rm e, e st áv el , e g er al m en - te u ni fo rm e. P is ta ú ni ca , c om ra m ai s fr eq ue nt es o nd e o vo lu m e de tr áf eg o é ba ix o a m od er ad o. P is ta d up la , o nd e o vo lu m e de tr áf eg o é m od er ad o a al to . C om um p re se nç a de re ve st im en to o u ca lç am en to . O B ST Á C U LO S O bs tá cu lo s co m un s, o co rr en do n at u- ra lm en te , m ui ta s ve ze s su bs ta nc ia is , de st in ad os a o fe re ce r m ai or d es afi o e/ ou in te gr aç ão c om a p ai sa ge m . P as - sa ge ns e st re ita s; v eg et aç ão n o le ito , al ta s de cl iv id ad es , r oc ha s e tr on co s po de m e st ar p re se nt es . O bs tá cu lo s po de m s er c om un s, s ub s - ta nc ia is , d es tin ad os a o fe re ce r m ai or de sa fio . B lo qu ei os li be ra do s pa ra d efi - ni r r ot as e p ro te ge r r ec ur so s. V eg et a- çã o po de in va di r o c or re do r d a tr ilh a. O bs tá cu lo s po de m s er c om un s, m as nã o su bs ta nc ia is o u de st in ad os a of er ec er d es afi o. V eg et aç ão re m ov id a do c or re do r d a tr ilh a. O bs tá cu lo s in fr eq ue nt es e n ão su bs ta nc ia is . V eg et aç ão re m ov id a do c or re do r d a tr ilh a. Se m o bs tá cu lo s pr es en te s. Po uc a de cl iv id ad e típ ic a. R EC U R SO S CO N ST R U ÍD O S E E LE M EN TO S D A T R IL H A Es tr ut ur as m ín im as o u in ex is te nt es . D re na ge m ti pi ca m en te fo rn ec id a se m es tr ut ur as . P as sa ge ns n at ur ai s po r rio s. T ip ic am en te n ão h á po nt es . Es tr ut ur as d e ta m an ho , e sc al a e nú m er o lim ita do ; t ip ic am en te c on st ru í - da s co m m at er ia is n at iv os . E st ru tu ra s ad eq ua da s pa ra p ro te ge r e m in im iz ar os im pa ct os a os re cu rs os n at ur ai s e à tr ilh a. P as sa ge ns n at ur ai s po r r io s. Po nt es c on fo rm e ne ce ss ár io p ar a a pr ot eç ão d e re cu rs os e m ai or s eg ur an - ça p ar a us uá rio s. Es tr ut ur as p od em s er c om un s e su bs - ta nc ia is ; c on st ru íd as c om m at er ia is na tiv os o u nã o. P as sa ge ns n at ur ai s ou C on st ru íd as p or ri os . P on te s co nf or m e ne ce ss ár io p ar a a pr ot eç ão d e re cu rs os e m ai or s eg ur an ça p ar a us uá rio s. Es tr ut ur as fr eq ue nt es e s ub st an - ci ai s, n or m al m en te c on st ru íd as co m m at er ia is N ão n at iv os . Pa ss ag en s na tu ra is o u co ns tr uí - da s po r r io s. P on te s co nf or m e ne ce ss ár io p ar a a pr ot eç ão d e re - cu rs os e c on ve ni ên ci a do u su ár io . Se rv iç os p od em e st ar p re se nt es ao lo ng o da tr ilh a. Es tr ut ur as fr eq ue nt es o u co nt ín ua s, no rm al m en te c on st ru íd as c om m at e - ria is . N ão n at iv os . P od e in cl ui r p on te s, pa ss ar el as , c or rim ão s e se rv iç os o fe re - ci do s ao lo ng o da tr ilh a. SI N A LI ZA ÇÃ O Si na liz aç ão d ire ci on al u su al m en te lim ita da a c ru za m en to s ou p re se nt es qu an do a lo ca liz aç ão d a tr ilh a nã o é ev id en te . S in al iz aç ão re gu la m en ta r in fr eq ue nt e e fo ca da n a pr ot eç ão d e re cu rs os . I de nt ifi ca çã o de d es tin o, si na liz aç ão in fo rm at iv a e or ie nt at iv a, a m en os q ue e xi gi do , n ão e st á ge ra l- m en te p re se nt e. Si na liz aç ão d ire ci on al p re se nt e em cr uz am en to s ou q ua nd o a lo ca liz aç ão da tr ilh a nã o é ev id en te . P re se nç a ev en tu al d e si na liz aç ão c on fir m at ór ia de ro ta s ou tr an qu ili za do ra s. Si na liz aç ão re gu la m en ta r i nf re qu en te . Si na liz aç ão in te rp re ta tiv a e or ie nt at iva in co m un s. Si na liz aç ão d ire ci on al e m c ru za m en to s e co nf or m e ne ce ss ár io p ar a se gu ra nç a e or ie nt aç ão d o us uá rio . P re se nç a de si na liz aç ão d ire ci on al c on fir m at ór ia e tr an qu ili za do ra . S in al iz aç ão d e na tu - re za re gu la m en ta r e d e pr ot eç ão d e re cu rs os p od e se r c om um . S in al iz aç ão in te rp re ta tiv a e or ie nt aç õe s po de m es ta r p re se nt es . Si na liz aç ão d ire ci on al e m c ru za - m en to s e co nf or m e ne ce ss ár io pa ra s eg ur an ça e o rie nt aç ão d o us uá rio . P re se nç a co m um d e si na - liz aç ão d ire ci on al c on fir m at ór ia e tr an qu ili za do ra . S in al iz aç ão d e na - tu re za re gu la m en ta r e d e pr ot eç ão de re cu rs os é c om um . S in al iz aç ão de d es tin o co m um . S in al iz aç ão in te rp re ta tiv a e or ie nt aç õe s po de m se r c om un s. Si na liz aç ão d ire ci on al e m c ru za m en to s e co nf or m e ne ce ss ár io p ar a se gu ra nç a e or ie nt aç ão d o us uá rio . P re se nç a co m um d e si na liz aç ão d ire ci on al co nfi rm at ór ia e tr an qu ili za do ra . Pr es en ça c om um d e si na liz aç ão d e na tu re za re gu la m en ta r e d e pr ot eç ão de re cu rs os . S in al iz aç ão d e de st in o co m um . S in al iz aç ão in te rp re ta tiv a e or ie nt aç õe s co m un s. PA IS A G EM N at ur al e in al te ra da N at ur al e e ss en ci al m en te in al te ra da N at ur al e c om a lte ra çõ es po uc o co m un s Po de s er m od ifi ca da Po de s er a lta m en te m od ifi ca da . C om um e m á re as m ai s ur ba ni za da s. Po uc o co m um e m á re as n at ur ai s. ANEXO 1: MATRIZ DE CLASSE DE TRILHAS 26 ANEXO 2: MATRIZ DE CLASSE DE TRILHAS PROJETO DE MANEJO DE TRILHAS * Livremente adaptado do Serviço Florestal Americano * Este não é um documento de caráter normativo e de uso obrigatório, mas uma ferramenta de gestão de uso sugerido e passível de atualizações. UC: ____________________________ CR: _________________ UF: ______________ Nome da trilha : ____________________________________________ Nº: ________ Início: _____________________________________________________ Marco: _____ Final: _____________________________________________________ Marco: _____ Comprimento: ________________ τ Fonte τ Roda τ GPS τ Mapa τ Desconhecido SEÇÃO DA TRILHA NOME DA TRILHA / TRECHO Nº Seção: ____________ Início: _____________________________________________________ Marco: _____ Final: _____________________________________________________ Marco: _____ DEFINIÇÕES CLASSE TIPO ZONA τ 1 (intervenção mínima) τ 2 (pouca intervenção) τ 3 (média intervenção) τ 4 (alta intervenção) τ 5 (intervenção total) τ Trilha padrão (terra) τ Trilha aquática τ Trilha subaquática τ Infraestrutura τ Uso moderado τ Conservação τ Outro: ___________ 27 ANEXO 2: MATRIZ DE CLASSE DE TRILHAS USO MANEJADO ( marque todos que se aplicam ) USO PROIBIDO ( marque todos que se aplicam ) τ Caminhante τ Todos os usos motorizados τ Bicicleta τ Caminhante τ Cavalo τ Bicicleta τ Motocicleta τ Cavalo τ Veículo comum τ Motocicleta τ Quadriciclo τ Veículo comum τ Embarcação motoriz. τ Cadeirante τ Embarcação não mot. τ Embarcação motoriz. τ ___________________ τ Embarcação não mot. τ ___________________ τ ___________________ USO PROJETADO ( marque um ) PARÂMETROS DO PROJETO ( o que se aplica ) ESFORÇO DE MANEJO ( por ano ) τ Caminhante _______ Largura trilha (m) _______ Abertura da trilha τ Bicicleta _______ Declividade (%) _______ Monitoramento τ Cavalo _______ Dec. (%) trecho curto _______ Reparo de piso τ Motocicleta _______ Inclinação lateral alvo _______ Limpeza / drenagem τ Veículo comum _______ Largura corredor (m) _______ Poda simples τ Quadriciclo _______ Altura corredor (m) _______ Capina τ Embarcação motorizada _______ Raio da curva (m) _______ _______________ τ Embarcação não motorizada _______ ________________ _______ _______________ τ _____________ _______ ________________ _______ _______________ τ _____________ _______ ________________ _______ _______________ τ _____________ _______ ________________ _______ _______________ ESTRATÉGIAS DE MANEJO 28 ANEXO 2: MATRIZ DE CLASSE DE TRILHAS OUTRO USO ( marque todos que se aplicam ) Aceitar Desestimular Eliminar τ Caminhante τ τ τ τ Bicicleta τ τ τ τ Cavalo τ τ τ τ Motocicleta τ τ τ τ Veículo comum τ τ τ τ Quadriciclo τ τ τ τ Embarcação motoriz. τ τ τ τ Embarcação não mot. τ τ τ τ _______________ τ τ τ CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS τ Sistema compartihado (com outro sistema de trilhas ou estradas) τ Acessível de acordo com as normativas e diretrizes* τ Presença de espécies ameaçadas de extinção, sensíveis ou endêmicas τ Presença de recursos hídricos superficiais τ Exitência de acordos ou prestação de serviços formalizados existentes (específico à trilha/área) τ Existência de projeto para adaptação da trilha para deficientes visuais τ Previsão de implantação de projeto de interpretação ambiental τ Previsão de execução de projeto de estruturação (descrito abaixo) *Instrução normativa ICMBio nº08/2008, Diretrizes para visitação em Unidades de Conservação (MMA, 2007) e demais dispositivos vigentes. Técnico responsável: ___________________________________________________________ Nome e Cargo/matrícula 29 COMENTÁRIOS COMPLEMENTARES/ INFORMAÇÕES DE REFERÊNCIA __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ANEXO 2: MATRIZ DE CLASSEDE TRILHAS 30 ANEXO 3: MATRIZ DE CLASSE DE TRILHAS U so P ro je ta do CA M IN H A N TE /P ED ES TR E Tr ilh a C la ss e 1 M IN IM A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 2 M O D ER A D A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 3 D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 4 A LT A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 5 TO TA LM EN TE D ES EN V O LV ID A La rg ur a da p is ta pr oj et ad a La rg ur a m ín im a de e st ru tu ra s (c m ) 45 45 45 90 90 Pi st a ún ic a (c m ) 0 - 30 15 - 4 5 45 - 9 0 60 - 1 50 90 - 1 80 Pi st a du pl a / id a e vo lta (c m ) 90 90 90 - 1 50 12 0 - 18 0 18 0 - 30 0 Su pe rf íc ie pr oj et ad a Ti po Su pe rf íc ie n at ur al , po de nd o se r c on tin u - am en te ir re gu la r. Su pe rf íc ie n at ur al , po de nd o se r c on tin u - am en te ir re gu la r. Irr eg ul ar id ad es in te rm i - te nt es e s up er fíc ie n at u- ra l, co m a lg um m at er ia l im po rt ad o, q ua nd o ne ce ss ár io p ar a es ta bi li- za çã o do te rr en o. Po uc a irr eg ul ar id ad e e su pe rf íc ie n at ur al o u co m s eç õe s m el ho ra - da s ut ili za nd o m at er ia l im po rt ad o. Su pe rf íc ie g er al m en - te m el ho ra da c om m at er ia l i m po rt ad o. Te rr en o un ifo rm e, fi rm e e es tá ve l. Sa liê nc ia s Sa liê nc ia s ≤6 0c m s ão co m un s e co nt ín ua s. Sa liê nc ia s ≤1 5c m s ão co m un s e co nt ín ua s. Sa liê nc ia s ≤7 cm p od em se r c om un s, m as n ão co nt ín ua s. Sa liê nc ia s ≤ 7c m s ão in co m un s e nu nc a co nt ín ua s. Se m s al iê nc ia s. O bs tá cu lo s (a ltu ra m áx im a) (c m ) 60 35 25 20 Se m o bs tá cu lo s. D ec liv id ad e D ec liv id ad e pr oj et ad a 5 % - 2 5% 5% - 1 8% 3% - 1 2% 2% - 1 0% 2% - 5 % D ec liv id ad e m áx im a de in te rv al o cu rt o 40 % 35 % 25 % 15 % 5% D en si da de m áx im a de in te rv al o cu rt o 20 % - 4 0% d a tr ilh a 20 % - 3 0% d a tr ilh a 10 % - 2 0% d a tr ilh a 5% - 2 0% d a tr ilh a 0% - 5 % In cl in aç ão la te ra l a lv o En co st a na tu ra l 5% - 2 0% 5% - 1 0% 3% - 7 % 2% - 3 % In cl in aç ão la te ra l m áx im a En co st a na tu ra l 25 % 15 % 10 % 3% Co rr ed or p ro je ta do A ltu ra (c m ) 18 0 18 0 - 21 0 21 0 - 24 0 24 0 - 30 0 24 0 - 30 0 La rg ur a (c m ) "≤ 60 cm Ve ge ta çã o po de in va di r a c la re ira " "6 0 - 12 0 Ve ge ta çã o po de in va di r a c la re ira " 90 - 1 50 12 0 - 18 0 15 0 - 18 0 Cu rv a pr oj et ad a R ai o (c m ) Se m m ín im o 60 -9 0 90 -1 80 12 0- 24 5 90 -2 45 31 ANEXO 3: MATRIZ DE CLASSE DE TRILHAS U so P ro je ta do C IC LI ST A Tr ilh a C la ss e 1 M IN IM A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 2 M O D ER A D A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 3 D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 4 A LT A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 5 TO TA LM EN TE D ES EN V O LV ID A La rg ur a da p is ta pr oj et ad a La rg ur a m ín im a de e st ru tu ra s (c m ) 45 45 90 12 0 15 0 Pi st a ún ic a (c m ) 15 - 3 0 30 - 6 0 45 - 9 0 60 - 1 20 90 - 1 50 Pi st a du pl a / i da e vo lta (c m ) 90 - 1 20 90 - 1 20 90 - 1 20 12 0 - 21 0 18 0 - 30 0 Su pe rf íc ie p ro je ta da Ti po Su pe rf íc ie n at ur al , po de nd o se r c on ti- nu am en te ir re gu la r. Se çõ es d e pi st a m ac ia ou in st áv el e m g ra us m ai or es q ue 5 % po de m s er c om un s e co nt ín ua s. Su pe rf íc ie n at ur al , po de nd o se r c on ti- nu am en te ir re gu la r. Se çõ es d e pi st a m ac ia ou in st áv el e m g ra us m ai or es q ue 5 % p o - de m s er c om un s. Su pe rf íc ie n at ur al , c om al gu m m at er ia l i m po rt a- do , q ua nd o ne ce ss ár io pa ra e st ab ili za çã o do te rr en o. Ir re gu la rid ad es in te rm ite nt es . S eç õe s de pi st a m ac ia o u in st áv el em g ra us m ai or es q ue 5 % po de m s er c om un s, m as nã o co nt ín ua s. Su pe rf íc ie n at ur al , po de nd o te r s eç õe s m el ho ra da s ut ili za nd o m at er ia l i m po rt ad o. T er - re no e st áv el , c om p ou ca irr eg ul ar id ad e. Su pe rf íc ie g er al m en te m el ho ra da c om m at er ia l im po rt ad o. T er re no u ni - fo rm e, fi rm e e es tá ve l. Sa liê nc ia s Sa liê nc ia s ≤6 0c m s ão co m un s e co nt ín ua s. Sa liê nc ia s ≤1 5c m po de m s er c om un s e co nt ín ua s. Sa liê nc ia s ≤8 cm p od em se r c om un s, m as n ão co nt ín ua s. Sa liê nc ia s ≤8 cm in co - m un s, n un ca c on tín ua s. Se m s al iê nc ia s. O bs tá cu lo s (a ltu ra m áx im a) (c m ) 60 30 25 20 Se m o bs tá cu lo s. D ec liv id ad e D ec liv id ad e pr oj et ad a 5% - 2 0% 5% - 1 2% 3% - 1 0% 2% - 8 % 2% - 5 % D ec liv id ad e m áx im a de in te rv al o cu rt o "3 0% 50 % e m d es ci da s" "2 5% 35 % e m d es ci da s" 15 % 10 % 8% D en si da de m áx im a de in te rv al o cu rt o 20 % - 3 0% d a tr ilh a 10 % - 3 0% d a tr ilh a 10 % - 2 0% d a tr ilh a 5% - 1 0% d a tr ilh a 0% - 5 % d a tr ilh a In cl in aç ão la te ra l a lv o 5% - 1 0% 5% - 8 % 3% - 8 % 3% - 5 % 2% - 3 % In cl in aç ão la te ra l m áx im a 10 % 10 % 8% 5% 5% Co rr ed or p ro je ta do A ltu ra (c m ) 18 0 18 0 - 24 0 24 0 24 0 - 27 0 24 0 - 27 0 La rg ur a( cm ) "6 0 - 90 Ve ge ta çã o po de in va - di r a c la re ira " "9 0 - 12 0 Ve ge ta çã o po de in va - di r a c la re ira " 15 0 - 18 0 18 0 - 24 0 18 0 - 24 0 Cu rv a pr oj et ad a R ai o (c m ) 60 -9 0 90 -1 80 12 0- 24 0 24 0- 30 0 24 0- 36 5 32 U so P ro je ta do V EÍ C U LO S TR A ÇÃ O 4 X4 Tr ilh a C la ss e 1 M IN IM A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 2 M O D ER A D A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 3 D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 4 A LT A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 5 TO TA LM EN TE D ES EN V O LV ID A La rg ur a da p is ta pr oj et ad a La rg ur a m ín im a de e st ru tu ra s (c m ) Es ta s tr ilh as g er al m en - te n ão s ão p la ne ja da s e m an ej ad as p ar a o us o de v eí cu lo s co m tr aç ão 4 X4 . E nt re ta nt o, po de m s er e m iti da s au - to riz aç ão es e m c as os ex ce pc io na is . 18 0 - 21 0 18 0 - 2 40 24 0 - 30 0 Es ta s tr ilh as g er al m en te nã o sã o pl an ej ad as e m an ej ad as p ar a o us o de ve íc ul os c om tr aç ão 4 X4 . En tr et an to , p od em s er em iti da s au to riz aç ão es em c as os e xc ep ci on ais. Pi st a ún ic a (c m ) 50 0 50 0 50 0 Pi st a du pl a / id a e vo lta (c m ) 24 0 24 0 24 0 Su pe rf íc ie p ro je ta da Ti po "S up er fíc ie n at ur al , po de nd o se r c on tin ua - m en te ir re gu la r. Se çõ es d e pi st a fo fa ou in st áv el . In cl in aç õe s <5 % p o- de nd o se r c om un s e co nt ín ua s. " Su pe rf íc ie n at ur al , c om al gu m m at er ia l i m po rt ad o qu an do n ec es sá rio p ar a es ta bi liz aç ão d o te rr en o. Irr eg ul ar id ad es in te rm i - te nt es . I nc lin aç õe s <5 % po de m e st ar p re se nt es . Su pe rf íc ie n at ur al c om se çõ es m el ho ra da s ut i - liz an do m at er ia l i m po r- ta do . H á po uc a irr eg ul a- rid ad e. T re ch os d e pi st a fo fa s ão in co m un s. Sa liê nc ia s Sa liê nc ia s ≤3 0 cm po de m s er c om un s e co nt ín ua s. Sa liê nc ia s ≤2 0 cm p od em se r c om un s, m as n ão co nt ín ua s. Sa liê nc ia s ≤1 0 cm in co - m un s, n un ca c on tín ua s. O bs tá cu lo s (a ltu ra m áx im a) (c m ) O bs tá cu lo s de a té 9 0 cm p od em s er c om un s e se r c ol oc ad os p ar a of er ec er m ai or d es afi o. O bs tá cu lo sd e at é 60 c m po de m s er c om un s e se r m an tid os a o fe re ce r m ai or de sa fio . O bs tá cu lo s de a té 3 0 cm in fr eq ue nt es . D ec liv id ad e D ec liv id ad e pr oj et ad a 10 % - 2 1% 5% - 1 8% 5% - 1 2% D ec liv id ad e m áx im a de in te rv al o cu rt o 25 % 20 % 15 % D en si da de m áx im a de in te rv al o cu rt o 20 % - 3 0% d a tr ilh a 10 % - 2 0% d a tr ilh a 5% - 1 0% d a tr ilh a In cl in aç ão la te ra l a lv o 8% - 10 % 5% - 1 2% 5% - 8 % In cl in aç ão la te ra l m áx im a 15 % 12 % 8% Co rr ed or p ro je ta do A ltu ra (c m ) 20 0 - 25 0 20 0 - 25 0 25 0 - 30 0 La rg ur a( cm ) "1 80 - 2 10 Ve ge ta çã o po de in va - di r o c or re do r d a tr ilh a" 21 0 - 24 0 24 0 - 36 0 Cu rv a pr oj et ad a R ai o (c m ) 3 00 - 4 50 4 50 - 6 00 6 00 - 9 00 ANEXO 3: MATRIZ DE CLASSE DE TRILHAS 33 U so P ro je ta do Q U A D R IC ÍC LO Tr ilh a C la ss e 1 M IN IM A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 2 M O D ER A D A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 3 D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 4 A LT A M EN TE D ES EN V O LV ID A Tr ilh a C la ss e 5 TO TA LM EN TE D ES EN V O LV ID A La rg ur a da p is ta pr oj et ad a La rg ur a m ín im a de e st ru tu ra s (c m ) Es ta s tr ilh as g e- ra lm en te n ão s ão pl an ej ad as e m an e- ja da s pa ra o u so d e qu ad ric ic lo s. E nt re ta n- to , p od em s er e m iti da s au to riz aç ão es e m ca so s ex ce pc io na is . 12 0 - 15 0 15 0 15 0 - 18 0 Es ta s tr ilh as g er al m en - te n ão s ão p la ne ja da s e m an ej ad as p ar a o us o de q ua dr ic íc lo s. En tr et an to , p od em s er em iti da s au to riz aç ão es em c as os e xc ep ci on ai s. Pi st a ún ic a (c m ) 24 0 24 0 - 27 0 24 0 - 30 0 Pi st a du pl a / id a e vo lta (c m ) 15 0 15 0 15 0 Su pe rf íc ie p ro je ta da Ti po "S up er fíc ie n at ur al , po de nd o se r c on tin ua - m en te ir re gu la r. Se çõ es d e pi st a fo fa ou in st áv el . In cl in aç õe s <5 % p o- de nd o se r c om un s e co nt ín ua s. " Su pe rf íc ie n at ur al , c om al gu m m at er ia l i m po r - ta do q ua nd o ne ce ss ár io pa ra e st ab ili za çã o do te rr en o. Ir re gu la rid ad es in te rm ite nt es . I nc lin a- çõ es < 5% p od en do e st ar pr es en te s. Su pe rf íc ie n at ur al c om se çõ es m el ho ra da s ut i - liz an do m at er ia l i m po r- ta do . H á po uc a irr eg ul a- rid ad e. T re ch os d e pi st a fo fa s ão in co m un s. Sa liê nc ia s Sa liê nc ia s (≤ 15 c m ) po de m s er c om un s e co nt ín ua s. Sa liê nc ia s (≤ 7 cm ) po de m s er c om un s, m as nã o co nt ín ua s. Sa liê nc ia s (≤ 7 cm ) i nc o- m un s, n un ca c on tín ua s. O bs tá cu lo s (a ltu ra m áx im a) (c m ) 30 c m . O bs tá cu lo s po de m s er c om un s e se r c ol oc ad os p ar a of er ec er m ai or d es afi o. 15 c m . O bs tá cu lo s po de m se r c om un s e se r m an - tid os a o fe re ce r m ai or de sa fio . 7 cm . O bs tá cu lo s in fr e - qu en te s. D ec liv id ad e D ec liv id ad e pr oj et ad a 10 % - 2 5% 5% - 1 5% 3% - 1 0% D ec liv id ad e m áx im a de in te rv al o cu rt o 35 % 25 % 15 % D en si da de m áx im a de in te rv al o cu rt o 20 % - 4 0% d a tr ilh a 15 % - 3 0% d a tr ilh a 10 % - 2 0% d a tr ilh a In cl in aç ão la te ra l a lv o 5% - 1 0% 3% - 8 % 3% - 5 % In cl in aç ão la te ra l m áx im a 15 % 10 % 8% Co rr ed or p ro je ta do A ltu ra (c m ) 18 0 - 21 5 18 0 - 24 0 24 0 - 30 0 La rg ur a( cm ) "≤ 60 cm Ve ge ta çã o ra la p od e in va di r a c la re ira " 15 0 - 18 0 18 0 - 24 0 Cu rv a pr oj et ad a R ai o (c m ) 18 0 -2 40 2 40 - 3 00 2 40 - 3 60 ANEXO 3: MATRIZ DE CLASSE DE TRILHAS 34 REFERENCIAS CITADAS NA EDIÇÃO ORIGINAL NORTE-AMERICANA • FSM 2350 Trail, River, and Similar Recreation Opportunities [and amendments]. Access via <http://www.fs.fed.us/im/directives/dughtml/fsm2000.html>. • FSH 2309.18 Trails Management Handbook [and amendments]. Access via <http:// www.fs.fed.us/im/directives/dughtml/fsh2000.html>. • Forest Service Standard Trail Plans and Specifications, 2016. Access at <http:/www. fs.fed.us/recreation/programs/trail-management/trailplans/index.shtml>. • Trail Construction and Maintenance Notebook (0723–2806–MTDC), 2007 edition. Access at <http://www.fs.fed.us/t-d/pubs/pdfpubs/pdf07232806/pdf07232806d- pi72.pdf>. • Forest Service Trail Accessibility Guidelines (FSTAG). Access via <http://www.fs.fed. us/recreation/programs/accessibility/>. • Forest Service Trail Bridge Catalog Web site. Access at <http://www.fs.fed.us/eng/ bridges/>. • Forest Service National Technology and Development Program - Missoula Technology and Development Center Access at <http://fsweb.mtdc.wo.fs.fed.us>. - San Dimas Technology and Development Center Access at <http://fsweb.sdtdc.wo.fs.fed.us>. 35 ANOTAÇÕES ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 36 ANOTAÇÕES ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ c
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