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Você encontrará nos próximos capítulos, questões comentadas e atualizadas dos concur- sos de Residência Médica 2019! Leia cada questão com muita atenção e aproveite ao máximo os comentários. Se necessário, retorne ao texto de sua apostila. Sugerimos que você utilize esta área de treinamento fazendo sua autoavaliação a cada 10 (dez) questões. Dessa forma, você poderá traçar um perfil de rendimento ao final de cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho. Estude! E deixe para responder as questões após domínio dos temas. Fazê-las imediatamente pode causar falsa impressão. O aprendizado da Medicina exige entusiasmo, persistência e dedicação. Não há fórmula mágica. Renove suas energias e se mantenha cronicamente entusiasmado. Boa sorte! Você será Residente em 2020! Atenciosamente, Equipe SJT-MED Caderno de Questões Sumário 1 Questões para treinamento – Cardiologia .....................................................................................5 2 Gabarito comentado ...................................................................................................................................29 3 Questões para treinamento – Dermatologia ............................................................................49 4 Gabarito comentado ...................................................................................................................................55 5 Questões para treinamento – Endocrinologia .........................................................................61 6 Gabarito comentado ...................................................................................................................................73 7 Questões para treinamento – Hematologia ..............................................................................91 8 Gabarito comentado ................................................................................................................................ 103 9 Questões para treinamento – Hepatologia ..............................................................................133 10 Gabarito comentado ................................................................................................................................ 139 11 Questões para treinamento – Infectologia ...............................................................................143 12 Gabarito comentado ................................................................................................................................ 165 13 Questões para treinamento – Nefrologia ..................................................................................177 14 Gabarito comentado ................................................................................................................................ 187 15 Questões para treinamento – Neurologia ............................................................................... 199 16 Gabarito comentado ................................................................................................................................. 211 17 Questões para treinamento – Pneumologia .......................................................................... 219 18 Gabarito comentado .................................................................................................................................231 19 Questões para treinamento – Psiquiatria .................................................................................253 20 Gabarito comentado ................................................................................................................................ 261 21 Questões para treinamento – Reumatologia ....................................................................... 269 22 Gabarito comentado ................................................................................................................................277 QUESTÕES PARA TREINAMENTO Cardiologia1 AMSL – Medicina da Família – 2019 1. Reforço pré-sistólico na ausculta cardíaca e característico de qual patologia: a) insuficiência aórtica b) insuficiência mitral c) estenose mitral d) insuficiência tricúspide e) estenose aórtica HAC – 2019 2. A tomada do pulso radial é uma prática roti- neira na assistência médica e propicia infor- mações semióticas importantes. Relacione os traçados da imagem abaixo, com as respecti- vas interpretações: I. II. III. IV. [ ] �brilação atrial [ ] regular [ ] taquicardia [ ] bradicardia a) II, III, I, IV b) III, IV, I, II c) I, II, IV, III d) III, I, IV, II e) II, III, IV, I HAS – 2019 3. Um paciente de 70 anos, portador de doença re- nal crônica, foi internado para realização de co- lectomia por tumor colorretal. No quarto dia de internação, ainda no período pré-operatório, pa- ciente evoluiu com dispneia súbita. Ao exame, apresentava-se ansioso, com turgência jugular, taquicárdico e hipotenso. Havia um edema as- simétrico de membros inferiores, com empasta- mento importante no membro direito. Diante da principal hipótese, assinale a alteração no exa- me cardiovascular que pode estar mais correla- cionada com a hipótese diagnóstica: a) P2 > A2 b) sopro sistólico em foco pulmonar c) desdobramento fixo de B2 d) sopro sistólico em foco aórtico e) sopro sistólico em foco mitral Santa Casa-BH – 2019 4. Sobre a abordagem da síncope no departa- mento de urgência, assinale a alternativa IN- CORRETA: a) o eletrocardiograma é indispensável na avaliação do paciente com síncope e conse- gue definir o diagnóstico da causa em aproxi- madamente 40% dos casos b) as condições, como hipoglicemia e crise epi- léptica, simulam síncope, mas não devem ser chamadas de síncope, já que não são cau- sadas por hipoperfusão cerebral 6 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado c) as situações, como alteração de eletrocardio- grama, dispneia, história de insuficiência car- díaca, PA sistólica < 90 mmHg e hematócrito < 30%, são achados de alto risco nos pacientes que tiveram síncope d) a lista completa dos medicamentos usados pelo paciente com esse sintoma deve ser ob- tida durante a anamnese, pois alguns medica- mentos como antiarrítmicos, antidepressivos e anti-hipertensivos podem estar associados à síncope SES-GO – 2019 5. Do ponto de vista do ciclo cardíaco: a) o componente tricuspídeo (T1) da primeira bu- lha ocorre antes do componente mitral (M1), pois a pressão diastólica final do átrio direito é menor que a do átrio esquerdo b) o componente aórtico (A2) da segunda bulha ocorre antes do componente pulmonar (P2), pois a pressão gerada pela contração do ven- trículo esquerdo é maior que a gerada pelo ventrículo direito c) o desdobramento fisiológico da segunda bulha ocorre durante a expiração d) o bloqueio de ramo direito é o responsável pelo desdobramento paradoxal da segunda bulha SUS-SP – 2019 6. Desaparecimento dos sons soprosos e sur- gimento de sons mais nítidos e intensos. Tem por base teórica que com a diminui- ção da pressão da bolsa a artéria permanece aberta na sístole, mas fechada na telediásto- le. O texto acima descreve os sons de Koro- tkoff na fase: a) 5 b) 2 c) 1 d) 3 e) 4 SUS-SP – 2019 7. O teste ergométrico é um exame apropriado para pacientes com a) angina instável b) história de síndrome coronária aguda tratada, sem realização de angiografia de coronária c) pericardite aguda d) estenose aórtica sintomática e) infarto pulmonar UEL – 2019 8. Quanto às bulhas cardíacas, assinale a alter- nativa CORRETA: a) a primeira bulha cardíaca é formada pelo som causado pela coaptação das 3 cúspides da valva mitral, não participando o aparelho sub- valvar b) a terceira bulha cardíaca é a representação do som causado pelo choque da coluna de san- gue na parede do ventrículo esquerdo durante a fase de enchimento rápido na diástole c) a segunda bulha cardíaca é formada pela composição de sons quando as valvas semilu- nares aórtica e pulmonar são abertas pela co- lunade sangue ejetada dos ventrículos d) a quarta bulha cardíaca representa o choque entre a coluna de sangue e a parede do ven- trículo esquerdo no início da diástole e) a sequência de sons que compõem a segun- da bulha cardíaca é formada pelo componente pulmonar e, depois, pelo componente aórtico UNICAMP – 2019 9. Homem, 63 a, com cansaço progressivo aos esforços há 5 meses. Antecedentes pessoais: espondilite anquilosante há 10 anos. Exame físico: PA = 148 × 52 mmHg, FC = 92 bpm. Co- ração: ritmo cardíaco regular e um sopro, que está representado abaixo: 1ª BULHA 2ª BULHA 1ª BULHA O sinal semiológico esperado é: a) atrito pericárdico b) pulsação da úvula c) sopro audível na cabeça d) diminuição de pulsos nos membros inferiores FMJ – 2019 10. Mulher de 60 anos, apresenta há 2 horas, cefa- leia intensa, tonturas não rotatórias, náuseas e mal-estar. Procurou o PSA, onde se constatou PA: 240 × 140, P: FC: 100 bpm, bulhas rítmicas hiperfonese de B2 em FAo, sem sopros, sono- lenta, pouco contactuante, sem sinais de lo- calização neurológica. Em relação ao quadro descrito, assinale a alternativa correta em re- lação ao diagnóstico: a) AVC isquêmico com emergência hipertensiva b) AVC hemorrágico com emergência hipertensiva c) urgência hipertensiva d) HAS reacional e) encefalopatia hipertensiva HAC – 2019 11. Homem, 64 anos, afrodescendente, portador de hipertensão arterial e diabetes há vários anos é trazido ao pronto-socorro por confu- são mental há 10 horas. O exame físico mostra paciente confuso, sem sinais focais, PA = 230 × 160 mmHg, pulso = 108 bpm, FR = 24 irpm, 71 Cardiologia SJT Residência Médica T = 36,4 ºC, glicemia capilar = 180 mg/dL. Aus- culta pulmonar com estertores basais. A espo- sa conta que o paciente está com problemas financeiros e que há 02 semanas parou todas as suas medicações. A conduta imediata mais adequada: a) captopril 25 mg sublingual ou clonidina VO e reduzir a PA gradualmente em 72 horas b) captopril 25 mg sublingual ou clonidina VO, aspirina 200 mg VO, clopidogrel 300 mg VO e reduzir a PA gradualmente em 72 horas c) nitroprussiato de sódio IV e reduzir a PA para 160 × 110 mmHg em 2-6 horas e 135 × 85 mmHg em 24-48 horas d) hidralazina 10 mg IV e reduzir a PA para 120 × 80 mmHg em 02 horas e) metoprolol IV + furosemida IV e reduzir a PA gradualmente em 72 horas HAS – 2019 12. Homem de 30 anos, sem comorbidades, re- fere idas sucessivas à emergência para anal- gesia por cólica nefrética. Refere nefrolitíase diagnosticada há cerca de 5 anos. Nega uso de medicações, exceto por uma prescrição de colecalciferol 5.000U por dia, segundo ele para “reforço da imunidade”. Na história fami- liar, possui pai e irmão com nefrolitíase. Os exames de investigação da causa apresentam: Cálcio sérico 9,0 mg/dL; fósforo 5,0 mg/dL; bi- carbonato 23 mmol/L; vitamina D 47 ng/mL; ácido úrico 5,4 mg/dL; urina de 24h com ácido úrico 600 mg (VR: < 800); cálcio 400 mg (VR: 100-300); citrato 400 mg (VR: 300-900); oxalato 20 mg (VR: 07-44). Diante da principal hipóte- se diagnóstica, assinale o melhor tratamento: a) furosemida b) espironolactona c) hidroclorotiazida d) acetazolamida e) citrato de potássio HGIP – 2019 13. Sobre o tratamento medicamentoso da hiper- tensão arterial, é CORRETO afirmar, EXCETO: a) os mecanismos de ação anti-hipertensiva dos diuréticos relacionam-se, inicialmente, aos seus efeitos natriuréticos, com diminuição do volume extracelular. Após quatro a seis sema- nas, o volume circulante praticamente se nor- maliza, e ocorre redução da pressão arterial, por diminuição da resistência vascular periféri- ca. São representantes desse grupo os diuréti- cos tiazídicos (clortalidona, hidroclorotiazida e indapamida) b) os bloqueadores dos canais de cálcio agem, primordialmente, proporcionando redução da resistência vascular periférica, por diminuição da quantidade de cálcio no interior das célu- las musculares lisas das arteríolas, diminui- ção essa decorrente do bloqueio dos canais de cálcio na membrana dessas células. São classificados em 2 tipos básicos: os diidropiri- dínicos e os não diidropiridínicos c) os vasodilatadores diretos atuam relaxando a musculatura lisa arterial, levando à redução da resistência vascular periférica. Medicamentos que representam essa classe são hidralazina e minoxidil d) os medicamentos da classe dos alfas bloquea- dores agem como antagonistas competitivos dos a-1-receptores pós-sinápticos, levando à redução da RVP, sem maiores mudanças no débito cardíaco. São representantes dessa classe, a metildopa e a clonidina PSU-CE – 2019 14. Um senhor de 74 anos, sem história de doen- ças prévias ou uso de medicações, fumante de cerca de 5 cigarros por dia, apresentou em consulta prévia registro de 2 aferições de PA com média de 136 × 86 mmHg. Trouxe ECG que apresenta padrão strain e evidencia deri- vação aVL com onda R de 13 mm e derivação V3 com onda S de 20 mm associado a compo- nente negativo de onda P em derivação V1, de 2 mm. Ao realizar fundoscopia direta, observa- -se o achado da foto abaixo. O médico insufla o cuff até 160 mmHg, deixando de perceber pulso radial entre 130 e 140 mmHg e não consegue palpar artéria radial em 160 mmHg. Após isso, faz 2 medidas de PA espaçadas com média de 136 × 82 mmHg. IMC = 29 kg/m2. Restante do exame físico sem achados relevantes. LEGEN- DA: PA: pressão arterial; ECG: eletrocardiogra- ma; IMC: índice de massa corpórea. O médico deve concluir tratar-se de qual con- dição? a) pré-hipertensão b) pseudohipertensão c) hipertensão mascarada d) hiato auscultatório aumentado Santa Casa-BH – 2019 15. Com relação ao tratamento medicamentoso da hipertensão arterial, é INCORRETO afirmar que: 8 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado a) os diuréticos tiazídicos podem causar hipoca- lemia, dislipidemia, alterações do metabolis- mo glicídico e hiperuricemia b) os alfabloqueadores promovem melhora dos sintomas de prostatismo e reduzem a re- sistência periférica à insulina c) a associação de betabloqueadores aos blo- queadores dos canais de cálcio não- diidropi- ridínicos deve ser evitada, devido ao aumento dos efeitos inotrópico e cronotrópico negativos d) a losartana reduz a microalbuminúria da nefro- patia diabética, apesar de elevar o nível sérico de ácido úrico Santa Casa-SP – 2019 16. Com relação aos hipotensores, assinale a al- ternativa CORRETA: a) há contraindicação relativa ao uso de alfa- bloqueadores em hipertensos com hipertrofia prostática benigna b) os inibidores diretos da renina causam redu- ção da produção de angiotensina II e há fortes evidências de seus benefícios sobre a morbi- mortalidade c) os bloqueadores dos receptores AT1 da angio- tensina II proporcionam redução da morbimor- talidade cardiovascular, mas não da renal d) os bloqueadores dos canais de cálcio não dii- dropiridínicos podem deprimir a função sistóli- ca cardíaca, principalmente em pacientes que já apresentam tal disfunção antes do início do seu uso, devendo ser evitados nessa condição e) hipercromia do terço distal das pernas e hiper- trofia gengival são os efeitos adversos mais co- muns dos bloqueadores dos canais de cálcio SUS-SP – 2019 17. A definição da escolha da droga mais adequa- da a ser usada no tratamento inicial de hiper- tensão primária leve, em indivíduo de 60 anos sem outras comorbidades, deve priorizar a sua capacidade de: a) aumentar a capacidade do leito vascular arte- rial e venoso b) atingir a meta preconizada c) diminuir o volume intravascular efetivo d) diminuir o consumo de oxigênio e) diminuir o trabalho cardíaco SUS-SP – 2019 18. Exame considerado como padrão-ouro no diagnóstico da hipertensão renovascular: a) atividade de renina nas veias renais b) arteriografia c) cintilografia renal com captopril d) duplex scan e) ressonância nuclear magnética UFF – 2019 19. Homem, 50 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, compa- rece a consulta ambulatorialmédica. Está as- sintomático e sua pressão arterial é de 148 × 102 mmHg, FC = 70 bpm. Exames laboratoriais mostram hemo grama normal, glicemia = 160 mg/dL, hemoglobina glicada = 8,4%, coleste- rol total = 200 mg/dL, HDL = 30 mg/dL e tri- glicerídeos = 250 mg/dL; bioquímica normal; albuminúria = 190 mg/g. Doppler de carótidas com placa na carótida comum direita = 90%. Está em uso de losartana 50 mg/dia, metformi- na 2000 mg/dia e sinvastatina 20 mg/dia. Com base na VII Diretriz Brasileira de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, pode- -se afirmar que: a) há evidências a favor do uso de duas dro- gas anti-hipertensivas associadas em dose baixa b) consideram-se os iECA são mais eficazes que os BRA na prevenção cardiovascular c) deve-se intensificar as medidas não farmaco- lógicas, sem mudança na posologia dos fár- macos, e revisão da PA em seis meses. d) deve-se aumentar dose de losartana para 100 mg/dia e) está indicada associação de iECA com BRA para melhor efeito antiproteinúria UFG – 2019 20. Uma mulher de 65 anos, com hipertensão ar- terial, insuficiência ventricular esquerda e ne- fropatia diabética, desenvolveu tosse seca, persistente e intolerável na vigência do trata- mento com lisinopril. Qual das seguintes in- tervenções tem a menor probabilidade de me- lhorar a tosse? a) substituir o lisinopril por um antagonista dos receptores de angiotensina II b) substituir o lisinopril pelo enalapril c) acrescentar a nifedipina d) acrescentar a indometacina UFG – 2019 21. Paciente de 24 anos, do sexo masculino, apre- sentando febre, sudorese e palpitações. Ao exame físico, a pressão arterial encontra-se em 180 × 110 mmHg. Que exame poderia auxi- liar fortemente no seu diagnóstico? a) dosagem de sódio urinário b) dosagem de serotonina urinária c) dosagem de metanefrina urinária d) dosagem de creatinina urinária UFRN – 2019 22. Homem de 51 anos de idade procura o clíni- co relatando aumento dos níveis pressóri- cos, mesmo estando assintomático e calmo, trazendo à consulta o medidor digital de pres- 91 Cardiologia SJT Residência Médica são automático (braço), com registro de me- didas elevadas (a maior de 166 × 104 mmHg). Apresenta histórico familiar de infarto (mãe enfartou aos 58 anos), pratica atividade física de maneira irregular, não utiliza medicamen- tos e adota dieta inadequada. Ao exame físi- co, apresentou: PA de 164 × 102 mmHg; FC de 80 bpm; IMC: 28 kg/m2; auscultas cardíaca e pulmonar normais; ausência de sopro abdo- minal; pulsos presentes e simétricos; restante sem alterações. Realizou exames que apre- sentaram os seguintes resultados: glicemia 96 mg/dL; Hb glicada 5,6 %; colesterol total 248 mg/dL; HDL 38 mg/dL; LDL 180 mg/dL; TG 150 mg/dL; creatinina 0,7 mg/dL; K+ 4,0 mEq/L; Na+ 141 mEq/L; ácido úrico 4,8 mg/dL; TSH 2,6 uM/L; EAS normal e eletrocardiograma sem al- terações. Foram realizadas orientações sobre as mudanças no estilo de vida e em relação ao tratamento medicamentoso da pressão ar- terial. Diante do caso apresentado e conforme a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, a conduta mais adequada é: a) iniciar anlodipino 5 mg, 1 x ao dia, com reava- liação em 2 meses. Se a PA persistir elevada, acrescentar clortalidona 25 mg, 1x ao dia b) introduzir atenolol 25 mg e hidroclorotiazida 25 mg, 1x ao dia c) iniciar enalapril 20 mg de 12/12 horas, com reavaliação em 2 meses. Se a PA persistir ele- vada, acrescentar hidroclorotiazida 25 mg, 1x ao dia d) introduzir enalapril 10 mg de 12/12 horas e clortalidona 25 mg, 1x ao dia UNIFESP – 2019 23. Homem, 60 anos de idade, hipertenso, com interrupção do uso de quatro medicamentos para controle pressórico há uma semana, pro- curou o pronto-socorro com cefaleia inten- sa. Ao exame clínico: PA = 206 × 122 mmHg; ausculta cardíaca: bulhas rítmicas, normofo- néticas, com sopro sistólico em área mitral ++/4; ausculta pulmonar: murmúrio vesicular normal, sem ruídos adventícios; pulsos todos presentes e normais. Fundo de olho: aumento do reflexo dorsal das arteríolas e papila bem delimitada, sem edema. Assinale a alternati- va CORRETA: a) é uma urgência hipertensiva, e deve ser trata- da com medicamentos orais em 24 horas b) é uma encefalopatia hipertensiva, e a pressão deve ser mantida abaixo de 130 × 80 mmHg c) é uma encefalopatia hipertensiva, e a pressão deve ser mantida abaixo de 160 × 100 mmHg d) é uma emergência hipertensiva, e deve ser tratada com nifedipina sublingual e) é uma emergência hipertensiva, deve ser tra- tada com nitroprussiato de sódio e a pressão mantida abaixo de 160 × 100 mmHg UNIFESP – 2019 24. Considere os seguintes anti-hipertensivos: inibidor da enzima conversora da angiotensi- na (IECA), bloqueador do receptor da angio- tensina II (BRA); antagonista dos canais de cálcio (ACC), betabloqueador, vasodilatador arterial e diurético. A combinação mais poten- te é? a) IECA + BRA + diuréticos b) IECA ou BRA + ACC + diuréticos c) IECA ou BRA + betabloqueador + ACC d) diurético + ACC + betabloqueador e) diurético + ACC + vasodilatador arterial UNITAU – 2019 25. Quanto à conduta em casos hipertensão arte- rial, é INCORRETO afirmar: a) o tratamento medicamentoso inicial combinan- do duas drogas anti-hipertensivas, associadas às mudanças do estilo de vida, é recomenda- do em hipertensos estágio 2 e 3 com alto risco cardiovascular b) para indivíduos portadores de hipertensão arterial estágio 1 com alto risco cardiovascu- lar está indicado o tratamento anti-hiperten- sivo inicial, associado às mudanças do estilo de vida c) em indivíduos com níveis de PA > 120 × 80 e < 139 × 89 mmHg, a mudança do estilo de vida está recomendada como tratamento ini- cial d) o ecocardiograma está indicado para a pes- quisa da etiologia da hipertensão arterial em portadores de eletrocardiograma normal e que apresentem sinais e sintomas de doen- ça arterial coronária e) a realização de um eletrocardiograma durante a avaliação inicial é recomendada em todos os casos de pacientes hipertensos USP-SP – 2019 26. Mulher, 37 anos de idade, vem para consul- ta ambulatorial porque esteve em serviço de pronto atendimento há quatro semanas por crise de enxaqueca que melhorou com analgésicos simples. Relata ter episódios es- porádicos, de até um dia de duração, cerca de uma vez ao mês, intercalando com longos períodos sem crises desde os 20 anos de ida- de. Associa as crises a momentos de estresse importante e, principalmente, por privação de sono. Preocupou-se quando soube da medi- da de pressão arterial de 190 mmHg, durante a crise no pronto-socorro. Em outras medidas, na UBS e em casa, e na ausência de dor foi confirmado o diagnóstico de hipertensão ar- terial. Nega outras queixas. Ao exame clínico apresenta bom estado geral, corada, hidrata- da, anictérica, acianótica, eupneica, IMC 23 kg/m², PA de 158 × 100 mmHg, P = 80 bpm 10 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado cheios e simétricos. Semiologias neurológica, pulmonar, cardíaca e abdominal sem altera- ções. Considerando a hipertensão e as carac- terísticas da enxaqueca, qual é o tratamento ambulatorial? a) losartana e topiramato b) anlodipina e amitriptilina c) hidroclorotiazida e valproato d) enalapril e dipirona FAMERP – 2019 27. Homem de 55 anos, hipertenso, é avaliado no Centro de Dor Torácica do HB com queixa de dor retroesternal em opressão, há 1 hora, de forte intensidade, irradiada para ambos os membros superiores e desencadeada du- rante uma corrida. Ao exame físico apresenta PA: 150 × 90 mmHg, FC: 85 bpm, exame físico normal. O ECG mostrou supradesnível do seg- mento ST 2 mm nas derivações V2-V3 e 1 mm em V4. Você solicitou dosagem de troponina T (TnT) ultrassensível na admissão. De acordo com a Quarta Definição Universal de IAM, as- sinale a resposta INCORRETA: a) o critério eletrocardiográfico para o diagnós- tico de IAM com supra nas derivações V2 e V3 varia de acordo com o sexo e a idade e deve estarpresente em duas derivações con- tíguas b) o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnível do segmento ST ne- cessita da presença de supradesnível do ST ≥ 2,5 mm quando ocorre nas derivações V2-V3 para homens acima de 40 anos de idade c) neste caso, o diagnóstico inicial de IAM com supradesnível do segmento ST não necessi- ta aguardar o resultado dos biomarcadores para instituição do tratamento d) no caso das mulheres o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnível do segmento ST tem como critério a presença de supradesnível do ST ≥ 1,5 mm nas deriva- ções V2-V3 e não varia com a idade FAMERP – 2019 28. Em relação ao paciente relatado na questão anterior, responda: em relação ao tratamento de pacientes com IAM com supra ST e de acor- do com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta INCORRETA: a) o ácido acetilsalicílico (AAS) é o antiplaquetá- rio de eleição a ser utilizado no IAM sendo que o estudo ISIS-2 (Second International Study of Infarct Survival), demonstrou redução na mor- talidade em 23% em comparação ao grupo placebo b) nitratos estão contraindicados na presença de hipotensão arterial (PAS < 90 mmHg), uso pré- vio de sildenafil nas últimas 24 horas e quando houver suspeita de comprometimento do ven- trículo direito c) a utilização de betabloqueador endovenoso deve ser feita de rotina na admissão para to- dos os pacientes de acordo com o estudo COMMIT (Clopidogrel and Metoprolol in My- ocardial Infarction Trial), que mostrou redução de mortalidade em todos os subgrupos de pa- cientes avaliados d) o AAS tem ação sinérgica com fibrinolítico, le- vando à associação de ambos os medicamen- tos a um decréscimo de 42% na mortalidade no estudo ISIS-2 FAMERP – 2019 29. Ainda em relação ao paciente em questão, responda: Quanto ao tratamento e de acordo com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Car- diologia, assinale a resposta INCORRETA: a) na dupla antiagregação plaquetária, o pra- sugrel tem indicação preferencial em pacien- tes com histórico de acidente vascular cerebral (AVC) prévio b) o ticagrelor é uma opção em associação ao AAS na dupla antiagregação plaquetária em pacientes com IAMCST em programação de ICP primária c) quanto ao uso do clopidogrel, uma dose de ataque de 300 mg deve ser feita para pacien- tes com menos de 75 anos (não submetidos à ICP primária) d) pacientes com contraindicação para o uso pre- coce dos betabloqueadores devem ser reava- liados para candidatos a essa terapia na pre- venção secundária FMJ – 2019 30. Homem de 82 anos, chega ao PSA com dor precordial intensa, localizada, que não piora á palpação local, sem concomitantes e nega epi- sódios semelhantes anteriormente (somente HAS em tratamento regular). O exame clínico é normal, com PA: 140 × 90 mmHg, P: FC: 60 spm. Ao ECG apresenta supradesnivelamento do segmento ST e do ponto J, com ondas Q patológicas em região inferior, com inversão simétrica das ondas T na mesma região. Enzi- mas não dosadas pelo curto tempo de evolu- ção. Em relação ao quadro descrito, assinale a alternativa correta em relação ao diagnóstico: a) angina instável b) angina variante de prinzmetal c) infarto do miocárdio sem supradesnivelamen- to de ST 111 Cardiologia SJT Residência Médica d) infarto do miocárdio com supradesnivelamen- to de ST e) pericardite aguda FMJ – 2019 31. Em relação à dislipidemia, quais os níveis lipí- dicos devemos atingir, na prevenção secundá- ria para aterosclerose: a) LDL < 100, HDL > 45, triglicérides < 150 b) LDL < 130, HDL > 45, triglicérides < 200 c) LDL < 100, HDL > 60, triglicérides < 200 d) LDL < 70, HDL > 60, triglicérides < 150 e) LDL < 130, HDL > 40, triglicérides < 150 FMJ – 2019 32. Homem 56 anos, HAS, DM de longa data, vem ao serviço com dor epigástrica, de forte inten- sidade, náuseas e sudorese fria. Ao EF: PA = 80 × 40 mmHg, FC = 88 bpm, aparelho respirató- rio sem alterações, ritmo cardíaco regular sem sopros, ausência de edema. ECG demonstra supradesnivelamento de ST em DII, DIII e AVF. Diante do quadro, a principal hipótese e con- duta imediata é: a) choque cardiogênico (IAM de parede anterior extenso), Noradrenalina b) tromboembolismo pulmonar (TEP), com infar- to pulmonar secundário, anticoagulação plena c) infarto agudo do miocárdio de ventrículo direi- to, ECG com derivações V3R e V4R, AAS 300 mg e soro fisiológico d) choque cardiogênico (angina instável de alto risco), trombólise química e) TEP maciço, trombólise Texto para as questões 33 e 34: Paciente masculino, 65 anos, admitido na uni- dade dor torácica com quadro de infarto agu- do do miocárdio. Evoluiu com insuficiência cardíaca congestiva e hipotensão. No exame físico, a pressão arterial era de 92 × 63 mmHg, pulso periférico de 104 bpm, apresentava dor a palpação abdominal e distensão importante. Toque retal com sangue na cor violácea. HAC – 2019 33. Assinale a afirmativa INCORRETA: a) pode ser útil a administração intra-arterial de papaverina b) os achados laboratoriais podem demonstrar aumento do volume globular (VG) e acidose lática c) o índice de mortalidade neste caso é alto d) deve-se postergar a cirurgia devido às condi- ções clínicas e) “A”, “B”, “C” estão corretas HAC – 2019 34. O próximo passo para o tratamento deve ser: a) laparotomia b) enema opaco c) raio X contrastado d) ultrassonografia e) angiografia HGIP – 2019 35. Um paciente de 52 anos foi admitido na UPA/ Oeste com quadro de dor torácica típica para insuficiência coronariana aguda. O ECG mos- trava supradesnivelamento de ST em DII, DIII e AVF, além de V3R e V4R (derivações feitas como imagem em espelho de V3 e V4 tradicionais, mas à direita). Não apresentava crepitações à ausculta pulmonar, mas exibia hipotensão e confusão mental. Ao exame, também apresen- tava elevação paradoxal da veia jugular externa durante a inspiração. Assinale a alternativa que representa as informações consideradas COR- RETAS sobre o caso descrito: a) o paciente apresenta um quadro de infarto agudo do miocárdio de parede inferior de VE com infarto de ventrículo direito e sinal de Kus- smaul b) o edema agudo dos pulmões pode se apre- sentar com ausculta pulmonar normal se o pa- ciente tiver infarto da artéria circunflexa c) o paciente apresenta-se também com sinais de tromboembolismo pulmonar maciço ou dissecção aguda da aorta, sendo necessário saber pelo menos as enzimas cardíacas para indicar a trombólise d) o quadro desse paciente se confunde com pericardite constritiva crônica com sinais de baixo débito cardíaco e, nesse caso, o eco- cardiograma é necessário para o diagnóstico diferencial HPM-MG – 2019 36. Um homem de 45 anos, portador de dislipi- demia e diabetes, é admitido no Hospital da Polícia Militar queixando-se de dor torácica re- troesternal, ventilatório-dependente, que me- lhora na posição sentada e inclinado para a frente, associada a dispneia leve, de início há 6 horas. Nega uso de entorpecentes. Realiza- do o ECG apresentado abaixo. Troponina = 0,2 ng/mL (VR = 0,01 ng/mL). 12 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado Sobre esse caso, marque a alternativa COR- RETA: a) trata-se de infarto agudo do miocárdio de pa- rede anterior extenso, sendo indicado catete- rismo de urgência ou trombólise b) deve-se realizar angiotomografia de tórax ou cintilografia pulmonar de ventilação e perfusão na urgência e iniciar anticoagulação plena c) a realização de ecocardiograma não contribui para o diagnóstico e a avaliação da gravidade d) anti-inflamatório, colchicina e repouso são me- didas que devem ser prontamente instituídas PSU-CE – 2019 37. Paciente 52 anos, piloto de aviação comer- cial, chega ao consultório para avaliar quadro de dor torácica. O quadro iniciou há 3 me- ses, se caracteriza por dor retroesternal, em aperto, que surge geralmente quando está caminhandoem esteira, na academia. Neces- sita parar a atividade e a dor cede em cerca de 3 minutos. O quadro está estável desde o início. É portador de hipertensão arterial sistêmica e tabagista. Usa Olmesartana. Tem irmão falecido por infarto aos 50 anos. Traz radiografia de tórax normal e tem eletrocar- diograma com bloqueio de ramo esquerdo. No exame físico, a Pressão arterial é 140 × 90 mmHg. Qual dos testes abaixo é o mais adequado para esse paciente? a) coronariografia b) teste ergométrico c) ecocardiograma de estresse com dipiridamol d) escore de cálcio pela tomografia computadori- zada Santa Casa-BH – 2019 38. Paciente de 52 anos com quadro de dor toráci- ca de moderada intensidade, em aperto, com irradiação para MSE, duração de 8 minutos e associada à dispneia e sudorese. Paciente é hi- pertenso e diabético. Apresenta ECG a seguir: De acordo com a principal hipótese diagnósti- ca para o quadro descrito, são medicamentos que podem fazer parte do tratamento do pa- ciente, EXCETO: a) alteplase b) isordil c) clopidogrel d) ticagrelor Santa Casa-SP – 2019 39. Um paciente de 58 anos de idade, tabagista, deu entrada no pronto-socorro com precordial com irradiação para o dorso de região cervi- cal de início há trinta minutos. Ao exame físi- co, apresentava sopro sistólico em foco mitral +2/6, estertores crepitantes em 1/3 inferiores de ambos os hemitórax, pressão arterial de 110 × 74 mmHg em ambos os membros supe- riores, FC de 68 bpm e SO2 de 94%. O hospi- tal local não tinha serviço de hemodinâmica disponível, sendo o tempo de transporte até o centro de referência equivalente a cerca de três horas. Realizou também o eletrocardio- grama apresentado a seguir. Considerando essa situação hipotética, assi- nale a alternativa CORRETA: a) a trombólise com fibrino específico deve ser instituída imediatamente, visto que, quando comparada à não fibrino específico, promove maior redução de mortalidade b) o paciente deve receber aspirina, prasugrel e anticoagulação com heparina de baixo peso molecular, em conjunto com trombólise. c) o paciente deve receber aspirina, ticagrelor e anticoagulação com heparina não fracionada, em conjunto com trombólise d) o paciente deve ser encaminhado para serviço de hemodinâmica o mais rápido possível, sen- do a trombólise indicada apenas na indisponi- bilidade do transporte e) o paciente é classificado como infarto com supra de ST, Killip III, portanto apresenta contraindicação absoluta à trombólise UEL – 2019 40. Em relação aos mecanismos induzidos pelo exercício físico para reduzir a mortalidade e a morbidade, considere as afirmativas a seguir. I. Diminuição da resistência à insulina. 131 Cardiologia SJT Residência Médica II. Aumento da expressão das enzimas que sintetizam óxido nítrico. III. Aumento da vasodilatação dependente do endotélito. IV. Redução do tônus parassimpático. Assinale a alternativa correta. a) somente as afirmativas I e II são corretas b) somente as afirmativas I e IV são corretas c) somente as afirmativas III e IV são corretas d) somente as afirmativas I, II e III são corretas e) somente as afirmativas II, III e IV são corretas UFF – 2019 41. Homem, 50 anos, portador de hipertensão ar- terial sistêmica e diabetes mellitus, comparece a consulta ambulatorial médica. Está assinto- mático e sua pressão arterial é de 148 × 102 mmHg, FC = 70 bpm. Exames laboratoriais mostram hemograma normal, glicemia = 160 mg/dL, hemoglobina glicada = 8,4%, coleste- rol total = 200 mg/dL, HDL = 30 mg/dL e tri- glicerídeos = 250 mg/dL; bioquímica normal; albuminúria = 190 mg/g. Doppler de carótidas com placa na carótida comum direita = 90%. Está em uso de losartana 50 mg/dia, metformi- na 2000 mg/dia e sinvastatina 20 mg/dia. Com base na Diretriz Brasileira de Tratamento da Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose de 2017 da Sociedade Brasileira de Cardiolo- gia, mar- que a alternativa CORRETA: a) a melhor opção é associação de ezetimibe 10 mg/dia b) deve-se aumentar dose de sinvastatina para 40 mg/dia c) a dose atual está adequada, com LDL normal d) os inibidores PCSK9 estão indicados devi- do ao alto risco cardiovascular e) deve-se trocar a estatina para atorvastatina 80 mg/dia é indicada UFF – 2019 42. Paciente portador de angina estável faz uso de AAS, atenolol, nitrato, enalapril e atorvastati- na. O exame físico é normal e o duplo produto está controlado. Realiza teste ergométrico que mostra infradesnível do segmento ST padrão horizontal 3,0 mm (mV) em seis derivações, que surge com 3 MET e leva 4 minutos de re- pouso para normalizar. A conduta mais apro- priada para o caso é: a) indicar cintilografia do miocárdio b) avaliar fibrose com ressonância magnéti- ca cardíaca c) solicitar coronariografia d) manter o tratamento clínico atual e evitar es- forço físico e) associar clopidogrel e trimetazidina, além de trocar atenolol por carvedilol UFG – 2019 43. Homem de 53 anos, hipertenso e diabético, com antecedente de angioplastia há dois anos em duas coronárias. Mesmo em uso de AAS 100 mg/dia, atorvastatina 40 mg/dia e atenolol 25 mg duas vezes ao dia, apresenta os seguin- tes exames laboratoriais: colesterol total 200 mg/dL; HDL 50 mg/dL; triglicerídeos 180 mg/ dL; LDL 114 mg/dL; glicemia de jejum 150 mg/ dL; HbA1c 7,4%. Considerando a Atualização da Diretriz Bra- sileira de Dislipidemias e Prevenção da Ate- rosclerose – 2017, realizada pelo Departamen- to de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC-DA) em conjunto com Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e So- ciedade Brasileira de Endocrinologia e Meta- bologia (SBEM), a meta de LDL colesterol para este paciente prevê a seguinte terapêutica: a) o uso do ezetimiba é uma alternativa em acrés- cimo à dose máxima tolerada de estatina, caso as metas de LDL não sejam alcançadas b) o dobro da dose de atorvastatina será o sufi- ciente para alcançar a meta de LDL c) o uso de fenofibrato deve ser iniciado, caso as metas de LDL colesterol não sejam alcança- das, já que o pa- ciente apresenta níveis de triglicerídeos acima do alvo de 150 mg/dL d) o uso de estatinas poderia ser dispensado, caso o paciente apresentasse o nível de LDL colesterol < 50 mg/dL UFPR – 2019 44. Assinale a alternativa que apresenta correta- mente o fármaco e a dose, de forma a ser con- siderada uma estatina de alta potência. a) pitavastatina 2 mg b) atorvastatina 20 mg c) pravastatina 20 mg d) rosuvastatina 40 mg e) sinvastatina 80 mg UFRN – 2019 45. Homem de 73 anos de idade, tabagista, disli- pidêmico e hipertenso, acordou com quadro de dor precordial em queimação associado à diaforese e náuseas, de início há 30 minu- tos. Chegou à Unidade de Pronto Atendimen- to (UPA), sendo administrado AAS de 300 mg e realizado eletrocardiograma que demons- trou ritmo sinusal e infradesnível descendente de 3 mm de V1 a V6. No momento em que seria administrado o dinitrato de isossorbida su- blingual, apresentou quadro de síncope, com pulsos ainda palpáveis e PA 92 × 64 mmHg, sendo evidenciada nova alteração na monito- rização eletrocardiográfica, mostrada na figu- ra a seguir: 14 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado De acordo o caso descrito, o tratamento mais adequado é: a) administrar amiodarona IV dose de ataque e manutenção e encaminhar para realização de angioplastia primária em até 2 horas b) administrar amiodarona IV dose de ataque e manutenção e encaminhar para cinecorona- riografia em até 24 horas c) realizar cardioversão elétrica sincronizada com 200 J bifásico e encaminhar para cineco- ronariografia de emergência d) realizar cardioversão elétrica sincronizada com 200 J bifásico e, caso o tempo estima- do para realização de angioplastia seja maior que 2 horas, administrar trombolítico UNESC – 2019 46. Homem, 70 anos, vem ao consultório para um retorno de check-up. É diabético, assintomá- tico do ponto de vista cardiovascular, e não possui alterações ao exame físico.Traz entre os exames solicitados na primeira consul- ta, os seguintes: HDL 45 mg/ dL; LDL 108 mg/ dL; triglicerídeos 330 mg/ dL; colesterol total 209 mg/ dL; hemoglobina glicada 6,6%; glice- mia de jejum 120 mg/ dL. Com relação ao tra- tamento da dislipidemia, é CORRETO afirmar: a) faz-se necessária a adição de estatina para o controle da dislipidemia neste momento, além de modificação no estilo de vida b) a associação de genfibrozila e sinvastatina está indicada em razão dos níveis altos de tri- glicerídeos e LDL c) o tratamento da dislipidemia em idosos deve ter metas menos estritas, uma vez que essa população tem menor benefício no controle lipídico para a prevenção de doença cardio- vascular. Assim, pode-se orientar apenas mo- dificações do estilo de vida, além de ajustar o esquema hipoglicemiante d) o tratamento desse paciente deve incluir esta- tina e niacina, visando à melhora dos níveis de LDL e HDL e) a ezetimiba pode ser empregada nesse pa- ciente em vez da estatina, visto que este gru- po de fármacos provoca mais efeitos adversos nessa faixa etária UNICAMP – 2019 47. Homem, 88a, retorna pelo achado laboratorial de elevação do colesterol (LDL colesterol = 165 mg/dL, HDL colesterol = 40 mg/dL e trigli- cerídes = 230 mg/dL); creatininofosfoquinase = 23U/L, AST = 10 U/L, ALT = 12 U/L; creatinina = 0,9 mg/dL. Antecedentes pessoais: hiperten- são arterial sistêmica, intolerância à glicose e osteoartrite de quadril. Medicações em uso: hidroclorotiazida (25 mg/dia), losartana (50 mg/dia), metformina (850 mg 2x/dia), carbona- to de cálcio (500 mg 2x/dia), paracetamol (500 mg 6/6 horas) e sulfato de glucosamina (1,5 mg/dia). A conduta é: a) manter as medicações em uso b) prescrever estatina e ácidos graxos ômega-3 c) prescrever estatina e orientar caminhadas diá- rias d) prescrever ciprofibrato UNIFESP – 2019 48. Homem, 50 anos de idade, chega ao pronto- -socorro com dor torácica há duas horas. Ele- trocardiograma inicial com supradesnivela- mento de segmento ST em derivações V1-V6. O tempo necessário para transferir o paciente para o serviço de hemodinâmica mais próxi- mo é de 130 minutos. Qual é a melhor conduta nesta situação? a) administrar trombolítico e transferir o paciente se houver piora clínica b) administrar trombolítico e, em caso de suces- so, realizar cateterismo no sétimo dia pós IAM c) administrar trombolítico e transferir o paciente para realizar cateterismo entre 2-24 horas d) transferir o paciente imediatamente para reali- zar cateterismo e) administrar AAS e aguardar resultado de enzi- mas cardíacas UNITAU – 2019 49. Sobre a síndrome coronariana aguda, é IN- CORRETO afirmar: a) a aspirina é recomendada a todos os pacientes, sem contraindicação na dose de ataque de 150-300 mg oral, que se apresen- tem com infarto agudo do miocárdio com su- pradesnível do ST b) em pacientes que se apresentem com síndro- me coronariana aguda, tratados com implante de stent coronário, a dupla antiagregação pla- quetária não está recomendada após o proce- dimento, pelo risco elevado de sangramento c) na síndrome coronariana aguda com supra- desnível do segmento ST, a anticoagulação é recomendada para todos os pacientes, em adição à terapia antiplaquetária e que irão rea- lizar intervenção percutânea 151 Cardiologia SJT Residência Médica d) a angioplastia transluminal coronária primária é a estratégia recomendada para o infarto agudo do miocárdio, com supradesnível do segmento ST, com menos de 1 hora de evolução e) é recomendada a avaliação da função renal em todos os pacientes que serão submeti- dos à angiografia USP-SP – 2019 50. Homem, 49 anos de idade, chega ao pronto-so- corro com dor precordial em aperto há 1 hora. É fumante e hipertenso. Foi realizado o eletrocar- diograma a seguir na sala de emergência. Qual é o diagnóstico eletrocardiográfico? a) infarto agudo atual em parede inferior e, possi- velmente, anterior b) infarto agudo atual em parede inferior e, possi- velmente, dorsal c) área inativa de parede inferior e, possivelmen- te, dorsal d) área inativa inferior e, possivelmente, anterior AMRIGS – 2019 51. O Peptídeo Natriurético tipo B (BNP) é um biomarcador utilizado em conjunto com ana- mnese e exame físico no diagnóstico de insu- ficiência cardíaca. Em relação ao BNP, analise as assertivas abaixo: I. É um hormônio secretado pelos ventrículos em resposta ao aumento de volume e estira- mento das paredes. II. Sua dosagem não é útil para definir a gravi- dade da doença em caso de insuficiência car- díaca crônica. III. Seus níveis podem estar aumentados em insuficiência cardíaca de qualquer etiologia. Quais estão corretas? a) apenas I b) apenas I e II c) apenas I e III d) apenas II e III CERMAM – 2019 52. A insuficiência cardíaca é uma doença comum e a sua prevalência e incidência continuam a aumentar. Sobre essa patologia é CORRE- TO afirmar: a) na Insuficiência cardíaca crônica agudizada o padrão hemodinâmico se caracteriza por ele- vação progressiva das pressões de enchimen- to ventricular esquerdo por disfunção sistólica predominante associada a importante compo- nente de disfunção diastólica b) na insuficiência cardíaca crônica agudizada os principais fatores causais são infarto do mio- cárdio, regurgitação mitral aguda por ruptura de cordoalha ou disfunção de músculo papilar por isquemia, disfunção miocárdica por mio- cardite c) uma das complicações da insuficiência car- díaca congestiva é o edema agudo de pulmão que se caracteriza por intensa elevação das pressões de enchimento das cavidades direi- tas, ocasionando importante transudação in- tersticial pulmonar para o interior dos alvéo- los e bronquíolos terminais, podendo chegar à árvore brônquica principal d) a insuficiência cardíaca direita caracteri- za-se por disfunção ventricular direita com pressões de enchimento atrial direito eleva- das associadas com baixo débito cardíaco e consequente hipotensão arterial com con- gestão pulmonar CERMAM – 2019 53. A insuficiência cardíaca é fator de risco para tromboembolismo venoso sendo indica- do a anticoagulação. Nestes pacientes a tríade de Virchow está frequentemente presente. Das alternativas abaixo apenas uma alternativa está CORRETA em relação aos fatores presen- tes nesta Síndrome: a) obesidade mórbida; estase sanguínea periféri- ca, hipercoagulabilidade b) estase sanguínea intracardíaca e periféri- ca; lesão endotelial; status pró-trombótico c) hipercoagulabilidade; disfunção ventricular; hi- pertensão pulmonar d) lesão endotelial; hipercoagulabilidae; disfun- ção biventricular FMJ – 2019 54. Homem, 75 anos, hipertenso, com dispneia aos grandes esforços, progredindo para mé- dios esforços há 2 meses. Tabagista há 35 anos (um maço/dia). Usa hidroclorotiazida (25 mg/dia) há 8 anos. Exame físico: PA = 170 × 85 mmHg; FC = 84 bpm; ritmo cardíaco re- gular, hiperfonese de A2, ictus no 4° espaço intercostal, compreendendo 2 polpas digitais, na linha hemiclavicular esquerda, sem so- pros; sibilos esparsos e estertores crepitantes nas bases pulmonares. Exames subsidiários: ECG, sobrecarga atrial esquerda; radiografia simples de tórax, área cardíaca normal, com 16 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado inversão da trama vascular; ecocardiograma, septo interventricular de 15 mm (VR < 11), pa- rede posterior de ventrículo esquerdo de 13 mm (VR < 11) e fração de ejeção de 68% (VR > 58%). A hipótese diagnóstica mais provável é: a) insuficiência cardíaca sistólica secundária à cardiomiopatia hipertrófica assimétrica b) insuficiência cardíaca diastólica secundária à hipertensão arterial c) insuficiência cardíaca sistólica secundária à hipertensão arterial d) insuficiência cardíaca diastólica secundária à cardiomiopatia hipertrófica assimétrica e) doença pulmonar obstrutiva crônica HAC – 2019 55. C.H.R.V, Homem, 58 anos, hipertenso há 20 anos, fazendo acompanhamento irregular no ambulatório por insuficiênciacardíaca (IC) por miocardiopatia hipertensiva. Refere cansaço ao tomar banho e cuidados pessoais. Fazia uso de hidroclorotiazida 25 mg/d, Enalapril 10 mg 2x/d, AAS 100 mg/d. Ao Exame físico: PA: 160 × 100 mmHg, FC 104 SPM, jugulares túrgidas a 45º, pulsos irregulares, terceira bulha cardíaca. Sopro sistólico mitral ++/4+, com irradiação axilar, discreta crepitação pul- monar bibasal. O ECG mostra ritmo de fibrila- ção atrial e sobrecarga ventricular esquerda. O ecocardiograma mostra fração de ejeção de 32%. Diante do quadro clínico, segundo as atuais diretrizes do tratamento da IC, qual alternativa em que todos os itens trarão me- lhora de prognóstico ao paciente: a) espironolactona 25 mg/d, furosemida 40 mg/d, digoxina 0,25 mg/d, atenolol 50 mg 2x/dia b) trocar o enalapril por candesartan 8 mg/d em associação com um alfa-bloqueador (clonidi- na) 0,100 mg 2x/d c) manter a hidroclorotiazida, acrescentando fu- rosemida 40 mg/d, digoxina 0,25 mg/d e nife- dipina 20 mg 3x/d d) trocar o enalapril por sacubitril/valsartan 49/51 mg 2x/d, iniciar espironolactona 25 mg/d e succinato de metoprolol 50 mg/d e) trocar o hidroclorotiazida por furosemida 40 mg/d, acrescentar digoxina 0,25 mg/d, asso- ciação de mononitrato de isossorbida 40 mg 3 x/d com clonidina 0,100 mg 2x/d HDG – 2019 56. Em quadros de insuficiência cardíaca des- compensada (ICD), alterações laboratoriais são situações comuns no dia a dia. Sobre essas alterações, assinale a alternativa IN- CORRETA: a) casos de hepatomegalia congestiva secundá- ria à ICD podem cursar com elevação de tran- saminases no sangue b) pacientes com ICD que cursam com conges- tão hepática aguda podem cursar com clíni- ca semelhante à hepatite aguda viral c) pacientes com insuficiência cardíaca em fases mais iniciais podem cursar com eletrólitos sé- ricos totalmente normais d) pacientes com ICD e pressão em cunha ca- pilar pulmonar de 13-17 mmHg comumente cursam com radiografia de tórax evidenciando redistribuição da trama vascular pulmonar e edema intersticial e) a restrição de sódio na dieta, a utilização de diuréticos e elevações dos níveis séricos de vasopressina são fatores que contribuem para o desenvolvimento da hiponatremia na ICD HPM-MG – 2019 57. Um homem de 52 anos queixa-se de dispneia e desconforto retroesternal em aperto ao an- dar 2 quarteirões na reta, com melhora em até 5 minutos de repouso. Nega ortopneia ou dispneia paroxística noturna. Ao exame físi- co, FC de 96 bpm, PA de 140 × 50 mmHg, FR de 18 ipm e SpO2 97%. Os exames respira- tório e abdominal são normais. O exame car- diovascular revela hipofonese da primeira e segunda bulhas, sopro protomesodiastóli- co, aspirativo, suave, grau II, em decrescen- do, mais audível na borda esternal inferior esquerda. Sobre essa doença, marque a al- ternativa INCORRETA: a) existe aumento do volume diastólico final do ventrículo esquerdo, o que gera aumento da tensão na parede ventricular e pode ocasionar hipertrofia excêntrica como mecanismo com- pensatório b) espondilite anquilosante, síndrome de Marfan e febre reumática são causas possíveis c) o tratamento de escolha das formas graves sintomáticas é cirúrgico d) quanto mais grave essa condição, mais inten- so será o sopro PUC-PR – 2019 58. Os estágios da insuficiência cardíaca (IC), pro- postos pelo American College of Cardiology/ American Heart Association, permitem a clas- sificação dos pacientes em quatro ESTÁGIOS, conforme a seguir: 171 Cardiologia SJT Residência Médica Estágio Descrição A Risco de desenvolver IC. Sem doença estrutural ou sintomas de IC B Doença estrutural cardíaca presente. Sem sintomas de IC C Doença estrutural cardíaca presente. Sintomas prévios ou atuais de IC D IC refratária ao tratamento clínico. Requer intervenção especializada Tendo como base essa classificação, a reco- mendação adequada para pacientes no Está- gio A, dentre as descritas a seguir, é: a) uso de canaglifozina em diabéticos b) tratamento da hipertensão c) utilização de iECA na disfunção do EV assinto- mática d) utilização de betabloqueador na disfunção do VE assintomática e) ressincronização cardíaca Santa Casa-SP – 2019 59. Um paciente de 67 anos de idade, com ante- cedente de tabagismo, hipertensão e diabe- tes, refere que, há três semanas, vem notan- do o rosto inchado e vermelho ao se levantar pela manhã. Hoje cedo, foi auxiliar sua filha a carregar um pacote pesado e descreveu uma sensação de “quase desmaio”, que o motivou a procurar o pronto-socorro. No exame físico, apresentava PA de 140 × 80 mmHg, FC de 74 bpm, FR de 21, Sat. de 92%, ingurgitamento venoso cervical e edema craniofacial, além de edema discreto em MMSS. Não havia edema em MMII. Ausculta cardiopulmonar e exame abdominal sem alterações. O ECG mostrou ritmo sinusal e FC de 74, sem alterações pato- lógicas do traçado. Nesse caso hipotético, o diagnóstico provável é de: a) tromboembolismo pulmonar b) síncope cardiogênica c) síndrome da veia cava superior d) insuficiência cardíaca e) insuficiência renal aguda Santa Casa-BH – 2019 60. Com relação ao tratamento da Insuficiência Cardíaca (IC) com Fração de Ejeção (FE) do ventrículo esquerdo reduzida, assinale a alter- nativa INCORRETA: a) a hidroclorotiazida faz parte do arsenal tera- pêutico em pacientes que se encontram mi- nimamente sintomáticos (edema discreto de membros inferiores), bem como em pacien- tes com IC, estágio D, que apresentam con- gestão refratária b) a intoxicação digitálica pode ocorrer na vigên- cia de hipocalemia, insuficiência renal, além da administração concomitante de amiodaro- na e/ou losartana c) a ivabradina pode ser utilizada em pacientes com FE menor ou igual a 35% e ritmo sinu- sal, com frequência cardíaca superior ou igual a 70 bpm, que se mantenham sintomáticos, apesar do uso de medicamentos que modifi- cam o curso da doença. d) os quimioterápicos, tais como os derivados das antraciclinas e a ciclofosfamida, podem causar lesão miocárdica e IC SES-PE – 2019 61. Uma paciente de 38 anos estava na 34ª se- mana de sua quinta gestação, sendo esta ge- melar, quando passou a apresentar dispneia aos esforços e de decúbito. Ao exame, havia congestão das jugulares, hepatomegalia dolo- rosa, estertores bibasais, edema de membros, ritmo cardíaco irregular por fibrilação atrial e terceira bulha, com PA de 130 × 95 mmHg. Qual das medicações abaixo seria apropriada para o caso? a) digoxina b) warfarin c) prednisona d) captopril e) espironolactona SUS-SP – 2019 62. A insuficiência cardíaca com função sistólica de ventrículo esquerdo preservada, ou dias- tólica, é uma entidade de alta prevalência e o seu tratamento se fundamenta em abordagens específicas, como as abaixo, EXCETO: a) manutenção da sincronia b) utilização de drogas que aumentam o inotro- pismo cardíaco c) tratamento da isquemia do miocárdio quando presente d) controle da frequência cardíaca e) alívio da retenção hídrica UEL – 2019 63. Homem, 65 anos de idade, branco, 68 kg, com diagnóstico de insuficiência cardíaca conges- tiva de fração de ejeção reduzida, avaliada em 34% pelo último ecocardiograma. Está em uso de carvedilol 25 mg de 12/12 horas, ramipril 10 mg 1 x/dia, furosemida 80 mg cedo, aldactone 25 mg cedo. Ao exame, apresenta PA = 120 × 80 mmHg, FC = 65 bpm, perfil A, estádio C e 18 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado classe funcional III. Seguindo a recomenda- ção atual das diretrizes de insuficiência car- díaca brasileira publicadas em 2018, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a melhor conduta terapêutica nesse caso. a) aumentar a dose do carvedilol b) iniciar digoxina c) iniciar ivabradina d) trocar ramipril por sacubitril/valsartana e) trocar ramipril por valsartana UERJ – 2019 64. Mulher de 39 anos foi internada em CTI de- vido a quadro de hemorragia subaracnoide com necessidade de intervenção hemodinâ- mica e suporte ventilatório invasivo; apresen- ta episódios intermitentesde taquicardia sinu- sal e hipertensão arterial, interpretados pelos neurologistas assistentes como disautonomia associada ao quadro neurológico. A tentativa de desmame de prótese ventilatória é fracas- sada por surgimento de congestão pulmonar. O eletrocardiograma mostra supradesnível do ST em parede anterior e o ecocardiograma re- vela disfunção sistólica de ventrículo esquer- do, com boa contração basal e aspecto de baloneamento do ápice. Esse quadro clínico é compatível com o diagnóstico de: a) miocardite de células gigantes b) cardiomiopatia de Takotsubo c) infarto agudo do miocárdio d) cardiomiopatia de sepse UFG – 2019 65. Em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, a melhor combina- ção terapêutica para reduzir a mortalidade é: a) inibidores da ECA, betabloqueadores e espiro- nolactona b) ivabradina, betabloqueadores e inibidores da ECA c) sacubitril/valsartana, betabloqueadores e es- pironolactona d) digital, inibidores da ECA e betabloqueadores UFPA – 2019 66. Paciente feminina, auxiliar de enfermagem, 44 anos, encontra-se internada com quadro de dispneia ao subir um lance de escada ou exercer suas atividades laborativas, além de desconforto precordial que se irradia para am- bos os braços. Este quadro vem se instalando nos últimos dois anos. Relata ser hipertensa e ter colesterol alto, em uso de losartana 100 mg e sinvastatina 20 mg dia. Ainda mantém hábito de ingesta alcoólica acima de 20 g etanol dia. Antecedentes de mãe com insuficiência cardí- aca e irmã com revascularização miocárdica e colesterol elevado. Os exames laboratoriais se encontram normais, exceto por AST 77 mg/ dL, ALT 59 mg/dL, triglicerídeos 418 mg/dL, co- lesterol total 298 mg/dL, LDL 139 mg/dL, HDL 28 mg/dL. ECG: ritmo sinusal, alterações difusas de re- polarização, presença de QS em V1 e V2. ECO: fração de ejeção de 65%, disfunção dias- tólica grau I, área de hipocinesia em ventrículo E, discreta dilatação de VE e AE, com refluxo mitral e tricúspide leve, AP-VD 23 mmHg. De acordo com o grau de progressão funcio- nal e com a gravidade dos sintomas na insu- ficiência cardíaca, esta paciente estaria em classe funcional a) B e NYHA II b) B e NYHA I c) B e NYHA III d) C e nyha ii e) C e NYHA III UNICAMP – 2019 67. Homem, 47a, retorna ao Ambulatório para re- sultado de exames. Antecedentes pessoais: insuficiência cardíaca por miocardiopatia di- latada há 1 ano, com melhora dos sintomas após instituição de furosemida 80 mg/dia por via oral. No momento está assintomático. Exa- me físico: FC = 72 bpm, PA = 128 × 82 mmHg; coração: bulhas rítmicas em 2 tempos, com sopro sistólico 1+/4+ em foco mitral. Creatini- na = 0,78 mg/dL, Potássio = 3,5 mg/dL. Ecocar- diograma: dilatação leve das câmaras esquer- das, com fração de ejeção de 39% (normal > 50%). A conduta é: a) manter somente a furosemida b) iniciar hidralazina e nitrato c) iniciar ivabradina d) iniciar enalapril e carvedilol UNICAMP – 2019 68. Homem, 62 anos de idade, hipertenso há 15 anos, apresenta queixa de dispneia progres- siva aos esforços, há 1 ano. Exame físico: PA = 130 × 80 mmHg, FC = 94 bpm, ictus cardía- co desviado para esquerda e edema bilateral em membros inferiores. Eletrocardiograma com ritmo sinusal e sobrecarga de câmaras esquerdas. Ecocardiograma com hipocine- sia difusa e fração de ejeção de 33%. Qual é a combinação terapêutica mais adequada em termos de melhora de sobrevida? a) losartan, bisoprolol, clonidina b) enalapril, digoxina, espironolactona c) captopril, nifedipina, espironolactona d) enalapril, carvedilol, espironolactona e) losartan, diltiazem, espironolactona UNITAU – 2019 69. Sobre o manejo da insuficiência cardíaca, é CORRETO afirmar: a) o emprego do bloqueador do receptor AT1 da 191 Cardiologia SJT Residência Médica angiotensina II é uma alternativa farmacológi- ca aos indivíduos intolerantes ao inibidor da enzima conversora da angiotensina b) o emprego dos inibidores da enzima converso- ra da angiotensina é contraindicado quando a pressão arterial sistólica for menor do que 110 mmHg c) os betabloqueadores, como carvedilol, ate- nolol e metoprolol, são indicados nos casos de insuficiência cardíaca com fração de eje- ção reduzida d) o emprego de diurético de alça está indicado em todos os perfis hemodinâmicos da insufi- ciência cardíaca e) a associação de inibidor da enzima conversora da angiotensina com betabloqueador e antago- nista da aldosterona tem forte indicação na insu- ficiência cardíaca com fração de ejeção > 50% USP-SP – 2019 70. Homem, 58 anos de idade, tem antecedente de tabagismo de 30 maços-ano, rinite alérgica e exposição ambiental a pássaros em casa e na praça que frequenta. Há um mês apresenta fal- ta de ar diariamente quando realiza exercícios. Procurou o pronto-socorro duas vezes no úl- timo mês por piora da falta de ar. O exame clí- nico no momento está normal e a saturação de oxigênio é de 96%. Fez radiografia de tórax que estava normal. Há dois dias, realizou pro- va de função pulmonar e o eletrocardiograma, apresentados a seguir: Resultados Predito Limite inferior Pré- Broncodilatador Pré- Broncodilatador % Predito Pós- Broncodilatador Pós- Broncodilatador % Predito % variação CVF (L) 2,98 2,43 1,85 62 1,70 57 -8 VEF1 (L) 2,33 1,90 0,71 30 0,67 29 -5 VEF1/CVF 0,79 0,71 0,38 49 0,39 50 3 FEF25-75% (L/s) 2,18 1,31 0,21 10 0,22 10 2 FEF25-75 / CVF 0,76 0,46 0,11 15 0,13 17 11 PFE (L/s) 7,66 7,51 2,88 38 3,51 46 22 CV (L) 2,98 2,43 1,79 60 1,77 59 -1 Cl (L) – – 1,16 – 1,14 – -2 Qual é o diagnóstico eletrocardiográfico? a) sobrecarga de átrio direito e ventrículo es- querdo b) sobrecarga de átrio esquerdo e ventrículo es- querdo c) sobrecarga de ventrículos direito e esquerdo d) sobrecarga de átrio direito e ventrículo direito FMJ – 2019 71. A respeito da febre reumática (FR), é correto afirmar que: a) o diagnóstico de recorrência em paciente sem doença cardíaca reumática estabelecida, pode ser realizado se constatados dois cri- térios maiores ou um maior e dois menores, mesmo sem evidência de infecção estreptocó- cica anterior b) a coreia de Sydenham (CS) ocorre predomi- nantemente em adultos do sexo feminino, sen- do rara antes dos 20 anos de idade c) a profilaxia primária em pacientes com mais de 20 kg pode ser realizada com penicilina G benzatina na dose de 1.200.000 UI, em dose única d) a profilaxia secundária no paciente submetido à troca valvar deve ser mantida por dez anos após o último surto e) o padrão ouro para diagnóstico da infecção estreptocócica aguda da orofaringe é a eleva- ção da antiesterptolisina O (ASLO) em asso- ciação à duração da antideoxyribonuclease B (anti-DNase) 20 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado HDG – 2019 72. A profilaxia primária de febre reumática é rea- lizada ADEQUADAMENTE com: a) penicilina benzatina de 21/21 dias até os 21 anos após o 1° surto b) amoxicilina 1 dose 1 hora antes de procedi- mentos odontológicos c) amoxicilina de 8/8 horas por 7 dias após qua- dro de faringoamigdalite d) eritromicina de 6/6 horas por 10 dias após quadro de faringoamigdalite e) penicilina benzatina de 21/21 dias até os 25 anos ou até 10 anos após o último surto, va- lendo o que cobrir o maior período PSU-CE – 2019 73. Rapaz de 13 anos tem alta hospitalar após seu último surto agudo de Febre Reumática apre- sentando lesão valvar residual moderada. No 1° episódio, aos 8 anos, foi diagnosticada en- docardite. Qual a recomendação em relação à duração da profilaxia secundária da Febre Reumática, nesse caso? a) até 18 anos de idade ou 3 anos após último surto b) até 21 anos de idade ou 5 anos após último surto c) até 25 anos de idade ou 10 anos após último surto d) até 40 anos de idade ou por toda a vida SES-GO – 2019 74. A febre reumática é uma doença inflamatória que ocorre como manifestação tardia de uma faringotonsilite causada pelo: a) Haemophilus influenzae b) Streptococcus piogenesc) Streptococcus beta-hemolítico do grupo A d) Streptococcus beta-hemolítico do grupo B SES-GO – 2019 75. Os critérios de Jones existem para facilitar o diagnóstico de um surto agudo de febre reu- mática. Existem os critérios maiores e os me- nores. É um critério maior: a) febre b) artralgia c) aumento do intervalo PR no eletrocardiogra- ma (ECG) d) nódulos subcutâneos UFPI – 2019 76. Adolescente de 10 anos e 3 meses, residente em Altos-PI, iniciou quadro de artrite em punho esquerdo que progrediu de forma migratória para tornozelo esquerdo, punho direito, joelho direito e cotovelo direito iniciado há cerca de 17 dias. No exame físico apresentava-se febril e com tiragem intercostal e de fúrcula. Auscul- ta cardíaco com FC de 122 bpm, sopro holo- sistólico em foco mitral. Ausculta pulmonar com roncos disseminados. Abdome semiglo- boso com fígado a 5 cm do RCD e 4 cm do AX. Edema em joelho direito e cotovelo direito. Os exames complementares revelaram hemogra- ma com hemoglobina 11 g/dL, Hto 33%, Leu- cócitos 12.100, neutrófilos 75%, segmentados 69%, bastões 6%, linfócitos 20%, monócitos 5%. Plaquetas 350.000/mm³. VHS 111 mm/ 1ª hora. PCR > 48. Látex negativo. FAN não rea- gente. Baseado no quadro qual o diagnóstico mais provável: a) artrite idiopática juvenil da forma sistêmica b) lupus eritematoso sistêmico c) leucemia linfocítica aguda d) febre reumática e) artrite séptica UNESC –2 019 77. Em relação aos achados clínicos na febre reu- mática, é CORRETO afirmar: a) apesar de infrequente, em indivíduos com sin- tomas agudos a poliartrite é migratória, doloro- sa e de grandes articulações b) apesar de o exame clínico sugerir o diagnóstico da coréia de Sydeham, o mesmo deve ser con- firmado por meio de exames de neuroimagem c) nódulos cutâneos são comuns e específicos para o diagnóstico de febre reumática. d) na cardite reumática, a gravidade da disfunção do ventrículo esquerdo parece estar correla- cionada à extensão da valvulite, e não à lesão miocárdica e) o eritema marginado geralmente tem início tar- dio no curso da febre reumática aguda HAC – 2019 78. Mulher, 65 anos, com história de episódios re- petidos de tonturas e eventual perda de cons- ciência, vem ao pronto-socorro após uma síncope, com duração de cerca de 15 segun- dos, em consequência da qual caíra no chão, tendo sofrido uma contusão na região fron- tal. Não tem história de diarreia, poliúria ou sangramentos. Não se verificam hipotensão postural, alterações ao exame neurológico, relaxamento esfincteriano, sinais de compro- metimento cerebelar, nem nistagmo espontâ- neo ou à movimentação da cabeça. Ao exame físico, mostra-se ainda lúcida, FC = 88 spm, regulares, com redução de amplitude do pul- so radial. Não apresenta sopros carotídeos e à ausculta mostra ictus propulsivo, sopro de ejeção 3+/6+, em 2º espaço intercostal à direi- ta e borda esternal esquerda, com irradiação à região cervical. Nesse caso, o mecanismo mais provável da síncope é: a) disfunção neuro-autonômica b) obstrução mecânica do retorno venoso 211 Cardiologia SJT Residência Médica c) obstrução ao fluxo de saída do ventrículo es- querdo d) hipovolemia e) obstrução da artéria subclávia com diminuição do fluxo sanguíneo das artérias vertebrais HDG – 2019 79. Sobre a estenose da valva mitral, analise as afirmativas abaixo e marque (V) se verdadeiro e (F) se falso. I. Uma das causas da hipertensão pulmonar é o edema da parede de pequenos vasos pulmo- nares. II. Em paciente com estenose moderada o dé- bito cardíaco é normal ou próximo do normal em repouso. III. A primeira bulha é hiperfonética se não houver calcificação. IV. Quando ocorre fibrilação atrial para contro- le da frequência cardíaca pode tanto ser uti- lizado betabloqueador como bloqueador dos canais de cálcio não diidropiridínicos. Marque a resposta CORRETA: a) F, F, V e V; b) V, V, F e F; c) F, V, F e V; d) F, F, F e F; e) V, V, V e V. UEL – 2019 80. Em relação aos agentes etiológicos mais fre- quentes das endocardites infecciosas, rela- cione a coluna da esquerda com a da direita. (I) Manipulações dentárias, da boca e da gengiva. A) Neoplasias intestinais (II) Manipulações urológicas, genitais e intestinais. B) Streptococcus do grupo viridans (III) Usuários de drogas EV. C) Enterococcus sp. (IV) Neoplasias intestinais. D) Streptococcus gallolyticus Assinale a alternativa que contém a associa- ção CORRETA: a) I-A, II-B, III-D, IV-C b) I-A, II-C, III-B, IV-D c) I-B, II-A, III-D, IV-C d) I-B, II-C, III-A, IV-D e) I-D, II-B, III-C, IV-A UFG – 2019 81. Mulher de 68 anos, portadora de hipertensão arterial e estenose aórtica grave, informa epi- sódios recentes de síncope. A conduta tera- pêutica mais apropriada seria: a) cateterismo cardíaco e cirurgia valvar b) acompanhamento clínico e controle das co- morbidades c) tratamento percutâneo da valva aórtica d) realização semestral de ecodopplercardiograma UNIFESP – 2019 82. Mulher, 23 anos de idade, refere palpitações aos grandes esforços. Ao exame físico: bom estado geral, corada, hidratada, PA = 120 × 80 mmHg, FC = 96 bpm, com pulso irregular. Aus- culta cardíaca: bulhas arrítmicas, com sopro diastólico em ruflar em foco mitral. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios. Abdome: sem alterações. Membros inferiores: pulsos presentes e simé- tricos, sem edema. Quais são os diagnósticos mais prováveis? a) estenose valvar aórtica e extrassístoles supra- ventriculares b) insuficiência valvar mitral e fibrilação atrial c) insuficiência valvar aórtica e taquicardia ventri- cular d) estenose valvar mitral e fibrilação atrial e) insuficiência valvar tricúspide e flutter atrial FMJ – 2019 83. Homem, 60 anos, tabagista, hipertenso crôni- co, em tratamento irregular, apresentou há 12h palpitação de início súbito seguida de sínco- pe. Nega episódios de arritmias. Exame físico: PA = 120 × 60 mmHg, FC = 140 bpm, FR = 32 irpm, agitado, confuso, estase jugular bilate- ral, estertores crepitantes em bases pulmona- res, arritmia cardíaca, pulso filiforme e edema 2+/4+ em MMII. ECG: fibrilação atrial com res- posta ventricular de alta frequência. A condu- ta imediata é: a) anticoagulação b) cardioversão elétrica sincronizada c) desfibrilação d) lanatosídeo IV e) metoprolol IV SES-GO – 2019 84. O escore CHADS 2 é utilizado na avaliação da necessidade de anticoagulação nos pacientes com fibrilação atrial de etiologia não valvular. Um paciente do sexo masculino, de 76 anos, com fibrilação atrial, hipertenso crônico ade- quadamente tratado, obeso, antecedente de infarto agudo sem disfunção sistólica de VE e sem outras comorbidades, apresenta qual valor no escore CHADS 2? 22 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 UFF – 2019 85. Paciente, 78 anos, hipertenso, apresenta epi- sódios recorrentes de palpitações. Na investi- gação, o Holter mostra episódios de fibrilação atrial, mas na consulta o ritmo é sinusal e a pressão arterial é de 130 × 80 mmHg, FC de 76 bpm. Com relação a esse cenário, indique a afirmativa verdadeira: a) o alvo de INR com varfarina é 2,5-3,5 b) nessa idade, a melhor opção é manter AAS apenas c) a amiodarona é a melhor droga para mantê-lo em ritmo sinusal d) a anticoagulação com novos anticoagulan- tes orais, como rivaroxabana, está indicada e) os betabloqueadores estão indicados para controle do ritmo cardíaco UFG – 2019 86. Em pacientes idosos com fibrilação atrial pa- roxística, a melhor e mais segura maneira de reduzir a recorrência de AVC é: a) aspirina, 325 mg ao dia b) aspirina, 325 mg ao dia, e clopidogrel, 75 mg ao dia c) apixabana d) warfarina CERMAM – 2019 87. A Tríade de Beck é encontrada: a) tamponamento cardíaco b) colangite c) tumor de pulmão (Pan Cost) d) aneurisma dissecante de aorta abdominal HGIP – 2019 88. Diminuição do retorno venoso, da contratili- dade miocárdica, do débito cardíaco e choque são manifestações de um paciente que apre- senta:a) hemotórax maciço b) tamponamento cardíaco c) hipertensão abdominal d) tórax instável com contusão pulmonar UFT – 2019 89. Paciente T.S.D., 47 anos, solteiro, com histó- ria de tuberculose recente, tratada de forma irregular, apresenta queda do estado geral, dispneia aos esforços e turgência jugular pa- tológica a 45 graus (TJP), tendo sido feito o diagnóstico de pericardite constritiva tubercu- losa. Assinale a opção que apresenta os acha- dos compatíveis com tal diagnóstico: a) redução da TJP à inspiração / queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à ins- piração b) aumento da TJP à expiração / queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à ex- piração c) aumento da TJP à inspiração / queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à ex- piração d) aumento da TJP à inspiração / queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à ins- piração e) redução da TJP à expiração / queda supe- rior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica à expiração AMSL – Medicina da Família – 2019 90. Qual das seguintes alterações não faz parte da Tetralogia de Fallot: a) hipertrofia ventricular direita b) comunicação interventricular c) estenose pulmonar d) dextroposição da aorta e) persistência do canal arterial HDG – 2019 91. Lactente, 5 meses de vida, portador de Te- tralogia de Fallot faz uma crise hipóxica e é atendido pelo médico de plantão que o coloca em posição genupeitoral e inicia as medidas farmacológicas. As bases fisiológicas que ex- plicam a efetividade dessa posição são: a) aumento do tônus vagal b) redução do retorno venoso e aumento da re- sistência periférica c) aumento do retorno venoso pelas veias cavas com desencadeamento do efeito venturi d) diminuição da pressão arterial sistêmica e ino- tropismo reflexo e) aumento do volume de sangue que chega ao ventrículo direito e desencadeamento da ação de barorreceptores PSU-CE – 2019 92. Um recém-nascido foi trazido à emergência duas semanas após a alta da maternidade, em choque. O exame físico mostrou ausência de sopro cardíaco e ausência de pulsos em mem- bros inferiores. O eletrocardiograma exibiu sobrecarga ventricular direita. Qual o diagnós- tico mais provável desse bebê? a) coarctação da aorta b) tetralogia de Fallot c) anomalia de Ebstein d) comunicação interventricular Santa Casa-SP – 2019 93. Um menino de sete anos de idade, com síndro- me de Down, sem cardiopatia, deseja praticar ginástica artística. Com base nesse caso hi- 231 Cardiologia SJT Residência Médica potético, assinale a alternativa que apresenta a orientação correta para os pais do paciente: a) autorizar a prática, já que não há necessidade de avaliação pré‐atividade física b) solicitar uma radiografia de coluna cervical, pelo risco de instabilidade atlantoaxial c) solicitar uma avaliação oftalmológica, pelo ris- co de trauma ocular d) contraindicar a prática, pelo risco cardiológico e) contraindicar a prática, pelo risco de discrimi- nação pelos colegas Texto para as questões 94 e 95: Um recém-nascido com 38 semanas de idade gestacional e peso de nascimento de 3.020 g foi levado ao hospital. Com 28 horas de vida, iniciou quadro de cianose central. Ao exame, apresentou-se ativo e reativo, cianótico e anic- térico. A avaliação clínica mostrou murmúrio vesicular presente bilateralmente, frequência respiratória de 58 ipm, SatO2 aferida em mem- bro superior esquerdo de 50%, bulhas rítmicas normofonéticas em dois tempos, com sopro sistólico em borda esternal esquerda média- -alta, e frequência cardíaca de 170 bpm. Foi realizada glicemia capilar de 60 mg/dL. O pa- ciente foi rapidamente levado à UTI neonatal. Foram iniciados monitoramento de oximetria de pulso, monitorização cardíaca e monitora- mento com espectroscopia de infravermelho próxima (NIRS), com sensores em sítio cere- bral e renal. Foi realizado também cateterismo umbilical e intubação orotraqueal, porém sem melhora do quadro clínico. Santa Casa-SP – 2019 94. Assinale a alternativa que apresenta a hipóte- se diagnóstica compatível com esse quadro clínico: a) comunicação intraventricular ampla b) defeito de septo atrioventricular total c) persistência do canal arterial d) hipoplasia de ventrículo direito, associada à comunicação interatrial e à atresia de valva pulmonar e) comunicação interatrial ampla Santa Casa-SP – 2019 95. A conduta terapêutica medicamentosa apro- priada para o caso relatado no texto é: a) indometacina b) furosemida c) dobutamina d) óxido nítrico e) prostaglandina e1 SUS-SP – 2019 96. Durante a consulta de puericultura de Pedro, 6 meses, foi auscultado sopro sistólico em foco pulmonar e desdobramento fixo da segunda bulha. A mãe de Pedro conta que ele é ativo, está em transição para alimentos sólidos com boa aceitação e que não notou nada de errado com ele. O ganho pondero-estatural é adequa- do. O diagnóstico mais provável e a melhor explicação para os achados semiológicos é: a) estenose da valva pulmonar tanto o sopro como o desdobramento fixo são decorrentes da própria estenose b) persistência do canal arterial, tanto o sopro como o desdobramento fixo são decorrentes do shunt da esquerda para direita c) tetralogia de fallot, o desdobramento fixo é de- corrente da malformação da valva pulmonar e o sopro ao hiperfluxo pulmonar d) comunicação interventricular, tanto o sopro como o desdobramento fixo são decorrentes do shunt da esquerda para a direita e) comunicação interatrial, tanto o sopro como o desdobramento fixo são decorrentes do shunt da direita para a esquerda UERJ – 2019 97. Em uma consulta de rotina, foi diagnosticado sopro cardíaco novo em um pré-escolar de 5 anos, previamente hígido. Ao exame físico, o paciente apresentava-se em bom estado geral, anictérico, acianótico, hidratado, corado, com boa perfusão periférica e pulsos periféricos palpáveis; à ausculta cardíaca apresenta: ritmo cardíaco regular, dois tempos, com desdobra- mento de segunda bulha à inspiração e sopro sistólico 2+/6+, melhor audível em borda ester- nal esquerda, sem irradiações, com redução de intensidade quando o paciente assume a po- sição ortostática; FC = 100 bpm; fígado a 2 cm do rebordo costal direito; restante do exame fí- sico sem alterações. Classificação nutricional: escore-Z de peso/idade = -1,05; escore-Z de peso/estatura = -0,97; escore-Z de estatura/ida- de = -0,29; escore-Z de IMC = -1,01. Em relação a esse caso, a conduta adequada é: a) dosar ASLO e realizar strep-test para docu- mentar infecção estreptocócica b) realizar eletrocardiografia para descartar au- mento do intervalo PR c) realizar ecocardiograma para excluir anoma- lias congênitas d) dar orientações gerais quanto à benignidade do sopro UFG – 2019 98. Uma lactente de cinco meses é atendida no ambulatório de pediatria com queixa de dificul- dade para mamar e ganhar peso. A mãe relata que a criança mamava bem até o primeiro mês de vida, mas que vem diminuindo o tempo de mamada, soltando o seio materno em menos de cinco minutos de sucção, o que a faz pen- 24 SJT Residência Médica R1 Extensivo | Gabarito comentado sar que a amamentação está insuficiente. A mãe relata também que a criança já teve dois episódios de pneumonia nos últimos dois me- ses. A criança apresentava-se com baixo ga- nho nas curvas de peso e crescimento, e ao exame foram observados taquidispneia leve, sopro sistólico +++/6+ rude, melhor audível em bordo esternal esquerdo médio e baixo, além de hepatomegalia de 2 cm. A radiografia de tórax e o eletrocardiograma foram realiza- dos. O eletrocardiograma mostrou sinais de sobrecarga do ventrículo esquerdo e a radio- grafia é apresentada a seguir: Nesse caso, qual é a principal hipótese diag- nóstica? a) defeito do septo atrioventricular b) tetralogia de Fallot c) comunicação interatrial d) comunicação interventricular UFT – 2019 99. As cardiopatias congênitas podem ser res- ponsáveis por abortamentos, trabalho de par- to prematuro e longas internações
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