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VM-Direito-Administrativo-1

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Vade-Mécum Estratégico - Direito Administrativo 
Legislação compilada pelo Estratégia Carreira Jurídica 
 
 
Cursos completos em: 
www.estrategiaconcursos.com.br 
1 
316 
 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Aqui é Rodolfo Penna, professor do Estratégia Carreira Jurídica. Além 
disso, sou Procurador do Estado de São Paulo, aprovado no concurso 
de 2018 e professor e autor de obras jurídicas. 
Instagram: www.instagram.com/prof.rodolfopenna/ 
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Administrativo. Neste material você simplesmente encontrará as leis 
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Rodolfo Penna. 
 
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Sumário 
Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932. ..................................................................................................... 4 
Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941. ................................................................................................. 5 
Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950. ............................................................................................................... 12 
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. ...................................................................................................... 23 
Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992. ............................................................................................................... 59 
Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993. ........................................................................................................ 68 
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. ............................................................................................................. 77 
Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014. .......................................................................................................... 109 
Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013. ........................................................................................................ 128 
Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. .......................................................................................................... 133 
Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. ............................................................................................................. 149 
Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. .......................................................................................................... 154 
Medida Provisória nº 2.220, de 4 de setembro de 2001. .............................................................................. 157 
Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. .......................................................................................................... 159 
Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. ......................................................................................................... 163 
Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998. ............................................................................................................ 174 
Lei Complementar nº 76, de 6 de julho de 1993. .......................................................................................... 179 
Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009. .......................................................................................................... 182 
Lei nº 13.300, de 23 de junho de 2016. ......................................................................................................... 188 
Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016. ......................................................................................................... 191 
Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997. .................................................................................................... 215 
Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. .................................................................................................. 218 
Lei nº 13.869, de 5 de setembro de 2019. ..................................................................................................... 227 
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Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. ...................................................................................................... 233 
Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004. .................................................................................................. 242 
Lei nº 14.133, de 1° de Abril de 2021............................................................................................................. 250 
Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. .......................................................................................................... 304 
 
 
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DECRETO Nº 20.910, 
DE 6 DE JANEIRO DE 
1932. 
* ATUALIZADO ATÉ 25/02/2021 
Regula a prescrição quinquenal. 
O Chefe do Governo Provisório da República dos Estados 
Unidos do Brasil, usando das atribuições contidas no art. 1º 
do decreto n. 19.398, de 11 de novembro de 1930, 
DECRETA: 
Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos 
Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação 
contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual 
for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da 
data do ato ou fato do qual se originarem. 
 São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas 
na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade 
Administrativa. (RE 852475/SP, rel. orig. min. Alexandre de 
Moraes, rel. p/ ac. min. Edson Fachin, j. 08-08-2018, DJE 25-03-
2019) 
 A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a 
prescrição contra a Fazenda Pública é quinquenal, mesmo em 
ações indenizatórias, uma vez que é regida pelo Decreto 
20.910/32, norma especial que prevalece sobre lei geral. (AgRg no 
AREsp 768.400/DF, rel. min. Humberto Martins, j. 03-11-2015) 
 A ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrentes de 
ilícito civil é prescritível. (RE 669069/MG, rel. min. Teori Zavascki, j. 
03-02-2016, DJE 28-04-2016, repercussão geral) 
 A ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto sujeita-
se ao prazo prescricional estabelecido no Código Civil. (Súmula 412,STJ) 
 A repetição de indébito por cobrança indevida de valores 
referentes a serviços não contratados, promovida por empresa de 
telefonia, deve seguir a norma geral do lapso prescricional (art. 205 
do Código Civil - 10 anos). (EAREsp 738.991/RS, rel. min. Og 
Fernandes, j. 20-02-2019, DJE 11-06-2019) 
 A prescrição quinquenal disposta no art. 1º do Decreto 20.910/32, 
não se aplica aos danos decorrentes de violação de direitos 
fundamentais, os quais são imprescritíveis, principalmente quando 
ocorreram durante o Regime Militar, época em que os 
jurisdicionados não podiam deduzir a contento suas pretensões. 
(AgRg no AREsp 302.070/PR, rel. min. Castro Meira, DJE 
05/06/2013) 
 O termo inicial do prazo prescricional para a propositura de ação 
de indenização, pelo princípio da actio nata, ocorre com a violação 
do direito. (AgRg no REsp 1060334/RS, rel. min. Humberto Martins, 
j. 24-03-2009, DJE 23-04-2009) 
Art. 2º Prescrevem igualmente no mesmo prazo todo o 
direito e as prestações correspondentes a pensões vencidas 
ou por vencerem, ao meio soldo e ao montepio civil e 
militar ou a quaisquer restituições ou diferenças. 
Art. 3º Quando o pagamento se dividir por dias, meses ou 
anos, a prescrição atingirá progressivamente as prestações 
à medida que completarem os prazos estabelecidos pelo 
presente decreto. 
 Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública 
figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio 
direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações 
vencidas antes do qüinqüênio anterior à propositura da ação. 
(Súmula 85, STJ) 
Art. 4º Não corre a prescrição durante a demora que, no 
estudo, ao reconhecimento ou no pagamento da dívida, 
considerada líquida, tiverem as repartições ou funcionários 
encarregados de estudar e apurá-la. 
Parágrafo único. A suspensão da prescrição, neste caso, 
verificar-se-á pela entrada do requerimento do titular do 
direito ou do credor nos livros ou protocolos das repartições 
públicas, com designação do dia, mês e ano. 
Art. 5º Não tem efeito de suspender a prescrição a demora 
do titular do direito ou do crédito ou do seu representante 
em prestar os esclarecimentos que lhe forem reclamados ou 
o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do 
processo administrativo durante os prazos respectivamente 
estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou 
reclamação. 
Art. 6º O direito à reclamação administrativa, que não tiver 
prazo fixado em disposição de lei para ser formulada, 
prescreve em um ano a contar da data do ato ou fato do qual 
a mesma se originar. 
Art. 7º A citação inicial não interrompe a prescrição quando, 
por qualquer motivo, o processo tenha sido anulado. 
Art. 8º A prescrição somente poderá ser interrompida uma 
vez. 
 Simples vistoria não interrompe a prescrição. (Súmula 154, STF) 
Art. 9º A prescrição interrompida recomeça a correr, pela 
metade do prazo, da data do ato que a interrompeu ou do 
último ato ou termo do respectivo processo. 
 A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por 
dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida 
aquém de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa 
durante a primeira metade do prazo. (Súmula 383, STF) 
 Prescrição qüinqüenal em favor da Fazenda Pública. Decreto 
20.910, de 1932, artigos 1º e 4º. A prescrição somente pode ser 
interrompida uma vez, recomeçando a correr pela metade do 
prazo, da data do ato que a interrompeu. D.L. 4.597, de 1942, 
artigo 3º. A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a 
correr, por dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não 
fica reduzida aquém de cinco anos, embora o titular do direito a 
interrompa durante a primeira metade do prazo. Súmula 383 STF. 
(ACO 493, rel. min. Carlos Velloso, j. 18-06-1998, DJ 21-08-1998) 
Art. 10. O disposto nos artigos anteriores não altera as 
prescrições de menor prazo, constantes das leis e 
regulamentos, as quais ficam subordinadas às mesmas 
regras. 
http://planalto.gov.br/CCivil_03/decreto/Antigos/D20910.htm
http://planalto.gov.br/CCivil_03/decreto/Antigos/D20910.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1937-1946/Del4597.htm
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/seq-sumula383/false
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=266110
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Art. 11. Revogam-se as disposições em contrário.-- 
Rio de Janeiro, 6 de janeiro de 1932, 111º da Independência 
e 44º da República. 
GETULIO VARGAS. 
Oswaldo Aranha. 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 8.1.1932 
DECRETO-LEI Nº 3.365, 
DE 21 DE JUNHO DE 
1941. 
* ATUALIZADO ATÉ 24/02/2021 
Dispõe sobre desapropriações por utilidade 
pública. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe 
confere o art. 180 da Constituição, decreta: 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1o A desapropriação por utilidade pública regular-se-á 
por esta lei, em todo o território nacional. 
Art. 2o Mediante declaração de utilidade pública, todos os 
bens poderão ser desapropriados pela União, pelos 
Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios. 
§ 1o A desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo só se 
tornará necessária, quando de sua utilização resultar 
prejuizo patrimonial do proprietário do solo. 
§ 2o Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito 
Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela 
União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer 
caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa. 
§ 3º É vedada a desapropriação, pelos Estados, Distrito 
Federal, Territórios e Municípios de ações, cotas e direitos 
representativos do capital de instituições e emprêsas cujo 
funcionamento dependa de autorização do Govêrno 
Federal e se subordine à sua fiscalização, salvo mediante 
prévia autorização, por decreto do Presidente da República. 
(Incluído pelo Decreto-lei nº 856, de 1969) 
 É necessária prévia autorização do Presidente da República para 
desapropriação, pelos estados, de empresa de energia elétrica. 
(Súmula 157, STF) 
Art. 3o Os concessionários de serviços públicos e os 
estabelecimentos de carater público ou que exerçam 
funções delegadas de poder público poderão promover 
desapropriações mediante autorização expressa, constante 
de lei ou contrato. 
Art. 4o A desapropriação poderá abranger a área contígua 
necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e 
as zonas que se valorizarem extraordinariamente, em 
consequência da realização do serviço. Em qualquer caso, a 
declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, 
mencionando-se quais as indispensaveis à continuação da 
obra e as que se destinam à revenda. 
Parágrafo único. Quando a desapropriação destinar-se à 
urbanização ou à reurbanização realizada mediante 
concessão ou parceria público-privada, o edital de licitação 
poderá prever que a receita decorrente da revenda ou 
utilização imobiliária integre projeto associado por conta e 
risco do concessionário, garantido ao poder concedente no 
mínimo o ressarcimento dos desembolsos com 
indenizações, quando estas ficarem sob sua 
responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) 
Art. 5o Consideram-se casos de utilidade pública: 
a) a segurança nacional; 
b) a defesa do Estado; 
c) o socorro público em caso de calamidade; 
d) a salubridade pública; 
e) a criação e melhoramento de centros de população, seu 
abastecimento regular de meios de subsistência; 
f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas 
minerais, das águas e da energia hidráulica; 
g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, 
casas de saude, clínicas, estações de clima e fontes 
medicinais; 
h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos; 
i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou 
logradouros públicos; a execução de planos de urbanização;o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua 
melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a 
construção ou ampliação de distritos industriais; (Redação 
dada pela Lei nº 9.785, de 1999) 
j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo; 
k) a preservação e conservação dos monumentos históricos 
e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou 
rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes e 
realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e, 
ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente 
dotados pela natureza; 
l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, 
documentos e outros bens moveis de valor histórico ou 
artístico; 
m) a construção de edifícios públicos, monumentos 
comemorativos e cemitérios; 
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n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso 
para aeronaves; 
o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza 
científica, artística ou literária; 
p) os demais casos previstos por leis especiais. 
§ 1º - A construção ou ampliação de distritos industriais, de 
que trata a alínea i do caput deste artigo, inclui o 
loteamento das áreas necessárias à instalação de indústrias 
e atividades correlatas, bem como a revenda ou locação dos 
respectivos lotes a empresas previamente qualificadas. 
(Incluído pela Lei nº 6.602, de 1978) 
§ 2º - A efetivação da desapropriação para fins de criação ou 
ampliação de distritos industriais depende de aprovação, 
prévia e expressa, pelo Poder Público competente, do 
respectivo projeto de implantação. (Incluído pela Lei nº 
6.602, de 1978) 
§ 3o Ao imóvel desapropriado para implantação de 
parcelamento popular, destinado às classes de menor 
renda, não se dará outra utilização nem haverá retrocessão. 
(Incluído pela Lei nº 9.785, de 1999) 
Art. 6o A declaração de utilidade pública far-se-á por 
decreto do Presidente da República, Governador, 
Interventor ou Prefeito. 
 "O ato declaratório da desapropriação, por utilidade ou 
necessidade pública, ou por interesse social, deve ser motivado de 
maneira explícita, clara e congruente, não sendo suficiente a mera 
referência à hipótese legal". (Enunciado 4, I Jornada de Direito 
Administrativo CJF/STJ) 
Art. 7o Declarada a utilidade pública, ficam as autoridades 
administrativas autorizadas a penetrar nos prédios 
compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso 
de oposição, ao auxílio de força policial. 
Àquele que for molestado por excesso ou abuso de poder, 
cabe indenização por perdas e danos, sem prejuizo da ação 
penal. 
Art. 8o O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da 
desapropriação, cumprindo, neste caso, ao Executivo, 
praticar os atos necessários à sua efetivação. 
Art. 9o Ao Poder Judiciário é vedado, no processo de 
desapropriação, decidir se se verificam ou não os casos de 
utilidade pública. 
 "Não constitui ofensa ao artigo 9º do Decreto-Lei n. 3.365/1941 o 
exame por parte do Poder Judiciário, no curso do processo de 
desapropriação, da regularidade do processo administrativo de 
desapropriação e da presença dos elementos de validade do ato de 
declaração de utilidade pública". (Enunciado 3, I Jornada de Direito 
Administrativo CJF/STJ) 
Art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se mediante 
acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, 
contados da data da expedição do respectivo decreto e 
findos os quais este caducará. (Vide Decreto-lei nº 9.282, de 
1946) 
Neste caso, somente decorrido um ano, poderá ser o 
mesmo bem objeto de nova declaração. 
Parágrafo único. Extingue-se em cinco anos o direito de 
propor ação que vise a indenização por restrições 
decorrentes de atos do Poder Público. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.183-56, de 2001) 
Art. 10-A. O poder público deverá notificar o proprietário e 
apresentar-lhe oferta de indenização. (Incluído pela Lei nº 
13.867, de 2019) 
 Na desapropriação, cabe a atualização monetária, ainda que por 
mais de uma vez, independente do decurso de prazo superior a um 
ano entre o cálculo e o efetivo pagamento da indenização. (Súmula 
67, STJ) 
 "A indenização referente à cobertura vegetal deve ser calculada em 
separado do valor da terra nua quando comprovada a exploração 
dos recursos vegetais de forma lícita e anterior ao processo 
expropriatório". (REsp 1287823/MT,Rel. Min. Ari Pargendler, Rel. 
p/ Acórdão Min. Sérgio Kukina, 1ª Turma, j. 04/08/2015,DJE 
28/08/2015) 
 "O valor da indenização por desapropriação deve ser 
contemporâneo à data da avaliação do perito judicial". (AgRg no 
REsp 1434078/RN, Rel. Ministra Regina Helena Costa, 1ª Turma, J. 
06/10/2015, DJE 13/10/2015) 
 "Na desapropriação é devida a indenização correspondente aos 
danos relativos ao fundo de comércio". (EDcl no AgRg no AREsp 
275586/SP, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, J. 18/04/2013, 
DJE 29/04/2013) 
 "O possuidor titular do imóvel desapropriado tem direito ao 
levantamento da indenização pela perda do seu direito 
possessório". (EDcl no AgRg no AREsp 361177/RJ, Rel. Min. 
Humberto Martins, 2ª Turma, J. 03/12/2013, DJE 10/12/2013) 
 "O promitente comprador tem legitimidade ativa para propor ação 
cujo objetivo é o recebimento de verba indenizatória decorrente 
de ação desapropriatória, ainda que a transferência de sua 
titularidade não tenha sido efetuada perante o registro geral de 
imóveis". (REsp 1204923/RJ, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª 
Turma, J. 20/03/2012, DJE 28/05/2012) 
§ 1º A notificação de que trata o caput deste artigo conterá: 
(Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
I - cópia do ato de declaração de utilidade pública; (Incluído 
pela Lei nº 13.867, de 2019) 
II - planta ou descrição dos bens e suas confrontações; 
(Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
III - valor da oferta; (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
IV - informação de que o prazo para aceitar ou rejeitar a 
oferta é de 15 (quinze) dias e de que o silêncio será 
considerado rejeição; (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
V - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
§ 2º Aceita a oferta e realizado o pagamento, será lavrado 
acordo, o qual será título hábil para a transcrição no registro 
de imóveis. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
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316 
§ 3º Rejeitada a oferta, ou transcorrido o prazo sem 
manifestação, o poder público procederá na forma dos arts. 
11 e seguintes deste Decreto-Lei. (Incluído pela Lei nº 
13.867, de 2019) 
Art. 10-B. Feita a opção pela mediação ou pela via arbitral, 
o particular indicará um dos órgãos ou instituições 
especializados em mediação ou arbitragem previamente 
cadastrados pelo órgão responsável pela desapropriação. 
(Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
§ 1º A mediação seguirá as normas da Lei nº 13.140, de 26 
de junho de 2015, e, subsidiariamente, os regulamentos do 
órgão ou instituição responsável. (Incluído pela Lei nº 
13.867, de 2019) 
§ 2º Poderá ser eleita câmara de mediação criada pelo 
poder público, nos termos do art. 32 da Lei nº 13.140, de 26 
de junho de 2015. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
§ 4º A arbitragem seguirá as normas da Lei nº 9.307, de 23 
de setembro de 1996, e, subsidiariamente, os regulamentos 
do órgão ou instituição responsável. (Incluído pela Lei nº 
13.867, de 2019) 
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) 
DO PROCESSO JUDICIAL 
 "A ação de desapropriação direta ou indireta, em regra, não 
pressupõe automática intervenção do Ministério Público, exceto 
quando envolver, frontal ou reflexamente, proteção ao meio 
ambiente, interesse urbanístico ou improbidade administrativa". 
(AgRg no AREsp 211911/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma,J. 11/03/2014, DJE 19/03/2014) 
Art. 11. A ação, quando a União for autora, será proposta no 
Distrito Federal ou no foro da Capital do Estado onde for 
domiciliado o réu, perante o juizo privativo, se houver; 
sendo outro o autor, no foro da situação dos bens. 
Art. 12. Somente os juizes que tiverem garantia de 
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de 
vencimentos poderão conhecer dos processos de 
desapropriação. 
Art. 13. A petição inicial, alem dos requisitos previstos no 
Código de Processo Civil, conterá a oferta do preço e será 
instruida com um exemplar do contrato, ou do jornal oficial 
que houver publicado o decreto de desapropriação, ou 
cópia autenticada dos mesmos, e a planta ou descrição dos 
bens e suas confrontações. 
Parágrafo único. Sendo o valor da causa igual ou inferior a 
dois contos de réis (2:000$0), dispensam-se os autos 
suplementares. 
Art. 14. Ao despachar a inicial, o juiz designará um perito de 
sua livre escolha, sempre que possivel, técnico, para 
proceder à avaliação dos bens. 
 "As regras dispostas nos arts. 19 e 33 do CPC, quanto à 
responsabilidade pelo adiantamento dos honorários periciais, se 
aplicam às demandas indenizatórias por desapropriação indireta, 
eis que regidas pelo procedimento comum". (AgRg no REsp 
1478715/AM,Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, J. 
18/11/2014,DJE 26/11/2014) 
Parágrafo único. O autor e o réu poderão indicar assistente 
técnico do perito. 
Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar 
quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código 
de Processo Civil, o juiz mandará imití-lo provisoriamente 
na posse dos bens; 
§ 1º A imissão provisória poderá ser feita, independente da 
citação do réu, mediante o depósito: (Incluído pela Lei nº 
2.786, de 1956) 
 Não contraria a Constituição o art. 15, § 1º, do Dl. 3.365/41 (Lei da 
Desapropriação por utilidade pública). (Súmula 652, STF) 
 No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios 
desde a antecipada imissão de posse, ordenada pelo juiz, por 
motivo de urgência. (Súmula 164, STF) 
 Desapropriadas as ações de uma sociedade, o poder 
desapropriante, imitido na posse, pode exercer, desde logo, todos 
os direitos inerentes aos respectivos títulos. (Súmula 476, STF) 
a) do preço oferecido, se êste fôr superior a 20 (vinte) vêzes 
o valor locativo, caso o imóvel esteja sujeito ao impôsto 
predial; (Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956) 
b) da quantia correspondente a 20 (vinte) vêzes o valor 
locativo, estando o imóvel sujeito ao impôsto predial e 
sendo menor o preço oferecido; (Incluída pela Lei nº 2.786, 
de 1956) 
c) do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento do 
impôsto territorial, urbano ou rural, caso o referido valor 
tenha sido atualizado no ano fiscal imediatamente anterior; 
(Incluída pela Lei nº 2.786, de 1956) 
d) não tendo havido a atualização a que se refere o inciso c, 
o juiz fixará independente de avaliação, a importância do 
depósito, tendo em vista a época em que houver sido fixado 
originàlmente o valor cadastral e a valorização ou 
desvalorização posterior do imóvel. (Incluída pela Lei nº 
2.786, de 1956) 
§ 2º A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, 
obrigará o expropriante a requerer a imissão provisória 
dentro do prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias. 
(Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956) 
§ 3º Excedido o prazo fixado no parágrafo anterior não será 
concedida a imissão provisória. (Incluído pela Lei nº 2.786, 
de 1956) 
§ 4o A imissão provisória na posse será registrada no 
registro de imóveis competente. (Incluído pela Lei nº 
11.977, de 2009) 
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316 
Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública e 
interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, 
havendo divergência entre o preço ofertado em juízo e o 
valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos 
reais, incidirão juros compensatórios de até seis por cento 
ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, 
a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros 
compostos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 
2001) 
 Em desapropriação, são cumuláveis juros compensatórios e 
moratórios. (Súmula 12, STJ) 
 Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos 
desde a antecipada imissão na posse e, na desapropriação indireta, 
a partir da efetiva ocupação do imóvel. (Súmula 69, STJ) 
 A incidência dos juros moratórios sobre os compensatórios, nas 
ações expropriatórias, não constitui anatocismo vedado em lei. 
(Súmula 102, STJ) 
 Os juros compensatórios, na desapropriação direta, incidem a 
partir da imissão na posse, calculados sobre o valor da indenização, 
corrigido monetariamente. (Súmula 113, STJ) 
 Os juros compensatórios, na desapropriação indireta, incidem a 
partir da ocupação, calculados sobre o valor da indenização, 
corrigido monetariamente. (Súmula 114, STJ) 
 "O Plenário julgou parcialmente procedente ação direta de 
inconstitucionalidade para: i) em relação ao “caput” do art. 15-A do 
Decreto-Lei 3.365/1941, por maioria, reconhecer a 
constitucionalidade do percentual de juros compensatórios de 6% 
(seis por cento) ao ano para remuneração do proprietário pela 
imissão provisória do ente público na posse de seu bem; i-a) 
declarar a inconstitucionalidade do vocábulo “até”; i-b) dar 
interpretação conforme a Constituição ao “caput” do dispositivo, 
de maneira a incidir juros compensatórios sobre a diferença entre 
80% (oitenta por cento) do preço ofertado em juízo pelo ente 
público e o valor do bem fixado na sentença; ii) por maioria, 
declarar a constitucionalidade dos §§ 1º e 2º do art. 15-A do 
Decreto-Lei 3.365/1941; iii) declarar a constitucionalidade do § 3º 
do art. 15-A do Decreto-Lei 3.365/1941; iv) por maioria, declarar a 
inconstitucionalidade do § 4º do art. 15-A do Decreto-Lei 
3.365/1941; v) declarar a constitucionalidade da estipulação de 
parâmetros mínimo e máximo para a concessão de honorários 
advocatícios e a inconstitucionalidade da expressão “não podendo 
os honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e cinquenta e um 
mil reais)” prevista no § 1º do art. 27 do Decreto-Lei 3.365/1941" 
(ADI 2332/DF, STF, Plenário, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 
17/5/2018). 
 "Se, em procedimento de desapropriação por interesse social, 
constatar-se que a área medida do bem é maior do que a 
escriturada no Registro de Imóveis, o expropriado receberá 
indenização correspondente à área registrada, ficando a diferença 
depositada em Juízo até que, posteriormente, se complemente o 
registro ou se defina a titularidade para o pagamento a quem de 
direito". (REsp 1307026/BA, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, 
J. 16/06/2015, DJE 17/11/2015) 
§ 1o Os juros compensatórios destinam-se, apenas, a 
compensar a perda de renda comprovadamente sofrida 
pelo proprietário. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-
56, de 2001) (Vide ADIN nº 2.332-2) 
 Na desapropriação para instituir servidão administrativa são 
devidos os juros compensatórios pela limitação de uso da 
propriedade. (Súmula 56, STJ) 
 "Os juros compensatórios incidem pela simples perda antecipada 
da posse, no caso de desapropriação, e pela limitação da 
propriedade, no caso de servidão administrativa nos termos da 
Súmula n. 56/STJ". (AREsp 927490/RS, Rel. Min. Mauro Campbell 
Marques, 2ª Turma, j. 19/06/2018, DJe 27/06/2018) 
 "Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos 
desde a antecipada imissão na posse e, na desapropriação indireta, 
a partir da efetiva ocupação do imóvel, calculados, nos dois casos, 
sobre o valor da indenização corrigido monetariamente". (REsp 
1272487/SE, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, J. 14/04/2015, 
DJE 20/04/2015) 
 "Na desapropriação, a base de cálculo dos juros compensatórios é 
a diferença entre os 80%do preço ofertado e o valor do bem 
definido judicialmente". (REsp 1397476/PE, Rel. Min. Herman 
Benjamin, 2ª Turma, J. 28/04/2015, DJE 01/07/2015) 
 "Nas hipóteses em que o valor da indenização fixada judicialmente 
for igual ou inferior ao valor ofertado inicialmente, a base de 
cálculo para os juros compensatórios e moratórios deve ser os 20% 
(vinte por cento) que ficaram indisponíveis para o expropriado". 
(AgRg no REsp 1480265/RN, Rel. Ministra Assusete Magalhães, 2ª 
Turma, J. 01/09/2015, DJE 15/09/2015) 
 "Nas ações de desapropriação não há cumulação de juros 
moratórios e juros compensatórios, eis que se trata de encargos 
que incidem em períodos diferentes: os juros compensatórios têm 
incidência até a data da expedição do precatório original, enquanto 
que os moratórios somente incidirão se o precatório expedido não 
for pago no prazo constitucional". (AgRg no REsp 1446098/SE, Rel. 
Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, J. 18/06/2014, DJE 18/08/2014) 
 "Não incide imposto de renda sobre as verbas decorrentes de 
desapropriação (indenização, juros moratórios e juros 
compensatórios), seja por necessidade ou utilidade pública, seja 
por interesse social, por não constituir ganho ou acréscimo 
patrimonial". (REsp 1410119/SC, Rel. Ministra Eliana Calmon, 2ª 
Turma, J. 12/11/2013, DJE 20/11/2013) 
 "A imissão provisória na posse do imóvel objeto de desapropriação, 
caracterizada pela urgência, prescinde de avaliação prévia ou de 
pagamento integral, exigindo apenas o depósito judicial nos termos 
do art. 15, § 1º, do Decreto-Lei n. 3.365/1941". (REsp 1234606/MG, 
Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, J. 26/04/2011, DJE 
04/05/2011) 
 "A eventual improdutividade do imóvel não afasta o direito aos 
juros compensatórios, pois eles restituem não só o que o 
expropriado deixou de ganhar com a perda antecipada, mas 
também a expectativa de renda, considerando a possibilidade de o 
imóvel ser aproveitado a qualquer momento de forma racional e 
adequada, ou até ser vendido com o recebimento do seu valor à 
vista". (AgRg no AREsp 593117/GO, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª 
Turma, J. 05/03/2015, DJE 31/03/2015) 
§ 2o Não serão devidos juros compensatórios quando o 
imóvel possuir graus de utilização da terra e de eficiência na 
exploração iguais a zero. (Incluído pela Medida Provisória nº 
2.183-56, de 2001) (Vide ADIN nº 2.332-2) 
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se também às 
ações ordinárias de indenização por apossamento 
administrativo ou desapropriação indireta, bem assim às 
ações que visem a indenização por restrições decorrentes de 
atos do Poder Público, em especial aqueles destinados à 
proteção ambiental, incidindo os juros sobre o valor fixado 
na sentença. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, 
de 2001) 
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316 
 "As restrições relativas à exploração da mata atlântica 
estabelecidas pelo Decreto n. 750/1993 constituem mera limitação 
administrativa, e não desapropriação indireta, sujeitando-se, 
portanto, à prescrição quinquenal". (REsp 1104517/SC, Rel. p/ 
Acórdão Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, j. 27/08/2013, DJe 
06/03/2014) 
§ 4o Nas ações referidas no § 3°, não será o Poder Público 
onerado por juros compensatórios relativos a período 
anterior à aquisição da propriedade ou posse titulada pelo 
autor da ação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, 
de 2001) (Vide ADIN nº 2.332-2) 
Art. 15-B Nas ações a que se refere o art. 15-A, os juros 
moratórios destinam-se a recompor a perda decorrente do 
atraso no efetivo pagamento da indenização fixada na 
decisão final de mérito, e somente serão devidos à razão de 
até seis por cento ao ano, a partir de 1o de janeiro do 
exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser 
feito, nos termos do art. 100 da Constituição. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) 
 "Nas desapropriações realizadas por concessionária de serviço 
público, não sujeita a regime de precatório, a regra contida no art. 
15-B do Decreto-Lei n. 3.365/41 é inaplicável, devendo os juros 
moratórios incidir a partir do trânsito em julgado da sentença". 
(AgRg nos EDcl no REsp 1350914/MS, Rel. Min. Napoleão Nunes 
Maia Filho, 1ª Turma, J. 22/04/2014, DJE 07/05/2014) 
 "O termo inicial dos juros moratórios em desapropriações é o dia 
1º de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento 
deveria ser feito". (REsp 1272487/SE, Rel. Min. Humberto Martins, 
2ª Turma, J. 14/04/2015, DJE 20/04/2015) 
Art. 16. A citação far-se-á por mandado na pessoa do 
proprietário dos bens; a do marido dispensa a dá mulher; a 
de um sócio, ou administrador, a dos demais, quando o bem 
pertencer a sociedade; a do administrador da coisa no caso 
de condomínio, exceto o de edificio de apartamento 
constituindo cada um propriedade autonôma, a dos demais 
condôminos e a do inventariante, e, se não houver, a do 
cônjuge, herdeiro, ou legatário, detentor da herança, a dos 
demais interessados, quando o bem pertencer a espólio. 
Parágrafo único. Quando não encontrar o citando, mas 
ciente de que se encontra no território da jurisdição do juiz, 
o oficial portador do mandado marcará desde logo hora 
certa para a citação, ao fim de 48 horas, 
independentemente de nova diligência ou despacho. 
 ""Em se tratando de desapropriação, prevalece a disposição 
específica do art. 16 do DL 3.365/1941, no sentido de que "a citação 
far-se-á por mandado na pessoa do proprietário dos bens; a do 
marido dispensa a da mulher". Conforme dispõe o art. 42 do DL 
3.365/1941, o Código de Processo Civil somente incidirá no que for 
omissa a Lei das Desapropriações. Portanto, havendo previsão 
expressa quanto à matéria, não se aplica a norma geral". (REsp 
1404085/CE, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, j. 05/08/2014, 
DJe 18/08/2014) 
Art. 17. Quando a ação não for proposta no foro do 
domicilio ou da residência do réu, a citação far-se-á por 
precatória, se ó mesmo estiver em lugar certo, fora do 
território da jurisdição do juiz. 
Art. 18. A citação far-se-á por edital se o citando não for 
conhecido, ou estiver em lugar ignorado, incerto ou 
inacessível, ou, ainda, no estrangeiro, o que dois oficiais do 
juizo certificarão. 
Art. 19. Feita a citação, a causa seguirá com o rito ordinário. 
Art. 20. A contestação só poderá versar sobre vício do 
processo judicial ou impugnação do preço; qualquer outra 
questão deverá ser decidida por ação direta. 
Art. 21. A instância não se interrompe. No caso de 
falecimento do réu, ou perda de sua capacidade civil, o juiz, 
logo que disso tenha conhecimento, nomeará curador à lide, 
ate que se lhe habilite o interessado. 
Parágrafo único. Os atos praticados da data do falecimento 
ou perda da capacidade à investidura do curador à lide 
poderão ser ratificados ou impugnados por ele, ou pelo 
representante do espólio, ou do incapaz. 
Art. 22. Havendo concordância sobre o preço, o juiz o 
homologará por sentença no despacho saneador. 
Art. 23. Findo o prazo para a contestação e não havendo 
concordância expressa quanto ao preço, o perito 
apresentará o laudo em cartório até cinco dias, pelo menos, 
antes da audiência de instrução e julgamento. 
 "Em se tratando de desapropriação, a prova pericial para a fixação 
do justo preço somente é dispensável quando há expressa 
concordância do expropriado com o valor da oferta inicial". (AgRg 
no AREsp 203423/SE, Rel. Ministra Eliana Calmon, 2ª Turma, J. 
19/09/2013, DJE 26/09/2013) 
 "Em ação de desapropriação, é possível ao juiz determinar a 
realização de perícia avaliatória, ainda que os réus tenham 
concordado com o valor oferecido pelo Estado". (AgRg no AREsp 
459637/RJ, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, J. 08/04/2014, 
DJE 14/04/2014) 
§ 1o O perito poderá requisitar das autoridades públicas os 
esclarecimentos ou documentos que se tornarem 
necessários à elaboração do laudo, e deverá indicar nele,entre outras circunstâncias atendiveis para a fixação da 
indenização, as enumeradas no art. 27. 
Ser-lhe-ão abonadas, como custas, as despesas com 
certidões e, a arbítrio do juiz, as de outros documentos que 
juntar ao laudo. 
§ 2o Antes de proferido o despacho saneador, poderá o 
perito solicitar prazo especial para apresentação do laudo. 
Art. 24. Na audiência de instrução e julgamento proceder-se-
á na conformidade do Código de Processo Civil. Encerrado o 
debate, o juiz proferirá sentença fixando o preço da 
indenização. 
Parágrafo único. Se não se julgar habilitado a decidir, o juiz 
designará desde logo outra audiência que se realizará dentro 
de 10 dias afim de publicar a sentença. 
Art. 25. O principal e os acessórios serão computados em 
parcelas autônomas. 
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316 
Parágrafo único. O juiz poderá arbitrar quantia módica para 
desmonte e transporte de maquinismos instalados e em 
funcionamento. 
Art. 26. No valor da indenização, que será contemporâneo 
da avaliação, não se incluirão os direitos de terceiros contra 
o expropriado. (Redação dada pela Lei nº 2.786, de 1956) 
§ 1º Serão atendidas as benfeitorias necessárias feitas após 
a desapropriação; as úteis, quando feitas com autorização 
do expropriante. (Renumerado do Parágrafo Único pela Lei 
nº 4.686, de 1965) 
§ 2º Decorrido prazo superior a um ano a partir da 
avaliação, o Juiz ou Tribunal, antes da decisão final, 
determinará a correção monetária do valor apurado, 
conforme índice que será fixado, trimestralmente, pela 
Secretaria de Planejamento da Presidência da 
República. (Redação dada pela Lei nº 6.306, de 1978) 
Art. 27. O juiz indicará na sentença os fatos que motivaram o 
seu convencimento e deverá atender, especialmente, à 
estimação dos bens para efeitos fiscais; ao preço de 
aquisição e interesse que deles aufere o proprietário; à sua 
situação, estado de conservação e segurança; ao valor venal 
dos da mesma espécie, nos últimos cinco anos, e à 
valorização ou depreciação de área remanescente, 
pertencente ao réu. 
§ 1o A sentença que fixar o valor da indenização quando este 
for superior ao preço oferecido condenará o 
desapropriante a pagar honorários do advogado, que serão 
fixados entre meio e cinco por cento do valor da diferença, 
observado o disposto no § 4o do art. 20 do Código de 
Processo Civil, não podendo os honorários ultrapassar R$ 
151.000,00 (cento e cinqüenta e um mil reais). (Redação 
dada Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) (Vide ADIN nº 
2.332-2) 
 Nas ações de desapropriação incluem-se no cálculo da verba 
advocatícia as parcelas relativas aos juros compensatórios e 
moratórios, devidamente corrigidas. (Súmula 131, STJ) 
 Os honorários de advogado em desapropriação direta são 
calculados sobre a diferença entre a indenização e a oferta, 
corrigidas monetariamente. (Súmula 141, STJ) 
 Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, 
não o impede a declaração de utilidade pública para 
desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na 
indenização, quando a desapropriação for efetivada. (Súmula 23, 
STF) 
 Na indenização por desapropriação incluem-se honorários do 
advogado do expropriado. (Súmula 378, STF) 
 Pela demora no pagamento do preço da desapropriação não cabe 
indenização complementar além dos juros. (Súmula 416, STF) 
 Em desapropriação, é devida a correção monetária até a data do 
efetivo pagamento da indenização, devendo proceder-se à 
atualização do cálculo, ainda que por mais de uma vez. (Súmula 
561, STF) 
 A base de cálculo dos honorários de advogado em desapropriação 
é a diferença entre a oferta e a indenização, corrigidas ambas 
monetariamente. (Súmula 617, STF) 
 "O valor dos honorários advocatícios em sede de desapropriação 
deve respeitar os limites impostos pelo artigo 27, § 1º, do Decreto-
lei 3.365/41 - qual seja: entre 0,5% e 5% da diferença entre o valor 
proposto inicialmente pelo imóvel e a indenização imposta 
judicialmente". (AgRg no REsp 1411984/CE, Rel. Ministra Regina 
Helena Costa, 1ª Turma, J. 27/10/2015, DJE 09/11/2015) 
 "O pedido de desistência na ação expropriatória afasta a limitação 
dos honorários estabelecida no art. 27, § 1º, do Decreto nº 
3.365/41". (AgRg no REsp 1327803/PE, Rel. Min. Sérgio Kukina, 1ª 
Turma, J. 16/12/2014, DJE 19/12/2014) 
 "São aplicáveis às desapropriações indiretas os limites percentuais 
de honorários advocatícios constantes do art. 27, § 1º, do Decreto-
Lei n. 3.365/1941" (REsp 1416135/SP,Rel. Min. Humberto Martins, 
2ª Turma, J. 11/02/2014,DJE 21/02/2014) 
§ 2º A transmissão da propriedade, decorrente de 
desapropriação amigável ou judicial, não ficará sujeita ao 
impôsto de lucro imobiliário. (Incluído pela Lei nº 2.786, de 
1956) 
§ 3º O disposto no § 1º deste artigo se aplica: (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) 
I - ao procedimento contraditório especial, de rito sumário, 
para o processo de desapropriação de imóvel rural, por 
interesse social, para fins de reforma agrária; (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) 
II - às ações de indenização por apossamento 
administrativo ou desapropriação indireta. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001) 
 "A ação de desapropriação indireta prescreve em 20 anos, nos 
termos da Súmula 119 do STJ e na vigência do Código Civil de 1916, 
e em 10 anos sob a égide do Código Civil de 2002, observando-se a 
regra de transição disposta no art. 2.028 do CC/2002". (AgRg no 
AREsp 424803/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, J. 
25/08/2015, DJE 10/09/2015) 
 "O prazo prescricional aplicável à desapropriação indireta, na 
hipótese em que o Poder Público tenha realizado obras no local ou 
atribuído natureza de utilidade pública ou de interesse social ao 
imóvel, é de 10 anos, conforme parágrafo único do art. 1.238 do 
CC". (REsp 1757352/SC, Rel. Min. Herman Benjamin, 1ª Seção, j. 
12/02/2020, DJe 07/05/2020) 
§ 4º O valor a que se refere o § 1o será atualizado, a partir de 
maio de 2000, no dia 1o de janeiro de cada ano, com base na 
variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor 
Amplo - IPCA do respectivo período. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.183-56, de 2001) 
Art. 28. Da sentença que fixar o preço da indenização caberá 
apelação com efeito simplesmente devolutivo, quando 
interposta pelo expropriado, e com ambos os efeitos, 
quando o for pelo expropriante. 
§ 1 º A sentença que condenar a Fazenda Pública em 
quantia superior ao dobro da oferecida fica sujeita ao duplo 
grau de jurisdição. (Redação dada pela Lei nº 6.071, de 1974) 
§ 2o Nas causas de valor igual ou inferior a dois contos de réis 
(2:000$0), observar-se-á o disposto no art. 839 do Código de 
Processo Civil. 
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Art. 29. Efetuado o pagamento ou a consignação, expedir-
se-á, em favor do expropriante, mandado de imissão de 
posse, valendo a sentença como título habil para a 
transcrição no registro de imoveis. 
Art. 30. As custas serão pagas pelo autor se o réu aceitar o 
preço oferecido; em caso contrário, pelo vencido, ou em 
proporção, na forma da lei. 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 31. Ficam subrogados no preço quaisquer onus ou 
direitos que recaiam sobre o bem expropriado. 
 "Compete exclusivamente à União promover a desapropriação 
rural por interesse social, para fins de reforma agrária (arts. 184 da 
CF/88 e 2º, § 1º, da Lei 8.629/93), resultando daí sua legitimidade 
para figurar no polo passivo de ação almejando a recomposição de 
prejuízos suportados por arrendatário de imóvel rural objeto de 
desapropriação. Tratando-se de direito pessoal ou obrigacional, 
tem-se por inaplicável o art. 31 do Decreto-Lei 3.365/41, pois a sub-
rogação no preçose dá apenas quanto aos direitos reais 
constituídos sobre o bem expropriado". (REsp 1130124/PR, Rel. 
Ministra Eliana Calmon, 2ª Turma, j. 04/04/2013, DJe 10/04/2013) 
Art. 32. O pagamento do preço será prévio e em dinheiro. 
(Redação dada pela Lei nº 2.786, de 1956) 
§ 1o As dívidas fiscais serão deduzidas dos valores 
depositados, quando inscritas e ajuizadas. (Incluído pela Lei 
nº 11.977, de 2009) 
§ 2o Incluem-se na disposição prevista no § 1º as multas 
decorrentes de inadimplemento e de obrigações fiscais. 
(Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009) 
§ 3o A discussão acerca dos valores inscritos ou executados 
será realizada em ação própria. (Incluído pela Lei nº 11.977, 
de 2009) 
Art. 33. O depósito do preço fixado por sentença, à 
disposição do juiz da causa, é considerado pagamento prévio 
da indenização. 
§ 1º O depósito far-se-á no Banco do Brasil ou, onde este não 
tiver agência, em estabelecimento bancário acreditado, a 
critério do juiz. (Renumerado do Parágrafo Único pela Lei nº 
2.786, de 1956) 
§ 2º O desapropriado, ainda que discorde do preço 
oferecido, do arbitrado ou do fixado pela sentença, poderá 
levantar até 80% (oitenta por cento) do depósito feito para 
o fim previsto neste e no art. 15, observado o processo 
estabelecido no art. 34. (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956) 
Art. 34. O levantamento do preço será deferido mediante 
prova de propriedade, de quitação de dívidas fiscais que 
recaiam sobre o bem expropriado, e publicação de editais, 
com o prazo de 10 dias, para conhecimento de terceiros. 
 "Havendo divergência entre a área registrada e a medida, o 
expropriado somente poderá levantar o valor da indenização 
correspondente à registrada. O depósito indenizatório relativo ao 
espaço remanescente ficará retido em juízo até que o expropriado 
promova a retificação do registro ou seja decidida, em ação 
própria, a titularidade do domínio (art. 34 do DL 3.365/1941)". 
(REsp 1286886/MT, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª Turma, j. 
06/05/2014, DJe 22/05/2014) 
Parágrafo único. Se o juiz verificar que há dúvida fundada 
sobre o domínio, o preço ficará em depósito, ressalvada aos 
interessados a ação própria para disputá-lo. 
Art. 34-A. Se houver concordância, reduzida a termo, do 
expropriado, a decisão concessiva da imissão provisória na 
posse implicará a aquisição da propriedade pelo 
expropriante com o consequente registro da propriedade na 
matrícula do imóvel. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 "A imissão provisória na posse não deve ser condicionada ao 
depósito prévio do valor relativo ao fundo de comércio 
eventualmente devido". (REsp 1337295/SP, Rel. Min. Herman 
Benjamin, 2ª Turma, J. 20/02/2014, DJE 07/03/2014) 
§ 1o A concordância escrita do expropriado não implica 
renúncia ao seu direito de questionar o preço ofertado em 
juízo. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 "A revelia do desapropriado não implica aceitação tácita da 
oferta, não autorizando a dispensa da avaliação, conforme 
Súmula n. 118 do extinto Tribunal Federal de Recursos". (REsp 
1466747/PE, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, J. 24/02/2015, 
DJE 03/03/2015) 
§ 2o Na hipótese deste artigo, o expropriado poderá 
levantar 100% (cem por cento) do depósito de que trata o 
art. 33 deste Decreto-Lei. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 
2017) 
§ 3o Do valor a ser levantado pelo expropriado devem ser 
deduzidos os valores dispostos nos §§ 1º e 2º do art. 32 
deste Decreto-Lei, bem como, a critério do juiz, aqueles tidos 
como necessários para o custeio das despesas processuais. 
(Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017) 
Art. 35. Os bens expropriados, uma vez incorporados à 
Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, 
ainda que fundada em nulidade do processo de 
desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, 
resolver-se-á em perdas e danos. 
Art. 36. É permitida a ocupação temporária, que será 
indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não 
edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização. 
O expropriante prestará caução, quando exigida. 
Art. 37. Aquele cujo bem for prejudicado 
extraordinariamente em sua destinação econômica pela 
desapropriação de áreas contíguas terá direito a reclamar 
perdas e danos do expropriante. 
Art. 38. O réu responderá perante terceiros, e por ação 
própria, pela omissão ou sonegação de quaisquer 
informações que possam interessar à marcha do processo ou 
ao recebimento da indenização. 
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Art. 39. A ação de desapropriação pode ser proposta 
durante as férias forenses, e não se interrompe pela 
superveniência destas. 
Art. 40. O expropriante poderá constituir servidões, 
mediante indenização na forma desta lei. (Vide Decreto nº 
35.851, de 1954) 
Art. 41. As disposições desta lei aplicam-se aos processos de 
desapropriação em curso, não se permitindo depois de sua 
vigência outros termos e atos além dos por ela admitidos, 
nem o seu processamento por forma diversa da que por ela 
é regulada. 
Art. 42. No que esta lei for omissa aplica-se o Código de 
Processo Civil. 
Art. 43. Esta lei entrará em vigor 10 dias depois de publicada, 
no Distrito Federal, e 30 dias no Estados e Território do Acre, 
revogadas as disposições em contrário. 
Rio de Janeiro, em 21 junho de 1941, 120o da Independência 
e 53o da República. 
GETULIO VARGAS 
Francisco Campos. 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.7.1941 
LEI Nº 1.079, DE 10 DE 
ABRIL DE 1950. 
* ATUALIZADO ATÉ 26/02/2021 
Define os crimes de responsabilidade e 
regula o respectivo processo de julgamento. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso 
Nacional decreta eu sanciono a seguinte Lei: 
PARTE PRIMEIRA 
DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E 
MINISTROS DE ESTADO 
Art. 1º São crimes de responsabilidade os que esta lei 
especifica. 
 A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento 
das respectivas normas de processo e julgamento são de 
competência legislativa privativa da União. (Súmula Vinculante 
11) 
 São da competência legislativa da União a definição dos crimes de 
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de 
processo e julgamento. (Súmula 722, STF) 
 A definição das condutas típicas configuradoras do crime de 
responsabilidade e o estabelecimento de regras que disciplinem 
o processo e julgamento dos agentes políticos federais, estaduais 
ou municipais envolvidos são da competência legislativa privativa 
da União e devem ser tratados em lei nacional especial (art. 85 da 
Constituição da República). (ADI 2.220, rel. min. Cármen Lúcia, P, j. 
16-11-2011, DJE 232 de 7-12-2011) 
 As tipificações da Lei 8.429/92 não se enquadram como crime de 
responsabilidade definido na Lei 1.079, de 1950. (AC 3.585 - 
MC/RS, rel. min. Celso de Mello, j. 02-06-2014, DJE 05-06-2014, 
Informativo 761) 
 O processo e julgamento de prefeito municipal por crime de 
responsabilidade (Decreto-lei 201/67) não impede sua 
responsabilização por atos de improbidade administrativa 
previstos na Lei 8.429/1992, em virtude da autonomia das 
instâncias. (ARE 683235, Repercussão Geral, rel. min. Gilmar 
Mendes, j. 30-08-2012, DJE 124 de 27-06-2013) 
Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando 
simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do 
cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de 
qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos 
processos contra o Presidente da República ou Ministros de 
Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou 
contra o Procurador Geral da República. 
 A CB/88 elevou o prazo de inabilitação de 5 (cinco) para 8 (oito) 
anos em relação às autoridades apontadas. Artigo 2º da Lei n. 
1.079 revogado, no que contraria a Constituição do Brasil. (ADI 
1628, rel. min. Erros Grau, j. 10-08-2006, DJ 24-11-2006) 
Art. 3º A imposição da pena referida no artigo anterior não 
excluio processo e julgamento do acusado por crime 
comum, na justiça ordinária, nos termos das leis de processo 
penal. 
Art. 4º São crimes de responsabilidade os atos do 
Presidente da República que atentarem contra a 
Constituição Federal, e, especialmente, contra: 
I - A existência da União: 
II - O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário 
e dos poderes constitucionais dos Estados; 
III - O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - A segurança interna do país; 
V - A probidade na administração; 
VI - A lei orçamentária; 
VII - A guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos; 
VIII - O cumprimento das decisões judiciárias. 
 Caso o Presidente da República seja "acusado" de ter praticado um 
crime de responsabilidade, a Câmara dos Deputados é que irá 
decidir se autoriza ou não a instauração de processo, nos termos 
do art. 51, I, da CF/88. O art. 187, § 4º do Regimento da Câmara 
dos Deputados prevê que, na votação que autoriza ou não a 
instauração de processo, cada Deputado Federal será chamado 
nominalmente e deverá responder "sim" ou "não". Ainda 
segundo este § 4º, a chamada dos Deputados Federais para votar 
deverá ocorrer, "alternadamente, do norte para o sul e vice-
versa". Segundo decidiu o STF, não existe nenhuma 
inconstitucionalidade nesta previsão, não havendo ofensa aos 
princípios do contraditório, da ampla defesa, da impessoalidade, 
da moralidade e da República. Qualquer tipo de votação nominal, 
independentemente do critério adotado, jamais poderá afastar a 
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possibilidade de "efeito cascata". (ADI 5498, rel. min. Teori 
Zavascki, j. 14-4-2016, Informativo 821). 
 Os agentes políticos, com exceção do Presidente da República, 
encontram-se sujeitos a duplo regime sancionatório, de modo 
que se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de 
improbidade administrativa quanto à responsabilização político-
administrativa por crimes de responsabilidade. (Pet 3240 AgR/DF, 
rel. Min. Teori Zavascki, j. 10-05-2018, Informativo 901). 
TÍTULO I 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A EXISTÊNCIA DA UNIÃO 
Art. 5º São crimes de responsabilidade contra a existência 
política da União: 
1 - entreter, direta ou indiretamente, inteligência com 
governo estrangeiro, provocando-o a fazer guerra ou 
cometer hostilidade contra a República, prometer-lhe 
assistência ou favor, ou dar-lhe qualquer auxílio nos 
preparativos ou planos de guerra contra a República; 
2 - tentar, diretamente e por fatos, submeter a União ou 
algum dos Estados ou Territórios a domínio estrangeiro, ou 
dela separar qualquer Estado ou porção do território 
nacional; 
3 - cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, 
expondo a República ao perigo da guerra, ou 
comprometendo-lhe a neutralidade; 
4 - revelar negócios políticos ou militares, que devam ser 
mantidos secretos a bem da defesa da segurança externa ou 
dos interesses da Nação; 
5 - auxiliar, por qualquer modo, nação inimiga a fazer a 
guerra ou a cometer hostilidade contra a República; 
6 - celebrar tratados, convenções ou ajustes que 
comprometam a dignidade da Nação; 
7 - violar a imunidade dos embaixadores ou ministros 
estrangeiros acreditados no país; 
8 - declarar a guerra, salvo os casos de invasão ou agressão 
estrangeira, ou fazer a paz, sem autorização do Congresso 
Nacional. 
9 - não empregar contra o inimigo os meios de defesa de 
que poderia dispor; 
10 - permitir o Presidente da República, durante as sessões 
legislativas e sem autorização do Congresso Nacional, que 
forças estrangeiras transitem pelo território do país, ou, por 
motivo de guerra, nele permaneçam temporariamente; 
11 - violar tratados legitimamente feitos com nações 
estrangeiras. 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA O LIVRE EXERCÍCIO DOS 
PODERES CONSTITUCIONAIS 
Art. 6º São crimes de responsabilidade contra o livre 
exercício dos poderes legislativo e judiciário e dos poderes 
constitucionais dos Estados: 
1 - tentar dissolver o Congresso Nacional, impedir a reunião 
ou tentar impedir por qualquer modo o funcionamento de 
qualquer de suas Câmaras; 
2 - usar de violência ou ameaça contra algum representante 
da Nação para afastá-lo da Câmara a que pertença ou para 
coagi-lo no modo de exercer o seu mandato bem como 
conseguir ou tentar conseguir o mesmo objetivo mediante 
suborno ou outras formas de corrupção; 
3 - violar as imunidades asseguradas aos membros do 
Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas dos 
Estados, da Câmara dos Vereadores do Distrito Federal e das 
Câmaras Municipais; 
4 - permitir que força estrangeira transite pelo território do 
país ou nele permaneça quando a isso se oponha o 
Congresso Nacional; 
5 - opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do 
Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito 
dos seus atos, mandados ou sentenças; 
6 - usar de violência ou ameaça, para constranger juiz, ou 
jurado, a proferir ou deixar de proferir despacho, sentença 
ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício; 
7 - praticar contra os poderes estaduais ou municipais ato 
definido como crime neste artigo; 
8 - intervir em negócios peculiares aos Estados ou aos 
Municípios com desobediência às normas constitucionais. 
CAPÍTULO III 
DOS CRIMES CONTRA O EXERCÍCIO DOS 
DIREITOS POLÍTICOS, INDIVIDUAIS E SOCIAIS 
Art. 7º São crimes de responsabilidade contra o livre 
exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: 
1- impedir por violência, ameaça ou corrupção, o livre 
exercício do voto; 
2 - obstar ao livre exercício das funções dos mesários 
eleitorais; 
3 - violar o escrutínio de seção eleitoral ou inquinar de 
nulidade o seu resultado pela subtração, desvio ou 
inutilização do respectivo material; 
4 - utilizar o poder federal para impedir a livre execução da 
lei eleitoral; 
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5 - servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata 
para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas 
autoridades o pratiquem sem repressão sua; 
6 - subverter ou tentar subverter por meios violentos a 
ordem política e social; 
7 - incitar militares à desobediência à lei ou infração à 
disciplina; 
8 - provocar animosidade entre as classes armadas ou 
contra elas, ou delas contra as instituições civis; 
9 - violar patentemente qualquer direito ou garantia 
individual constante do art. 141 e bem assim os direitos 
sociais assegurados no artigo 157 da Constituição; 
10 - tomar ou autorizar durante o estado de sítio, medidas 
de repressão que excedam os limites estabelecidos na 
Constituição. 
CAPÍTULO IV 
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA INTERNA 
DO PAÍS 
Art. 8º São crimes contra a segurança interna do país: 
1 - tentar mudar por violência a forma de governo da 
República; 
2 - tentar mudar por violência a Constituição Federal ou de 
algum dos Estados, ou lei da União, de Estado ou Município; 
3 - decretar o estado de sítio, estando reunido o Congresso 
Nacional, ou no recesso deste, não havendo comoção 
interna grave nem fatos que evidenciem estar a mesma a 
irromper ou não ocorrendo guerra externa; 
4 - praticar ou concorrer para que se perpetre qualquer dos 
crimes contra a segurança interna, definidos na legislação 
penal; 
5 - não dar as providências de sua competência para impedir 
ou frustrar a execução desses crimes; 
6 - ausentar-se do país sem autorização do Congresso 
Nacional; 
7 - permitir, de forma expressa ou tácita, a infração de lei 
federal de ordem pública; 
8 - deixar de tomar, nos prazos fixados, as providências 
determinadas por lei ou tratado federal e necessário a sua 
execução e cumprimento. 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A PROBIDADE NA 
ADMINISTRAÇÃO 
Art. 9ºSão crimes de responsabilidade contra a probidade 
na administração: 
1 - omitir ou retardar dolosamente a publicação das leis e 
resoluções do Poder Legislativo ou dos atos do Poder 
Executivo; 
2 - não prestar ao Congresso Nacional dentro de sessenta 
dias após a abertura da sessão legislativa, as contas 
relativas ao exercício anterior; 
3 - não tornar efetiva a responsabilidade dos seus 
subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou 
na prática de atos contrários à Constituição; 
4 - expedir ordens ou fazer requisição de forma contrária às 
disposições expressas da Constituição; 
5 - infringir no provimento dos cargos públicos, as normas 
legais; 
6 - Usar de violência ou ameaça contra funcionário público 
para coagi-lo a proceder ilegalmente, bem como utilizar-se 
de suborno ou de qualquer outra forma de corrupção para o 
mesmo fim; 
7 - proceder de modo incompatível com a dignidade, a 
honra e o decoro do cargo. 
CAPÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A LEI ORÇAMENTÁRIA 
Art. 10. São crimes de responsabilidade contra a lei 
orçamentária: 
1- Não apresentar ao Congresso Nacional a proposta do 
orçamento da República dentro dos primeiros dois meses de 
cada sessão legislativa; 
2 - Exceder ou transportar, sem autorização legal, as verbas 
do orçamento; 
3 - Realizar o estorno de verbas; 
4 - Infringir, patentemente, e de qualquer modo, dispositivo 
da lei orçamentária. 
5) deixar de ordenar a redução do montante da dívida 
consolidada, nos prazos estabelecidos em lei, quando o 
montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do 
limite máximo fixado pelo Senado Federal; (Incluído pela Lei 
nº 10.028, de 2000) 
6) ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo 
com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem 
fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional 
ou com inobservância de prescrição legal; (Incluído pela 
Lei nº 10.028, de 2000) 
7) deixar de promover ou de ordenar na forma da lei, o 
cancelamento, a amortização ou a constituição de reserva 
para anular os efeitos de operação de crédito realizada com 
inobservância de limite, condição ou montante estabelecido 
em lei; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
8) deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral 
de operação de crédito por antecipação de receita 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#art141
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10028.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10028.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10028.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10028.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10028.htm#art3
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orçamentária, inclusive os respectivos juros e demais 
encargos, até o encerramento do exercício financeiro; 
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
9) ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a 
realização de operação de crédito com qualquer um dos 
demais entes da Federação, inclusive suas entidades da 
administração indireta, ainda que na forma de novação, 
refinanciamento ou postergação de dívida contraída 
anteriormente; ((Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
10) captar recursos a título de antecipação de receita de 
tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha 
ocorrido; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
11) ordenar ou autorizar a destinação de recursos 
provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa 
da prevista na lei que a autorizou; (Incluído pela Lei nº 
10.028, de 2000) 
12) realizar ou receber transferência voluntária em 
desacordo com limite ou condição estabelecida em lei. 
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
CAPÍTULO VII 
DOS CRIMES CONTRA A GUARDA E LEGAL 
EMPREGO DOS DINHEIROS PÚBLICOS: 
Art. 11. São crimes contra a guarda e legal emprego dos 
dinheiros públicos: 
1 - ordenar despesas não autorizadas por lei ou sem 
observância das prescrições legais relativas às mesmas; 
2 - Abrir crédito sem fundamento em lei ou sem as 
formalidades legais; 
3 - Contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, 
ou efetuar operação de crédito sem autorização legal; 
4 - alienar imóveis nacionais ou empenhar rendas públicas 
sem autorização legal; 
5 - negligenciar a arrecadação das rendas impostos e taxas, 
bem como a conservação do patrimônio nacional. 
CAPÍTULO VIII 
DOS CRIMES CONTRA O CUMPRIMENTO DAS 
DECISÕES JUDICIÁRIAS; 
Art. 12. São crimes contra o cumprimento das decisões 
judiciárias: 
1 - impedir, por qualquer meio, o efeito dos atos, mandados 
ou decisões do Poder Judiciário; 
2 - Recusar o cumprimento das decisões do Poder Judiciário 
no que depender do exercício das funções do Poder 
Executivo; 
3 - deixar de atender a requisição de intervenção federal do 
Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal Superior Eleitoral; 
4 - Impedir ou frustrar pagamento determinado por 
sentença judiciária. 
TÍTULO II 
DOS MINISTROS DE ESTADO 
Art. 13. São crimes de responsabilidade dos Ministros de 
Estado; 
1 - os atos definidos nesta lei, quando por eles praticados ou 
ordenados; 
2 - os atos previstos nesta lei que os Ministros assinarem 
com o Presidente da República ou por ordem deste 
praticarem; 
3 - A falta de comparecimento sem justificação, perante a 
Câmara dos Deputados ou o Senado Federal, ou qualquer 
das suas comissões, quando uma ou outra casa do Congresso 
os convocar para pessoalmente, prestarem informações 
acerca de assunto previamente determinado; 
4 - Não prestarem dentro em trinta dias e sem motivo justo, 
a qualquer das Câmaras do Congresso Nacional, as 
informações que ela lhes solicitar por escrito, ou prestarem-
nas com falsidade. 
 É inconstitucional a norma de Constituição do Estado que, como 
pena cominada, caracterize como crimes de responsabilidade a 
ausência injustificada de secretário de Estado a convocação da 
assembleia legislativa, bem como o não atendimento, pelo 
governador, secretário de Estado ou titular de entidade da 
administração pública indireta, a pedido de informações da 
mesma assembleia. (ADI 3.279, rel. min. Cezar Peluso, j. 16-11-
2011, P, DJE de 15-2-2012) 
 
PARTE SEGUNDA 
PROCESSO E JULGAMENTO 
TÍTULO ÚNICO 
DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E 
MINISTROS DE ESTADO 
 O impeachment e o due process of law: a aplicabilidade deste no 
processo de impeachment, observadas as disposições específicas 
inscritas na Constituição e na lei e a natureza do processo, ou o 
cunho político do juízo. Lei 1.079, de 1950, recepcionada, em 
grande parte, pela CF/1988 (MS 21.564/DF, rel. min. Carlos 
Velloso, j. 17-12-1992, P, DJ de 28-5-1993) 
CAPÍTULO I 
DA DENÚNCIA 
Art. 14. É permitido a qualquer cidadão denunciar o 
Presidente da República ou Ministro de Estado, por crime 
de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados. 
 O impeachment e o due process of law: a aplicabilidade deste no 
processo de impeachment, observadas as disposições específicas 
inscritas na Constituição e na lei e a natureza do processo, ou o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10028.htm#art3
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cunho político do juízo. Lei 1.079, de 1950, recepcionada, em 
grande parte, pela CF/1988 (MS 21.564/DF, rel. min. Carlos 
Velloso, j. 17-12-1992, P, DJ de 28-5-1993) 
 Oferecimento de denúncia por qualquer cidadão imputando crime 
de responsabilidadeao presidente da República Impossibilidade 
de interposição de recurso contra decisão que negou seguimento 
à denúncia. Ausência de previsão legal (Lei 1.079/1950). A 
interpretação e a aplicação do Regimento Interno da Câmara dos 
Deputados constituem matéria interna corporis, insuscetível de 
apreciação pelo Poder Judiciário. (MS 26.062 AgR, rel. min. Gilmar 
Mendes, j. 10-3-2008, P, DJE de 4-4-2008) 
 Impeachment do presidente da República: apresentação da 
denúncia à Câmara dos Deputados: competência do presidente 
desta para o exame liminar da idoneidade da denúncia popular, 
"que não se reduz à verificação das formalidades extrínsecas e da 
legitimidade de denunciantes e denunciados, mas se pode 
estender (...) à rejeição imediata da acusação patentemente 
inepta ou despida de justa causa, sujeitando-se ao controle do 
Plenário da Casa, mediante recurso (...)". (MS 30.672 AgR, rel. min. 
Ricardo Lewandowski, j. 15-9-2011, P, DJE de 18-10-2011) 
 No regime da Carta de 1988, a Câmara dos Deputados, diante da 
denúncia oferecida contra o presidente da República, examina a 
admissibilidade da acusação (CF, art. 86, caput), podendo, 
portanto, rejeitar a denúncia oferecida na forma do art. 14 da Lei 
1.079/1950. (MS 21.564, rel. min. Carlos Velloso, j. 23-9-1992, P, DJ 
de 27-8-1993) 
Art. 15. A denúncia só poderá ser recebida enquanto o 
denunciado não tiver, por qualquer motivo, deixado 
definitivamente o cargo. 
 A renúncia ao cargo, apresentada na sessão de julgamento, 
quando já iniciado este, não paralisa o processo de impeachment. 
(MS 21.689, rel. min. Carlos Velloso, j. 16-12-1993, P, DJ de 7-4-
1995) 
Art. 16. A denúncia assinada pelo denunciante e com a firma 
reconhecida, deve ser acompanhada dos documentos que a 
comprovem, ou da declaração de impossibilidade de 
apresentá-los, com a indicação do local onde possam ser 
encontrados, nos crimes de que haja prova testemunhal, a 
denúncia deverá conter o rol das testemunhas, em número 
de cinco no mínimo. 
Art. 17. No processo de crime de responsabilidade, servirá 
de escrivão um funcionário da Secretaria da Câmara dos 
Deputados, ou do Senado, conforme se achar o mesmo em 
uma ou outra casa do Congresso Nacional. 
Art. 18. As testemunhas arroladas no processo deverão 
comparecer para prestar o seu depoimento, e a Mesa da 
Câmara dos Deputados ou do Senado por ordem de quem 
serão notificadas, tomará as providências legais que se 
tornarem necessárias legais que se tornarem necessárias 
para compelí-las a obediência. 
CAPÍTULO II 
DA ACUSAÇÃO 
Art. 19. Recebida a denúncia, será lida no expediente da 
sessão seguinte e despachada a uma comissão especial 
eleita, da qual participem, observada a respectiva 
proporção, representantes de todos os partidos para opinar 
sobre a mesma. 
 " CONSTITUCIONAL E SEPARAÇÃO DE PODERES. PROCESSO POR 
CRIME DE RESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO 
RIO DE JANEIRO. RECEPÇÃO DO ARTIGO 19 DA LEI 1.079/1950, 
NOS TERMOS DO ARTIGO 58 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
INDEPENDÊNCIA DO PODER LEGISLATIVO PARA INSTAURAÇÃO DE 
SUAS COMISSÕES. CONSTITUCIONALIDADE DA INDICAÇÃO, POR 
MEIO DAS RESPECTIVAS LIDERANÇAS, DE UM REPRESENTANTE DE 
CADA PARTIDO. LEGÍTIMA OPÇÃO POLÍTICA E CONSENSO 
PARLAMENTAR (ART. 2º DA CF). ATO EDITADO PELO PRESIDENTE 
DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA EM CONFORMIDADE COM O TEXTO 
CONSTITUCIONAL, A SÚMULA VINCULANTE 46 E A ADPF 378-MC. 
RECURSO DE AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O artigo 
58 da Constituição Federal assegurou a possibilidade de 
Comissões Especiais serem constituídas “na forma e com as 
atribuições previstas no ato de que resultar sua criação”, e, nos 
termos de seu § 1º, indicou a necessidade de se observar “tanto 
quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou 
blocos parlamentares”, no sentido de espelhar a escolha popular 
de seus representantes parlamentares, garantindo, por 
consequência, o pluralismo político e a democracia 
representativa, mas, principalmente, para garantir a participação 
das “minorias” parlamentares. 2. O Ato do Presidente da 
Assembleia Legislativa (ATO/E/GP/N° 41/2020) respeitou o texto 
constitucional e a legislação federal, pois refletiu o consenso da 
Casa Parlamentar ao determinar que cada um dos partidos 
políticos, por meio de sua respectiva liderança, indicasse um 
representante para a Comissão Especial, garantindo ampla 
participação, tanto da “maioria”, quanto da “minoria”. 3. Legítima 
opção parlamentar em observância ao artigo 58 da Constituição 
Federal e a Lei 1.079/1950. Desnecessidade de eleição (item II. 4 
da Ementa do julgamento da ADPF 378-MC). 4. Necessidade de 
absoluto respeito ao princípio fundamental da República, inserido 
no artigo 2º da Constituição, segundo o qual, são Poderes da União, 
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário, ficando afastada a possibilidade de ingerência do Poder 
Judiciário em escolhas eminentemente políticas, dentro das 
legítimas opções constitucionais e legais. Precedentes. 5. Agravo 
regimental a que se nega provimento." (Rcl 42358 AgR, Rel. Min. 
Alexandre de Moraes, Tribunal Pleno, j. 16/11/2020, DJe 
18/01/2021) 
 "O art. 19 da Lei nº 1.079/1950, no ponto em que exige 
proporcionalidade na Comissão Especial da Câmara dos 
Deputados com base na participação dos partidos políticos, sem 
mencionar os blocos parlamentares, foi superado pelo regime 
constitucional de 1988. Este estabeleceu expressamente: (i) a 
possibilidade de se assegurar a representatividade por bloco (art. 
58, §1º) e (ii) a delegação da matéria ao regimento interno da 
Câmara (art 58, caput). Essa opção foi feita e vem sendo aplicada 
reiteradamente pela Câmara dos Deputados na formação de suas 
diversas Comissões e, inclusive, foi seguida no processo de 
impeachment do ex-Presidente Fernando Collor de Mello." (ADPF 
378/DF, Rel. Min. Edson Fachin, Relator(A) P/ Acórdão: Min. 
Roberto Barroso, Tribunal Pleno, j. 17/12/2015, DJe 08/03/2016) 
Art. 20. A comissão a que alude o artigo anterior se reunirá 
dentro de 48 horas e, depois de eleger seu Presidente e 
relator, emitirá parecer, dentro do prazo de dez dias, sobre 
se a denúncia deve ser ou não julgada objeto de deliberação. 
Dentro desse período poderá a comissão proceder às 
diligências que julgar necessárias ao esclarecimento da 
denúncia. 
§ 1º O parecer da comissão especial será lido no expediente 
da sessão da Câmara dos Deputados e publicado 
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integralmente no Diário do Congresso Nacional e em 
avulsos, juntamente com a denúncia, devendo as 
publicações ser distribuídas a todos os deputados. 
§ 2º Quarenta e oito horas após a publicação oficial do 
parecer da Comissão especial, será o mesmo incluído, em 
primeiro lugar, na ordem do dia da Câmara dos Deputados, 
para uma discussão única. 
Art. 21. Cinco representantes de cada partido poderão falar, 
durante uma hora, sobre o parecer, ressalvado ao relator da 
comissão especial o direito de responder a cada um. 
Art. 22. Encerrada a discussão do parecer, e submetido o 
mesmo a votação nominal, será a denúncia, com os 
documentos que a instruam, arquivada, se não fôr 
considerada objeto de deliberação. No caso contrário, será 
remetida por cópia autêntica ao denunciado, que terá o 
prazo de vinte dias para contestá-la e indicar os meios de 
prova com que pretenda demonstrar a verdade do alegado. 
§ 1º Findo esse prazo e com ou sem a contestação, a 
comissão especial determinará as diligências requeridas, ou 
que julgar convenientes, e realizará as sessões necessárias 
para a tomada do depoimento das testemunhas de ambas as 
partes, podendo ouvir o denunciante e o denunciado, que 
poderá assistir pessoalmente, ou por seu procurador, a tôdas 
as audiências e diligências realizadas pela comissão, 
interrogando e contestando as testemunhas e requerendo a 
reinquirição

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