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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO PROFA. DRA. FERNANDA BELINCANTA BORGHI PANGONI VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA DO AZUL DE METILENO - APLICAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICAS DISCENTES: ELOISE MARENGONI (RA: 106918) EVILLIN ALMEIDA (RA: 109750) GIOVANNA SUEMATSU (RA: 107076) JULIA MARQUES (RA: 107843) NATÁLIA SPINELI (RA: 107068) Maringá, 30 de Agosto de 2021 1. INTRODUÇÃO A demonstração de se mostrar a qualidade de medições químicas, através de sua comparabilidade, rastreabilidade e confiabilidade, está sendo cada vez mais reconhecida e exigida. Dados analíticos não confiáveis podem comprometer conclusões de estudos, conduzir decisões desastrosas e prejuízos financeiros irreparáveis. Para garantir que um novo método analítico gere informações confiáveis sobre a amostra, deve ser realizada uma avaliação, denominada validação. A validação deve garantir, através de estudos experimentais, que o método atenda às exigências das aplicações analíticas, assegurando a confiabilidade dos resultados. Para tanto, a validação deve apresentar especificidade, linearidade, intervalo, sensibilidade, exatidão, precisão, limite de quantificação e robustez, adequados à análise. A linearidade é a capacidade de uma metodologia analítica de demonstrar que os resultados obtidos são diretamente proporcionais à concentração do analito na amostra, dentro de um intervalo especificado. Recomenda-se que a linearidade seja determinada pela análise de, no mínimo, cinco concentrações diferentes. Se houver relação linear aparente após exame visual do gráfico, os resultados dos testes deverão ser tratados por métodos estatísticos apropriados para determinação do coeficiente de correlação, intersecção com o eixo Y, coeficiente angular, soma residual dos quadrados mínimos da regressão linear e desvio padrão relativo. 2. OBJETIVOS Este relatório tem como objetivo realizar a validação analítica de uma solução de azul de metileno, avaliando o parâmetro de linearidade, através de cálculos estatísticos e gráficos. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 MATERIAIS E REAGENTES · Solução de azul de metileno; · Água purificada; · Balão volumétrico 100 mL; · Balão volumétrico 10 mL; · Pipeta volumétrica 1 mL; · Pipeta volumétrica 5 mL; · Espectrofotômetro UV-Vis (Cary 50, Varian); · Balança analítica. 3.2 MÉTODOS Para esta análise, foi utilizado o método de quantificação em espectrofotômetro de UV-Vis (Cary 50, Varian). Inicialmente, em um balão volumétrico de 100 mL pesou-se 0,01 g de uma solução de azul de metileno (AM), que foi solubilizada em 100 mL de água purificada. Essa solução foi denominada de solução-mãe (SM). Em seguida, foi transferido 10 mL da SM de AM para um balão volumétrico de 10 mL. A partir deste, realizou-se a divisão desse volume em outros 5 balões volumétricos de 10 mL, da seguinte forma: para o primeiro balão foi transferido 1 mL da solução, para o segundo 1,5 mL, para o terceiro 2,0 mL, para o quarto 2,5 mL e para o quinto balão 3,0 mL. Após, realizou-se a leitura das absorbâncias de cada concentração no espectrofotômetro UV-Vis. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os dados da Tabela 01 são correspondentes a análise de validação do azul de metileno, a qual fora realizada nas concentrações de 1,0; 1,5; 2,0; 2,5 e 3,0 (ug/mL), bem como os cálculos da média, desvio padrão e coeficiente de variação. Replicata (ug/mL) Abs (nm) Média Desvio padrão Coeficiente de Variação n1 1 0,1453 0,31292 0,021932928 7,009116727 n2 1 0,1399 n3 1 0,1803 n1 1,5 0,1976 0,2108 0,01558974 7,395512436 n2 1,5 0,2068 n3 1,5 0,228 n1 2 0,2782 0,3034667 0,033449863 11,02258226 n2 2 0,2908 n3 2 0,3414 n1 2,5 0,4645 0,4255333 0,038460413 9,038166821 n2 2,5 0,3876 n3 2,5 0,4245 n1 3 0,4658 0,4696333 0,032519891 6,924527933 n2 3 0,4392 n3 3 0,5039 Tabela 01: Replicatas de análise de validação do azul de metileno. Os dados obtidos na análise de validação do azul de metileno foram expostos no gráfico de dispersão (Gráfico 01), bem como a equação da reta e coeficiente de correlação. Gráfico 01: Gráfico de dispersão análise de validação do azul de metileno. Ao observar o coeficiente de correlação (R²), o mesmo é de 0,9419, o qual difere do valor de referência de 0,99, que é o mínimo necessário para validação do método. Observando também os coeficientes de variação da Tabela 01, percebe-se que os valores são maiores do que 5,0%, que é o máximo de variação que pode ocorrer entre os dados das 3 amostras. Também fora feita a análise dos dados, considerando o valor-p, de modo a descobrir se os resultados possuem evidências estatísticas de relação entre as variáveis, bem como a análise dos resíduos, os resultados são demonstrados na Tabela 02. RESUMO DOS RESULTADOS Estatística de regressão R múltiplo 0,970535926 R-Quadrado 0,941939983 R-quadrado ajustado 0,937473828 Erro padrão 0,03181902 Observações 15 ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 1 0,21353203 0,213532 210,90624 2,05611E-09 Resíduo 13 0,01316185 0,0010125 Total 14 0,22669388 Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0% Interseção -0,024546667 0,02464691 -0,995933 0,33746 -0,077793072 0,028699739 -0,077793072 0,028699739 (ug/mL) 0,168733333 0,01161866 14,522611 2,056E-09 0,143632737 0,19383393 0,143632737 0,19383393 Tabela 02: Análise de dados da validação do azul de metileno e plotagem de resíduos. Ao observar o valor-p, o mesmo é menor que 0,05. Sendo assim, há evidências científicas da relação entre as variáveis estudadas. 5. CONCLUSÃO Ao analisar os resultados, conclui-se que a análise da validação do azul de metileno foi reprovada pelo controle de qualidade, necessitando ser refeita. 6. REFERÊNCIAS (ug/mL) Plotagem de resíduos 1 1 1 1.5 1.5 1.5 2 2 2 2.5 2.5 2.5 3 3 3 1.1133333333333828E-3 -4.2866666666666331E-3 3.6113333333333358E-2 -3.0953333333333277E-2 -2.1753333333333263E-2 -5.5333333333326684E-4 -3.4719999999999973E-2 -2.2119999999999973E-2 2.8480000000000005E-2 6.7213333333333347E-2 -9.6866666666666768E-3 2.7213333333333312E-2 -1.5853333333333275E-2 -4.2453333333333287E-2 2.2246666666666748E-2 (ug/mL) Resíduos
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