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POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA - Um estudo da concentração de ozônio (O3) na qualidade do ar da Cidade de Americana - SP

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CLIMATOLOGIA 
 
 
 
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 
Um estudo da concentração de ozônio (O3) na qualidade do ar da Cidade de Americana - SP 
RECIFE 
2021 
Fábio José da Silva; 
 
 
1. Introdução 
Inúmeros estudos mostram que a poluição atmosférica é responsável por 
diversos efeitos na saúde do ser humano, que acontece de diversas formas, e como 
resultado provoca o aumento da mortalidade por inúmeras doenças. 
A poluição atmosférica ocorre dentre outras causas da queima de combustíveis 
fósseis e, especialmente nos grandes centros urbanos, tem como origem a emissão 
diária na atmosfera de toneladas de substâncias sólidas e gasosas que vem em um 
crescente nos últimos anos devido a expansão da industrialização e, principalmente, 
com o aumento do número de veículos em circulação. 
O mundo hoje tem um difícil desafio de reduzir ao mínimo possível os níveis de 
poluição atmosférica, o dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3), monóxido de carbono 
(CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de nitrogênio (NO2), metais pesados (Cd, Cu, 
Cr, Pb, Ni, Mn, Zn) e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos são os principais 
poluentes contidos na atmosfera. Os efeitos desses poluentes sofrem influência de 
outros fatores, como ação dos ventos, umidade do ar, temperatura e tempo de 
permanência na atmosfera. 
Este trabalho se propõe principalmente analisar os dados disponíveis pela 
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, relativo a concentração 
de Ozônio (O3) na atmosfera, especificamente da cidade de Americana localizada no 
interior paulista, assim como os efeitos de curto prazo à saúde humana e na qualidade 
do ar. Sabe-se que os problemas de saúde decorrentes da poluição atmosférica 
podem ser agudos (após curto tempo de exposição), embora na maioria dos casos só 
sejam sentidos após exposição prolongada. 
Comparado a outros poluentes, o ozônio é o mais complexo e difícil de ser 
controlado. Este não é emitido diretamente, pois forma-se na baixa atmosfera através 
de reações fotoquímicas. Os picos de ozônio ocorrem tipicamente em períodos de 
calor, elevada radiação solar e tempo seco. 
 
2. Metodologia 
Este trabalho consiste na consolidação de dados com base em relatórios de 
publicações mensais relativo a qualidade do ar no estado de São Paulo, 
especificamente na cidade de Americana localizada no interior paulista. 
Os levantamentos foram extraídos dos relatórios mensais disponibilizados no 
Portal da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, nos meses de 
janeiro a maio de 2021. Buscou-se apoio na literatura bibliográfica como fonte de 
dados para auxiliar no desenvolvimento do trabalho. 
Após a consolidação dos dados levantados, os resultados foram inseridos em 
uma tabela demonstrativa e em um gráfico representativo no Excel, o qual facilitou um 
melhor entendimento das variações mensais e da incidência de concentração de O3 
na qualidade do ar da cidade de Americana. 
 
3. Resultados 
Este tópico apresenta os principais resultados da consolidação dos dados 
referentes aos níveis de qualidade do ar relativo aos índices de concentração de 
ozônio e os efeitos na saúde desenvolvidos na cidade de Americana – SP. 
 
3.1 Padrão de qualidade do ar e efeitos à saúde 
Um padrão de qualidade do ar define legalmente o limite máximo para a 
concentração de um componente atmosférico que garanta a proteção da saúde e do 
bem-estar das pessoas. Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos 
científicos dos efeitos produzidos por poluentes específicos e são fixados em níveis 
que possam propiciar uma margem de segurança adequada. 
Para melhor entender os resultados, faz-se necessário compreender os valores 
de referência de curto prazo, os quais são parâmetros oficiais de classificação da 
qualidade do ar e efeitos a saúde, recomendados pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS); 
Na tabela a seguir estão apresentados esses valores de referência. Quando a 
qualidade do ar é classificada como BOA, os valores de referência de curto prazo 
recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estão sendo atendidos. 
Classificação da qualidade do ar e efeitos à saúde –Exposição de curto prazo 
Qualidade Índice Significado 
N1 - BOA 0 - 40 - 
N2 – MODERADA 41-80 
Pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e 
pessoas com doenças respiratórias e cardíacas) 
podem apresentar sintomas como tosse seca e 
cansaço. A população, em geral, não é afetada. 
N3 – RUIM 81-120 
Toda a população pode apresentar sintomas como 
tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e 
garganta. Pessoas de grupos sensíveis (crianças, 
idosos e pessoas com doenças respiratórias e 
cardíacas) podem apresentar efeitos mais sérios na 
saúde. 
N4 – MUITO RUIM 121-200 
Toda a população pode apresentar agravamento dos 
sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos 
olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e 
respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à 
saúde de grupos sensíveis (crianças, idosos e 
pessoas com doenças respiratórias e cardíacas). 
N5 – PÉSSIMA >200 
Toda a população pode apresentar sérios riscos de 
manifestações de doenças respiratórias e 
cardiovasculares. Aumento de mortes prematuras 
em pessoas de grupos sensíveis. 
Tabela 1 
 
3.2 Dados da qualidade do ar mensal - cidade de Americana – SP 
O quadro a seguir (tabela 2) apresenta a consolidação dos dados obtidos nos 
meses de janeiro a maio de 2021 referente a cidade de Americana -SP, trata-se de 
levantamento proveniente das médias mensais consolidadas a partir das máximas de 
oito horas no dia, por ser esse o critério de saúde, para o ozônio. 
 Tabela 2 
ÍNDICES DE EFEITOS NA SAÚDE 
Qualidade do ar e faixa de concentração de O3 
MÊS BOA MODERADA RUIM MUITO RUIM PÉSSIMA 
JANEIRO 94% 6% - - - 
FEVEREIRO 75% 25% - - - 
MARÇO 65% 35% - - - 
ABRIL 90% 10% - - - 
MAIO 90% 10% - - - 
O gráfico a seguir traz de forma representativa a consolidação dos resultados 
mensais (janeiro a maio/2021) da qualidade do ar em relação a concentração de O3 
na atmosfera da região estudada. 
 
Figura: gráfico 1 
É importante ressaltar que historicamente o aumento na concentração de O3 
na atmosfera ocorre no período da primavera e verão, onde nessa época, a incidência 
da radiação solar é mais intensa, e as temperaturas são mais elevadas. No entanto, 
apesar de grande parte do período analisado compreender a estação do verão, não 
foi constatado altas concentrações de O3. 
Durante todo o período analisado foi observado que as chuvas ficaram abaixo 
da normalidade na região do estudo. Também foi constatado que as médias das 
temperaturas máximas permaneceram acima das médias históricas com exceção do 
mês de abril. 
Os menores níveis de concentração de O3 estão associados a maior atividade 
de áreas de instabilidades que ocasionam nebulosidade variável, principalmente 
durante os períodos da tarde, reduzindo a incidência de radiação solar, em baixos 
níveis da atmosfera, como observado no mês de janeiro por exemplo. 
Constata-se conforme demonstração na elevação do índice da faixa moderada, 
em amarelo no gráfico, que nos meses de fevereiro e março os níveis de 
concentração de O3 estavam percentualmente acima (>100 µg/m3 em 25% e 35% 
94%
75%
65%
90% 90%
6%
25%
35%
10% 10%
0 0 0 00 0 0 00 0 0 0
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Janeiro Fevereiro Maço Abril MAIO
ÍN
D
IC
E 
 D
A
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A
D
E 
D
O
 A
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PERÍODO E FAIXA DE CONCENTRAÇÃO
Qualidade do ar e faixa de concentração - O3
AMERICANA - SP
BOA MODERADA RUIM MUITO RUIM PÉSSIMA
respectivamente) em relação à média dos outros meses estudados, elevando desta 
forma a faixa MODERADA da qualidade do ar. 
Os efeitos provenientes dessa elevação do nível de concentração de O3 podem 
provocar principalmente em pessoas de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas 
com doenças respiratóriase cardíacas) o surgimento de sintomas como tosse seca e 
cansaço. 
No geral pode-se inferir que no período estudado a qualidade do ar em relação 
a concentração de O3 está em um patamar aceitável variando de boa a moderada 
conforme as recomendações de órgãos internacionais, mantendo-se em uma média 
acima de 80% de índice de qualidade do ar, classificada como BOA. 
Em nenhum dos meses analisados a concentração de de O3 na atmosfera 
proporcionou a queda na qualidade do ar a níveis tão baixos que pudesse ser 
classificado como RUIM, MUITO RUIM ou PÉSSIMO. 
 
4. Conclusão 
Estudos consagrados comprovam que o aumento gradativo da poluição 
atmosférica nas últimas décadas vem causando sérios problemas na saúde das 
populações, contribuindo para o aumento da mortalidade e morbidade, principalmente 
por doenças respiratórias e cardiovasculares. 
O levantamento aqui realizado constatou que em relação as concentrações de 
Ozônio (O3) nos índices de qualidade do ar na cidade de Americana –SP, não houve 
aumentos consideráveis no período de janeiro a maio de 2021. Permanecendo a 
qualidade do ar com média mensal acima de 80% classificada como BOA, sofrendo 
poucas variações para MODERADA em alguns períodos, nada de alarmante. 
 
5. Referências 
CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Qualidade do ar – informações. Disponível 
em: https://cetesb.sp.gov.br/ar/publicacoes-relatorios - acessado em 03/07/2021 
 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional de Meio Ambiente, CONAMA. Resolução 
CONAMA nº 003, de 28 de junho de 1990. 
 
INSTITUTO DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE. 1° Diagnóstico da rede de monitoramento da 
qualidade do ar no Brasil. 2014. Disponível em: Acesso em: 01 jul. 2021. 
. 
https://cetesb.sp.gov.br/ar/publicacoes-relatorios%20-%20acessado%20em%2003/07/2021

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