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A ciência da sociologia
Convido você ao estudo da sociologia. Mas antes de explicarmos o que é sociologia e para que ela serve, é preciso dizer que ela é uma ciência. Bom, você deve estar se perguntando: "Mas o que é ciência?". É exatamente sobre isso, sobre o conceito de ciência, que trataremos. Depois que você compreender o que é a ciência, compreenderá o que é a sociologia e para que serve.
A ciência é uma forma de conhecer as coisas.
Mas como assim? Veja um exemplo: quero conhecer uma flor. Como fazer? Que tal observá-la? Sim! Esse é um caminho.
A ciência observa. Mas a ciência, para observar e concluir novas ideais, percorre um caminho. Esse caminho é chamado de método.
A ciência então utilizará a pesquisa como instrumento para auxiliá-la na descoberta de informações importantes. E toda busca da ciência segue um caminho, isto é, tem um método. Método é o caminho que se percorre para conhecer algo. Acho que você entenderá perfeitamente quando eu lhe disser que método é um caminho com etapas de investigação e critérios.
Sobre o conceito de ciência, podemos dizer que é uma forma planejada de se conhecer a realidade. É importante dizer que a ciência necessita de muita pesquisa para se descobrir o que se investiga. É um conhecimento confiável, mas não podemos dizer que é 100% ou infalível.
Por exemplo, quando você lê a bula de um remédio, tal como o de um anticoncepcional, você encontra informações como para que serve, como age no seu organismo e qual é o percentual de eficiência. Normalmente esse percentual é 99,9%. Mas veja: não é 100%. A bula diz as condições de uso e quando o medicamento pode falhar.
Portanto, a ciência pode falhar. Mas sem sombra de dúvida é uma das maneiras mais seguras de se conhecer a realidade.
Esse é o início de uma das formas de conhecer as coisas do mundo. Por isso, podemos definir ciência destacando cinco princípios, que nos ajudam a entender sua importância.
Princípio 1 - O objetivo da ciência é compreender o universo de um modo cuidadoso e disciplinado; a ciência utiliza a pesquisa para ajudá-la a descobrir informações importantes.
Princípio 2 - A prova é a condição para a aceitação das ideais na ciência, e a prova tem que ser empírica, isto é, dizer que o conhecimento provém da experiência.
Princípio 3 - A ciência, para se certificar de suas descobertas, procede testes. Como assim? Faz experiências com o objeto ou a coisa estudada. A ciência deve ser entendida como uma comunidade de estudiosos que verificam o trabalho uns dos outros, criticam, debatem e, juntos, constroem lentamente um conjunto de conhecimentos. Buscam o máximo de certificação possível.
Princípio 4 - A ciência é feita por pessoas. Estudiosos, pesquisadores e cientistas que escrevem suas descobertas e, ao torná-las públicas, fazem com que os outros possam ler, criticar, colaborar e debater. Desta forma a ciência evolui, pois está sujeita a um constante debate.
Vejam só! Se a ciência fosse uma verdade acabada ou uma resposta com 100% de certeza os cientistas não teriam motivos para continuar buscando e pesquisando novas respostas. Por exemplo, voltando ao anticoncepcional: se o primeiro descoberto fosse usado até hoje, as mulheres modernas não estariam satisfeitas, pois os antigos anticoncepcionais traziam muitos efeitos colaterais. As pesquisas continuaram e avançaram, produzindo anticoncepcionais menos prejudiciais à saúde da mulher e mais eficazes.
Princípio 5 - A ciência é uma tentativa de explicar eventos e desenvolver teorias sobre a relação de causas e efeitos.
A ciência busca, por meio da observação, dos testes e das análises, verificar o porquê das coisas e os efeitos diante das situações. Exemplo: por que a lata de ferro se dilata ao ser colocada no fogo? Quais as consequências se ela ficar mais de uma hora exposta ao fogo? E assim a ciência busca respostas que possam ser provadas.
Se pensarmos então que a ciência é uma das formas de conhecimento das várias coisas do mundo, podemos concluir que existem vários tipos de ciências. Sim! Verdade!
Existem. Cada uma cuida ou estuda uma área do conhecimento. Para você entender melhor, vamos explicar como se divide a ciência.
A ciência, para efeitos didáticos, pode ser dividida em basicamente três áreas do conhecimento.
- As ciências que estudam as forças e os seres da natureza são chamadas de ciências naturais. Exemplo: física e biologia.
- As ciências que estudam as relações sociais são chamadas de ciências sociais e humanas. Exemplo: sociologia.
- As ciências que questionam a natureza das coisas são chamadas de ciências filosóficas. Exemplo: filosofia.
As ciências sociais aplicadas estudam objetos específicos da sociedade, como as áreas de direito, administração, economia, etc. A ciência social tem seu interesse voltado para o homem em sociedade, elegendo-o como objeto primordial de seu conhecimento.
A ciência é uma forma de conhecer a realidade. Mas o que é conhecimento? 
No estudo da teoria do conhecimento é possível identificar diferentes tipos de conhecimento que complementam-se. O campo desse estudo é delimitado pela epistemologia, que se constitui como o estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultado das ciências já constituídas e que visa determinar os fundamentos lógicos, o valor e o alcance objetivo delas.
Existem várias maneiras de representar a realidade e, portanto, temos tipos diferentes de conhecimento.
1) Conhecimento empírico: pertence ao senso comum, ou seja, é um conjunto de opiniões tão geralmente aceitas em épocas determinadas, que as opiniões contrárias aparecem como aberrações individuais. Conhecimento adquirido pela vivência. Exemplo: colocar a mão na tomada dá choque.
2) Conhecimento mítico: característico do homem primitivo. O mito é uma fantasia acerca do real. Crença dotada de poder explicativo limitado. Esse conhecimento surgiu mediante a necessidade que o homem tem de explicar seu meio e dar soluções aos problemas ontológicos. É parte da filosofia que trata o ser enquanto ser; do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. O homem cria história e lendas para explicar as coisas. Exemplo: mitologia grega.
3) Conhecimento teológico: relativo à fé. Dogma; ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa. Verdade indiscutível. Exemplo: religião.
4) Conhecimento filosófico: vinculado à vivência do ser. É o interrogar constante sobre o sentido último de cada processo relacionado à vida e ao mundo dos fenômenos. Exemplo: quem eu sou? Para onde vou? Como nasce o homem? Quem é Deus?
5) Conhecimento científico: distanciado da vivência do ser. É rigoroso, positivo, metódico, experimental. Esse conhecimento é privilégio de poucos, pela sua própria natureza. Ele é planejado, programado, sistematizado, obediente aos métodos, crítico e objetivo. Nasce da dúvida e consolida-se na certeza dita temporária. A verdade científica se justifica na comprovação e manutenção da tese. Essa verdade temporária significa que outra teoria ou estudo pode alterar ou mesmo invalidar uma observação científica; seria a antítese. Exemplo: hipótese/ tese/ antítese.
Assim a ciência produz um conhecimento confiável e respeitado pela sociedade. Portanto, o conhecimento científico é fruto de estudos cuidadosos e rigorosamente testados. Mas não são 100% certos sempre. Deve-se respeitar os parâmetros da pesquisa e seus limites.
Desta maneira, a ciência é uma forma de conhecer a realidade e se organiza em áreas de conhecimento. Esta designação pode variar de autor para autor, mas neste texto apontamos três: as ciências sociais, humanas e naturais.
Sendo assim, a sociologia é uma ciência social e existem vários tipos básicos de conhecimento. Apontamos seis: empírico, mítico, teológico, filosófico e científico.
A sociologia é uma ciência social cujo nascimento é atribuído a um pensador matemático francês chamado AUGUSTO COMTE (1758-1857). No século XVII, a ciência avançava e com ela a relação entre as leis e as coisas, interpretando e organizando as ideias do ponto de vista lógico-científico. Como consequênciados acontecimentos e "aprimoramentos" do Renascimento, desencadeou-se uma preocupação com o conhecimento científico, respeitado e aceito pela sociedade, já que representava uma forma segura de se conhecer a realidade, mas que não era 100% certa, isto é, era passível de falhas. Porém, era o caminho mais confiável que a humanidade reconhecia para trilhar suas descobertas e avanços.
A ciência surge então em decorrência das preocupações intelectuais sobre as regras da organização da vida social. É uma preocupação com regras observáveis, possíveis de medir, comprováveis e que dão aos homens explicações para um novo mundo, onde imperava o racionalismo.
Comte foi um pensador que sistematizou o pensamento sociológico por meio do positivismo. O positivismo contestava as instituições sociais, ou seja, o Iluminismo, tão criticado por Comte. A filosofia positiva era uma reação ao Iluminismo e se preocupava em reorganizar a realidade. A sociologia era até então denominada por ele de física social, isto é, ela deveria utilizar os mesmos procedimentos das ciências naturais: observação, experimentação e comparação. Ao estabelecer esses parâmetros para o desenvolvimento da sociologia, o positivismo de Comte tenta oferecer uma orientação para a formação desse campo do conhecimento. Seu pensamento tem como fundamento a seguinte frase: "o amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", que significa cada coisa, em seu devido lugar, conduzida para a perfeita orientação ética da vida social.
Desta maneira, podemos observar que a sociologia é uma ciência social que teve suas raízes nas grandes modificações ocorridas na sociedade europeia, a partir do Renascimento, e que teve na figura de Augusto Comte uma referência na sistematização do conhecimento sociológico. Assim floresceu a ciência da sociedade: a sociologia.
CAMINHANDO NA TEMÁTICA
Você sabe o que significa TREPANAÇÃO?
Imagine um buraco de 2.5 a 5 cm de diâmetro, perfurado à mão no crânio de um homem vivo, sem qualquer anestesia ou assepsia, durante longos 30 a 60 minutos. Esta é talvez a forma mais antiga de cirurgia de cérebro conhecida: é a chamada trepanação (de trupanon grego, broca). E uma das razões para realizar este horripilante procedimento era talvez o mesmo que motivou cirurgiões modernos, isto é, para aliviar sintomas mentais.
A trepanação foi realizada ao longo de todas as eras, provavelmente por razões diferentes. As primeiras descobertas históricas e médicas sobre a trepanação na Antiguidade foram feitas em 1867, por E.G. Squier, na América do Norte, e por Paul Broca, na Europa.
E agora responda: em que tipo de conhecimento se encaixa a origem dessa prática?
Sociologia
A sociologia é uma ciência social e muitas pessoas acreditam que um sociólogo se forma para dar aulas de sociologia. Porém, essa profissão tem como campo de atuação vários segmentos de mercado.
Iniciativa do governo no combate às drogas
Executivo, Legislativo, Judiciário, União, estados e municípios agem desarticuladamente e sem visão harmônica sobre a questão das drogas. Especialistas reclamam da ausência de dados que dimensionem o problema e da falta de uma abordagem única para drogas lícitas e ilícitas.
As políticas públicas, programas e órgãos, na União, estados e municípios, incluindo o Judiciário e o Ministério Público, estão desarticulados e pulverizados, e não formam redes eficientes e integradas, essenciais tanto para a prevenção e repressão quanto para o tratamento e reinserção social. Essa opinião foi unânime entre senadores e especialistas ouvidos na subcomissão sobre dependentes químicos, da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Depósito de armas apreendidas pela polícia do Rio de Janeiro: maioria delas estava nas mãos de traficantes de drogas. Foto: Spray Filmes
A vontade política do poder público para enfrentar o problema também foi questionada, já que os recursos, além de insuficientes, muitas vezes não chegam aos seus objetivos. Dos R$ 410 milhões anunciados pelo governo em maio de 2010 para combater o crack, por exemplo, apenas dois terços foram aplicados até o momento.
Parte da ineficiência do Estado foi atribuída à falta de um melhor dimensionamento do problema das drogas e da dependência química por conta da falta de dados. Roberto Kinoshita, coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, afirma que é importante que não haja reação excessiva do poder público.
"O Executivo, o Legislativo, todos os agentes públicos, precisamos ter a firmeza necessária para enfrentar o problema, não minimizar, mas, ao mesmo tempo, ter a clareza de não alarmar de forma a gerar pânico. Ao contrário. Como agentes de Estado, devemos agir de forma a assegurar à sociedade que esse tipo de problema é possível de ser solucionado".
Senadores, médicos e especialistas concordam que o Estado precisa trabalhar a questão das drogas ilícitas paralelamente ao das lícitas, como tabaco e, principalmente, bebidas alcoólicas, facilmente acessíveis e alvo de propaganda. Considerados porta de entrada para maconha, cocaína e crack, cigarro e álcool são apontados como principais problemas de saúde pública do país, muito maiores que o das drogas ilícitas.
Legislação 
Tampouco há clareza acerca dos direitos dos dependentes e usuários. Por vezes encarados como vítimas, eles ainda enfrentam a discriminação e a criminalização do uso de drogas que, em alguns momentos, podem colocar em risco garantias individuais em troca de soluções de força exigidas por uma sociedade assustada, como no caso do tratamento compulsório.
Na avaliação da advogada Roberta Duboc Pedrinha, especialista em Direito Penal e Sociologia Criminal, a Constituição e as leis penais colocam os usuários de drogas como inimigos da sociedade. Essa estratégia, analisa, busca dar uma resposta à população com medo da violência do tráfico de drogas, por meio de leis mais severas.
Na direção oposta, uma política de tolerância zero também foi defendida na subcomissão. Para José Luiz Gomes do Amaral, Presidente da Associação Médica Brasileira, "não é possível tolerar o crack nas ruas e é necessário que os agentes públicos trabalhem de maneira integrada para encaminhar usuários imediatamente ao serviço de saúde para serem monitorados".
Émile Durkheim e a sociologia
Nesta unidade conheceremos Émile Durkheim, que figura dentre os clássicos da sociologia. A sociologia tornou-se campo de conhecimento com métodos e objetos próprios graças aos autores clássicos, e Durkheim teve papel imprescindível nesse processo.
Objetivos específicos da unidade
- Conhecer um pouco mais sobre Émile Durkheim e sua importância para a sociologia.
- Apresentar os principais conceitos de Durkheim.
- Refletir sobre a contribuição do legado de Durkheim na análise de diferentes grupos sociais.
Um pouco mais sobre o filósofo Émile Durkheim: vida, influências e legado
1) Émile Durkheim: trajetória e influências 
Émile Durkheim é referência até os dias atuais. Um pensador clássico da sociologia. Viveu entre 1858 e 1917 e nasceu em Épinal, em 15 de abril de 1858, na França. Ele contribuiu para a construção de uma identidade metodológica para a sociologia, desenvolvendo um método de estudo próprio das ciências sociais. Além disso, tratou de temas como o suicídio e a divisão do trabalho.
Durkheim, ainda jovem, aos 30 anos incompletos e na década seguinte, fez o suficiente para se destacar como um notável sociólogo francês, depois que Comte criara a sociologia. Ele era de família judaica, mas optou por não seguir o caminho do rabinato (ordem de sacerdotes que receberam formação teológica judaica). Educado na França e na Alemanha, cursou direito, filosofia, ciências sociais, psicologia das sociedades arcaicas e antropologia.
- Em 1896, fundou o Jornal Année Sociologique. Esse jornal era orientador do pensamento e da pesquisa sociológica na França.
- Em 1902, foi nomeado professor-substituto da disciplina de pedagogia na Universidade de Sorbonne.
- Em 1906, foi nomeado professor-titular da disciplina de pedagogia da Faculdade de Letras de Paris,onde já lecionava pedagogia e sociologia.
- Em 1910, transformou a disciplina na Universidade de Sorbonne em cátedra de sociologia.
- Em 1915, perdeu seu filho único no front de Salonique (lutando pelo exército francês, durante a 1ª Grande Guerra Mundial).
- E, em 1917, morreu em Paris.
 
Durkheim recebeu influências de Augusto Comte. A contribuição de Comte à filosofia do positivismo[1] foi a adoção do método científico como base para a organização política da sociedade industrial moderna, de modo mais rigoroso que na abordagem de Saint-Simon.
Comte acreditava que a sociedade europeia, depois da Revolução Francesa e da Revolução Industrial, encontrava-se num caos. Com sua teoria, Comte pretendia interferir na ordem social de modo que acelerasse o desenvolvimento e conduzisse a sociedade para um estado de ordem.
Durkheim concordava com o argumento de que a sociedade apenas se mantém coesa quando os grupos desta sociedade compartilham dos mesmos sentimentos e crenças. Porém, ele critica Comte na sua perspectiva evolucionista. Durkheim aponta que os povos que sucedem os anteriores não são necessariamente superiores, mas são diferentes em sua estrutura, seus valores, seus conhecimentos e sua forma organizacional.
2) Saint-Simon 
Seria injusto atribuir a um único pensador a fundação da sociologia. Podemos dizer que alguns pensadores europeus como Montesquieu, Saint-Simon e Augusto Comte foram os "pioneiros" do pensamento sociológico.
SAINT-SIMON (1760-1825) sonhava com uma enciclopédia que integrasse os progressos científicos, técnicos e industriais realizados durante o período revolucionário e que contribuísse para a passagem de uma nova época. Seria ele então um idealista do enciclopedismo francês, que foi um movimento do século XVIII que reunia os conhecimentos produzidos pelo Iluminismo.
O contexto do século XVIII precipitava uma severa preocupação com o conflito entre as classes sociais. As transformações provocadas pela nova estrutura social e econômica inauguradas pela Revolução Industrial geraram uma preocupação entre os pensadores. A ideia básica era a de tentar solucionar os conflitos, mas que isso não implicasse na transformação da ordem econômica e social recém-estabelecida na Europa. Uma nova forma de pensar que nasceu no século XVIII e foi referência predominante no século seguinte foi a chamada corrente do positivismo. Mas o que vem a ser essa nova forma de pensar? Seria basicamente a tentativa de organizar e reestruturar a sociedade, preservando a "ordem capitalista vigente".
Foi nesse contexto que Cloude-Henri de Rouvroy, intitulado Conde de Saint-Simon, surge como o comumente chamado de "precursor moderno da sociologia". Ele pode ser chamado de socialista utópico[2], pois era um liberal avançado e revolucionário para sua época. Educado por D'Alembert (físico e matemático francês, nascido em 1717), teve uma formação racionalista (racionalidade científica). Aos 29 anos, Saint-Simon vivenciou a Revolução Francesa e viu a transformação política que acontecia com o fim do antigo regime e ascensão da burguesia no século XVIII.
O Conde de Saint-Simon vivia uma intensa inquietação intelectual. Ele estava envolvido com a racionalidade científica e desejava uma sociedade mais harmônica. Ele acreditava que a ciência (os sábios), poderia contribuir para isso juntamente com os industriais (os técnicos).
Vejamos algumas características de seu pensamento.
- Pregava o fim dos resquícios da sociedade feudal.
- Acreditava que a classe burguesa dominaria a cena política eliminando definitivamente a nobreza e sua antiga ordem social oriunda do feudalismo.
- Foi influenciado pelos ideais burgueses e pelo legado dos filósofos iluministas.
- Acreditava na racionalidade econômica burguesa.
- O símbolo dessa racionalidade era a indústria.
Assim temos Saint-Simon como um "precursor" da sociologia, ou seja, um autor que contribuiu com ideias sociológicas, antes do surgimento da sociologia como ciência. Esse pensador francês dos séculos XVIII e XIX era, portanto, de origem nobre. Combatia o absolutismo e os resquícios da ordem feudal. Queria promover a distribuição de renda e contava que a classe dos industriais colaboraria. Era adepto do socialismo utópico.
A concepção de sociedade desse pensador determina o peso da influência que ele exerceu sobre o que viria a se constituir a primeira grande teoria da sociologia clássica. Saint-Simon não viu seus pensamentos entrarem em vigor, pois a ordem capitalista "devorava" a classe trabalhadora. Ele morreu frustrado com os rumos da sociedade. Mas deixou um herdeiro de seus pensamentos: Augusto Comte.
3) As influências de Augusto Comte 
Como já mencionado, a contribuição de Augusto Comte à filosofia do positivismo foi sua adoção do método científico como base para a organização política da sociedade industrial moderna, de modo mais rigoroso que na abordagem de Saint-Simon.
Comte acreditava que a sociedade europeia, depois da Revolução Francesa e da Revolução Industrial, encontrava-se num caos. Com sua teoria, Comte pretendia interferir na ordem social de modo que acelerasse o desenvolvimento e conduzisse a sociedade para um estado de ordem.
Assim, podemos sintetizar alguns posicionamentos teóricos deste matemático francês, que viveu entre os séculos XVIII e XIX em uma Europa conflitante entre os resquícios da ordem feudal e a ordem capitalista, e que foi secretário do Conde Saint-Simon e influenciado pelas ideias simonianas.
- O fundamental para a sociabilidade humana era a unidade social. Ele acreditava que a coesão de pensamento fosse capaz de reorganizar a sociedade.
- Foi o autor do positivismo voltado para a análise social.
- O positivismo seguia o método das ciências naturais.
- A sociologia seria para Comte um elo científico capaz de conectar a sociedade num sentido de ordem para se atingir o progresso.
- Na sua teoria dos três estágios, defendia que o homem deveria passar por estágios até utilizar bem sua inteligência. Seriam eles: estágio teológico, metafísico ou filosófico e positivo ou científico.
- O estado positivo se sustentaria na razão.
- A sociologia, na hierarquia das ciências, seria a mãe de todas as outras.
- O Estado era forte, coercitivo e, portanto, interventor.
4) Durkheim e seu legado 
Durkheim desenvolve sua teoria mediante conceitos básicos de coerção, solidariedade, autoridade, representações coletivas, etc. Seus trabalhos tratam da divisão do trabalho social, do suicídio e da definição do método sociológico. Possui também importantes estudos sobre sociedades "primitivas". Utiliza a explicação funcionalista cuja ênfase volta-se para a função social das instituições e sua contribuição para o funcionamento da sociedade.
Durkheim contribuiu para a consolidação da sociologia na França e sem dúvida deu um passo adiante para o pensamento sociológico. Ele conseguiu demonstrar que as ciências sociais podem examinar as questões sociais relevantes e mediante a sistemática de fatos existentes, mostrou que é possível chegar a conclusões úteis que se convertam em ações futuras em prol da sociedade.
Assim, Durkheim era um vigoroso defensor de método investigativo próprio da sociologia, procurando delimitar seu objeto de estudo. Na visão de Durkheim, aliás, compatível com a de Comte, a sociologia funcionaria como uma medicina social, capaz de medicar a sociedade para "curar" os desvios da vida social.
[1] O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Os principais idealizadores do positivismo foram os pensadores Augusto Comte e John Stuart Mill.
[2] Socialismo utópico é a primeira corrente do moderno pensamento filosófico socialista, surgida no primeiro quartel do século XIX.
CAMINHANDO NA TEMÁTICA
O que é agnóstico?
Agnóstico é aquele que considera os fenômenos sobrenaturais inacessíveis à compreensão humana. A palavra deriva do termo grego "agnostos", que significa "desconhecido", "não cognoscível". Os agnósticos são seguidores da doutrina denominada "agnosticismo", que considera inútil discutir temas metafísicos,pois são realidades não atingíveis por meio do conhecimento. Para os agnósticos, a razão humana não possui capacidade de fundamentar racionalmente à existência de Deus.
Um agnóstico pode ser teísta ou ateísta. Um agnóstico teísta admite que não tem conhecimento que comprove a existência de Deus, mas acredita que Deus existe ou admite a possibilidade de que possa existir. Por outro lado, o agnóstico ateísta também admite não possuir conhecimento que comprove a não existência de Deus, mas não acredita na possibilidade de que Deus exista.
O termo "agnóstico" foi usado no século XIX pelo naturalista inglês Thomas Henry Huxley (1825-1895), quando descreveu sua dúvida a respeito de algumas crenças religiosas, do poder atribuído a Deus e do sentido da vida e do universo. Desde então, muitos estudiosos escreveram sobre o assunto.
Alguns dos agnósticos mais famosos são: Albert Camus, Bill Gates, Charlie Chaplin, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Brad Pitt, Charles Darwin e Albert Einstein.
O escritor argentino Jose Luis Borges afirmou sobre o agnosticismo: "Eu não sei se tem alguém do outro lado da linha, mas ser um agnóstico significa que todas as coisas são possíveis, mesmo Deus. Este mundo é tão estranho, tudo pode acontecer, ou não acontecer. Ser um agnóstico me permite viver em um mundo mais amplo, em um mundo mais futurístico. Isso me faz mais tolerante".
Diferença entre agnóstico e ateu 
Num sentido religioso, agnóstico é aquele que não acredita na existência de Deus, porém não nega essa possibilidade, por se encontrar num patamar racionalmente inacessível. Diferente do ateu, que nega a existência de Deus ou de qualquer entidade superior.

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