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CCJ0008-WL-LC-Salário Mínimo

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Histórico do Salário mínimo 
 O salário mínimo surgiu no Brasil em meados da década de 30. A Lei nº 185 de janeiro de 1936 e o Decreto-Lei nº 399 de abril 
de 1938 regulamentaram a instituição do salário mínimo, e o Decreto-Lei nº 2162 de 1º de maio de 1940 fixou os valores do salário 
mínimo, que passaram a vigorar a partir do mesmo ano. O país foi dividido em 22 regiões (os 20 estados existente na época, mais 
o território do Acre e o Distrito Federal) e todas as regiões que correspondiam a estados foram divididas ainda em sub-região, num 
total de 50 sub-regiões. Para cada sub-região fixou-se um valor para o salário mínimo, num total de 14 valores distintos para todo o 
Brasil. A relação entre o maior e o menor valor em 1940 era de 2,67, sendo que na capital do país, o Rio de Janeiro, o salário 
mínimo correspondia a quase três vezes o valor do salário mínimo no Nordeste. A primeira tabela do salário mínimo tinha um 
prazo de vigência de três anos, mas em 1943 foi dado o primeiro reajuste seguido de outro em dezembro do mesmo ano. Os 
aumentos eram calculados para recompor o poder de compra do salário mínimo. A unificação total do salário mínimo aconteceu em 
1984. 
E o que é Salário mínimo? 
 Na constituição da República Federativa do Brasil, art. 7º. IV, diz: 
“Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às da sua família 
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.” 
Política de reajuste do salário mínimo. 
Até o ano de 2015, o salário mínimo será reajustado anualmente tendo como base a inflação do ano anterior e o 
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos dois anos anteriores. Hoje, nosso salário mínimo encontra-se, segundo a 
Constituição Federal do Brasil no valor total de r$ 622,00 (seiscentos e vinte e dois reais) com previsão para o ano de 2013 estima-
se que venha a ser r$ 667, 75 (seiscentos e sessenta e sete reais e setenta e cinco centavos), um aumento de r$ 45, 75 (quarenta 
e cinco reais e setenta e cinco centavos) ou 7, 36% em relação ao benefício atual para pelo menos 47 milhões de trabalhadores 
brasileiros. 
Salário mínimo: realidade ou ficção? 
 Em seus 60 anos de existência, o salário mínimo sempre provocou acaloradas discussões no Brasil, especialmente 
quando se aproxima a data em que o Congresso tem que definir o seu valor para os doze meses seguintes. Mas qual deve ser o 
papel do salário mínimo: combater a pobreza, regular o mercado de trabalho? Será mesmo que ele é o bastante para uma 
família satisfazer suas necessidades básicas (alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência 
social)? Com uma alta no preço da cesta básica no início de 2012, o consumidor sofreu com uma dor no bolso: Os principais 
aumentos foram registrados em Brasília (4,72%), João Pessoa (3,90%), Florianópolis (3,51%), Rio de Janeiro (3,35%), Recife 
(3,32%), Curitiba (3,17%) e Aracaju (3,11%). A realidade da renda de grande parte dos nossos brasileiros que precisou 
trabalhar 87 horas e 6 minutos para comprar a cesta básica - uma queda de 10 horas em relação a dezembro de 2011 acabou 
por prejudicar o que ele economizava em comidas para satisfazer outras necessidades básicas, como: saúde, higiene ou 
educação, tornando cada vez mais precário e impossível uma família sobreviver com uma cota de r$ 622,00 mensais já que só 
uma cesta básica consumiu em janeiro, segundo os cálculos atualizados, 35,5% do valor do salário mínimo. 
Em contrapartida, o salário mínimo brasileiro se opõe drasticamente ao que lhe é proposto assegurar pela Constituição Federal 
e uma recente pesquisa do Dieese - (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), revela que isto é 
fato concreto, pois de acordo com o órgão, o salário mínimo, para que pudesse arcar com as despesas básicas do brasileiro, 
teria que ser no valor de R$ R$ 2.398,82 em janeiro deste ano. O Dieese divulgou também que o gasto familiar foi analisado, 
para uma família de dois adultos e duas crianças. 
Na avaliação do economista do Dieese, ainda que o departamento estime o valor necessário do mínimo, não é possível que o 
salário cresça rapidamente. “Não daria para subir tudo de uma vez, se não, no outro dia, a ‘maquininha de remarcar os preços’ 
funcionaria a todo o vapor. Ganhando-se muito mais, a procura pelos produtos será muito maior e os preços subirão”, explica. 
 
 Em suma, tal pesquisa reafirma a teoria de que baseado em nossa realidade, o Governo brasileiro está mesmo muito 
distante de colocar na prática o valor para o qual seria realmente plausível tornar realidade o artigo 7º Inciso IV. O governo então 
permanece com um grande desafio em mãos, atentar-se para cada área, para cada Ministério que envolva os demais preceitos 
ligados à moradia, segurança pública, educação, lazer e saúde, evitando os gastos das famílias que concordam com a 
deficiência em todos estes âmbitos tão defasados ao ponto de não suprir suas demandas, impactando profundamente as 
famílias que necessitam dos seus bens básicos e não tem meios para conseguir, principalmente, com uma boa qualidade. 
 Quando o salário foi estabelecido lá no período Vargas, ele ficou no meio do caminho entre o que os trabalhadores 
dos sindicatos oficiais queriam – nem eram todos os trabalhadores – e o que os empresários queriam. E um salário no meio do 
caminho não atende às necessidades básicas dos trabalhadores.

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