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Aula 1 - o CLFBI à Missão Centenário (Programa Espacial Brasileiro)

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Prof. Bruno Barbosa Rodrigues
Aula 1: do CLFBI à Missão Centenário
Olimpiada Brasileira de Astronomia 2010
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Aula 1: do CLFBI à Missão Centenário
29 de março de 2010
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Aula 1: do CLFBI à Missão Centenário
Missão: preparação para a XIII OBA que sera realizada na data de 14 de maio de 2010
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Primeira tentativa
1956: primeira estação de rastreio, no arquipélago de Fernando de Noronha
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Início da Era Espacial
04/10/1957: Lançamento do SPUTNIK I (Russo)
 
Tamanho: 50cm
Peso: 63kg
Função: transmitir um “beep”
Ficou em órbita por 6 meses
Foguete: R-7, pesava 4ton e entrou em órbita também.
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Início da Era Espacial
31/01/1958: Lançamento do EXPLORER I (EUA)
 
Peso: 13,97kg
Equipamentos: detetor de raios cósmicos e outros vários sensores.
Operou por 105 dias e ficou em órbita por 12 anos.
Foguete: Juno-I, adaptação do Júpiter-C
Marco: descoberta dos Cinturões de Van-Allen (Ano Geofísico Internacional)
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Atividade Espacial Brasileira
1961: Criação do CNAE (Comissão Nacional de Atividades Espaciais) Subordinado ao CNPq e funcionava dentro do CTA
1971: CNAE se transforma em INPE, recebendo um caráter permanente. O instituto tem instalações em dez cidades: São Paulo, Brasília, Atibaia, Cachoeira Paulista, Cuiabá, Eusébio, Natal, Santa Maria, São Martinho da Serra e São Luís e sua sede está na cidade de São José dos Campos, Estado de São Paulo.
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Primeiros projetos do INPE
Projeto MESA (Meteorologia por Satélite)
Projeto SERE (Meteorologia por Satélite): começou com satélites americanos (LANDSAT) e hoje utiliza um satélite brasileiro (CBERS). Utiliza sensoriamento remoto para levantamento de recursos naturais.
Projeto SACI : aplicação de um satélite geoestacionário para ampliar o sistema educacional do país.
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Participação Militar
1958 – Maj. Brig. CORDEIRO equaciona os fatores técnicos relevantes para a fabricação de mísseis. 
1963 – Criada a Comissão Nacional de Mísseis
1964 – Criação do GTEPE (Grupo de Trabalhos de Estudos de Projetos Espaciais), subordinado ao Estado-Maior. Construção do Campo de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno - CLFBI , com treinamento de técnicos brasileiros na Argentina e EUA (Wallops Flight Center, Virginia e Goddard Space Flight Center, Maryland).
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Participação Militar
Características do CLFBI:
·	Baixo índice demográfico 
·	Baixo índice pluviométrico; 
·	Área de impacto, inclusive para o primeiro estágio, em mar aberto; 
·	Fácil acesso; 
·	Proximidade de suporte logístico; 
·	Proximidade de um campo de pouso de grande porte; 
·	Dentro de uma faixa de no máximo 5º do Equador magnético; 
·	Possibilidade de alcançar a Anomalia Magnética do Atlântico Sul; e 
·	Um terreno com uma topografia de fácil ocupação. 
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Participação Militar
15/12/1965: disparo, rastreio e registro de um NIKE-APACHE, com outro lançamento em 18/12.
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Participação Militar
O foguete era um NIKE-APACHE cujas características eram: 
·	Número de estágios 02 (NIKE e APACHE); 
·	Peso total 1.595 libras (724 Kg); 
·	Comprimento total 28 pés (8,53m); 
·	Peso da Carga útil 65 libras (29,5 Kg). 
A carga útil do NIKE-APACHE teve por missão a coleta de dados para possibilitar o estudo das densidades diurna e noturna, de elétrons e íons, o fluxo de irradiação ultravioleta extremo e o fluxo de elétrons na faixa de 1 a 20eV na ionosfera, entre 50 e 200 Km.
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Participação Militar
1966 – GTEPE foi modificado para GETEPE.
1971 – GETEPE foi transformado em IAE (Instituto de Atividades Espaciais) e passou a ser uma das unidades do CTA.
1991 – Uma nova proposta de reorganização do CTA realiza a fusão do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento - IPD e do Instituto de Atividades Espaciais - IAE, criando-se, o atual Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), com a missão de REALIZAR PESQUISA E DESENVOLVIMENTO NO CAMPO AEROESPACIAL. 
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Projeto EXAMETNET
Cadeia Inter-Americana experimental de foguetes meteorológicos, junto com a NASA e a CNI (Argentina).
Foguetes (todos americanos):
ARCAS
11,4cm de diâmetro e 2,3m de comprimento, pesava 32kg.
Propelente: grão estável de alta energia, com 18kg com queima prolongada de 30s, queimando de baixo p/ cima, qual um cigarro. 
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Projeto EXAMETNET
Cadeia Inter-Americana experimental de foguetes meteorológicos, junto com a NASA e a CNI (Argentina).
Foguetes (todos americanos):
HASP
Idêntico ao ARCAS, porém menor.
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Projeto EXAMETNET
Cadeia Inter-Americana experimental de foguetes meteorológicos, junto com a NASA e a CNI (Argentina).
Tentativa brasileira:
DM-6501
GTEPE juntamente com a Avibrás, tentaram construir um foguete no Brasil. Cópia do ARCAS, com diferença no impulso inicial, que não utilizava um cartucho explosivo, mas sim um booster como 1º estágio.
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Fracasso da família DM
Vários lançamentos foram feitos até 1970 (53 no total) com modelos DM-6501, DM-6503, DM-6601, DM-6701, etc....
Depois passou a se chamar SONDA I, e foram feitos mais uns 200 lançamentos até 1977. Em 1978 foi feito o último lançamento do projeto EXAMETNET
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Apoio ao projeto APOLLO
Objetivo: determinação das doses de radiação na região da anomalia magnética por ocasião dos lançamentos no Cabo Canaveral (1967).
Ficaram de prontidão foguetes tipo BLACK BRANT IV.
Em maio de 1968 os técnicos brasileiros começaram a receber treinamento do BBIV, onde se iniciou o mais importante projeto ligado a organizações estrangeiras:
 - Todos os técnicos foram treinados
 - Foi feita uma dissecação plena do foguete
 - Entregaram toda a documentação técnica
 - Tudo foi transferido para a equipe brasileira
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Apoio ao projeto APOLLO
Black Brant IV
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Apoio ao projeto APOLLO
Black Brant IV
 * Two stage rocket consisting of Black Brant VA + Black Brant IIIA or IIIB
 * Payload: 100 kg
 * Maximum flight height: 1,000 km
 * Thrust: 111 kN
 * Mass at launch: 1,356 kg
 * Diameter: 0.44 m
 * Length: 11.06 m
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Família SONDA-III
(todos baseados no BB-IV)
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A MECB (Missão Espacial Completa Brasileira)
1980 – A Presidência aprova a MECB:
 - Planejamento e construção de um campo de lançamento, de forma a tornar-se um local para lançamento de satélites
 - Desenvolvimento de um veículo capaz de orbitar satélites – VLS
 - Desenvolvimento de 2 satélites para coleta de dados ambientais (SCD) e dois para sensoriamento remoto
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O Campo de Lançamento de Alcântara
Veículo Lançador de Satélites:
Peso: 50ton
Tamanho: 19m
Empuxo: 1000kN
Massa de combustível; 41ton
4 motores com ignição simultânea no 1º estágio
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Satélites Brasileiros
SDC-1: leva 100 min para completar umaórbita, a uma velocidade de 27.000km/h. Executa de 12 a 14 passagens sobre o território brasileiro por dia e orbita na linha do Equador. Gira em torno de si mesmo a 120rpm para garantir sua estabilidade. O SDC-2 possui as mesmas características.
CBERS (China-Brazil Earth-Resources Satellite), foi lançado por um foguete chinês em 1999. Faz cerca de 14 revoluções por dia e consegue obter a cobertura completa da Terra em 26 dias. Suas imagens são usadas desde o controle do desmatamento e queimadas na Amazônia Legal, até o monitoramento de recursos hídricos, áreas agricolas, crescimento urbano e ocupação do solo. Além de ser fundamental para grandes projetos nacionais estratégicos, como o SIVAM e a ocupação de espaço definitivo em diversos programas ambientais.
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				A Missão Centenário
A Missão Centenário nasceu de um acordo entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) em 18 de outubro de 2005. O principal objetivo deste tratado seria enviar o primeiro brasileiro ao espaço, o tenente coronel aviador Marcos Pontes.
O nome da missão é uma referência à comemoração do centenário do primeiro vôo tripulado de uma aeronave, o 14 Bis de Santos Dumont, na Paris de 23 de outubro de 1906.
O veículo utilizado para o lançamento da missão foi a nave Soyuz TMA-8, da Roscosmos, e o seu lançamento aconteceu em 30 de março de 2006 (23h30 horário de Brasília) no Centro de Lançamento de Baikonur (Cazaquistão), tendo como destino a Estação Espacial Internacional (ISS).
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O Ten. Cel. Marcos Pontes realizou na ISS oito experimentos científicos, para que pudesse ser analisado o comportamento destes em um ambiente de microgravidade. Os experimentos realizados foram:
 1. Efeito da microgravidade na cinética das enzimas (FEI);
 2. Danos e reparos do DNA na microgravidade (UERJ e INPE);
 3. Teste de evaporadores capilares em ambiente de microgravidade (UFSC);
 4. Minitubos de calor (UFSC);
 5. Germinação de sementes em microgravidade (Embrapa);
 6. Nuvens de interação protéica (CenPRA/MCT);
 7. Germinação de sementes de feijão (Secretaria Municipal de Educação de São José dos Campos-SP);
 8. Cromatografia da clorofila (Secretaria Municipal de Educação de São José dos Campos-SP;
Os experimentos 7 e 8 da lista acima foram acompanhados por alunos de escolas de São José dos Campos por meio da Internet, enquanto realizavam os mesmos experimentos em terra.
				A Missão Centenário

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