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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA OCB Prof. Dr.Odney Carlos Brondino 1 OCB 2011 2 OCB 2011 3 OCB 2011 4 OCB 2011Metodologia de Ensino: Aulas Teoricas 5 OCB 2011 6 OCB 2011 CRITÉRIO DE AVALAIAÇÃO Serão realizadas duas provas obrigatórias (P1 e P2). Às provas não realizadas será atribuída a nota “zero”. A média final (MF) será calculada como: MF = (P1 + P2) 2 Somente no Caso � < 5.0, e presença dentro de estipulado pela 7 MF = 2 Somente no Caso � < 5.0, e presença dentro de estipulado pela UNIVERSIDADE, o aluno deverá realizar uma terceira prova (P3), que tem caráter substitutivo e que versará sobre todo o conteúdo ministrado. Neste caso, a média será recalculada como segue: MF = (PI + P3) 2 onde PI denota a maior nota entre P1 e P2. OCB EM – 2211A MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA P1 30/set P2 25/nov P3 02/DEZP3 Odney C. Brondino COBENGE:CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE 02 A 07/10/2011 SIMPEP: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DE 07 A 09 DE SETEMBRO OCB 2011 METALURGIA 1.1 Conhecendo a redução do minério de ferro Na superfície da Terra há uma imensa variedade de substância formada ao longo de milhares de anos pela natureza. Essas substâncias são chamadas de minerais. Grande parte dos minerais contém metais em sua composição química. Às vezes, dependendo da composição química e da abundância do mineral, é possível a 9 vezes, dependendo da composição química e da abundância do mineral, é possível a extração desses metais. O minério é uma rocha que contém grande quantidade de um elemento químico livre ou combinado com outro elemento. Uma rocha é considerada minério quando tem importância econômica, o que depende da concentração e da viabilidade econômica de extração de uma substância de interesse. Acredita-se que a composição da crosta seja aproximadamente a da Tabela 1.1. OCB 2011 Elemento Percentual em massa Oxigênio - O 46,6 Silício - Si 27,7 Alumínio - Al 8,1 Ferro - Fe 5,0 Cálcio - Ca 3,6 Sódio - Na 2,8 Potássio - K 2,6 Magnésio - Mg 2,1 todos os demais 1,5 Tabela 1.1 - Composição da crosta terrestre 10 todos os demais 1,5 Como se pode notar o metal mais abundante na crosta terrestre é o alumínio. No entanto, muitos metais de grande importância prática são bem mais raros: cobre, tório, urânio, mercúrio, ouro. Os elementos não se encontram uniformemente disseminados pela crosta, havendo regiões mais ricas em um elemento do que outras. Os metais possuem, de um modo geral alta tendência a doar elétrons. Assim, eles freqüentemente são encontrados em seus minérios com número de oxidação positivo, e para que se possa obter o metal a partir do minério, é necessário que ele sofra uma REDUÇÃO. OCB 2011Perceba que se trata exatamente do contrário da corrosão, um processo natural que tende a oxidar os metais. Metalurgia é a seqüência de processos que visa obter um metal a partir do 11 Metalurgia é a seqüência de processos que visa obter um metal a partir do minério correspondente. Podemos esquematizar a metalurgia da seguinte maneira: OCB 2011 Alguns poucos metais podem ser encontrados livres na Natureza na forma de substância simples (ouro, platina, prata) devido a baixa reatividade destes metais. No entanto a maioria dos metais existe na forma de compostos, que estão misturados a outras substâncias. Exemplos de minérios importantes podem ser vistos na Tabela 1.2. Tabela 1.2 - Minérios de vários metais. 12 OCB 2011 2. SIDERURGIA – A METALURGIA DO FERRO 2.1 Ocorrência do Ferro O ferro ocorre na natureza sob forma de óxidos, carbonatos e sulfetos. Tabela 2.1 - Ocorrência do ferro na natureza. 13 OCB 2011 MAGNETITA HEMATITA 14LIMONITA SIDERITA OCB 2011 As maiores jazidas de ferro do mundo localizam-se na Austrália, Brasil, Estados Unidos, Rússia, França e Inglaterra. No Brasil as maiores jazidas encontram-se em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Amapá e Bahia. O principal minério encontrado no Brasil é a hematita com 50 a 70 % de Ferro (8% das reservas mundiais) é de boa qualidade devido aos baixos índices de fósforo e enxofre. 15 2.2.1. Ferro Gusa O ferro gusa (ferro bruto ou ferro de 1a fusão) é a forma intermediária pela qual passa praticamente todo o ferro utilizado na produção do aço. É um produto de primeira fusão obtido a partir da redução do minério em alto-forno. As Figuras 2.1, 2.2 e 2.3, mostram esquemas de um alto forno. OCB 2011 Figura 2.1 - Alto forno siderúrgico 16 OCB 2011 17 Figura 2.2 - Alto forno siderúrgico esquematizado. OCB 2011 Figura 2.3 - Alto forno siderúrgico esquematizado em detalhes. 18 BASE DO FORNO BASE DO FORNO OCB 2011 19 OCB 2011 Minério Coque Zona Granular Zona Alto FornoAlto FornoAlto FornoAlto Forno 20 Zona de Amolecimento e Fusão Zona de Coque Ativa Camada em Amolecimento e Fusão Zona de Combustão Cadinho Zona de Gotejamento Zona de Coque Estagnado OCB 2011 21Figura 2.4. - Carros torpedo OCB 2011 2.2.2. Composição Química e Obtenção do Ferro Gusa O ferro gusa contém em torno 4 % de carbono sob forma de cementita (Fe3C). Possui como principais impurezas o silício (0,3 a 2%), o enxofre (0,01 a 1%), o fósforo (0,05 a 2%) e o manganês (0,5 a 2%). O ferro gusa, também chamado de ferro bruto, ele é duro e quebradiço, com baixa resistência mecânica, devido ao excesso de carbono. Pode ser empregado na fabricação de peças que são submetidas a pequenos esforços. Como dito anteriormente o ferro gusa é obtido a partir da fusão de minério de ferro 22 Como dito anteriormente o ferro gusa é obtido a partir da fusão de minério de ferro em altos fornos. O minério geralmente utilizado é a hematita (Fe2O3), constituído também de sílica (SiO2). O processo tem como início a sinterização ou pelotização do minério que consiste em triturar o minério para aumentar a superfície de contato do material tornando-o de granulometria controlada, o que determinará um melhor rendimento nos alto-fornos modernos. Junto com o minério são incluídos na carga, calcáreo (carbonato de cálcio CaCO3 e dolomita), carvão mineral ou vegetal (C) e ar quente. OCB 2011 O carvão servirá para reduzir o minério e produzir energia, o calcáreo servirá como fundente. O minério, coque e fundentes descem pelo alto-forno, enquanto o ar é soprado diretamente no fundo próximo a base. O coque desempenha dois papéis: fornecer calor para as reações redutoras na fusão e reduzir o minério a ferro. A corrente de ar acelera a combustão do coque e forma óxidos de carbono que reduzem o resto do mineral. Por outro lado, o fundente 23 forma escória, que absorve e separa da massa líquida os elementos indesejáveis. A massa em fusão e a escória fluem através da carga até ao cadinho; a escória menos densa flutua sobre o ferro e ambos podem ser sangrados em separado e a intervalos através de um orifício. Todo o ferro produzido vai na sua maior parte, ser refundido, dado que nesta fase é quebradiço e sem aplicação direta. O funcionamento do forno é contínuo, com o carregamento das matérias primas são carregadas no topo e o ferro e escória são retirados pelo fundo. A produção só se interrompe para reparações, como a mudança do revestimento. OCB 2011 24 OCB 2011 A maior percentagem do ferro obtido destina-se à produção de aço e a escória emprega-se para nivelamento de terrenos, e, triturada, como isolante na fabricação de cimento, além de outros empregos. A riqueza em monóxido de carbono e hidrogênio do gás que escapa pelo topo permite empregá-lo como combustível destinado a aquecer as estufas, ou para outros fins dentro da instalação. O pó dos fumos é recuperado sob a forma de blocos que se juntam à carga. A produção diária em média de um alto forno varia de 2.000 a 10.000 toneladas. 25 Os altos-fornos que utilizam coque têm uma altura de até 35m, e os que empregam carvão vegetal, até 20m. OCB 2011 A carga do alto forno para a produção de 1 tonelada de FerroGusa pode requerer: �1,7 toneladas de minério (Fe2O3 + SiO2 ) �0,25 tonelada de calcáreo (CaCO3) �0,5 tonelada de carvão (CVegetal ou CMineral) �2 toneladas de ar (H20, N2, O2, ...) 26 �total aproximado de carga: 4,45 toneladas �Gerando aproximadamente: �1 tonelada de Ferro Gusa (~22,5% da carga) �0,2 a 0,4 tonelada de escória �2,3 a 3,5 toneladas de gás (aproveitável). OCB 2011 2.3. Reações químicas no alto-forno 2.3.1. Produção de energia e formação de monóxido de carbono (CO) A queima de carvão ativado pela entrada de ar quente fornece calor e monóxido de carbono, este último importante na redução do minério. A oxidação do carbono ocorre próximo a entrada de ar (ventaneiras), próximo a base do alto-forno. O excesso de CO torna o gás do alto forno combustível. 27 2.3.2. Redução do ferro O ferro do minério deve ser reduzido a ferro metálico. O monóxido de carbono serve para reduzir o ferro. OCB 2011 2.3.3. Redução do silício, fósforo e manganês Nas temperaturas mais baixas da parte superior do alto-forno; ocorre a seguinte reação: Nas altas temperaturas : 28 Esta última reação é incompatível em alto-forno, praticamente todo o fósforo do minério é incorporado no ferro gusa. 2.3.4. Reação da escória OCB 2011 O silicato de cálcio recebe o nome de escória e depositam-se no cadinho sobre o ferro, evita a oxidação e é retirada periodicamente. As escórias são utilizadas na produção de tijolos, blocos e concretos. O gusa em suas diferentes formas tem campo de aplicação bastante vasto. Gusa branco - de fratura clara, em que o carbono se acha quase todo combinado com o ferro em forma de carbonetos, sendo pobre em silício. O gusa branco é usado na fabricação do aço. Gusa cinzento - de fratura escura, em que o carbono se acha em maior parte livre 29 Gusa cinzento - de fratura escura, em que o carbono se acha em maior parte livre sob a forma de grafita, sendo rico em silício. O gusa cinzento é usado na fabricação de peças de ferro fundido Gusa fosforoso - Produto com elevado teor de fósforo, resultante do emprego de minérios fosforosos e usado na fabricação do aço por processo básico (conversor Thomas). O conversor ou processo Thomas foi proposto pelo inglês Thomas em 1878, é utilizado para os ferros ricos em fósforo. O ar é insuflado por baixo do conversor e se assemelha muito ao conversor ou processo Bessemer
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