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Desenvolvimento Sustentável - FAVENI

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1 
 
SUMÁRIO 
1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: ............................................ 3 
1.1 Alternativas e Impasses ............................................................... 3 
2 INDICE DE “DS” ................................................................................. 5 
3 NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E SEUS INDICADORES .................... 7 
4 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE ...................................... 10 
5 COMPORTAMENTO HUMANO VOLTADO AO MEIO AMBIENTE . 12 
6 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ........................................... 16 
7 ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE ............................................. 19 
7.1 Os Principais Ecossistemas Brasileiros ..................................... 19 
8 TIPOS ASSOCIADOS A CURSOS D'ÁGUA .................................... 39 
9 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS 
HÍDRICOS ........................................................................................................ 42 
10 COMO RESOLVER O PROBLEMA DO LIXO? ................................... 48 
10.1 Reciclagem: a indústria do presente ....................................... 49 
10.2 Para onde vai o lixo? .............................................................. 51 
11 EMBALAGEM: QUANTO MAIS SIMPLES, MELHOR ................... 58 
12 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS – LEI 12.305/2010 ........... 60 
13 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL .......................................................... 81 
14 POLÍTICA AMBIENTAL ................................................................. 83 
15 DIREITO AMBIENTAL .................................................................. 86 
15.1 Princípios Próprios do Direito Ambiental ................................ 86 
15.2 Lei de Política Nacional do Meio Ambiente ............................ 88 
15.3 Licenciamento ambiental: ....................................................... 90 
16 DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL .............................................. 91 
 
2 
 
17 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO AMBIENTAL 
BRASILEIRO .................................................................................................... 96 
18 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ............................. 97 
18.1 Áreas degradadas: formas e exemplos de degradação ......... 97 
19 CONCEITOS BÁSICOS DE RECUPERAÇÃO, REABILITAÇÃO E 
RESTAURAÇÃO ............................................................................................. 102 
20 A IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR ........................................... 103 
20.1 Formas de recuperação da mata ciliar ................................. 103 
21 Procedimentos básicos para o sucesso do reflorestamento ....... 105 
21.1 Seleção de Espécies: ........................................................... 105 
BIBLIOGRAFIA .................................................................................... 106 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: 
1.1 ALTERNATIVAS E IMPASSES 
 
 
Fonte: www.jornaloliberal.net 
 
Antes mesmo que a ideia de desenvolvimento humano começasse a ser 
assimilada, também ganhava força uma expressão concorrente: 
desenvolvimento sustentável (DS). Já a partir de 1992, um movimento 
internacional foi lançado pela Comissão para o Desenvolvimento Sustentável 
(CSD) das Nações Unidas com o objetivo de construir indicadores de 
sustentabilidade. Reunindo governos nacionais, instituições acadêmicas, 
ONG’s, organizações do sistema das Nações Unidas e especialistas de todo o 
mundo, esse movimento pretende pôr em prática os capítulos 8 e 40 da “Agenda 
21” firmada na Eco- 92, referentes à necessidade de informações para a tomada 
de decisões. 
Em 1996, a CSD publicou o documento “Indicadores de desarollo 
sostenible: marco y metodologías”, que ficou conhecido como “Livro Azul”. 
 
4 
 
Continha um conjunto de 143 indicadores, que foram quatro anos depois 
reduzidos a uma lista mais curta, com apenas 57, mas acompanhados de fichas 
metodológicas e diretrizes de utilização. Foram cruciais para que o 
 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) viesse a publicar - em 
2002 e 2004 - os primeiros indicadores brasileiros de desenvolvimento 
sustentável. 
A importância desses dois pioneiros trabalhos do IBGE não deve ser 
subestimada pelo fato da maioria de suas estatísticas e indicadores se referir 
mais ao tema do desenvolvimento do que ao tema da sustentabilidade. Foi a 
primeira vez que uma publicação dessa natureza incluiu explicitamente a 
dimensão ambiental ao lado da social, da econômica e da institucional. Não se 
deve esquecer que os temas ambientais são mais recentes e por isso não 
contam com uma larga tradição de produção de estatísticas. Mesmo assim, e 
apesar da imensa dificuldade de encontrar informações confiáveis sobre os 
principais objetivos de conservação do meio ambiente, foi possível apresentar 
17 indicadores fundamentais, organizados em cinco temas essenciais: 
“Atmosfera”, “Terra”, “Oceanos, mares e áreas costeiras”, “Biodiversidade” e 
“Saneamento”. 
 
 
5 
 
2 INDICE DE “DS” 
 
Fonte: jornalggn.com.br 
Todavia, uma rápida consulta aos resultados desses dois primeiros 
esforços certamente provocará a seguinte indagação: poderá surgir daí um 
índice sintético de desenvolvimento sustentável? A resposta mais sensata 
parece ser negativa, porque índices compostos por várias dimensões (que, por 
sua vez, resultam de diversas variáveis) costumam ser contraproducentes, para 
não dizer enganosos ou traiçoeiros. Por outro lado, sem um bom termômetro de 
sustentabilidade, o mais provável é que todo mundo continue a usar apenas 
índices de desenvolvimento (quando não de crescimento), deixando de lado a 
dimensão ambiental. 
Se o próprio desenvolvimento tout court não pode ser representado por 
um único número, o que dizer, então, sobre o desenvolvimento sustentável? 
Tanto quanto um piloto precisa estar permanentemente monitorando os diversos 
indicadores que compõem seu painel, qualquer observador do desenvolvimento 
sustentável será necessariamente obrigado a consultar dezenas de estatísticas, 
sem que seja possível amalgamá-las em um único índice. Talvez seja essa a 
razão que faz o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) 
não ter se lançado na construção de um índice de desenvolvimento sustentável 
equivalente ao IDH. 
 
6 
 
Isto não impede, contudo, que se procure elaborar um índice de 
sustentabilidade ambiental, em vez de desenvolvimento sustentável, para que 
possa ser comparado com outros índices de desenvolvimento, como os que 
foram mencionados no início deste livro. Ou ainda, que se prefira representações 
gráficas multifacetadas, em vez de um número índice. A ideia foi apresentada 
em 2002 ao Fórum Econômico Mundial por um grupo de trabalho formado por 
pesquisadores de duas universidades americanas. 
Com 68 variáveis referentes a 20 indicadores essenciais, o índice de 
sustentabilidade ambiental elaborado por pesquisadores de Yale e Columbia 
pôde ser calculado para 142 países. Esse índice considera cinco dimensões: 
sistemas ambientais, estresses, vulnerabilidade humana, capacidade social e 
institucional, e responsabilidade global. O primeiro envolve quatro sistemas 
ambientais: ar, água, solo e ecossistemas. O segundo considera estresse algum 
tipo muito crítico de poluição, ou qualquer nível exorbitante de exploração de 
recurso natural. No terceiro, a situação nutricional e as doenças relacionadas ao 
ambiente são entendidas como vulnerabilidades humanas. A quarta dimensão 
se refere à existência de capacidade sócio institucional para lidar com os 
problemas e desafios ambientais. E na quinta entram os esforços e esquemas 
de cooperação internacional representativos da responsabilidade global. 
As premissas básicas que norteiam essas cinco dimensões foram bem 
explicitadas pelos pesquisadores. Em primeiro lugar, é necessário que ossistemas ambientais vitais sejam saudáveis e não entrem em deterioração. 
Também é essencial que os estresses antrópicos sejam baixos e não causem 
danos aos sistemas ambientais. Em terceiro, a alimentação e a saúde não 
devem ser comprometidas por distúrbios ambientais. Em quarto, é preciso que 
existam instituições, padrões sociais, habilidades, atitudes e redes que 
fomentem efetivas respostas aos desafios ambientais. E, em quinto, há que 
cooperar para o manejo dos problemas ambientais comuns a dois ou mais 
países, além de reduzir os “transbordamentos” de problemas ambientais de um 
país para outro. 
 
 
7 
 
3 NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E SEUS INDICADORES 
 
Fonte: geranegocios.com 
 Retornos sustentados sobre o capital investido no longo prazo e, 
em certa medida, o crescimento dos negócios requerem, cada vez mais, o 
enfrentamento das questões de desenvolvimento social e de sustentabilidade 
que influenciam e são influenciadas pelas ações das empresas no mercado, por 
interesses setoriais, por demandas das comunidades do entorno e pelo próprio 
sistema capitalista em sua versão neoliberal local. 
Na prática, a sustentação de resultados acima da média em prazos mais 
elásticos parece exigir formulações estratégicas e direcionamentos operacionais 
que conjuguem, em uma mesma unidade de performance, retornos econômicos, 
sociais, ambientais e culturais diferenciados. Assim como parece induzir a 
composição, com outros atores, de arranjos produtivos que potencializem ou 
ampliem, por um lado, escala e participação de mercado; por outro, 
infraestrutura, recursos, tecnologia apropriada, competências, sensibilidade 
social (social responsiveness) e capacidade de inovar. 
A maximização das condições de produzir, comercializar, comunicar, 
oferecer produtos e serviços inovadores, promover desenvolvimento, valorizar 
 
8 
 
direitos humanos, dar conta dos impactos no entorno inerentes ao negócio, lidar 
com a concorrência, abrir novos mercados e estar próximo aos clientes onde 
quer que eles estejam neste mundo globalizado parece tender a se viabilizar, 
cada vez mais, a partir de arranjos produtivos capazes de conjugar investidores, 
especialistas, empresas, financiadores, organizações da sociedade civil, 
instituições de pesquisa e desenvolvimento e organismos de governo. 
Entretanto, é preciso resolver antes e sempre, o curto prazo. Sem atingir 
o resultado do dia, da semana, da quinzena, do mês, do semestre e do ano não 
haverá argumento válido para transformações a longo prazo, menos ainda para 
a inclusão da perspectiva socioambiental no ambiente de negócios. Até porque 
é difícil distinguir entre dispersão de recursos e investimentos em iniciativas 
voltadas a resultados de longo prazo; assim como é difícil decidir se a melhor 
alternativa está mesmo no horizonte do tempo. Os resultados imediatos, 
portanto, precisam ser obtidos enquanto se constroem as plataformas do futuro. 
Presente e futurosão pensados e articulados juntos, no presente; e essa é uma 
tarefa que, em certa medida, pode envolver diferentes atores. 
Explorar sinergias e complementaridades é, portanto, fator de 
competitividade, de promoção do desenvolvimento e de enfrentamento de 
questões de sustentabilidade. A melhor performance depende, entretanto, da 
qualidade intrínseca dos arranjos produtivos. 
Em outras palavras, depende da natureza do engajamento ( legitimidade, 
motivação, visão de futuro e compartilhamento de crenças, significados e valores 
dos diferentes atores), da capacidade de construírem, consolidarem e manterem 
em permanente desenvolvimento um ambiente capaz de gerar resultados 
(econômicos, sociais, ambientais e culturais) sustentados a longo prazo, da 
qualidade dos vínculos (transparência, confiança e proximidade entre os atores), 
da eficácia dos mecanismos de interação e cooperação e da capacidade de 
reconhecimento sincero dos interesses legítimos dos atores envolvidos. 
No plano operacional, depende do empenho em se encontrar uma fórmula 
aceita para a responsabilização (accountability), o acompanhamento, controle e 
auditoria dos processos e a apropriação dos resultados e dos impactos 
decorrentes da ação conjunta, tanto os de natureza econômico-financeira como 
 
9 
 
os sociais, ambientais e culturais; tanto os tangíveis quanto os intangíveis. Trata-
se de um desafio enorme para a gestão contemporânea por conta, 
principalmente, de alguns fatores: da baixa competência das organizações para 
se integrarem à lógica e às dinâmicas sociais típicas de ambientes multi-
stakeholders, naturalmente inclusivas e, portanto, complexas; da prevalência do 
individualismo, mesmo quando há valorização do teamwork; das dificuldades de 
formulação e legitimação de decisões complexas em ambientes organizacionais 
que supervalorizam a lógica exclusiva e direta do capital, as relações de poder, 
o imediatismo, o autoritarismo e o pragmatismo, que são aspectos culturais 
cultuados no neoliberalismo. Soma-se a isso, a existência de interesses 
imbricados de diferentes arranjos produtivos com que os mesmos atores, ou 
parte deles, possam estar envolvidos, e que são cada vez mais prováveis pela 
necessidade de ampliação das fontes de geração de riqueza e minimização dos 
riscos além das incertezas impostas tanto pelo ambiente competitivo como pelo 
ambiente social. 
Segundo o World Business Council for Sustainable Development 
(WBCSD): “Responsabilidade Social Corporativa (CSR) é o comprometimento 
permanente das empresas em agir eticamente e contribuir para o 
desenvolvimento econômico ao mesmo tempo em que melhora a qualidade de 
vida da força de trabalho e de suas famílias bem como da comunidade local e 
da sociedade em geral”. 
Para Kellie A. McElhaney da Haas School of Business da Universidade da 
Califórnia em Berkeley, os termos Responsabilidade Social Corporativa, 
Desenvolvimento Sustentável e Cidadania Corporativa são os mais comumente 
utilizados no mundo de negócios, sendo que em seus cursos em Berkeley bem 
como no Center for Resonsible Business por ela dirigido o termo utilizado é 
“Corporate Social Responsibility” o qual é considerado idêntico a “Sustainable 
Development”. 
A aderência ao conceito ou a busca de se ter e desenvolver “Corporate 
Social Responsibility” (CSR) ou Responsabilidade Social Corporativa será aqui 
usado alternativamente ou de maneira intercambiável para identificar empresas 
que buscam ser sustentáveis conforme a seguir definido, ou seja, perseguindo o 
 
10 
 
“triple bottom line”. Uma estratégia corporativa ampla e de longo-prazo, integrada 
com os objetivos centrais do negócio e com as suas competências essenciais 
atuando para criar mudança social positiva e valor para o negócio e que está 
inserida nas operações negociais do dia a dia é o que se pode chamar de CSR 
Estratégica ou ainda Sustentabilidade Estratégica. 
4 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: planetasustentavel.abril.com.br 
 
As análises realizadas através do uso de indicadores vêm ganhando peso 
nas metodologias utilizadas para resumir a informação de caráter técnico e 
científico, permitindo sua transmissão de forma sintética, desde que preservada 
a essência da informação e utilizadas apenas as variáveis que melhor servem 
os objetivos e não todas as que podem ser medidas ou analisadas. A informação 
é assim mais facilmente utilizável por tomadores de decisão, gestores, políticos, 
grupos de interesse ou pelo público em geral. 
A formulação de indicadores pressupõe a disponibilidade de informações 
e dados confiáveis e comparáveis num determinado período de tempo. Esse é o 
principal desafio que se apresenta, ou seja, apontar caminhos para a 
identificação de parâmetros confiáveis e comparáveis no tempo para a 
averiguação do cumprimento e do progresso das práticas de gestão sustentável 
 
11 
 
de maneira custo-efetiva. Há grande variabilidadede tipos e qualidade de 
informações que podem impedir sua comparação, daí ser necessário identificar 
alguns parâmetros comparáveis, legitimados pelas partes interessadas e 
convenientes para o sistema em questão. 
 
 
 
Fonte: www.atomra.com.br 
 
Não se pode deixar de mencionar que a utilização de indicadores e índices 
não é uma abordagem pacífica. Sempre se recobre de alguma controvérsia, em 
face das simplificações que são efetuadas na aplicação destas metodologias. As 
eventuais perdas (ou descontinuidade) de informação têm constituído um 
entrave à adoção de forma generalizada e consensual dos sistemas de 
indicadores e índices. 
“Indicadores - parâmetros selecionados e considerados isoladamente ou 
combinados entre si, sendo de especial pertinência para refletir determinadas 
condições dos sistemas em análise (normalmente são utilizados com pré-
tratamento, isto é, são efetuados tratamentos aos dados originais, tais como 
médias aritméticas simples, percentuais, medianas, entre outros)”. Definidos, 
aceitos e inseridos nos processos de gestão de uma instituição (governos, 
empresas ou outras organizações da sociedade civil) um dado conjunto de 
 
12 
 
indicadores pode revelar a situação atual dessa instituição (e daí permitir 
compará-la com outras de mesma natureza) ou indicar sua evolução em relação 
a sua própria situação em algum momento anterior. 
 
5 COMPORTAMENTO HUMANO VOLTADO AO MEIO 
AMBIENTE 
 
 
Fonte: meioambientetecnico.blogspot.com.br 
 
 A sede econômico-financeira do homem aliada à hiperexpansão 
populacional vem, nesta Era da Globalização, provocando desenfreada e 
desrespeitosa exploração de recursos naturais sem nenhuma consideração a 
normas de proteção ao meio ambiente levando, consequentemente, à 
degradação do mesmo. 
 Em meio ao desenvolvimento tecnológico está a natureza, não 
sabemos se acuada ou esquecida, deixada de lado pelo homem no que tange 
 
13 
 
aos cuidados relativos à preservação. Esta, no entanto, é a única contribuição 
que nos é cobrada em troca do fornecimento de frutos, ar respirável, a 
biodiversidade de nossos ecossistemas, da flora, terras férteis e belíssimas 
paisagens. 
Esta é uma luta Global e Humanitária onde, independente de campanhas 
como a Rio + 10, dentre muitas outras, o homem deveria conscientizar-se e 
contribuir individual e coletivamente na busca do equilíbrio ecológico do meio. 
Nós brasileiros temos o direito ao meio ambiente garantido 
constitucionalmente. A Carta Magna vigente, em seu art. 225, nos garante o 
direito de usufruir o meio ambiente e o dever de defendê-lo e preservá-lo para 
as presentes e futuras gerações. Ocorre que, a maioria das pessoas, sendo 
raríssimas as exceções, tanto naturais como jurídicas, vêm se interessando 
somente em exercer o direito, mas não cumprir o dever. 
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental previsto no inciso III do artigo 9º 
da Lei n.º 6.938/81 e no art. 225, § 1º da Constituição Federal, dispõe a respeito 
da obrigatoriedade e importância deste estudo, que é tratado 
constitucionalmente como poder-dever do Poder Público. Ou seria “dever-
poder”? O Estudo prévio de Impacto Ambiental é uma manifestação significativa 
do princípio da prevenção e constitui um dos instrumentos básicos da Política 
Nacional do Meio Ambiente. Tem a função de apontar os possíveis riscos que 
um projeto pode oferecer à natureza e indicar uma solução para a implantação 
do projeto de forma a combater e prevenir um possível dano ambiental. 
São merecedoras de gratificações as grandes empresas de elevada 
produção que, em meio a este escopo, preocupam-se não só com o lucro, mas 
também com a preservação da natureza. Tais empresas são dotadas de 
certificados como a ISO 14001, comprovadores e reconhecedores de tal mérito 
e passam a valorizar cada particularidade do sistema natural, ou seja, 
comprometem-se com a coleta seletiva do lixo e a reciclagem do mesmo, 
gerando economia de energia e proteção sistemática do Meio Ambiente. 
Trabalham intensamente no combate ao desperdício de todo gênero natural, 
como a água, o solo e a energia. 
 
 
14 
 
 
Fonte: meioambiente.culturamix.com 
As consequências do efeito estufa são facilmente notadas. Podemos citar 
a título de ilustração, o derretimento de geleiras nos polos e degradação da 
camada de ozônio. 
Apesar de campanhas mundiais e divulgação de estatísticas, a sede 
humana de exploração, consumo e lucro é cada vez maior. 
Na “Guerra Econômica” travada entre Nações, o homem vem destruindo 
algo que lhe pertence e, tal situação, aliada ao hipercrescimento populacional 
traz como consequências o aumento do consumo, a exploração do solo em larga 
escala, descarga de dejetos e emissão de CO2, contribuindo para um meio 
desequilibrado. 
Populações sofrem com catástrofes meteorológicas, como enchentes, 
passam fome devido à ausência de solos férteis devido à seca, escassez de 
água potável além de problemas respiratórios causados pelo ar impuro 
impregnado de agentes fruto do efeito estufa. Este, um dos maiores 
demonstradores do descaso ambiental, que vem sendo contribuído pela queima 
de combustíveis fósseis como a gasolina e também pelas queimadas de 
florestas. Inicialmente, sofre a vegetação, a flora, a fauna, atingindo a 
biodiversidade e, “futuramente”, o homem, através da escassez de recursos 
 
15 
 
naturais, poluição atmosférica, e de um bem utilizado sem cautela: a água. Esta 
é o petróleo do futuro. 
Desastres ecológicos ocorrem e a não reparação destes pelos seus 
agressores é, muitas vezes, acobertada pela impunidade. Infelizmente, temos 
que acreditar que são necessárias normas impositivas de sanção para que o 
homem se eduque em relação aos cuidados com algo que é seu por direito. Foi 
preciso a criação de legislações de Direito Ambiental com normas coercitivas, 
onde o homem vê-se obrigado a preservar seu ambiente e sobrepujar seu 
eterno animus lucrandi. Foi preciso impor sanções como multas pecuniárias e 
até mesmo penas restritivas de liberdade dentre outras para o homem respeitar 
seu direito. Parece inacreditável, mas é a realidade. Devemos ser gratos ao 
legislador por nos coagir à preservação de “nossa natureza”. 
As civilizações estão sendo dominadas pelo consumismo e, em 
contrapartida, pelo desejo desenfreado de poder econômico-financeiro, não 
tendo a preocupação adequada com a preservação de um bem que, se utilizado 
racionalmente, seria contribuindo para a manutenção dessas vontades 
eternamente, de modo que, como vem sendo utilizado está a ponto de 
desencadear, a níveis mundiais, uma enorme catástrofe ambiental e, 
consequentemente, econômica, política e financeira, trazendo uma infinidade de 
prejuízos para a humanidade, principalmente para as gerações futuras. 
A sustentabilidade do Meio Ambiente depende exclusivamente de uma 
consciência universal e respeito os Paradigmas da Ecologia e dos processos 
naturais para a evolução da Humanidade. 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: alunosonline.uol.com.br 
6 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
"O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração 
atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as 
suas próprias necessidades", esta é a definição mais comum 
de desenvolvimento sustentável. Ela implica possibilitar às pessoas, agora e 
no futuro, atingir um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e 
de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável 
dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. Em 
resumo, é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. 
Um desenvolvimento sustentável requer planejamento e o 
reconhecimento de que os recursos são finitos. Ele não deve ser confundido com 
crescimento econômico, pois este, em princípio, depende do consumo crescente 
de energia e recursos naturais. O desenvolvimento nestasbases é insustentável, 
pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade 
depende. 
O conceito de desenvolvimento sustentável procura harmonizar os 
objetivos de desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e a 
conservação ambiental. 
 
17 
 
O conceito de desenvolvimento sustentável foi reconhecido 
internacionalmente em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Suécia. A comunidade 
internacional adotou a ideia de que o desenvolvimento socioeconômico e o meio 
ambiente, até então tratados como questões separadas, podem ser geridos de 
uma forma mutuamente benéfica. 
Em 1983, é estabelecida a Comissão Mundial das Nações Unidas sobre 
o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Esta comissão foi incumbida de investigar 
as preocupações levantadas nas décadas anteriores acerca dos graves e 
negativos impactos das atividades humanas sobre o planeta, e como os padrões 
de crescimento e desenvolvimento poderiam se tornar insustentáveis caso os 
limites dos recursos naturais não fossem respeitados. O resultado desta 
investigação foi o Relatório "Nosso Futuro Comum" publicado em abril de 1987. 
O documento ficou conhecido como Relatório Brundtland, em referência 
à Gro Harlem Brundtland, ex-primeira ministra norueguesa e médica que chefiou 
a comissão da ONU responsável pelo trabalho. O Relatório Brundtland 
formalizou o conceito de desenvolvimento sustentável e o tornou conhecido do 
público. 
 
 
Fonte: importancia.com.br 
"Satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade 
das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades ", cerne do conceito 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Mundial_sobre_Meio_Ambiente_e_Desenvolvimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comiss%C3%A3o_Mundial_sobre_Meio_Ambiente_e_Desenvolvimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Brundtland
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gro_Harlem_Brundtland
 
18 
 
de desenvolvimento sustentável se tornou o fundamento da Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), realizada no 
Rio de Janeiro em 1992. O encontro foi um marco internacional, que reconheceu 
o desenvolvimento sustentável como o grande desafio dos nossos dias, e 
também assinalou a primeira tentativa internacional de elaborar planos de ação 
e estratégias neste sentido. 
O campo do desenvolvimento sustentável pode ser dividido em quatro 
componentes: a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade econômica, 
a sustentabilidade sociopolítica e a sustentabilidade cultural. 
A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e 
componentes dos ecossistemas para assegurar que continuem viáveis – 
capazes de se auto reproduzir e se adaptar a alterações, para manter a sua 
variedade biológica. É também a capacidade que o ambiente natural tem de 
manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo 
em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de 
energias renováveis. 
A sustentabilidade econômica é um conjunto de medidas e políticas 
que visam a incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. O 
lucro passa a ser também medido através da perspectiva social e ambiental, o 
que leva à otimização do uso de recursos limitados e à gestão de tecnologias de 
poupança de materiais e energia. A exploração sustentável dos recursos evita o 
seu esgotamento. 
A sustentabilidade sociopolítica é orientada para o desenvolvimento 
humano, a estabilidade das instituições públicas e culturais, bem como a 
redução de conflitos sociais. É um veículo de humanização da economia, e, ao 
mesmo tempo, pretende desenvolver o tecido social nos seus componentes 
humanos e culturais. 
Vê o ser humano não como objeto, mas sim como objetivo do 
desenvolvimento. Ele participa na formação de políticas que o afetam, decide, 
controla e executa decisões. 
A sustentabilidade cultural leva em consideração como os povos 
encaram os seus recursos naturais, e sobretudo como são construídas e tratadas 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eco-92
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eco-92
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_ambiental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_econ%C3%B4mica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel#Sustentabilidade_s.C3.B3cio-politica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_Cultural
 
19 
 
as relações com outros povos a curto e longo prazo, com vista à criação de um 
mundo mais sustentável a todos os níveis sociais. A integração das 
especificidades culturais na concepção, medição e prática do desenvolvimento 
sustentável é fundamental, uma vez que assegura a participação da população 
local nos esforços de desenvolvimento. 
 
7 ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE 
7.1 Os Principais Ecossistemas Brasileiros 
O Brasil possui uma grande diversidade de ecossistemas. Quase todo o 
seu território está situado na zona tropical. Por isso, nosso país recebe grande 
quantidade de calor durante todo o ano, o que favorece essa grande diversidade. 
Veja, no mapa a seguir, exemplos dos principais ecossistemas encontrados no 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.sobiologia.com.br 
Floresta Amazônica: Estende-se além do território nacional, com chuvas 
frequentes e abundantes. Apresenta flora exuberante, com espécies, como a 
seringueira, o guaraná, a vitória-régia, e é habitada por inúmeras espécies de 
animais, como o peixe-boi, o boto, o pirarucu, a arara. Para termos uma ideia da 
riqueza da biodiversidade desses ecossistemas, ele apresenta, até o momento, 
1,5 milhão de espécies de vegetais identificadas por cientistas. 
 
20 
 
 Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de km², 
a Floresta Amazônica é a principal cobertura vegetal do Brasil, ocupando 45% 
do nosso território, além de espaços de mais nove países, sendo também a 
maior floresta tropical do mundo. É chamada de Floresta latifoliada equatorial. 
A Floresta Amazônica caracteriza-se por ser heterogênea, havendo um 
elevado quantitativo de espécies, com cerca de 2500 tipos de árvores e mais de 
30 mil tipos de plantas. Além disso, ela é perene, ou seja, permanece verde 
durante todo o ano, não perdendo as suas folhas no outono. Apresenta uma 
densidade elevada, o que é propício ao grande número de árvores por m². 
 Costuma-se classificar essa floresta conforme a proximidade dos 
cursos d’água. Dessa forma, existem três subtipos principais: mata de igapó, 
mata de várzea e mata de terra firme. 
 Mata de igapó: também chamada de floresta alagada, a mata de 
igapó caracteriza-se por se localizar muito próxima aos rios, estando 
permanentemente inundada. Apresenta plantas de pequeno porte em 
comparação ao restante da vegetação da Amazônia e que costumam ser 
hidrófilas, ou seja, adaptadas à umidade. Possui, em geral, raízes elevadas que 
acompanham os troncos. 
 
 
 
Fonte: www.colegioweb.com.br 
 
 
21 
 
Mata de várzea: assim como a mata de igapó, a várzea também sofre 
com as inundações, porém apenas no período das cheias dos grandes rios, por 
se encontrar em áreas um pouco mais elevadas. É uma mata muito fechada, 
com elevada densidade, árvores altas (em média 20m de altura) e, em geral, 
com galhos espinhosos, o que dificulta o seu acesso. As espécies mais 
conhecidas são o Jatobá e a Seringueira, essa última muito usada na extração 
de látex, a matéria-prima da borracha. 
Mata de terra firme: também chamada de caetê, a mata de terra firme 
caracteriza-se por se encontrar relativamente distante dos grandes cursos 
d’água, localizando-se em planaltos sedimentares. Em razão disso, não costuma 
ser alvo de inundações, recobrindo a maior parte da floresta e apresentando as 
maiores médias de altura (algumas árvores chegam a alcançar os 60m). 
A importância da Floresta Amazônica reside, principalmente, em sua 
função ambiental. No entanto, ao contráriodo que muitos pensam, ela não é o 
“pulmão do mundo”, pois o oxigênio por ela produzido é consumido pela própria 
floresta. Sua importância ambiental reside no controle das temperaturas, graças 
ao aumento da umidade, que é resultado da constante evapotranspiração da 
floresta, produzindo massas de ar úmido para todo o continente sul-americano, 
os chamados Rios Voadores. 
É importante não confundir o Bioma Amazônia com a Floresta Amazônica. 
O primeiro termo refere-se às características gerais que envolvem a mata, os 
animais, os rios, os solos e a flora, o segundo limita-se às características da 
floresta. 
 
http://brasilescola.uol.com.br/brasil/rios-voadores-amazonia.htm
 
22 
 
 
Fonte: www.sobiologia.com.brp 
Mata de cocais: A mata de cocais situa-se entre a floresta amazônica e 
a caatinga. São matas de carnaúba, babaçu, buriti e outras palmeiras. Vários 
tipos de animais habitam esse ecossistema, como a arara canga e o macaco 
cuxiú. 
A Mata dos Cocais é um tipo de cobertura vegetal situada entre as 
florestas úmidas da região Norte e as terras semiáridas do Nordeste do Brasil, 
sendo uma zona de transição entre os biomas Caatinga, Floresta 
Amazônica e Cerrado. Abrange predominantemente o Meio-Norte (sub-região 
formada pelos estados do Maranhão e Piauí), mas também se estende pelos 
estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins. 
Influenciado pela sua localização, esse bioma possui três tipos de 
climas: equatorial úmido - quente e chuvoso, predominando em menos de 20% 
do bioma; tropical semiúmido - predomina em mais de 65%, com estações secas 
e úmidas bem definidas e temperaturas médias elevadas; tropical semiárido – 
quente e seco, com chuvas escassas e irregulares, predomina em 15% 
do bioma. 
A Mata dos Cocais se formou ocupando lacunas de outras formações 
vegetais (cerrados e florestas amazonenses), que foram desmatadas para 
criação de pasto e exploração de madeira. Seu solo é rico em minérios 
como ferro, ouro, diamante, bauxita, alumínio e níquel. Uma característica 
interessante é que o solo, na região dos cocais, possui um lençol freático pouco 
profundo, permanecendo úmido o ano inteiro. 
http://www.infoescola.com/geografia/regiao-norte/
http://www.infoescola.com/geografia/regiao-nordeste/
http://www.infoescola.com/biomas/caatinga/
http://www.infoescola.com/biomas/floresta-amazonica/
http://www.infoescola.com/biomas/floresta-amazonica/
http://www.infoescola.com/geografia/cerrados/
http://www.infoescola.com/geografia/clima-equatorial/
http://www.infoescola.com/geografia/bioma/
http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/minerios-de-ferro/
http://www.infoescola.com/rochas-e-minerais/bauxita/
http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/aluminio/
http://www.infoescola.com/hidrografia/lencol-freatico/
 
23 
 
A vegetação da Mata dos Cocais é dominada pela palmeira babaçu 
(sendo a mais importante a Orbignya speciosa), que predomina nos locais mais 
úmidos como o Maranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí. Na área menos 
úmida, que abrange o leste do Piauí e litorais do Ceará e Rio Grande do Norte, 
predomina a palmeira carnaúba (Copernicia cerifera). As outras principais 
palmeiras são o buriti (Mauritia flexuosa) e a oiticica (Licania rigida). Uma grande 
quantidade de arbustos e vegetações de pequeno porte também são 
encontradas nos locais de menores altitudes. 
O babaçu chega a atingir 20 metros de altura e uma árvore pode produzir 
até 2.000 frutos (cocos) por ano. Dentro dos frutos existem as amêndoas, das 
quais é extraído um óleo muito utilizado em diversas indústrias (alimentícias, 
farmacêuticas, químicas, etc.). Outras partes do coco também são aproveitadas, 
como o epicarpo (camada externa), que é utilizado na produção de estofados, 
embalagens, vasos, placas, etc. 
A carnaúba também é utilizada de várias formas. O uso mais importante 
é a extração da cera de suas folhas, que é utilizada na fabricação de diversos 
produtos. Assim, a Mata dos Cocais representa uma importante fonte de renda 
para a população local. 
A fauna nesse bioma é muito diversa, destacando-se a arara-
vermelha, gavião-real, jaguatirica, lobo-guará, macaco cuxiú (endêmico do 
Brasil) e outras muitas espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Nos rios 
vivem a ariranha, o boto, o acará-bandeira (peixe), entre outros. 
A Mata dos Cocais está sendo prejudicada pelo desmatamento 
desordenado para desenvolvimento da pecuária e cultura de soja. Além disso, a 
extração de minerais que ocorre nesse ambiente acaba por fragilizá-lo ainda 
mais. 
 
 
http://www.infoescola.com/aves/arara-vermelha/
http://www.infoescola.com/aves/arara-vermelha/
http://www.infoescola.com/aves/gaviao-harpia/
 
24 
 
 
Fonte: http://www.sobiologia.com.br 
 
 Pantanal mato-grossense: No início da colonização do Brasil, a 
região pantaneira era ocupada índios. Acredita-se que espanhóis vindos pela 
Bolívia iniciaram a colonização da área, por volta de 1.550, antes dos 
portugueses. 
A partir da segunda metade do século XVI, os bandeirantes paulistas 
alcançaram a região, em busca de pedras preciosas e índios como mão-de-obra 
escrava. A hostilidade da região deu origem a muitas lendas e histórias contadas 
até hoje pelos caboclos chamados pantaneiros. Entre elas, há a história do 
Minhocão, uma poderosa cobra, provavelmente identificada como uma sucuri, 
que derrubava barrancos e gritava. Outros contos envolvem onças e seres 
sobrenaturais. 
Uma das últimas regiões a ser ocupada e desenvolvida no Brasil, o 
Pantanal abriga hoje um Parque Nacional, além de muitas fazendas, 
principalmente de gado. 
O Pantanal Matogrossense é uma das mais exuberantes e diversificadas 
reservas naturais do Planeta integrando-o ao acervo dos patrimônios da 
humanidade. É a maior extensão úmida contínua do planeta. Hidrograficamente, 
todo o Pantanal faz parte da bacia do rio Paraguai constituindo-se em uma 
imensa planície de áreas alagáveis. Quando do período das cheias justifica a 
lenda sobre sua origem, que seria um imenso mar interior - o mar de Xaraés. 
http://www.sobiologia.com.br/
 
25 
 
O clima é tipo quente no verão, com temperatura média em torno de 32°C 
e frio e seco no inverno, com média em torno de 21°C, ocorrendo 
ocasionalmente, geadas nos meses de julho e agosto. A união de fatores tais 
como o relevo, o clima e o regime hidrográfico da região favoreceram o 
desenvolvimento de numerosas espécies animais e vegetais que povoam 
abundantemente toda sua extensão. 
O Pantanal entretanto não é um só. Existem 10 (dez) tipos de pantanal na 
região com características diferentes de solo, vegetação e drenagem, são eles: 
 Nabileque - 9,4 %; 
 Miranda, 4,6%; 
 Aquidauana, 4,9 %; 
 Abobral - 1,6 %; 
 Nhecolândia - 17,8 %; 
 Paiaguás - 18,3 %; 
 Paraguai - 5,3 %; 
 Barão de Melgaço - 13,3 %; 
 Poconé - 12,9 %; 
 Cáceres - 11,9 %. 
A beleza proporcionada pela paisagem pantaneira fascina pessoas de 
todo o mundo fazendo com que o turismo se desenvolva em vários municípios 
da região. O desenvolvimento de um pensamento ambientalista e social para o 
pantanal mato-grossense tem levado vários pesquisadores a discutirem o 
impacto da ocupação humana neste ecossistema. 
Dentre os principais problemas ambientais destaca-se: 
 A pesca predatória; 
 A caça de jacarés; 
 A poluição dos rios da bacia do Paraguai; 
 Os garimpos do Estado de Mato Grosso 
 A poluição das águas pelo mercúrio; 
 A hidrovia Paraguai-Paraná 
 
26 
 
Tais questões tem sido alvo de uma extensa discussão e algumas ações 
ambientais por parte dos órgãos ambientais e da comunidade tem coibido tais 
agressões. 
 
 
Fonte: www.sobiologia.com.br 
 
Campos sulinos: No Brasil, o bioma Campos Sulinos abrange parte do 
território do Rio Grande do Sul. São cerca de 170 mil Km2. Além das fronteiras 
do país, ele se estende por terras do Uruguai e da Argentina. 
Os campos sulinos são também conhecidos como pampas,palavra de 
origem indígena que quer dizer “região plana”. Na verdade, os pampas são 
apenas um pedaço das terras dos campos sulinos. O bioma engloba também 
campos mais altos e algumas áreas semelhantes a savanas. 
Nos campos do sul já foram encontradas 102 espécies de mamíferos, 476 
de aves e 50 de peixes. 
Para que você possa imaginar como é a fauna deste bioma, vamos citar 
alguns de seus integrantes. No grupo dos mamíferos, podemos citar o tatu, o 
guaxinim, o zorrilho, o graxaim (Pseudalopex gymnocercus) e outras duas 
espécies em risco de extinção: o gato-dos-pampas ou gato palheiro (Leopardus 
pajeros) e a preguiça-de-coleira. 
Entre as aves mais comuns estão o cisne-de-pescoço-preto, o marreco, a 
perdiz, o quero-quero, o pica-pau do campo e a coruja-buraqueira, que ganhou 
este nome por fazer seus ninhos em buracos cavados no solo. 
 
27 
 
Fazem parte das 50 espécies de peixes catalogadas o lambari-listrado, o 
lambari-azul, o tamboatá, o surubim e o cação-anjo. 
E por lá existem também répteis e insetos. No primeiro grupo está a 
tartaruga-verde-e-amarela, a jararaca-do-banhado, a cobra-cipó e o cágado-de-
barbicha. Entre os insetos, podemos destacar a vespa da madeira e o conhecido 
bicho-da-maçã, também chamado traça-das-frutas. 
São chamados de pampas os campos mais planos que estão localizados 
ao sul do estado do Rio Grande do Sul. Neles existe uma vegetação campestre, 
que parece um imenso tapete verde. Nos pampas predominam espécies que 
medem até um metro de altura. São comuns as gramíneas, que às vezes 
transformam os campos em grandes capinzais. 
Nos pampas a vegetação pode, então, ser considerada rala e pobre em 
espécies. Ela vai se tornando mais rica nas proximidades de áreas mais altas. 
Nas encostas de planaltos, existem matas com grandes pinheiros e outras 
árvores, como a cabreúva, a grápia, a caroba, o angico-vermelho e o cedro. 
Nestas regiões, chamadas de campos altos, é encontrada a Mata de Araucária, 
onde a espécie vegetal predominante é o pinheiro-do-paraná. 
Próximo ao litoral, a paisagem é marcada pela presença de banhados, 
ambientes alagados onde aparecem juncos, gravatás e aguapés. O mais 
conhecido banhado é o de Taim, onde foi criada, em 1998, uma estação 
ecológica administrada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis) para preservação de tão importante 
ecossistema. 
Na região dos pampas o solo é fértil. Por isso, estes campos são 
normalmente procurados para desenvolvimento de atividades agrícolas. 
Ainda mais férteis são as áreas com solo do tipo "terra roxa", batizado 
assim devido ao nome que receberam dos italianos que vieram para o Brasil 
trabalhar na lavoura. Por causa de sua cor avermelhada, eles chamavam o solo 
de terra rossa, pois em italiano, rosso é vermelho. Só que quem começou a 
chamar de terra roxa não sabia italiano e acabou confundindo rosso com roxo 
por conta do som da palavra... 
 
28 
 
Em áreas de planalto os solos são também avermelhados, mas não 
possuem a fertilidade da terra roxa. Na planície litorânea o solo é bastante 
arenoso. 
Algumas áreas dos pampas estão sofrendo processo de desertificação, 
devido à retirada da vegetação nativa e sua substituição por monoculturas ou 
pastos. 
O relevo nos campos sulinos é suavemente ondulado. Predominam 
planícies, mas podem ser encontradas algumas colinas, na região conhecidas 
como “coxilhas”. 
Além das coxilhas existem também alguns planaltos. Cavernas e grutas 
são comuns. A pedra do Segredo, em Caçapava do Sul, tem 160 metros de 
altura e três cavernas em seu interior. 
Destacam-se como rios importantes deste bioma o Santa Maria, o 
Uruguai, o Jacuí, o Ibicuí e o Vacacaí. Estes e outros da região se dividem em 
duas bacias hidrográficas: a Costeira do Sul e a do rio da Prata. Tratam-se de 
rios que apresentam boas condições para navegação, constituindo verdadeiras 
hidrovias na região. 
Próximo ao litoral existem muitos lagos e lagoas. A Lagoa dos Patos, 
localizada no município de São Lourenço do Sul, é a maior laguna do Brasil e a 
segunda maior da América Latina, com 265 km de comprimento. 
O clima da região é o subtropical úmido. O que isso significa? Bom, isso 
quer dizer que, nos campos sulinos, os verões são quentes, os invernos são frios 
e chove regularmente durante todo o ano. 
Quando falamos em invernos frios, estamos falando de temperaturas que 
podem registrar menos que 0º C, ou seja, que podem ser negativas. Quando 
falamos de verões quentes, estamos falando de temperaturas que podem chegar 
a 35º C. É a região com a maior amplitude térmica do país, isto é, onde há maior 
variação de temperatura. 
Não existe estação seca. Nos tempos de frio podem ocorrer geadas. 
Você sabia que neva no Brasil? É verdade. Na época fria chega mesmo a nevar 
em alguns locais do sul do país. 
 
29 
 
 
 
Fonte: www.sobiologia.com.br 
 
 Caatinga: A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que 
significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. 
Possui extensão territorial de 734.478 km², correspondendo a cerca de 10% do 
território nacional. Ela está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do 
Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas 
Gerais. 
 As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25°C 
e 29°C. O clima é semiárido; e o solo, raso e pedregoso, é composto por vários 
tipos diferentes de rochas. 
 A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, 
que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de 
conservação, que não permitem a exploração de recursos naturais. 
 As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira direta 
na vida de uma população de, aproximadamente, 25 milhões de habitantes. 
 As chuvas ocorrem no início do ano e o poder de recuperação do 
bioma é muito rápido, surgem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de 
folhas. 
 
30 
 
 A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os 
baixos níveis de renda e de escolaridade, a falta de saneamento ambiental e os 
altos índices de mortalidade infantil. 
 Desde o período imperial, tenta-se promover o desenvolvimento 
econômico na caatinga, porém, a dificuldade é imensa em razão da aridez da 
terra e da instabilidade das precipitações pluviométricas. A principal atividade 
econômica desenvolvida na caatinga é a agropecuária. A agricultura destaca-se 
na região através da irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e 
açudes. Alguns projetos de irrigação para a agricultura comercial são 
desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio da região, 
juntamente ao Parnaíba. 
 Vegetação – As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, 
adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam 
água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da 
chuva. E há as que contam com recursos pra diminuir a transpiração, como 
espinhos e poucas folhas. A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, 
com árvores de 8 a 12 metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 
metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão 
a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem 
produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas. 
 Fauna – A fauna da caatinga é bem diversificada, composta por 
répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, 
cachorro-do-mato, arara-azul (ameaçada de extinção), sapo-cururu, asa-branca, 
cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros 
animais. 
 Restinga: A restinga é uma planície arenosa costeira, de origem 
marinha, incluindo a praia, cordões arenosos, depressões entre cordões, dunas 
e margem de lagunas, com vegetação adaptada às condições ambientais”. 
Sobre a restinga é possívelse encontrar a vegetação de restinga, que é 
um conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob 
influência marinha e fluvio-marinha, que ocorrem distribuídas em mosaico e em 
 
31 
 
áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas comunidades 
edáficas, por dependerem mais da natureza do substrato que do clima. 
 A cobertura vegetal nas restingas pode ser encontrada em praias e 
dunas, sobre cordões arenosos, e associadas a depressões. Na restinga os 
estágios sucessionais diferem das formações ombrófilas e estacionais, 
ocorrendo notadamente de forma mais lenta, em função do substrato que não 
favorece o estabelecimento inicial da vegetação, principalmente por dissecação 
e ausência de nutrientes. 
O corte da vegetação ocasiona uma reposição lenta, geralmente de porte 
e diversidade menores, onde algumas espécies passam a predominar. Os 
diferentes tipos de vegetação ocorrentes nas restingas brasileiras variam desde 
formações herbáceas, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas, 
chegando a florestas cujo dossel varia em altura, geralmente não ultrapassando 
os 20m. São em geral caracterizada por comunidade com pouca riqueza, quando 
comparada a outras comunidades vegetais, sendo protegidas por lei devido à 
sua fragilidade. 
Em muitas áreas de restinga no Brasil, especialmente no sul e sudeste, 
ocorrem períodos mais ou menos prolongados de inundação do solo, fator que 
tem grande influência na distribuição de algumas formações vegetacionais. A 
periodicidade com que ocorre o encharcamento e a sua respectiva duração são 
decorrentes principalmente da topografia do terreno, da profundidade do lençol 
freático e da proximidade de corpos d’água (rios ou lagoas), produzindo em 
muitos casos um mosaico de formações inundáveis e não inundáveis, com 
fisionomias variadas, o que até certo ponto justifica o nome de “complexo” que é 
empregado para designar as restingas. 
As formações herbáceas ocorrem principalmente nas faixas de praia e 
ante-dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais 
altas, ou então em depressões alagáveis. Nas zonas de praia, dunas frontais e 
dunas mais próximas ao mar, predominam espécies herbáceas, em alguns 
casos com pequenos arbustos e árvores, que ocorrem tanto de forma isolada e 
pouco expressiva, como formando agrupamentos mais densos, com variações 
nas suas respectivas fisionomias, composições e graus de cobertura. A 
 
32 
 
vegetação das praias e dunas tem ocorrência praticamente ao longo de toda a 
costa brasileira, mas a sua exata circunscrição e os termos empregados para 
designá-la variam muito. As pressões antrópicas no sentido de ocupação e 
urbanização da zona costeira já suprimiram muitas áreas representativas desta 
formação em vários pontos no litoral brasileiro. 
As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores 
constituem a restinga propriamente dita são os tipos vegetacionais que mais 
chamam a atenção no litoral brasileiro, tanto pelo seu aspecto peculiar, com 
fisionomia variando desde densos emaranhados de arbustos junto a trepadeiras, 
bromélias terrícolas e cactáceas, até moitas com extensão e altura variáveis, 
intercaladas por áreas abertas que em muitas locais expõem diretamente a 
areia, principal constituinte do substrato nestas formações. Os termos “scrub”, 
“thicket”, “escrube” e “fruticeto” já foram empregados para designar comunidades 
e/ou formações desta natureza, notadamente na região litorânea. 
As formações florestais que ocorrem na planície litorânea brasileira 
variam bastante ao longo da costa, sendo essas variações geralmente atribuídas 
às influências das formações vegetacionais adjacentes e às características do 
substrato, principalmente sua origem, composição e condições de drenagem. 
Estas florestas variam desde formações com altura do estrato superior a 
partir de 5m, em geral livres de inundações periódicas decorrentes da ascensão 
do lençol freático durante os períodos mais chuvosos, até formações mais 
desenvolvidas, com alturas em torno de 15-20m, muitas vezes associadas a 
solos hidro mórficos e/ou orgânicos. 
Estes dois tipos de florestas em geral acompanham as variações 
topográficas decorrentes da justaposição dos cordões litorâneos, ao menos onde 
tais feições são bem definidas. Em locais situados mais para o interior da planície 
costeira, geralmente em terrenos mais deprimidos onde tais alinhamentos não 
são claramente definidos e os solos são saturados hidricamente e têm uma 
espessa camada orgânica superficial, ocorrem florestas mais desenvolvidas 
semelhantes florística e estruturalmente àquelas situadas nas depressões entre 
os cordões. 
 
33 
 
A fauna ocorrente nas restingas brasileiras está relativamente menos 
estudada quando comparada com os conhecimentos que já acumulam-se sobre 
a composição e estrutura dos seus diferentes tipos vegetacionais. Dentre os 
estudo tratando de grupos de animais invertebrados, podem ser mencionados 
os realizados com os artrópodos, notadamente com diferentes grupos de 
insetos, estes constituindo a maioria dos relatos encontrados. A fauna de 
vertebrados ocorrente nas restingas brasileiras também é relativamente pouco 
pesquisada, com destaque para os trabalhos realizados no litoral do Rio de 
Janeiro, principalmente com pequenos mamíferos e répteis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.sobiologia.com.br 
 Manguezal: Os mangues ou manguezais são um ecossistema típico de 
áreas litorâneas, alagadas, onde há o encontro da água do mar com a dos rios 
dando um aspecto salobro à água dessas regiões. É de sua característica a 
transição entre aspectos marinhos e terrestres e sua presença em locais 
com clima tropical ou subtropical. Sua vegetação é composta por três tipos de 
árvores que podem atingir até 20 metros de altura em certos pontos do 
país: Rhizophora mangle (mangue-bravo ou vermelho), Laguncularia 
racemosa (mangue-branco) e Avicena schaueriana (mangue-seriba ou seriúba). 
http://www.estudopratico.com.br/clima-tropical/
 
34 
 
Os mangues estão presentes em diversas partes do mundo como 
Oceania, África, Ásia, alguns países da América e Brasil. No Brasil esse 
ecossistema pode ser encontrado no nordeste do país em Cabo Orange no 
estado do Amapá até a região sul em Laguna em Santa Catarina 
compreendendo um total de 20 mil quilômetros quadrados, 15 % do total em todo 
o mundo. 
Este é um ecossistema rico em diversas espécies de animais como peixe-
boi-marinho, caranguejo, lontra, jacaré, cobras, mexilhão, aranhas, craca, 
lagartos, tartaruga, crocodilos entre outros. 
 Esse tipo de ecossistema possui o solo extremamente rico em 
nutrientes e matéria orgânica, raízes e material vegetal 
em decomposição. 
 As raízes aéreas são uma de suas características mais 
marcantes, e têm como principal função proporcionar a 
respiração das plantas já que o solo é pobre em oxigênio e elas 
obtêm o mesmo fora dele. 
 O cheiro dos mangues também é um aspecto bem 
característico, isso ocorre devido à presença de água salobra e 
matérias vegetais em estado de decomposição. 
 Suas sementes são geralmente compridas, finas e pontudas 
para garantir a reprodução ao se fixarem melhor ao caírem no 
solo úmido. 
 A caça e comércio do caranguejo, espécie com grande 
população nos mangues, é o que garante o sustento de 
diversas famílias que vivem na região. 
Uma das principais ameaças a esse ecossistema é a exploração, (como 
a caça do caranguejo) que teve início com fins comerciais em países da Ásia 
ganhando expansão rápida para demais países detentores de mangues. O uso 
desordenado e de maneira não sustentável de seus recursos causa uma 
depredação quase que irrefreável, em países como Tailândia e Filipinas a área 
de manguezal teve grande parte dizimada por conta da super-exploração, 
http://www.estudopratico.com.br/o-solo-partes-composicao-e-tipos-de-solo/http://www.estudopratico.com.br/a-decomposicao/
 
35 
 
chegando a ser reduzida em 110.000 hectares da área original de 448.000 nas 
Filipinas. 
No Brasil não é diferente, porém algumas leis foram estabelecidas com o 
intuito de promover a preservação dos manguezais. A lei de número 4.771 de 15 
de setembro de 1965 define os mangues como APPs (Área de Preservação 
Permanente), e a Resolução da CONAMA de número 369 de março de 2006 
estabelece a proibição da supressão de vegetação ou qualquer outro tipo de 
intervenção, salvo apenas em casos de utilidade pública para as áreas de 
mangues. Ainda assim esse ecossistema é o mais ameaçado dentre todos nos 
Brasil. 
A poluição também é outra grande inimiga dos manguezais. A poluição 
proveniente das cidades costeiras e de indústrias instaladas na região como o 
depósito de lixo nos mares e rios, derramamentos de petróleo, são fatores que 
contribuem para a degradação do ecossistema. 
 
 
Fonte: /www.sobiologia.com.br 
Cerrado: É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se 
originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do 
Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total. Típico de regiões tropicais, 
o cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão 
 
36 
 
chuvoso. Com solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e 
alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e 
gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação 
florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul 
(Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua 
biodiversidade. 
Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de 
mamíferos vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela 
caça e pelo comércio ilegal. O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais 
sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 
milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta 
problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. A 
atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de 
mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o 
desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura 
mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente 
a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as 
monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, 
menos de 2% está protegido em parques ou reservas. 
Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, 
esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, 
com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os 
Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, 
em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, 
durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país. 
Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os 
amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível 
do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 
2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se 
por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande manancial de água, que 
alimenta seus rios. 
 
37 
 
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o 
barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-
terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de 
capim, como o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre 
um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são 
densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. 
Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma 
as veredas de buriti. 
A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o 
aparecimento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos 
naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais 
densamente povoada. 
A província do cerrado, como denominada por EITEN, englobando 1/3 da 
biota brasileira e 5% da flora e fauna mundiais. É caracterizada por uma 
vegetação savanícola tropical composta, principalmente de gramíneas, arbustos 
e árvores esparsas, que dão origem a variados tipos fisionômicos, 
caracterizados pela heterogeneidade de sua distribuição. 
Muitos autores aceitam a hipótese do oligotrofismo distrófico para 
formação do Cerrado, sua vegetação com marcantes característica adaptativas 
a ambientes áridos, folhas largas, espessas e pilosas, caule extremamente 
suberizado, etc. Contudo apesar de sua aparência xeromórfica, a vegetação do 
cerrado situa-se em regiões com precipitação média anula de 1500 mm, 
estações bem definidas, em média com 6 meses de seca, solos extremamente 
ácidos, profundos, com deficiência nutricional e alto teor de alumínio. 
Segundo EITEN os tipos fisionômicos do cerrado (latu sensu) se 
distribuem de acordo com três aspectos do substrato onde se desenvolvem: a 
fertilidade e o teor de alumínio disponível; a profundidade; e o grau de saturação 
hídrica da camada superficial e subsurpeficial. Os principais tipos de vegetação 
são: 
Cerrado (strictu sensu) - é a vegetação característica do cerrado, 
composta por exemplares arbustivo-arbóreos, de caules e galhos grossos e 
 
38 
 
retorcidos, distribuídos de forma ligeiramente esparsa, intercalados por uma 
cobertura de ervas, gramíneas e espécies semi-arbustivas. 
 Floresta mesofítica de interflúvio (cerradão) - este tipo de vegetação 
cresce sob solos bem drenados e relativamente ricos em nutrientes, as copas 
das árvores, que medem em média de 8-10 metros de altura, tocam-se o que 
denota um aspecto fechado a esta vegetação. 
 Campo rupestre - encontrado em áreas de contato do cerrado com o 
caatinga e floresta atlântica, os solos deste tipo fisionômico são quase sempre 
rasos e sofrem bruscas variações em relação a profundidade, drenagem e 
conteúdo nutricional. É caracteristicamente, composto por uma vegetação 
arbustiva de distribuição aberta ou fechada. 
Campos litossólicos miscelâneos - são caracterizados pela presença de 
um substrato duro, rocha mãe, e a quase inexistência de solo macio, este quando 
presente não ocupa mais que poucos centímetros de profundidade até se 
deparar com a camada rochosa pela qual não passam nem umidade nem raízes. 
Sua flora é caracterizada por um tapete de ervas latifoliadas ou de gramíneas 
curtas, havendo em geral a ausências de exemplares arbustivos, ou a presença 
de raríssimos espécimes lenhosos, neste caso enraizados em frestas da camada 
rochosa. 
Vegetação de afloramento de rocha maciça - representada por cactos, 
liquens, musgos, bromélias, ervas e raríssimas árvores e arbustos, cresce sob 
penhascos e morros rochosos. 
 
 
39 
 
8 TIPOS ASSOCIADOS A CURSOS D'ÁGUA 
 
 
Fonte: www.sobiologia.com.br 
Mata Atlântica: A Mata Atlântica é formada por um conjunto de 
formações florestais (Florestas: Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, 
Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrófila Aberta) e 
ecossistemas associados como as restingas, manguezais e campos de 
altitude, que se estendiam originalmente por aproximadamente 
1.300.000 km2 em 17 estados do território brasileiro. Hoje os 
remanescentes de vegetação nativa estão reduzidos a cerca de 22% de 
sua cobertura original e encontram-se em diferentes estágios de 
regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conservados em 
fragmentos acima de 100 hectares. Mesmo reduzida e muito 
fragmentada, estima-se que na Mata Atlântica existam cerca de 20.000 
espécies vegetais (cerca de 35% dasespécies existentes no Brasil), 
incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Essa 
riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies na 
América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata 
Atlântica é altamente prioritária para a conservação da biodiversidade 
mundial. Em relação à fauna, os levantamentos já realizados indicam 
que a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de 
anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 
espécies de peixes. 
 Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em 
biodiversidade, tem importância vital para aproximadamente 120 milhões de 
 
40 
 
brasileiros que vivem em seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70% 
do PIB brasileiro, prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o 
fluxo dos mananciais hídricos, assegura a fertilidade do solo, suas paisagens 
oferecem belezas cênicas, controla o equilíbrio climático e protege escarpas e 
encostas das serras, além de preservar um patrimônio histórico e cultural 
imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Unidades de 
Conservação e as Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção de 
amostras representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural da Mata 
Atlântica. 
 A cobertura de áreas protegidas na Mata Atlântica avançou 
expressivamente ao longo dos últimos anos, com a contribuição dos governos 
federais, estaduais e mais recentemente dos governos municipais e iniciativa 
privada. No entanto, a maior parte dos remanescentes de vegetação nativa ainda 
permanece sem proteção. Assim, além do investimento na ampliação e 
consolidação da rede de áreas protegidas, as estratégias para a conservação da 
biodiversidade visam contemplar também formas inovadoras de incentivos para 
a conservação e uso sustentável da biodiversidade, tais como a promoção da 
recuperação de áreas degradadas e do uso sustentável da vegetação nativa, 
bem como o incentivo ao pagamento pelos serviços ambientais prestados pela 
Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um importante instrumento para a 
conservação e recuperação ambiental na Mata Atlântica, foi a aprovação da Lei 
11.428, de 2006 e o Decreto 6.660/2008, que regulamentou a referida lei. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11428.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11428.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6660.htm
 
41 
 
 
Fonte: www.sobiologia.com.br 
 
Mata de araucária: A mata de araucária situa-se na região 
subtropical, no sul do Brasil, de temperaturas mais baixas. Entre outros 
tipos de árvores abriga o pinheiro-do-paraná, também conhecido como 
araucária. Da sua fauna destacamos, além da ema, a maior ave das 
Américas, a gralha-azul, o tatu, o quati e o gato-do-mato. 
 
Fonte: www.sobiologia.com.br 
 
42 
 
9 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E RECURSOS HÍDRICOS 
 
Fonte: www.inbec.com.br 
 
 Classificação dos resíduos sólidos (lixo): Em geral, as pessoas 
consideram lixo tudo aquilo que se joga fora e que não tem mais utilidade. Mas, 
se olharmos com cuidado, veremos que o lixo não é uma massa indiscriminada 
de materiais. Ele é composto de vários tipos de resíduos, que precisam de 
manejo diferenciado. Assim, pode ser classificado de várias maneiras. 
 O lixo pode ser classificado como “seco” ou “úmido”. O lixo “seco” 
é composto por materiais potencialmente recicláveis (papel, vidro, lata, plástico 
etc.). Entretanto, alguns materiais não são reciclados por falta de mercado, como 
é o caso de vidros planos etc.... O lixo “úmido” corresponde à parte orgânica dos 
resíduos, como as sobras de alimentos, cascas de frutas, restos de poda etc., 
que pode ser usada para compostagem. Essa classificação é muito usada nos 
programas de coleta seletiva, por ser facilmente compreendida pela população. 
 O lixo também pode ser classificado de acordo com seus riscos 
potenciais. De acordo com a NBR/ABNT 10.004 (2004), os resíduos dividem-se 
em Classe I, que são os perigosos, e Classe II, que são os não perigosos. Estes 
ainda são divididos em resíduos Classe IIA, os não inertes (que apresentam 
 
43 
 
características como biodegradabilidade, solubilidade ou combustibilidade, 
como os restos de alimentos e o papel) e Classe IIB, os inertes (que não são 
decompostos facilmente, como plásticos e borrachas). Quaisquer materiais 
resultantes de atividades que contenham radionuclídeos e para os quais a 
reutilização é imprópria são considerados rejeitos radioativos e devem 
obedecer às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – 
CNEN. 
 Existe ainda outra forma de classificação, baseada na origem dos 
resíduos sólidos. Nesse caso, o lixo pode ser, por exemplo, domiciliar ou 
doméstico, público, de serviços de saúde, industrial, agrícola, de construção civil 
e outros. Essa é a forma de classificação usada nos cálculos de geração de lixo. 
Veja a seguir as principais características dessas categorias: 
• domiciliar: são os resíduos provenientes das residências. É 
muito diversificado, mas contém principalmente restos de 
alimentos, produtos deteriorados, embalagens em geral, 
retalhos, jornais e revistas, papel higiênico, fraldas descartáveis 
etc.... 
 Comercial: são os resíduos originados nos diversos 
estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como 
supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes etc. 
 Público: são aqueles originados nos serviços de limpeza 
urbana, como restos de poda e produtos da varrição das áreas 
públicas, limpeza de praias e galerias pluviais, resíduos das 
feiras livres e outros. 
 De serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, 
clínicas médicas ou odontológicas, laboratórios, farmácias etc. É 
potencialmente perigoso, pois pode conter materiais 
contaminados com agentes biológicos ou perigosos, produtos 
químicos e quimioterápicos, agulhas, seringas, lâminas, 
ampolas de vidro, brocas etc. 
 Industrial: são os resíduos resultantes dos processos 
industriais. O tipo de lixo varia de acordo com o ramo de 
 
44 
 
atividade da indústria. Nessa categoria está a maior parte dos 
materiais considerados perigosos ou tóxicos. 
 Agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É 
constituído por embalagens de agrotóxicos, rações, adubos, 
restos de colheita, dejetos da criação de animais etc. 
 Entulho: restos da construção civil, reformas, demolições, solos 
de escavações etc. 
No Brasil, a geração de lixo per capita varia de acordo com o porte 
populacional do município. Segundo dados da Pesquisa Nacional de 
Saneamento Básico (PNSB), elaborada pelo IBGE em 2000, a geração per 
capita de resíduos no Brasil varia entre 450 e 700 gramas para os municípios 
com população inferior a 200 mil habitantes e entre 700 e 1.200 gramas em 
municípios com população superior a 200 mil habitantes. 
 
Resíduos perigosos: 
 
Fonte: www.fragmaq.com.br 
 
Os resíduos industriais e alguns domésticos, como restos de tintas, 
solventes, aerossóis,produtos de limpeza, lâmpadas fluorescentes, 
 
45 
 
medicamentos vencidos, pilhas e outros, contêm significativa quantidade de 
substâncias químicas nocivas ao meio ambiente. 
 Estima-se que existam de 70 a 100 mil produtos químicos 
sintéticos, utilizados de forma comercial na agricultura, na indústria e em 
produtos domésticos. Infelizmente, as suas consequências são percebidas 
apenas depois de muito tempo de uso. Foi o que aconteceu com o 
clorofluorcarbono, conhecido como CFC, que há bem pouco tempo era 
amplamente usado em aerossóis, isopor, espumas, sistemas de ar 
condicionado, refrigeradores e outros produtos, até descobrir-se que sua 
liberação na atmosfera vinha causando a destruição da camada de ozônio. 
 Muitos desses produtos contêm metais pesados, como mercúrio, 
chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidosvivos, até atingir 
níveis perigosos para a saúde. 
Os efeitos da exposição prolongada do homem a essas substâncias ainda 
não são totalmente conhecidos. No entanto, testes em animais mostraram que 
os metais pesados provocam sérias alterações no organismo, como o 
aparecimento de câncer, deficiência do sistema nervoso e imunológico, 
distúrbios genéticos etc. 
 Quando não são adequadamente manejados, os resíduos 
perigosos contaminam o solo, as águas e o ar. Veja a seguir alguns exemplos 
de resíduos perigosos, que devem ser dispostos adequadamente para evitar 
riscos ao homem e ao meio ambiente: 
Pilhas: algumas pilhas de uso doméstico ainda possuem elevadas 
concentrações de metais pesados. Porém, como o processo de reciclagem é 
complicado e caro, não é realizado na maioria dos países. Por isso, o consumo 
de pilhas que contêm altas concentrações de metais pesados e de pilhas de 
origem incerta deve ser evitado. A Legislação Brasileira (Resolução CONAMA 
257/99) estabelece que as pilhas alcalinas do tipo manganês e zinco-manganês, 
com elevados teores de chumbo, mercúrio e cádmio, devem ser recolhidas pelo 
importador ou revendedor. Para melhor informar o consumidor, esta Resolução 
estabelece que as cartelas das pilhas contenham informações sobre o seu 
 
46 
 
descarte. Assim, ao comprar pilhas, verifique na embalagem as informações 
sobre os metais que a compõem e como descartá-las. 
Baterias: as baterias de automóveis, industriais, de telefones celulares e 
outras também contêm metais pesados em concentração elevada. Por isso, 
devem ser descartadas de acordo com as normas estabelecidas para proteção 
do meio ambiente e da saúde. O descarte das baterias de carro, que contêm 
chumbo, e de telefones celulares, que contêm cádmio, chumbo, mercúrio e 
outros metais pesados, deve ser feito somente nos postos de coleta mantidos 
por revendedores, assistências técnicas, fabricantes e importadores – é deles a 
responsabilidade de recolher e encaminhar esses produtos para destinação final 
ambientalmente adequada. O mesmo vale para qualquer outro tipo de bateria, 
devendo o usuário criar o hábito de ler as instruções de descarte presente nos 
rótulos ou embalagem dos produtos. 
Lâmpadas fluorescentes: mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes se 
tornaram muito populares no Brasil, principalmente em função da necessidade 
de economizar energia durante o período de racionamento de energia elétrica, 
ocorrido em 2001. Isso, no entanto, criou um problema, uma vez que as 
lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, um metal pesado altamente prejudicial 
ao meio ambiente e à saúde. Como ainda não há dispositivos legais específicos 
que regulem o descarte nem o interesse dos fabricantes em proporcionar 
soluções tecnológicas e sistemas de destinação adequados para esse tipo de 
material, toda essa quantidade de lâmpadas fluorescentes vem sendo 
descartada junto com o lixo domiciliar. Caso o lixo seja encaminhado para um 
lixão ou aterro controlado, o mercúrio poderá contaminar o ambiente, colocando 
a saúde da população em risco. O consumidor pode usar seu poder de escolha 
e de pressão sobre as autoridades e as empresas, exigindo o estabelecimento 
de medidas adequadas e seguras para o descarte desse tipo de lâmpada e de 
outros resíduos perigosos. 
Resíduos indesejáveis: Os pneus usados são classificados como inertes, 
sendo considerados resíduos indesejáveis do ponto de vista ambiental. A grande 
quantidade de pneus descartados tornou-se um sério problema ambiental. 
Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o Brasil descarta, 
 
47 
 
anualmente, cerca de 21 milhões de pneus de todos os tipos: de trator, 
caminhão, automóvel, carroça, moto, avião e bicicleta, entre outros. Quando 
descartados inadequadamente, por exemplo, em lixões, propiciam o acúmulo de 
água em seu interior e podem contribuir para a proliferação de mosquitos 
transmissores da dengue e do cólera. Quando descartados em rios e lagos 
podem contribuir para o assoreamento e enchentes. Quando são queimados, 
produzem emissões extremamente tóxicas, devido à presença de substâncias 
que contêm cloro (dioxinas e furanos). 
 Por esse motivo, o Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA) proibiu o descarte e a queima de pneus a céu aberto e 
responsabilizou fabricantes e importadores pela destinação final ambientalmente 
adequada daqueles que não tiverem mais condições de uso. De acordo com a 
Resolução CONAMA nº 258/1999, a partir de 2004, para cada pneu novo 
fabricado, o fabricante deve recolher um em desuso (inservível) e, a partir de 
2005, para cada quatro pneus novos, a empresa deverá recolher cinco pneus 
inservíveis. 
 Existem várias formas de reutilizar os pneus, como por exemplo, 
fazendo a recauchutagem. Ainda, a partir dos pneus, pode-se produzir um pó de 
borracha que serve para fabricar tapetes, solados de sapatos, pneus e outros 
artefatos. 
 
48 
 
No Brasil e em muitos outros países, os pneus inservíveis já têm sido 
utilizados na pavimentação de estradas, misturando-se a borracha ao asfalto. 
Para obter mais informações sobre o que vem sendo feito com os pneus usados, 
você pode contatar as associações de classe, como a Associação Nacional da 
Indústria de Pneumáticos (ANIP) ou a Associação Brasileira da Indústria de 
Pneus Remoldados (ABIP). 
Fonte: meioambiente.culturamix.com 
 
10 COMO RESOLVER O PROBLEMA DO LIXO? 
 Um caminho para a solução dos problemas relacionados com o lixo 
é apontado pelo Princípio dos Três Erres (3R’s) – reduzir, reutilizar e reciclar. 
Fatores associados com estes princípios devem ser considerados, como o ideal 
de prevenção e não-geração de resíduos, somados à adoção de padrões de 
consumo sustentável, visando poupar os recursos naturais e conter o 
desperdício. 
Reduzir significa consumir menos produtos e preferir aqueles que 
ofereçam menor potencial de geração de resíduos e tenham maior durabilidade. 
 
49 
 
• Reutilizar é, por exemplo, usar novamente as 
embalagens. Exemplo: os potes plásticos de sorvetes servem 
para guardar alimentos ou outros materiais. 
• Reciclar envolve a transformação dos materiais, por 
exemplo fabricar um produto a partir de um material usado. 
Podemos produzir papel reciclando papéis usados. Papelão, 
latas, vidros e plásticos também podem ser reciclados. Para 
facilitar o trabalho de encaminhar material pós-consumo para 
reciclagem, é importante fazer a separação no lugar de origem 
– a casa, o escritório, a fábrica, o hospital, a escola etc. A 
separação também é necessária para o descarte adequado de 
resíduos perigosos. 
 
 
10.1 Reciclagem: a indústria do presente 
 
Fonte: g1.globo.com 
 
A reciclagem é uma das alternativas de tratamento de resíduos sólidos 
mais vantajosas, tanto do ponto de vista ambiental como do social. Ela reduz o 
 
50 
 
consumo de recursos naturais, poupa energia e água e ainda diminui o volume 
de lixo e a poluição. Além disso, quando há um sistema de coleta seletiva bem 
estruturado, a reciclagem pode ser uma atividade econômica rentável. Pode 
gerar emprego e renda para as famílias de catadores de materiais recicláveis, 
que devem ser os parceiros prioritários na coleta seletiva. Em algumas cidades 
do país, como por exemplo, São Paulo e Belo Horizonte, foi implementada a 
Coleta Seletiva Solidária, fruto da parceria entre o Governo local e as 
associações ou cooperativas de catadores. 
 Para atrair mais investimentos para o setor, é preciso uma união de 
esforços entre o governo, o segmento privado e a sociedade no sentido de 
desenvolver políticas adequadas e desfazer preconceitos em torno dos aspectos 
econômicos e da confiabilidade dos produtos reciclados. 
 Os materiais normalmente encaminhados para a reciclagem são o 
vidro (garrafas, frascos, potes etc.), o plástico (garrafas, baldes, copos, frascos, 
sacolas, canos etc.), papel e papelão de todos os tipos e

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