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Logistica nivelamento 02

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Geostatística
Prof. Pedro Campos
Instituto Ciberespacial
Agredecimentos ao Prof. Joaquim Barbosa que
gentilmente cedeu parte de seu curso de
Geoestatística para uso nessa disciplina.
Prof. Pedro Campos
Estimação Local
• Semivariograma permite verificar e modelar a dependência
espacial de uma variável.
• Modelo de dependência espacial estimação de um atributo
em localizações não amostradas.
• Krigagem: interpolador que utiliza o semivariograma em sua
modelagem. Homenagem ao matemático sul-africano Daniel Krige
(mineração).
• Algumas Áreas de Aplicações:
• mapeamento geológico (Verly et al., 1984)
• mapeamento solo (Burgess e Webster, 1980)
• mapeamento hidrológico (Kitanidis et. al., 1983)
• mapeamento atmosférico (Lajaunie, 1984)
1. Métodos de estimação:
Tipos de interpoladores
• Envolvem combinação linear dos n valores em pontos vizinhos. 
x1 x2
x3
x4
x0
Inverso do Quadrado
da Distância
KrigagemMédia Local
n
1=
∑=
=
i
ii
*
λ
ZλZ
n
1i0
xx
2. Estimador da KRIGAGEM
x1 x2
x3
x4
x0
• Os pesos são extraídos de uma análise de correlação espacial
baseada no Semivariograma
Análise de Correlação Espacial
baseada no Semivariograma
1
Ajuste do Semivariograma
Experimental
2
4
Estimador de
KRIGAGEM
Modelo de ajuste do semivariograma
3
( ) ( )[ ]hhhh SphCCa2
1
a2
3CC 1010
3
+=-+=
ú
ú
ú
ú
û
ù
ê
ê
ê
ê
ë
é
÷
÷
÷
÷
ø
ö
ç
ç
ç
ç
è
æ
÷
÷
÷
ø
ö
ç
ç
ç
è
æ
γ
Estimador da krigagem
Aplicação da krigagem: 
1. Assume-se conhecidas as realizações
2. Semivariograma da variável já foi calculado 
3. Interesse em estimar um valor z* na localização u.
{ }nαz α ,...,1=),(u
.
• Krigagem : nome genérico para uma família de algoritmos de
regressão de mínimos quadrados generalizados.
[ ]∑
)(
1=
* )(-)()(=)(-)(
u
uuuuu
n
α
ααα mZλmZ
.
)(uαλ )( αz u
)( αZ u
: peso atribuído ao dado interpretado como uma
realização da VA
)(um )( αm ue )(uZ )( auZ: médias das VAs e
(3.0)
• O número de dados envolvidos na estimação, assim como
seus pesos, pode variar de uma localização a outra. Na
prática, somente )(un dados mais próximos da localização u sendo
estimada são utilizados.
•Três modelos de krigagem podem ser distinguidos de acordo
com o modelo considerado para a tendência )(um
1. Krigagem Simples: )(um = m ,conhecida e constante ˅ u € A
)(u'm
2.Krigagem Ordinária: considera flutuações locais da média pela
limitação do domínio de estacionaridade da média à vizinhança local
W(u): = constante, mas desconhecida ˅ u’ € W(u) .
3.Krigagem com modelo de Tendência ou Krigagem Universal: a
média local desconhecida )(u'm
vizinhança local W(u). A componente de tendência é modelada como
uma combinação linear de funções fk(u) de coordenadas:
varia suavemente dentro de cada
∑
0=
)()(=)(
K
k
kk fam u'u'u' kk aa ≈)(u' constante mas desconhecido ˅ u’ €W(u) 
PROPRIEDADES DA KRIGAGEM COMO INTERPOLADOR 
1. É um interpolador exato. No ponto ui 
e a variância é zero.
2. O pesos da krigagem são calculados com auxílio do
variograma.
3. O valor máximo dos pesos é 1. Entretanto, eles podem ser
negativos. Portanto, não é verdadeira a hipótese
)(=)(* ii ZZ uu
[ ] [ ])(min≤)(≤)(max * iii ZZZ uuu
4. Os pesos da krigagem não influenciam nos valores medidos. Se a
mesma configuração aparece em duas localizações diferentes os
pesos da krigagem serão os mesmos, independentemente dos valores
medidos. Os valores medidos influenciam o variograma que á a base
para os pesos da krigagem.
5. Os pesos da krigagem mostram o efeito screening. Pontos
distantes têm peso menor do que pontos mais próximos.
2.1.1. Krigagem Ordinária (KO)
- Efeito proporcional: a média local pode variar significativamente na
área de estudo.
2.1. Principais tipos de Krigagem
- KO: considera tal variação local da média limitando o domínio de
estacionaridade da média à vizinhança local W(u) centrado na
localização u sendo estimada.
-O estimador linear: combinação linear das n(u) VAs Z(uα) mais a
média constante local m(u):
[ ]∑
)(
1=
* )(-)()(=)(-)(
u
uuuuu
n
α
ααα mZλmZ
[ ] )(+)(-)()(=)( ∑
)(
1=
* uuuuu
u
mmZλZ
n
α
ααα
)()(-1)()(=)( _
)(
1=
)(
1=
* ∑ ∑ uuuuu
u u
mλZλZ
n
α
n
α
ααα
)(+)()(-)()(=)( ∑ ∑
)(
1=
)(
1=
* uuuuuu
u u
mmλZλZ
n
α
n
α
αααα
∑
)(
1=
* )()(=)(
u
uuu
n
α
α
OK
αOK ZλZ
A melhor estimativa de é obtida quando:)(* uOKZ
a) O estimador é não tendencioso
{ } 0=)(-)(* uu ZZE OK
para ∑
)(
1=
1=)(
u
u
n
α
OK
αλ
b) A variância da estimativa é mínima
{ } [ ]{ } mínimaZZEZZVar OKOK =)(-)(=)(-)( 2** uuuu
SISTEMA DE EQUAÇÕES DA KRIGAGEM. 
• Hipótese de estacionaridade de segunda ordem (ou hipótese
intrínseca):
mZE =)]([ u para todo u ∊A
• Estimador não tendencioso: erro médio é igual a zero.
{ }
0=)(-)(=
)(-)()(=)(-)( ∑
)(
1=
*
uu
uuuuu
u
mm
mmλZZE
n
α
OK
αOK
1=)(∑
)(
1=
u
u
n
α
OK
αλ
{ } =)(-)(=)(-)(=)(
2(
1=
**2 ∑ uuuuu
u
ZZλEZZVarσ
n
α
OKαOK
)(+)()(2-)()(= ∑ ∑∑
)(
1=
2
)(
1=
)(
1=
u uu
uuuuu
n
α
n
β
αα
n
β
βαβα ZZZλZZλλE
Sabe-se que:
Var{Z(u)} = E[Z2(u) – m2 ]=s2 = C(0) para todo u Є A
Cov{Z(u),Z(u+h)} = E[Z(u)Z(u + h) – m2]= C(h) para todo u Є A
+)0(++),(2-+),(=∑ ∑∑
)(
1=
22
)(
1=
)(
1=
2
u uu
uuuu
n
α
n
β
αα
n
β
βαβα mCmCλmCλλ
)0(+),(2-),(=)( ∑ ∑∑
)(
1=
)(
1=
)(
1=
2
u uu
uuuuu
n
α
n
β
αα
n
β
βαβα CCλCλλσ
A equação acima deve ser minimizada sob a restrição de que 1=)(∑
)(
1=
u
u
n
α
αλ
Este processo de minimização é feito através de técnicas de Lagrange 
Para satisfazer a condição de variância minima, é preciso que as N
derivadas parciais
)(∂
1-)()(2-)(∂ ∑
)(
1=
2
u
uuu
u
α
n
α
α
λ
λμσ
sejam igualadas a 0 (zero); é um multiplicador de Lagrange. μ
Fazendo a derivada parcial em relação a :
0=)(2-)(2-)()(2∑
)(
1=
uu,uu,uu
u
μCCλ α
n
β
βαβ a = 1 ,..., n(u) 
)(ual
Fazendo a derivada parcial em relação a :µ(u)
0=1-)(∑
)(
1=
u
u
n
α
αλ
Cancelando o fator 2, rearranjando tem-se o sistema da krigagem 
expresso em termos de função covariância: 
1=
)(=)(-)()(
∑
∑
)(
1=
)(
1=
u
u
u,uuu,uu
n
β
β
α
n
β
βαβ
λ
CμCλ
α= 1 ,..., n(u) 
Rearrajando as primeiras N equações no sistema de krigagem:
)(+)(=)()(∑
)(
1=
u,uuu,uu
u
α
n
β
βαβ CμCλ
)0(+),(2-),(=)( ∑ ∑∑
)(
1=
)(
1=
)(
1=
2
u uu
uuuuu
n
α
n
β
αα
n
β
βαβα CCλCλλσ
Substituindo a equação acima na equação da variância 
)0(+),(2-)),(+((=)( ∑ ∑∑
)(
1=
)(
1=
)(
1=
2
u uu
uuuuu)u
n
α
n
β
αα
n
β
αα CCλCμλσ
)0(+),(2-)),(+((=)( ∑ ∑
)(
1=
)(
1=
2
u u
uuuuu)u
n
α
n
β
αααα CCλCμλσ
∑∑
)(
1=
)(
1=
2 ),(2-),(+(+)0(=)(
uu
uuuuu)u
n
β
αα
n
β
αα CλCλμCσ
∑
)(
1=
2 ),(-(+)0(=)(
u
uuu)u
n
β
ααCλμCσ
Expressão da variância mínima da estimativa 
Considerando a relação o sistema de 
krigagem e da variância da estimativa, podem ser expressos 
em termos de semivariograma como
γ(h) = C(0) – C(h)
[ ]
1=
)(-)0(=)(-)(-)0()(
∑
∑
)(
1=
)(
1=
u
u
u,uuu,uu
n
β
β
α
n
β
βαβ
λ
γCμγCλ
Graças à condição de não-tendenciosidade, ,
o termo da variância C(0) é cancelado,
1=)(∑
)(
1=
u
u
n
α
αλ
1=
)(=)(+)()(
∑
∑
)(
1=
)(
1=
u
u
u,uuu,uu
n
β
β
α
n
β
βαβ
λ
γμγλ
A variância da estimativa, fica
[ ]∑
)(
1=
2 ),(-)0(-(+)0(=)(
u
uuu)u
n
β
αα γCλμCσ
∑
)(
1=
2 ),(+(=)(
u
uuu)u
n
β
ααγλμσ
Sistema matricial 
O sistema de krigagem pode ser escrito em notação matricial
[ ][ ] [ ] b C =λ
Função de Covariância
[ ][ ] [ ]b=λγ
Função de Semivariograma
Soluções [ ][ ] [ ]bC =1λ [ ] [ ] [ ]b1= γλ
[ ]C
[ ]γ
[ ]λ
[ ]b
Matriz de Covariância
Matriz de Semivariância
Matriz dos pesos procurados
Lado direito das equações 
do sistema de krigagem
A variância da estimativa, podem ser expressas em notação 
matricial, como 
[ ] [ ] λC= σ T b0u -)()(2 [ ] [ ]bu Tλσ =)(2
Função de Covariância Função de SemivariogramaSuponha que N=2. Então a matriz (ou [C]) é uma matriz 3x3
e pode ser, explicitamente, escrita como
[ ]γ
[ ]
011
1
1
222
2
)u,u(γ)u,u(γ
)u,u(γ)u,u(γ
= 1
111
γ [ ]
μ
λ
λ
= 2
1
λ )u,(uγ
)u,u(γ
= 
1
1
02
0
[b]
Exemplo 3.1. Considere 3 pontos em uma linha reta. Sabe-se 
que os valores de Z(u1)=2 e Z(u2)=4 e deseja-se estimar o valor 
do terceiro ponto. A Figura abaixo mostra a configuração, onde 
u=0, u1=1 e u2= – 2. Supor que o variograma seja linear 
u2 u1u
hγ =)(h
Equações da krigagem
1=+3+0 21 μλλ
2=+0+3 21 μλλ
1=+ 21 λλ
Sistema matricial 
[ ]
011
103
130
=γ [ ]
μ
λ
λ
= 2
1
λ = 
1
2
1
[b]
[ ] [ ] [ ]b1= γλSolução [ ]
0
333,0
667,0
== 2
1
μ
λ
λ
λ
667,2=4*333,0+2*667,0=
)()(=)( ∑
)(
1=
*
u
uuu
n
α
α
OK
αOK ZλZ
[ ] [ ] 333,1==)(2 bu Tλσ
Exemplo 3.2. Supondo que a configuração seja alterada e u2
seja movido para o outro lado da origem, i.e., u2=2
u2u1u
1=+1+0 21 μλλ
2=+0+1 21 μλλ
1=+ 21 λλ
Equações da krigagem
Sistema matricial 
[ ]
011
101
110
=γ [ ]
μ
λ
λ
= 2
1
λ = 
1
2
1
[b]
[ ] [ ] [ ]b1= γλSolução [ ]
0,1
0
0,1
== 2
1
μ
λ
λ
λ
0,2=4*0+2*0,1=
)()(=)( ∑
)(
1=
*
u
uuu
n
α
α
OK
αOK ZλZ
[ ] [ ] 0,2==)(2 bu Tλσ
OBS: A configuração dos 
dados tem um papel 
importante na krigagem
Exemplo 3.3. Estimar o valor da variável regionalizada Z4
indicada para a configuração abaixo, onde Z1=600, Z2=400 e 
Z3=500
SOLUÇÃO:
Amostra Coord. X Coord. Y Var Z
1 10 10 600
2 40 10 400
3 10 50 500
4 30 40 ?
( ) 2222211 )-(+...+)-(+)-(= pp yxyxyxd yx,
Variograma: Modelo esferico -3
2
=)(
3
a
h
a
hC
hγ
Supor: C = 100
a = 40
[ ]
0111
1094,35100
194,35041,91
110041,910
=γ [ ]
0168,533285,02207,04509,0
3285,00148.00125,00022,0
2207,00125,00161,00036,0
4509,00022,00036,00058,0
1- =γ
[ ]
1
12,75
88,93
59,98
=b [ ] [ ] [ ]
824,36
616,0
002,0
0382,0
== 1- bγλ 1=)(∑
)(
1=
u
u
n
α
αλ
996,537=616,0*500+002,0*400+0382,0*600=
)()(=)( ∑
)(
1=
*
u
uuu
n
α
α
OK
αOK ZλZ
[ ] [ ] 952,120==)(2 bu Tλσ
Exemplo 3.4. Fazer a krigagem das variáveis Ni e Co
#Carregar pacotes
library(geoR)
library(gstat)
library(lattice)
library(sp)
setwd("C:/PPGCA/GeoestatisticaR") #Definir a area de trabalho
Geo <- read.table("jura.txt", head=T) #carregar arquivo de dados
## lendo arquivo com bordas da área
jbor <- read.table("jurabor.txt", head=T) 
#Resumo do arquivo Geo
summary(Geo)
### Selecionar as variaveisl Cobalto e Niquel######
Ni <- as.geodata(Geo, coords.col = 1:2, data.col = 9)
Ni #mostrar a variavel Niquel area de trabalho
Co <- as.geodata(Geo,coords.col = 1:2, data.col = 6)
Co #mostrar a variavel Cobalto na area de trabalho
### Analise semivariografica: Niquel
variogNi <- variog(Ni, uvec = seq(0, 2, length = 20), 
option = "bin")
variogNi
#Semivariograma unidirecional experimental
plot(variogNi, xlab = "Distância", ylab = 
"Semivariância",type="l")
title("Semivariograma Experimental: Niquel")
#Semivariograma unidirecional e modelo ajustado
plot(variogNi, xlab = "Distância", ylab = "Semivariância")
lines.variomodel(cov.model = "spherical" , cov.pars = 
rbind(c(9,0.12),c(64,1.4)), nugget = 11, max.dist = 2, 
lwd = 2, col = "red")
text(1,0.1,"MODELO: 11 + 9,0 Sph(h/0,12) + 64 Sph(h/1,4)")
title("Semivariograma Experimental e modelo ajustado: 
Niquel")
###Mapa de Krigagem do Niquel
locNi <- expand.grid(seq(0,5.5,l=100), seq(0,6,l=120))
kcNi <- ksline(Ni, locations=locNi, cov.model = "spherical" , 
cov.pars = rbind(c(9,0.12),c(64,1.4)), nugget = 11)
contour(kcNi, filled=TRUE, bor=jbor, col=rainbow(22))
title("Niquel")
### Analise semivariografica: Cobalto
#Semivariogramas experimentais nas duas direções
coordinates(Geo) = ~ x + y
vgmCo <- variogram(Co~1, Geo, alpha=c(67.5,157.5))
plot(vgmCo,type="b", lty=2, col="black",main="Cobalto")
# Modelo anisotropico ajustado
model.Co <- vgm(11.5,"Sph",1.5,2.0,anis=c(67.5,0.67))
plot(vgmCo,model=model.Co,type="p",col=c("black"),main="Cobalto")
###Mapa de Krigagem do Cobalto
locCo <- expand.grid(seq(0,5.5,l=100), seq(0,6,l=120))
kcCo <- ksline(Co, locations=locCo, cov.model = "spherical",cov. 
pars=rbind(c(11.5,1.5)),nugget=2.0, aniso.pars = c(67.5,1.49))
contour(kcCo, filled=TRUE,borders=jbor, col=rainbow(30))
title("Cobalto")

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