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Resiliência: A Arte de Transformar Adversidades em Aprendizado

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RESILIÊNCIA 
 
A resiliência, conceito derivado da física e aplicado à condição humana, refere-se à capacidade 
de se adaptar a situações adversas sem perder as qualidades essenciais, somada à arte de 
transformar criativamente toda a energia envolvida na situação-problema traumática, crítica, 
estressante e dolorosa em aprendizagem e superação. 
Tem outro conceito que fala que ela vem da experiência e da habilidade de superar 
alguma dificuldade, e que geralmente esse aprendizado surge porque ele vivencia algo que não 
foi tão bom, que foi traumático, que foi doloroso. 
Outro conceito de resiliência é “A habilidade de atravessar as adversidades (situações 
dolorosas) e tirar o melhor proveito delas”, e ai ele dá o exemplo das ostras, que ela precisa 
sofrer uma agressão pra que você possa tirar dela as pérolas, uma vez que elas só se formam 
depois de terem sofrido alguma agressão. 
Muitas vezes, as pessoas pensam na possibilidade da resiliência ter alguma relação com 
a causalidade, só que na verdade é tipo “ah a pessoa era carente, a pessoa já passava por 
situações difíceis, isso já facilitou ele, ou ele não teve capacidade de se superar, de melhorar”, 
só que ao mesmo tempo a literatura diz que não, que isso não traz a possibilidade da resiliência, 
isso é só uma situação de causa, porque muitas pessoas podem ser carentes, podem ter um 
enfrentamento de vida, mas isso não vai impedir de que ela possa ter garra para ir adiante. Outra 
coisa é a “violência gera violência”. Não é toda família que tenha violência que a gente vai ter 
como resposta a violência. Então alguns povos tem a questão cultural, realmente, onde a gente 
trabalha justamente essa questão da família, da comunidade e aquela cultura que ele está 
inserido. 
Ai a gente vai ter um exemplo aqui da África né, que aconteceu bem parecido aqui 
quartel de Valença. Os meninos estavam no quartel e foram brincar. Um levantou a arma pro 
outro, a arma estava com bala e ele acabou matando o amigo. E ai isso teve uma repercussão, 
pois como que uma brincadeira com uma arma de fogo foi levar à morte de um menino. Eles já 
estavam brincando com algo que não deveriam, ainda por cima no quartel. 
No desenvolvimento humano, eu tenho algumas etapas: Do nascimento até o primeiro 
ano de vida é o momento que a gente vai ter a confiança básica, que você depende do outro. 
Dos 2 aos 3 anos, é a fase da autonomia. Nos livros de pedagogia eles dizem que a criança nessa 
idade é como se eles estivessem vivendo a “adolescência da criança”, porque é aquela criança 
que quer mostrar que ela não tem medo, que ela sabe de tudo, que ela atende o telefone, que 
ela sobe sozinha a escada, mas ele só tem apenas 2 ou 3 anos. Depois tem o período de 4 a 6 
que é de a da iniciativa. É aquele momento que ela quer fazer as coisas, mostrar que ela 
consegue, que ela pode ajudar. Depois, dos 7 aos 12 anos, nós temos o sentido de indústria, 
quando você consegue produzir o máximo de coisas com essa criança. Então é aquele momento 
que você coloca seu filho no futebol, na luta, na dança, que é o que você quer e ele responde 
porque está no período de produção. E então quando ele chega nos 13 aos 19 que ele vai fazer 
aquilo que ele opta realmente, que é a fase do desenvolvimento da identidade. 
Então durante essas fases todas, a gente tem uma participação muito grande (11:35). 
Quando há algum exemplo, tem como modificar o olhar sobre a situação. Fatores resilientes, 
categorias e estratégias: 
• Pessoas do entorno em quem confio e que me querem incondicionalmente. 
• Pessoas que me põem limites para que eu aprenda a evitar os perigos ou problemas. 
Alguém que vem e mostram por meio de conduta a maneira correta de se proceder. 
• Pessoas que me mostram, por meio de sua conduta, a maneira correta de proceder. 
• Pessoas que querem que eu aprenda a me desenvolver sozinho. 
• Pessoas que me ajudam quando eu estou doente, ou em perigo, ou quando necessário 
aprender. 
Eu sou 
• Uma pessoa pela qual os outros sentem apreço e carinho. 
• Feliz quando faço algo bom para os outros e lhes demonstro meu afeto. 
• Respeitoso comigo mesmo e com o próximo. 
Eu estou 
• Disposto a me responsabilizar por meus atos. 
• Certo de que tudo sairá bem. 
Eu posso 
• Falar sobre coisas que me assustam ou inquietam. Há pessoas que são mais fechadas, 
então é mais difícil de desenvolver a resiliência por tal característica. 
• Procurar a maneira de resolver os problemas. 
• Controlar-me quando tenho vontade de fazer algo errado e perigoso. 
• Procurar o momento certo para falar com alguém. 
• Encontrar alguém que me ajude quando necessito. 
São importantes situações e temos que ter em mente que há momentos mais fáceis e 
mais difíceis de agir com resiliência. Por exemplo, no primeiro momento que a pessoa descobre 
a existência de câncer ou morte é difícil agir com resiliência. Uma ferramenta utilizada para 
trabalhar com resiliência é o ciclo de vida na família, onde levanta-se em que fase está se 
encontra e quais problemas ela está passando. 
 O nível sócio econômico e a resiliência não estão relacionados, visto que uma pessoa de 
um nível social alto pode agir da mesma forma que uma outra de um nível social mais baixo. A 
resiliência é diferente de fatores de risco e fatores de proteção – aquilo de superação, por isso 
é diferente. A resiliência pode ser medida e é parte da saúde mental e da qualidade de vida, 
visto que enfrentamos inúmeras diversidades ao longo da vida. A cada dia mais pessoas 
consideram a resiliência uma característica da saúde mental, pois é sobre como sair dessas 
situações. O papel da resiliência é desenvolver a capacidade humana de enfrentar, vencer e sair 
fortalecido de situações adversas e transformado, como exemplo o perdão pela traição, mesmo 
quando está relacionado a um filho extraconjugal. As diferenças culturais diminuem quando os 
adultos são capazes de valorizar ideias novas e efetivas para o desenvolvimento humano.

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