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 O filme se passa no ano de 1959 e a trama envolve um ex-aluno da renomada Academia Welton que torna-se professor de poesia e, então, é chamado para substituir um professor aposentado de Literatura.
A Academia Welton, famosa por sua rigidez e tradição dos valores burgueses e conservadores, é uma escola fictícia norte-americana voltada apenas para a educação de meninos. A instituição orgulha-se por formar grandes líderes em uma sociedade na qual os pais influenciavam fortemente a escolha profissional de seus filhos, partindo da prática de quatro grandes princípios. São eles:
Tradição;
Honra;
Disciplina;
Excelência.
Nesse contexto, John Keating (Robin Williams), um professor nada convencional, confronta os valores ultraconservadores da Welton e busca valorizar a expressão artística e a liberdade de seus alunos, aspectos limitados pela própria instituição.
Em cima desses valores, o objetivo da Academia Welton era preparar seus alunos para ingressarem na renomada universidade de Harvard e tornarem-se advogados e médicos. Com uma pedagogia inflexiva, a Welton encontra em John Keating um educador combativo e que desconstrói seus valores mais preciosos.
Com uma nova forma de ensinar, Keating se opõe ao sistema de ensino vigente da época, introduzindo o que acreditava ser um ideal pedagógico correto. Com métodos inusitados, ele encontra uma certa resistência inicial por parte de seus alunos, mas passa a ser adorado por eles no decorrer do filme.
O objetivo de John Keating é fazer com que seus alunos pensem por si próprios, desenvolvendo uma visão crítica da vida e da sociedade e também expondo seus sentimentos ao escreverem poemas — algo considerado como um extremo tabu para a época.
Em alusão a um poema de Walt Whitman, Keating informa aos estudantes na primeira aula que gostaria de ser chamado de “Ó Capitão! Meu Capitão!” (Oh, Captain! My Captain!), em uma tentativa de dissuadir seus alunos do sentimento de passividade exacerbada motivada pelo sistema altamente autoritário da escola, que impede que os meninos pensem sobre a vida e seus desejos pessoais.
O objetivo do professor é que os alunos, sobrecarregados com as atividades e responsabilidades de um futuro maçante, desenvolvam em seus corações sonhos e fantasias — quer que se vá além da formação profissional.
Com reflexões sobre o papel e a existência de cada aluno, o professor instiga os mesmos a pensarem sobre a fragilidade do que é viver e sobre o tempo. Assim, lança mão de uma expressão que hoje é muito famosa: “Carpe Diem”, ou aproveite a vida. Alguns garotos de sua classe passam a viver o ideal do Carpe Diem pregado por Keating e acabam descobrindo que, quando estudou em Welton, ele fez parte da “Sociedade dos Poetas Mortos”, um grupo de poesia e expressão de ideias.
A turma de Keating resolve, então, recriar esse grupo. Eles passam a se encontrar à noite em uma caverna próxima à escola. Com o ressurgimento da Sociedade dos Poetas Mortos, cada aluno envolvido experimenta uma verdadeira revolução em suas vidas, encontrando novos interesses e vocações e fazendo florescer a juventude em toda a sua energia.
Nas aulas ministradas por Keating, o professor busca a reflexão sobre o que faz com que a existência humana seja valiosa. Como aproveitar tudo que tem relação com o espírito, o prazer e a alegria? Assim, ele leva seus alunos por uma jornada através da poesia e da literatura, ajudando-os a encontrar respostas em textos clássicos.
Esse idealismo e encantamento de Keating pela vida e seu amor pela ação de lecionar encontram em seus alunos um potencial grande para transformar suas vidas. Entretanto, seus princípios são confrontados pelo conservadorismo da Academia Welton e das próprias famílias dos estudantes.
No filme, esse choque é tão violento e opressor que o resultado é o fim da Sociedade dos Poetas Mortos, o surgimento de vários desentendimentos e brigas entre os alunos e, pior ainda, o suicídio de um dos garotos. Tudo isso culmina com a demissão sumária de Keating, acusado injustamente de ser o motivador da morte de Neil —a justificativa é que seus métodos pedagógicos incentivavam os meninos a cometerem atos de rebeldia.
Em sua conclusão, o longa mostra a turma de alunos de Keating após a demissão, que passa a receber aulas de Literatura e estudo de poesias pelo próprio diretor da Welton. Em sua primeira aula, o diretor fica surpreso com a manifestação favorável a Keating por parte dos alunos quando John entra na sala para recolher seus objetos e, finalmente, ir embora. Ao som de “Ó Capitão! Meu Capitão!”, com todos os alunos em pé nas mesas, Keating se despede e agradece o apoio de sua antiga turma nessa que é uma das cenas mais famosas do cinema.
Análise crítica do filme Sociedade dos Poetas Mortos
A obra busca a reflexão sobre o sistema de ensino atual, que ainda hoje apresenta muitas semelhanças com os valores tradicionalistas apresentados no filme. Isso pode ser percebido não apenas no ensino, mas também na própria sociedade, voltada a produzir mão de obra barata e especializada e suprimindo os anseios e as individualidades de cada ser humano.
O tema central abordado pelo filme Sociedade dos Poetas Mortos é o constante conflito entre as necessidades e vontades dos jovens de viverem intensamente, bloqueada por um sistema de ensino rígido e autoritário que tolhe dos alunos a busca por outras visões de mundo. O catalisador desse conflito é o visionário professor John Keating, que surge para instigar em sua nova turma o pensamento crítico e pessoal.
Mas o espaço para a criação e desenvolvimento do extraordinário é, por vezes, limitado. Em uma sociedade em que o pensamento coletivo é massificado e automatizado, pessoas como Keating lutam para que se possa ter ideias e vontades próprias.
O filme critica fortemente a sociedade que, apoiada em muletas de ideias vazias, evita estimular em si mesma a visão extraordinária de pensadores e poetas mortos. Esses últimos são a base que norteia todos os pensamentos do professor, com citações e referências a grandes clássicos da literatura internacional.
Sociedade dos Poetas Mortos é um filme imperdível, principalmente para aqueles envolvidos com educação e pedagogia. Afinal, a obra busca alimentar ideais de reformulação e fomenta os sonhos da juventude que tem tanto acesso à informação nos dias de hoje.

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