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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIAS QUÍMICA BACHARELADO CET695 – TÉCNICAS DE ANÁLISE QUÍMICA DA ÁGUA Prof. Fábio Alan Carqueija Amorim Erivelton Santana Ferreira João Lucas Araújo Silva AMOSTRAGEM E PREPARO DE AMOSTRA EM GELO DAS CALOTAS POLARES 1 INTRODUÇÃO Distribuição da água do planeta 2 INTRODUÇÃO Região de elevada latitude, onde o Sol nunca incide o suficiente para causar elevação da temperatura acima de 0 °C. As regiões polares são divididas em: Ártico e antártico As regiões polares do norte do planeta incluem as geleiras do Ártico, a Groenlândia, o Alasca e uma boa parte da Rússia e do norte do Canadá. Na região polar do sul se encontra um vasto continente montanhoso, a Antártica. 3 INTRODUÇÃO 4 4 INTRODUÇÃO O manto de gelo Antártico cobre uma área de cerca de 13,6 milhões km2 e espessura média de 2,1 km, podendo chegar a quase 4,8 km. O volume total é de aproximadamente 25 milhões de km3 de gelo (HAMEES, 2011). 90 % do volume do gelo mundial (AHLERT; SIMÕES, 2004). 5 INTRODUÇÃO Interesse dos países na região do circulo polar Antártico se dá, principalmente, por conta o interesse em explorar os recursos (água, gás natural, petróleo, ouro, entre outros). 6 INTRODUÇÃO Protocolo de Madrid Assinado em 1991 Proteção ao meio ambiente Protocolo vigorou a partir de 1998 e deve proteger durante até 50 anos. concedeu à Antártica o status de “Reserva Natural Internacional dedicada à Ciência e à Paz” 7 AMOSTRAGEM Tipos de pesquisas brasileiras (PROANTAR) Projeto de Bryophyta e Fungos na Antártica Lançamento de balão meteorológico Pesquisas realizadas em refúgios e acampamentos Pesquisa com Aves Antárticas Coleta de algas Módulo Criosfera Coleta de Testemunho de Gelo 8 AMOSTRAGEM Tipos de pesquisas brasileiras (PROANTAR) Projeto de Bryophyta e Fungos na Antártica Lançamento de balão meteorológico Pesquisas realizadas em refúgios e acampamentos Pesquisa com Aves Antárticas Coleta de algas Módulo Criosfera Coleta de Testemunho de Gelo 9 AMOSTRAGEM Tipos de pesquisas brasileiras (PROANTAR) Projeto de Bryophyta e Fungos na Antártica Lançamento de balão meteorológico Pesquisas realizadas em refúgios e acampamentos Pesquisa com Aves Antárticas Coleta de algas Módulo Criosfera Coleta de Testemunho de Gelo 10 AMOSTRAGEM Módulo criosfera Instruções meteorológica Concentração de CO2 Sistema de coletor de aerossóis Neve depositada no local 11 AMOSTRAGEM A escolha do local de amostragem: Nessa travessia rumo ao Polo Sul, percorreu 1145 km, atravessou as montanhas Transantárticas e alcançou 2828 m de altitude (platô Antártico - Região mais fria do planeta). No entanto, as coletas foram realizadas na volta deles à base. 12 12 AMOSTRAGEM A escolha do local de amostragem: Local isolado e frio Plano, perto de divisor de gelo; Dinâmica glacial simples A localização e distribuição espacial foram controlados para evidenciar discrepâncias nos dados, que podem ser causados pelo próprio relevo e posicionamento de locais amostrados. 13 AMOSTRAGEM Coleta de testemunho de Gelo 14 AMOSTRAGEM Coleta de testemunho de Gelo Coletas superficiais de 105 amostras a cada 10 km Coleta profunda - Cada furo atingiu no máximo 50 metros de profundidade. O testemunho IC-6 apresentou medida 35,06 m divididos em 37 seções de 0,9 a 1 m de comprimento e diâmetro de 7,5 cm. 15 15 AMOSTRAGEM Coleta de testemunho de Gelo 16 AMOSTRAGEM 17 Trado/ perfurador de solo 17 AMOSTRAGEM 18 Trado/ perfurador de solo 18 PÓS-COLETA O testemunho de gelo IC -6, medindo 35,06 m foi dividido em 37 seções de 0,9 a 1m. Cada uma das seções foram pesadas com uma balança eletrônica, Bioprecisa Bs3000A. PÓS-COLETA Temperatura na superfície -20 °C Temperatura do poço de perfuração – 27 °C Temperatura de coleta PÓS-COLETA As seções com 1 metro de comprimento foram fragmentadas Todos os fragmentos com 20 cm de comprimento. Foram todos embalados em sacos plásticos e vedados à quente. Armazenamento para transporte 21 PÓS-COLETA Transporte da zona de coleta até o aeroporto Transporte da amostra ao laboratório em New York Transporte da amostra para o laboratório PÓS-COLETA Durante todo o trajeto a temperatura foi mantida a - 20 °C Temperatura de armazenamento CUIDADOS ANTES DO PREPARO DA AMOSTRA Foi realizada uma limpeza com metanol dos instrumentos Limpeza dos frascos de IC com água deionizada. Descontaminação dos equipamentos utilizados CUIDADOS ANTES DO PREPARO DA AMOSTRA Testemunho com 1 m de comprimento tiveram 1 a 4 mm removidos Em seguida o testemunho foi seccionada em pedaços menores de 25 cm Na sequencia estes foram armazenados em tubos plásticos com trava Descontaminação dos testemunhos PREPARO DA AMOSTRA Sistema de derretimento adaptado em um freezer Disco separador para coleta da parte interna e externa Derretimento PREPARO DA AMOSTRA Procedimento PREPARO DA AMOSTRA Foram preparadas 1380 amostras de 6 mL do testemunho IC - 6 Foram feitos 66 brancos afim de testar a reprodutibilidade Os brancos foram feitos com água ultrapura Milliq-Q Cromatografia iônica RESULTADOS OBTIDOS Datação do gelo 29 HAMMES, 2011 RESULTADOS OBTIDOS ESTUDOS COM TESTEMUNHOS DE GELO PARÂMETRO AMBIENTAL OBTIDO Parâmetros com variações sazonais (e.g., δD, δ18O, Cl-, Na+, SO4 -2, Ca+2, condutividade elétrica, conteúdo de micropartículas) Taxas de acumulação de neve, grandes variações na atmosfera Enxofre Atividade vulcânica, Poluição (combustíveis fósseis), atividade biológica marinha, emissões oceânicas de enxofre Pb, Zn, Cu, Cd, pH, pesticidas (DDT), PCB`s, clorofluorcarbonos(CCl3F,CCl2F2) Poluição global 30 HAMMES, 2011 30 RESULTADOS OBTIDOS Determinação de metais traços 31 BARBANTE et al., 2001 31 CONCLUSÃO Essa metodologia de coleta permite realizar estudos de datação do gelo através das análises das concentrações, mas também há a possibilidade de analisar eventos de poluição pela analises dos elementos relacionados, a exemplo do chumbo. A coleta de testemunhos de gelo são formas de análises de gelo das calotas polares, mas há um inicio de pesquisas que estão analisando remotamente em tempo real a atmosfera dessas regiões (módulo criosfera). A localização da amostragem necessita de alguns cuidados para evitar discrepância de dados, que sofre influencia de altitude e posição do local amostrado. 32 REFERÊNCIAS AHLERT, Siclério; SIMÕES, Jefferson Cardia. O SENSORIAMENTO REMOTO COMO RECURSO NO ESTUDO DA ANTÁRTICA. 4ª Jornada de Educação em Sensoriamento Remoto no Âmbito do Mercosul, São Leopoldo, RS, p. 5, 13 ago. 2004. BARBANTE, Carlo et al. Trace element determination in polar snow and ice. An overview of the analytical process and application in environmental and paleoclimatic studies. Environmental Contaminationin Antarctica A Challenge to Analytical Chemistry, [s. l.], p. 55-86, 2001. HAMMES, Daiane Flora. Análise e interpretação ambiental da química iônica de um testemunho do manto de gelo da Antártica ocidental. Porto Alegre : IGEO/UFRGS, 2011. Marinha do Brasil, 2016 - Tratado da Antártica e Protocolo de Madri. Comissão Interministerial para os Recursos do Mar. Secretaria da Comissão. - 2ª edição. Brasília, DF: SECIRM, 2016. 72p. 33
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