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Vascularização arterial do fígado, vesícula biliar e pâncreas

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@resumosdamed_ 
1 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL, VENOSA E 
LINFÁTICA VISCERAL DA CAVIDADE 
ABDOMINAL - FÍGADO, VESÍCULA BILIAR E 
PÂNCREAS 
REVER E IDENTIFICAR NAS PEÇAS OS RAMOS VISCERAIS DA A. 
AORTA DESCENDENTE PORÇÃO ABDOMINAL (TRONCO 
CELÍACO E SEUS RAMOS, A. MESENTÉRICA SUPERIOR E SEUS 
RAMOS, AA. RENAIS D E E, AA. GONADAIS - OVÁRICAS OU 
TESTICULARES) E A. MESENTÉRICA INFERIOR E SEUS RAMOS): 
A maioria das artérias que irriga a parede posterior do abdome origina-se 
da parte abdominal da aorta, que começa no hiato aórtico no diafragma, 
no nível da vértebra TXII, e termina no nível da vértebra LIV, dividindo-se nas 
artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Em crianças e adultos magros, a 
porção inferior da parte abdominal da aorta está suficientemente próxima 
da parede anterior do abdome para que suas pulsações possam ser 
detectadas ou aparentes quando a parede está relaxada. 
As artérias ilíacas comuns divergem e seguem em sentido inferolateral, 
acompanhando a margem medial dos músculos psoas até a margem da 
pelve. Aí cada artéria ilíaca comum divide-se em artérias ilíacas interna e 
externa. A artéria ilíaca interna entra na pelve. A artéria ilíaca externa segue 
o músculo iliopsoas. Logo antes de deixar o abdome, a artéria ilíaca externa 
dá origem às artérias epigástrica inferior e circunflexa ilíaca profunda, que 
irrigam a parede anterolateral do abdome. 
Pode-se descrever que os ramos da parte descendente da aorta (torácica 
e abdominal) originam-se e seguem nos três “planos vasculares”, e podem 
ser classificados como viscerais ou parietais e pares ou ímpares. O par de 
ramos parietais da aorta serve ao diafragma e à parede posterior do 
abdome. 
Pode-se considerar que a artéria sacral mediana, um ramo parietal ímpar, 
ocupa um quarto plano (posterior), porque se origina na face posterior da 
aorta imediatamente proximal à sua bifurcação. Embora seja bem menor, 
também poderia ser considerada uma “continuação” mediana da aorta, 
caso em que seus ramos laterais, as artérias lombares imas e os ramos sacrais 
laterais, também seriam incluídos como parte dos pares de ramos parietais. 
 
 
 
 
 
Portanto, as artérias viscerais (ramos viscerais da aorta descendente porção 
abdominal) são: 
• Tronco celíaco: dá origem à gástrica esquerda, hepática comum 
(que dá origem à gástrica direita e gastroduodenal) e esplênica 
(que irriga o baço e maior parte do pâncreas); 
• Mesentérica superior; 
• Mesentérica inferior; 
• Artérias suprarrenais e renal; 
• Artérias gonadais. 
E as artérias parietais (ramos parietais da aorta descendente porção 
abdominal) são: 
• Frênicas superiores direita e esquerda; 
• Frênicas inferiores: que originam as artérias suprarrenais superiores. 
 
@resumosdamed_ 
2 
 
 
 
 
REVER E IDENTIFICAR NAS PEÇAS AS VEIAS DO SISTEMA DE 
DRENAGEM DAS VÍSCERAS DA CAVIDADE ABDOMINAL (V. 
PORTA E SUAS TRIBUTÁRIAS, V. MESENTÉRICA SUPERIOR E SUAS 
TRIBUTÁRIAS, V. MESENTÉRICA INFERIOR E SUAS TRIBUTÁRIAS, 
VV. RENAIS D. E E.; E VV. GONADAIS - OVÁRICAS OU 
TESTICULARES) * VV. SUPRARRENAIS: 
c c 
@resumosdamed_ 
3 
 
Os ramos correspondentes aos ramos viscerais pares da parte abdominal 
da aorta incluem a veia suprarrenal direita, as veias renais direita e 
esquerda e a veia gonadal direita (testicular ou ovárica). As veias 
suprarrenal e gonadal esquerdas drenam indiretamente para a VCI porque 
são tributárias da veia renal esquerda. 
As veias da parede posterior do abdome são tributárias da VCI, com 
exceção da veia testicular ou ovárica esquerda, que desemboca na veia 
renal esquerda em vez de drenar para a VCI. A VCI conduz o sangue mal 
oxigenado dos membros inferiores, da maior parte do dorso, das paredes 
do abdome e das vísceras abdomino-pélvicas. O sangue das vísceras 
abdominais atravessa o sistema venoso porta e o fígado antes de entrar na 
VCI através das veias hepáticas. 
A veia cava inferior (VCI) começa anteriormente à vértebra L V pela união 
das veias ilíacas comuns. A VCI ascende à direita dos corpos das vértebras 
L III a L V e sobre o músculo psoas maior direito até a direita da aorta. A VCI 
deixa o abdome através do forame da veia cava no diafragma e entra no 
tórax no nível da vértebra T VIII. Como se forma um nível vertebral abaixo da 
bifurcação da aorta e atravessa o diafragma quatro níveis vertebrais acima 
do hiato aórtico, o comprimento total da VCI é 7 cm maior do que o da 
parte abdominal da aorta, embora a maior parte do comprimento 
adicional seja intra-hepática. A VCI recolhe o sangue pouco oxigenado dos 
membros inferiores e sangue não portal do abdome e da pelve. Quase todo 
o sangue do sistema digestório é recolhido pelo sistema porta e segue pelas 
veias hepáticas até a VCI. 
As tributárias da VCI correspondem ao par de ramos viscerais e parietais da 
parte abdominal da aorta. As veias que correspondem aos ramos viscerais 
ímpares da aorta são tributárias da veia porta. Por fim, o sangue que elas 
conduzem entra na VCI através das veias hepáticas, depois de atravessar 
o fígado. 
Os ramos correspondentes aos ramos viscerais pares da parte abdominal 
da aorta incluem a veia suprarrenal direita, as veias renais direita e esquerda 
e a veia gonadal direita (testicular ou ovárica). As veias suprarrenal e 
gonadal esquerdas drenam indiretamente para a VCI porque são tributárias 
da veia renal esquerda. Os pares de ramos parietais da VCI incluem as veias 
frênicas inferiores, a 3ª (L3) e 4ª (L4) veias lombares, e as veias ilíacas comuns. 
As veias lombar ascendente e ázigo unem a VCI e a VCS, direta ou 
indiretamente pelas vias colaterais. 
Portanto, a drenagem venosa segue o sistema cava e o sistema porta. O 
sistema cava possui poucas veias viscerais, sendo elas: 
• Renais; 
• Suprarrenais: principalmente a direita; 
• Gonadal direita. 
Já os ramos parietais do sistema cava correspondem às: 
• Frênicas inferiores; 
• Lombares. 
As veias lombares drenam para o sistema ázigo, que é um sistema paralelo 
a veia cava, sendo dividido em lados esquerdo (hemiázigo → ázigo → VCS) 
e direito (ázigo → VCS). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@resumosdamed_ 
4 
 
REVER OS LINFONODOS DOS PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA 
CAVIDADE ABDOMINAL; REVER AS PRINCIPAIS VIAS DE 
DRENAGEM LINFÁTICA DA CAVIDADE ABDOMINAL 
(LINFONODOS ILÍACOS COMUNS, LINFONODOS LOMBARES OU 
AÓRTICO-CAVAIS, TRONCOS INTESTINAIS, TRONCOS 
LOMBARES, CISTERNA DO QUILO E DUCTO TORÁCICO): 
A linfa dos órgãos abdominais chega aos troncos linfáticos lombares (direito 
e esquerdo) e intestinais, passando pelos linfonodos ao redor dos grandes 
vasos abdominais. Estes troncos se unem na cisterna do quilo (cisterna chyli), 
formando o ducto torácico. Este grande vaso linfático se esvazia no sistema 
circulatório venoso, na junção entre a subclávia esquerda e as veias 
jugulares internas. 
Os vasos linfáticos e linfonodos situam-se ao longo da aorta, VCI e vasos 
ilíacos. Os linfonodos ilíacos comuns recebem linfa dos linfonodos ilíacos 
externos e internos. A linfa dos linfonodos ilíacos comuns segue para os 
linfonodos lombares direitos e esquerdos. A linfa do sistema digestório, 
fígado, baço e pâncreas segue ao longo do tronco celíaco e das artérias 
mesentéricas superior e inferior até os linfonodos pré-aórticos (linfonodos 
celíacos e mesentéricos superiores e inferiores) dispersos ao redor das 
origens dessas artérias na aorta. Os vasos eferentes desses linfonodos 
formam os troncos linfáticos intestinais, que podem ser únicos ou múltiplos, e 
participam na confluência dos troncos linfáticos que dá origem ao ducto 
torácico. 
Os linfonodos lombares (cavais e aórticos) direitos e esquerdos situam-se de 
ambos os lados da VCI e da aorta. Esses linfonodos recebem linfa 
diretamente da parede posterior do abdome, rins, ureteres, testículos ou 
ovários, útero e tubas uterinas. Também recebem linfa do colo 
descendente, pelve e membros inferiores através dos linfonodosilíacos 
comuns e mesentéricos inferiores. Os vasos linfáticos eferentes dos grandes 
linfonodos lombares formam os troncos linfáticos lombares direito e 
esquerdo. 
O ducto torácico começa com a convergência dos principais ductos 
linfáticos do abdome, que em apenas uma pequena proporção de 
indivíduos assume a forma do saco ou dilatação de paredes finas, 
comumente representada, a cisterna do quilo. A cisterna do quilo varia 
muito em tamanho e formato. Na maioria das vezes há apenas uma 
convergência simples ou plexiforme nesse nível dos troncos linfáticos 
lombares direito e esquerdo, o(s) tronco(s) linfático(s) intestinal(is) e um par 
de troncos linfáticos torácicos descendentes, que conduzem a linfa dos seis 
espaços intercostais inferiores de cada lado. Consequentemente, quase 
toda a drenagem linfática da metade inferior do corpo (drenagem linfática 
profunda inferior ao nível do diafragma e toda a drenagem superficial 
inferior ao nível do umbigo) converge no abdome para desembocar no 
início do ducto torácico. 
O ducto torácico ascende através do hiato aórtico no diafragma até o 
mediastino posterior, onde recebe mais drenagem parietal e visceral, 
sobretudo do quadrante superior esquerdo do corpo. Por fim, o ducto 
termina entrando no sistema venoso na junção das veias subclávia 
esquerda e jugular interna (ângulo venoso esquerdo). 
Portanto, a drenagem linfática dos órgãos abdominais dá-se por dois 
troncos principais: 
• Tronco intestinal: responsável pela drenagem de órgãos 
peritonizados. 
• Tronco lombar: responsável pela drenagem de todo o membro 
inferior e das vísceras retroperitoneais ou extraperitoneais. 
Por fim, os troncos caem na cisterna do quilo → ducto torácico → ângulo 
venoso esquerdo. 
@resumosdamed_ 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELEMBRE, IDENTIFIQUE NAS PEÇAS E DESCREVA 
DETALHADAMENTE A VASCULARIZAÇÃO HEPÁTICA, A 
DISTRIBUIÇÃO DA VEIA PORTA E DA ARTÉRIA HEPÁTICA, 
INCLUSIVE DETERMINANDO A SEGMENTAÇÃO DO ÓRGÃO 
(RELEMBRAR OS SEGMENTOS HEPÁTICOS); PENSE NO SANGUE 
CHEGANDO PELA VEIA PORTA, E ESQUEMATIZE O TRAJETO 
DESTE ATÉ SAIR PELAS VEIAS HEPÁTICAS DIREITA, INTERMÉDIA E 
ESQUERDA E DRENAGEM PARA A VEIA CAVA INFERIOR; E O 
@resumosdamed_ 
6 
 
SANGUE PROVENIENTE PELA ARTÉRIA HEPÁTICA, QUAL O 
TRAJETO? 
O fígado recebe sangue proveniente de duas fontes: veia porta do fígado 
(70%) e artéria hepática (30%). 
A veia porta do fígado é formada pelas veias mesentéricas superior e 
esplênica, dividindo em ramo direito e esquerdo, que se ramificam dentro 
do fígado. Ela conduz sangue pouco oxigenado a partir do trato 
gastrointestinal para os sinusoides do fígado. 
Já a artéria hepática é um ramo do tronco celíaco que se divide em artéria 
hepática comum do tronco celíaco até a origem da artéria gastroduodenal 
que é formada pela artéria hepática própria e conduz o sangue bem 
oxigenado da aorta. 
As veias hepáticas abrem-se na veia cava inferior, formado pela união das 
veias centrais do fígado, são intersegmentares e dividem-se em intermédia 
direita e esquerda. 
Esquematizando: 
• Vascularização: aorta abdominal → tronco celíaco → artéria 
hepática comum → artéria hepática própria → artéria hepática D e 
E. 
• Sistema Porta: veia mesentérica superior + veia esplênica = veia 
porta-hepática. 
• Drenagem: veia porta/artéria hepática → sinusoides hepáticos → 
hepatócitos → veia centro lobular → veias hepáticas (esquerda, 
direita e intermédia) → VCI. 
 
 
 
 
 
@resumosdamed_ 
7 
 
 
 
 
Portanto, as veias que drenam diretamente para o sistema porta são: 
• Esplênica e mesentérica superior: que formam a veia porta-
hepática. 
• Gástricas direita e esquerda. 
Já as veias que drenam indiretamente para o sistema porta são: 
• Mesentérica inferior; 
• Pancreáticas duodenais superior e inferior; 
• Gastromental direita: que cai na mesentérica inferior. 
Obs: o fígado não pode receber sangue apenas pela artéria hepática 
própria (20%), os outros 80% vem da porta, que tem 40% a mais de O2 que 
uma veia normal. 
COMPREENDER E IDENTIFICAR AS POSSÍVEIS ANASTOMOSES 
PORTOSSISTÊMICAS (PORTOCAVAIS) E SUA FUNÇÃO CLÍNICA; 
@resumosdamed_ 
8 
 
PARA CADA UMA DAS POSSÍVEIS ANASTOMOSES ESQUEMATIZE 
O TRAJETO DO SANGUE (REFLUXO) EM CASOS DE 
ANORMALIDADE COMO NA DE HIPERTENSÃO PORTAL: 
As anastomoses proporcionam uma circulação colateral em casos de 
obstrução no fígado ou veia porta. As anastomoses portossistêmicas 
referem-se à comunicação do sistema venoso porta com o sistema venoso 
sistêmico. 
Quando a circulação porta, através do fígado, é diminuída ou obstruída por 
doença hepática ou compressão física por um tumor, o sangue do sistema 
digestório ainda pode chegar ao lado direito do coração pela veia cava 
inferior ou intermédio dessas vias colaterais. Mas essa obstrução pode levar 
a estase e refluxo sanguíneo, levando a tortuosidade de vasos menores e 
até obstrução. 
Em casos de anormalidades: 
1. Veia porta → drena para veia gástrica esquerda → veia esofágica 
→ VCS (pelo sistema ázigo). 
2. Veia porta → drena para veia paraumbilical. 
3. Veia porta → veia mesentérica inferior ou superior → veias cólicas → 
órgãos retroperitoneais (cólons ascendente e descendente). 
4. Veia porta → veia mesentérica inferior → veia retal superior. 
 
Em casos de obstrução/ hipertensão portal, permite o refluxo do sangue 
para circulação sistêmica: 
• Esofágica: 
Sangue em estase nas veias gástricas → veia esofágica → veia ázigo → veia 
cava superior. 
Consequência: hemorragia digestiva alta, varizes esofágicas. 
• Paraumbilical: 
@resumosdamed_ 
9 
 
Sangue em estase nas veias paraumbilicais → veia epigástrica superior → 
veia torácica interna → veia subclávia → veia cava superior. 
OU 
Veias paraumbilicais → veia epigástrica inferior → veia ilíaca comum → veia 
cava inferior. 
Consequência: cabeça de medusa. 
• Retroperitoneal (cólons): 
Sangue em estase nas veias mesentéricas superior e inferior → veias viscerais 
(cólica, esplênica, porta) → veias lombares → veia cava inferior. 
Consequência: hemorragia digestiva baixa; também pode gerar varizes no 
intestino grosso, através das veias cólicas. 
• Retal: 
Sangue em estase na retal superior → veia retal média e inferior → veias 
ilíacas internas → veia cava inferior. 
Consequência: pode formar hemorroidas (varizes anais). 
Obs: existem também as anastomoses que ocorrem nas curvaturas menor e 
maior do estômago, no fígado (anastomoses portossistêmicas) e no 
pâncreas. 
• Curvatura menor do estômago: gástrica esquerda, que vem do 
tronco celíaco + gástrica direita, que vem da hepática comum. 
• Curvatura maior do estômago: gastromental esquerda, que vem da 
esplênica + gastromental direita, que vem da gastroduodenal. 
• Pâncreas: pancreático-duodenais superior e inferior. 
RELEMBRE OS ASPECTOS SOBRE O SISTEMA NERVOSO VISCERAL 
EFERENTE (SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO) E AFERENTE, E 
DESCREVA A INERVAÇÃO AUTÔNOMA DO FÍGADO E DA 
VESÍCULA BILIAR; IDENTIFIQUE AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS 
DAS PORÇÕES SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA QUE CHEGAM 
AO FÍGADO, BEM COMO COMPREENDA SUAS AÇÕES NO 
FÍGADO E NA VESÍCULA BILIAR: 
SIMPÁTICO: 
Corno lateral (T5-T9) → raiz anterior do nervo espinal → nervo espinal → ramo 
comunicante branco → tronco simpático (sem fazer sinapse) → nervo 
esplâncnico torácico maior → gânglio celíaco → plexo periarterial da artéria 
hepática → plexo hepático. 
O neurônio pré-ganglionar está localizado no corno lateral (T5-T9), 
enquanto o neurônio pós-ganglionar está localizado no gânglio celíaco 
(pré-vertebrais), que é local onde ocorre sinapse. 
 
Corno lateral 
(T5-T9) 
Raiz 
anterior 
Nervo 
espinal 
Ramo 
comunicante 
Tronco 
simpático 
Nervo esplâcnico 
torácico maior 
Gânglio celíaco 
(pré-vertebral) 
Plexo periarterial 
da A. Esplâncnica 
Plexo periarterial 
da A. Hepática 
Plexo 
hepático 
@resumosdamed_ 
10 
 
 
Portanto,existem plexos que inervam os órgãos: 
• Plexo celíaco: plexo hepático (fígado e vesícula biliar), plexo 
gástrico (estômago), plexo esplênico (baço) e plexo pancreático 
(pâncreas e duodeno). 
• Plexo mesentérico superior: com gânglio mesentérico superior 
(cabeça do pâncreas, duodeno, jejuno, íleo, ceco). 
 
 
PARASSIMPÁTICO: 
Bulbo → nervo vago → plexo celíaco → plexo periarterial da artéria 
hepática → plexo hepático. 
 
 
@resumosdamed_ 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, o nervo vago é responsável pela inervação do intestino grosso até 
o lado esquerdo, que, a partir daí, será inervado pelos nervos pélvicos. 
Obs: o nervo vago é um nervo misto, possuindo 4 núcleos, sendo que o 
núcleo dorsal é parassimpático. 
 
 
 
Núcleo do 
nervo vago 
Nervo 
vago 
Tronco vagal 
anterior 
Plexo 
celíaco 
Plexo 
periarteriais 
Plexo da A. 
esplênica 
Plexo da A. 
hepática 
Pâncreas 
Fígado 
@resumosdamed_ 
12 
 
 
 
 
FUNÇÃO EFERENTE: 
O sistema simpático tem como função a vasomotricidade, a fim de 
aumentar o fluxo sanguíneo. Enquanto o sistema parassimpático controla a 
pró-digestão, ou seja, a ampola hepato-pancreática permanece fechada, 
quando recebe estímulo pela ingestão, seu esfíncter relaxa, além disso, 
ocorre a contração da vesícula biliar. 
FUNÇÃO AFERENTE: 
A área nua do fígado (face diafragmática) é inervada pelo nervo do 
próprio diafragma, o nervo frênico. Por isso, se houver uma dor hepática 
proveniente da área nua, o paciente irá referir dor no ombro/pescoço (C3, 
C4 e C5 – abaixo da linha de dor pélvica). 
 
 
 
 
 
@resumosdamed_ 
13 
 
UTILIZANDO ESTRUTURAS ANATÔMICAS ESQUEMATIZE O 
TRAJETO DA INFORMAÇÃO DE DOR VISCERAL DO FÍGADO ATÉ 
A COLUNA POSTERIOR DA MEDULA ESPINAL E OS DERMÁTOMOS 
DE DOR REFERIDA: 
Fígado → plexo periarterial da artéria hepática → gânglio celíaco → nervo 
esplâncnico maior → tronco simpático de T5-T9 → ramo comunicante 
branco → nervo espinhal → raiz posterior do nervo espinhal → corno dorsal 
da medula de T5-T9. 
A dor será referida no quadrante superior direito (QSD). 
Além disso, a área nua do fígado (face diafragmática) é inervada pelo 
nervo frênico, portanto, o paciente apresentará uma dor referida no ombro 
e pescoço de origem C3, C4 e C5. 
 
 
QUAL O PAPEL DO NERVO FRÊNICO NA INERVAÇÃO HEPÁTICA? 
A área nua do fígado (face diafragmática) é inervada pelo nervo frênico. 
Portanto, se houver uma dor hepática proveniente da área nua, o paciente 
irá referir dor no ombro/pescoço (C3, C4 e C5). 
Dor em contato com o diafragma → nervo frênico → nervo espinhal → raiz 
dorsal do nervo espinhal → corno dorsal da medula espinhal de C3-C5. 
 
 
 
 
 
 
 
@resumosdamed_ 
14 
 
 
RELEMBRE A LOCALIZAÇÃO DO PÂNCREAS NA CAVIDADE 
ABDOMINAL E SUA SINTOPIA: 
O pâncreas é um órgão retroperitoneal, situado sobrejacente e 
transversalmente os corpos das vértebras L1 e L2 (o nível do plano 
transpilórico) na parede posterior do abdome. O mesocolo transverso está 
fixado à sua margem anterior. 
Sintopia do pâncreas: 
• Lateral: à curvatura C do duodeno; 
• Posterior: ao estômago; 
• Anterior: ao rim; 
• Inferior: ao fígado; 
• Medial: ao baço. 
 
 
@resumosdamed_ 
15 
 
SABE-SE QUE O PÂNCREAS É SUBDIVIDIDO, RELEMBRE E 
IDENTIFIQUE AS PARTES DO PÂNCREAS, E AS CARACTERÍSTICAS 
ANATÔMICAS QUE ESTABELECEM ESTA DIVISÃO: 
É dividido em quatro partes: 
● Cabeça: circundada pelo C do duodeno à direita dos vasos mesentéricos 
superiores logo abaixo do plano transpilórico. O processo uncinado, 
projeção da parte inferior da cabeça, estende-se medialmente para a 
esquerda, posteriormente à artéria mesentérica superior. Apoiada 
posteriormente à VCI, artéria e veia renais direitas, e veia renal esquerda. O 
ducto colédoco situa-se em um sulco na face posterosuperior da cabeça 
ou está inserido em sua substância. 
● Colo: curto, situado sobre os vasos mesentéricos superiores que deixam um 
sulco em sua face posterior. A face anterior está situada adjacente ao piloro 
do estômago. A VMS une-se à veia esplênica posterior ao colo para formar 
veia porta. 
● Corpo: à esquerda dos vasos mesentéricos superiores, passando a aorta e 
a vértebra LII, acima do plano transpilórico e posterior à bolsa omental. Face 
anterior coberto por peritônio, assoalho da bolsa omental e forma parte do 
leito do estômago. 
● Cauda: anterior ao rim esquerdo, onde está intimamente relacionado ao 
hilo esplênico e a flexura esquerda do colo. 
 
 
RELEMBRE E IDENTIFIQUE OS DUCTOS PANCREÁTICOS 
PRINCIPAL E ACESSÓRIO E SUAS DESEMBOCADURAS (AMPOLA 
HEPATOPANCREATICA E PAPILAS DUODENAIS MAIOR E 
MENOR); QUAL SECREÇÃO ESTES DUCTOS CONDUZEM? 
O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e atravessa 
o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas, voltando-se 
inferiormente e tendo íntima relação com o ducto colédoco. 
O ducto pancreático principal e o ducto colédoco se unem para formar a 
ampola hepatopancreática curta e dilatada, que se abre na parte 
descendente do duodeno na papila maior do duodeno. 
@resumosdamed_ 
16 
 
O ducto pancreático acessório abre-se na papila menor do duodeno. Em 
geral, o ducto acessório comunica-se com o ducto pancreático principal. 
 
 
ELABORAR UM ESQUEMA COM A VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
E VENOSA DO PÂNCREAS: 
● Vascularização arterial: depende da divisão estrutural do pâncreas (colo, 
corpo, cauda e cabeça). 
➢ Corpo e cauda: artérias pancreáticas dorsal e magna, que são 
ramos da artéria esplênica. 
Aorta → tronco celíaco → artéria esplênica → artérias pancreática magna 
e pancreática dorsal. 
➢ Cabeça e colo: artérias pancreático-duodenais superior 
(proveniente da artéria hepática) e inferior (proveniente da artéria 
mesentérica superior). 
Aorta → artéria mesentérica superior → artéria pancreático-duodenal 
inferior. 
Aorta → tronco celíaco → artéria hepática comum → artéria 
gastroduodenal → artéria pancreático-duodenal superior. 
Portanto: 
• Cabeça e colo: pancreático-duodenais superior e inferior. 
• Corpo e cauda: pancreática dorsal e pancreática magna. 
 
@resumosdamed_ 
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● Vascularização venosa: dá-se pelas veias pancreáticas. 
➢ Veia pancreática → veia esplênica → veia porta. 
➢ Veia pancreático-duodenal inferior → veia mesentérica superior. 
➢ Veia pandreático-duodenal superior → veia porta ou veia 
mesentérica superior. 
DEFINIR AS VIAS SIMPÁTICA, PARASSIMPÁTICA E DE DOR DO 
PÂNCREAS ATÉ O CORNO POSTERIOR DA MEDULA ESPINAL E OS 
DERMÁTOMOS DE DOR REFERIDA: 
VIA SIMPÁTICA: 
Corno lateral T5-T9 → raiz ventral do nervo espinal → nervo espinal → ramo 
comunicante branco → tronco simpático(T5-T9) → nervo esplâncnico maior 
→ gânglio celíaco → plexo periarterial da artéria esplênica → pâncreas. 
Essa via é vasomotora. 
Via simpática da dor: pâncreas → plexo periarterial da artéria esplênica → 
gânglio celíaco → tronco simpático de T5-T9 → ramo comunicante branco 
→ nervo espinhal → raiz posterior do nervo espinhal → corno dorsal da 
medula de T5-T9. 
VIA PARASSIMPÁTICA: 
Núcleo do nervo vago → nervo vago → tronco vagal anterior → plexo 
celíaco → plexo periarterial da arterial esplênica → pâncreas. 
Essa via é secretomotora. 
Via parassimpática da dor: pâncreas → plexo periarterial da artéria 
esplênica → gânglio celíaco → nervo esplâncnico maior → tronco simpático 
→ ramo comunicante branco → nervo espinal → raiz dorsal → corno 
posterior (T5-T9). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RELEMBRAR A ANATOMIA DO FÍGADO: 
O fígado é a maior glândula do corpo e, depois da pele, o maior órgão. 
Com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo sistema 
digestório são levados primeiro ao fígado pelo sistema venoso porta. Além 
de suas muitas atividades metabólicas, o fígado armazena glicogênio e 
secreta bile, um líquido amarelo-acastanhado ou verde que ajuda na 
emulsificação das gorduras.A bile sai do fígado pelos ductos biliares — ductos hepáticos direito e 
esquerdo — que se unem para formar o ducto hepático comum, que se une 
ao ducto cístico para formar o ducto colédoco. 
O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do 
abdome, onde é protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. O fígado 
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normal situa-se profundamente às costelas VII a XI no lado direito e cruza a 
linha mediana em direção à papila mamária esquerda. 
O fígado tem uma face diafragmática convexa (anterior, superior e algo 
posterior) e uma face visceral relativamente plana, ou mesmo côncava 
(posteroinferior), que são separadas anteriormente por sua margem inferior 
aguda, que segue a margem costal direita, inferior ao diafragma. 
 
A face diafragmática do fígado é coberta por peritônio visceral, exceto 
posteriormente na área nua do fígado, onde está em contato direto com o 
diafragma. A área nua é demarcada pela reflexão do peritônio do 
diafragma para o fígado, como as lâminas anterior (superior) e posterior 
(inferior) do ligamento coronário. Essas lâminas encontram-se à direita para 
formar o ligamento triangular direito e divergem para a esquerda a fim de 
revestir a área nua triangular. 
 
A face visceral do fígado também é coberta por peritônio, exceto na fossa 
da vesícula biliar e na porta do fígado — uma fissura transversal por onde 
entram e saem os vasos (veia porta, artéria hepática e vasos linfáticos), o 
plexo nervoso hepático e os ductos hepáticos que suprem e drenam o 
fígado. 
 
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O ligamento redondo do fígado é o remanescente fibroso da veia umbilical, 
que levava o sangue oxigenado e rico em nutrientes da placenta para o 
feto. O ligamento redondo e as pequenas veias paraumbilicais seguem na 
margem livre do ligamento falciforme. O ligamento venoso é o 
remanescente fibroso do ducto venoso fetal, que desviava sangue da veia 
umbilical para a VCI, passando ao largo do fígado. 
O omento menor, que encerra a tríade portal (ducto colédoco, artéria 
hepática e veia porta) segue do fígado até a curvatura menor do 
estômago e os primeiros 2 cm da parte superior do duodeno. A margem 
livre e espessa do omento menor estende-se entre a porta do fígado e o 
duodeno (ligamento hepatoduodenal) e envolve as estruturas que 
atravessam a porta do fígado. 
 
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Os ductos biliares conduzem bile do fígado para o duodeno. A bile é 
produzida continuamente pelo fígado, armazenada e concentrada na 
vesícula biliar, que a libera de modo intermitente quando a gordura entra 
no duodeno. 
Os hepatócitos secretam bile para os canalículos biliares formados entre 
eles. Os canalículos drenam para os pequenos ductos biliares interlobulares 
e depois para os grandes ductos biliares coletores da tríade portal intra-
hepática, que se fundem para formar os ductos hepáticos direito e 
esquerdo. Os ductos hepáticos direito e esquerdo drenam as partes direita 
e esquerda do fígado, respectivamente. Logo depois de deixar a porta do 
fígado, esses ductos hepáticos unem-se para formar o ducto hepático 
comum, que recebe no lado direito o ducto cístico para formar o ducto 
colédoco (parte da tríade portal extra-hepática do omento menor), que 
conduz a bile para o duodeno. 
O ducto cístico (3 a 4 cm de comprimento) une o colo da vesícula biliar ao 
ducto hepático comum. 
 
A irrigação arterial da vesícula biliar e do ducto cístico provém 
principalmente da artéria cística. A artéria cística normalmente origina-se 
da artéria hepática direita no triângulo entre o ducto hepático comum, o 
ducto cístico e a face visceral do fígado, trígono cisto-hepático (triângulo 
de Calot). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Portanto, o trígono de Callot/hepato-cístico é formado pelo ducto hepático 
comum, pelo ducto cístico, e pela veia porta do fígado, sendo o local onde 
encontra-se a artéria cística, que se origina do ramo direito da hepática 
própria. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
1. Hankin, M.K.; Morse, DE; Bennet-Clarke, CA. Anatomia Clínica. Ed. Artmed. 
1.ed. 2014 
2. MOORE, K.; DALLEY, A., F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª ed. Rio de 
Janeiro; Guanabara Koogan, 2014. 
3. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª ed. RIO DE JANEIRO: 
Elsevier, 2019.

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