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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, EXATAS E DA SAÚDE DO PIAUÍ
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA- IESVAP
ALUNO(A): AYANA ROCHA PORTO MOUSINHO- 3º PERÍODO
PROFESSORA: ANA RAQUEL
                                              DISCIPLINA: TIC’S
               ATIVIDADE SOBRE A MALÁRIA RECORRENTE, QUAIS AS CAUSAS - MOTIVOS- E SEUS TIPOS ( 9° semana)
A malária é uma doença infecciosa cujo agente etiológico é um protozoário do gênero Plasmodium. As espécies associadas à malária humana são: P falciparum, P vivax, P malariae e P ovale. A transmissão natural da malária ocorre por meio da picada de fêmeas infectadas ( apenas as fêmeas porque estas são hematófagas ) de mosquitos do gênero Anopheles, sendo mais importante no país a espécie Anopheles darlingi, cujos criadouros preferenciais são coleções de água limpa, quente, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia Brasileira.
A infecção inicia-se quando os parasitos (esporozoítos) são inoculados na pele pela picada do mosquito vetor, os quais irão invadir as células do fígado, os hepatócitos. Nessas células, multiplicam-se e dão origem a milhares de novos parasitos (merozoítos), que rompem os hepatócitos, caem na circulação sanguínea e invadem as hemácias, o que dá início à segunda fase do ciclo, chamada de esquizogonia sanguínea. É nessa fase sanguínea que aparecem os sintomas da malária.
Um paciente pode sim apresentar a malária recorrente. A recidiva da malária é conceituada como a recorrência de parasitemia assexuada seguinte ao tratamento da doença, após ter sido constatada a sua negativação, em variado período de tempo. Ocorre por um dos seguintes aspectos:
 (a) falha terapêutica resultante de não adesão ao tratamento, resistência do parasito às drogas utilizadas, má qualidade do medicamento instituído ou utilização de doses subterapêuticas das drogas; 
(b) reativação de hipnozoítos
 (c) exposição à nova infecção pelo mosquito vetor. Do ponto de vista conceitual, a recidiva de malária pode ser resultado de recrudescência ou recaída ou reinfecção. Recrudescência de malária ocorre quando as formas sanguíneas do parasito não são completamente erradicadas pelo tratamento e reexpandem o seu número após o declínio da concentração sérica das drogas. Ocorre com maior frequência na malária por P. falciparum e P. vivax e, raramente, pelo Plasmodium malariae.
As recaídas são definidas como o reaparecimento da parasitemia e de manifestações clínicas do paciente por uma reinvasão das hemácias pelos merozoítos provenientes de hipnozoítos dormentes no fígado. Acredita-se que podem surgir após 21 a 140 dias do tratamento com a cepa tropical e após 180 a 420 dias com a cepa temperada do parasito. Sua principal causa é a falha no tratamento. Baseado apenas na observação clínica, é muito difícil distinguir recrudescência de recaída e recaída de reinfecção. Em algumas situações, o discernimento pode ser feito pela identificação de genótipo idêntico do parasito da recaída com a infecção primária. Contudo, a genotipagem dos parasitos da infecção inicial e da recaída não tem sido eficiente para a distinção entre recaída e reinfecção.
Tem sido consenso que até 28 dias, quando ainda há droga circulante após o tratamento, as recidivas podem ser consideradas recrudescências. A partir de 29 dias (ou mesmo antes em caso de parasitos resistentes) até mais de seis meses, podem ser consideradas recaídas, em caso de cepa tropical. As reinfecções, por sua vez, podem acorrer a qualquer momento após a eliminação da droga do organismo.
O período de incubação geralmente é
· 12 a 17 dias para o P. vivax
· 9 a 14 dias para o P. falciparum
· 16 a 18 dias ou mais para o P. ovale
· Cerca de 1 mês (18 a 40 dias) ou mais (anos) para o P. malariae
Porém, algumas cepas de P. vivax, em climas temperados, podem não causar doença clínica por um período > 1 ano após a infecção.
Manifestações comuns a todas as formas de malária incluem
· Febre e calafrios — o paroxismo malárico
· Anemia
· Icterícia
· Esplenomegalia
· Hepatomegalia
Diagnóstico
· Microscopia óptica do sangue (esfregaços finos ou gota espessa)
· Testes diagnósticos rápidos de sangue que detectam enzimas ou antígenos do Plasmodium
Tratamento:
Os antimaláricos são escolhidos de acordo com:
· Gravidade da doença (critérios clínicos e laboratoriais)
· Plasmodium spp infectante
· Padrões conhecidos de resistência das cepas na região de aquisição
· Eficácia e efeitos adversos dos fármacos disponíveis
O tratamento combinado contendo artemisinina, como artemeter/lumefantrina, é o tratamento mais rapidamente ativo e, em muitas situações, é esquema de escolha. Há relatos de resistência às artemisininas, mas isso ainda não é comum.
REFERÊNCIAS:
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Guia de tratamento da malária no Brasil [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. In: Parasitologia humana. 2016. Ed 13. p. 102-130.
SIMÕES, Luciano Rodrigues et al. Fatores associados às recidivas de malária causada por Plasmodium vivax no Município de Porto Velho, Rondônia, Brasil, 2009. Cadernos de Saúde Pública, v. 30, p. 1403-1417, 2014.
FÓRUM:
Os quadros clínicos mais graves de Malária estão relacionados à infecção por qual parasita?
O que explica a falência de alguns órgãos  (cursando com anemia hemolítica e isquemia)?
A gravidade da malária depende da relação entre hospedeiro (vulnerabilidade e estado imunológico) e o Plasmodium spp (espécie infectante e densidade parasitária). O agente etiológico da  maioria dos casos de malária grave é o protozoário da classe Sporozoa, família Plasmodiidae, gênero Plasmodium e espécie Plasmodium falciparum (ainda que, eventualmente, outras espécies do gênero possam causar quadros graves como o Plasmodium vivax )
As altas parasitemias provocadas pelo P. falciparum (maiores ou iguais a 5% de hemácias infectadas) são relacionadas com apresentações mais graves de malária, tanto pelo maior acometimento da microcirculação, quanto pela presença de efeitos metabólicos deletérios, como a hipoglicemia e a acidose lática. Por se tratar de uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS) de origem infecciosa, pode-se considerar a malária grave um quadro de sepse pelo Plasmodium, com possível evolução para disfunção múltipla de órgãos e sistemas (DMOS), sendo uma das mais importantes causas de morte em unidades de terapia intensiva em diversas regiões do mundo.
As hemácias infectadas pelo agente apresentam protrusões eletrodensas em sua superfície, o que facilita a aderência dessas às células endoteliais de vênulas e pós-capilares e capilares de diversos órgãos, como cérebro, pulmões e rins, além da presença de adesinas do Plasmodium - como os knobs -, propiciando a maior gravidade da doença, através do fenômeno conhecido por citoaderência.
Somando-se à citoaderência, existe também o processo de produção de "rosetas", no qual as células infectadas aderem a células não-infectadas, havendo, portanto, o efeito sinérgico dos dois fenômenos na patogênese da malária grave, com formação de agregados celulares que interferem na microcirculação, podendo levar a processos isquêmicos.
A anemia trata-se de uma manifestação frequente e precoce da malária, a qual ocorre devido a múltiplos fatores, incluindo destruição ou sequestro dos eritrócitos, alteração da eritropoese e perda sanguínea decorrente de eventual coagulopatia.
REFERÊNCIA:
GOMES, Andréia Patrícia et al. Malária grave por Plasmodium falciparum. Revista brasileira de terapia intensiva, v. 23, n. 3, p. 358-369, 2011.

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