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ÍNDICE Capítulo I - Conceitos Básicos de Informática ....................................................................................3 Informática...............................................................................................................................................3 Elementos Computacionais.......................................................................................................................3 Bit e Byte..................................................................................................................................................3 Evolução da Informática (Um breve histórico).........................................................................................4 Hardware X Software...............................................................................................................................6 Capítulo II – Estudo do Hardware........................................................................................................7 Hardware..................................................................................................................................................7 Processador...............................................................................................................................................8 Dissipadores e Coolers............................................................................................................................16 Memórias................................................................................................................................................17 HDs (Hard Disk).....................................................................................................................................22 Placa-Mãe...............................................................................................................................................26 Fonte de Alimentação.............................................................................................................................40 Filtros de Linha, Estabilizador e Nobreaks.............................................................................................43 Exercícios de Fixação.............................................................................................................................45 Capítulo III – Estudo do Software......................................................................................................46 Software..................................................................................................................................................46 Software Livre X Software Proprietário.................................................................................................46 SETUP....................................................................................................................................................47 Sistemas Operacionais para Pcs..............................................................................................................49 .Particionamento.....................................................................................................................................50 Sistema de Arquivo.................................................................................................................................51 Trilha, setor e Cilindro............................................................................................................................52 MBR(Mater Boot Recor)........................................................................................................................53 Instalação de Sistema Operacionais........................................................................................................54 Capítulo IV - Manutenção Corretiva e Preventiva ............................................................................67 Manutenção do Hardware do PC.............................................................................................................67 Teste das tensões das fontes ATX utilizando o multímetro......................................................................68 Principais problemas encontrados nos PC's............................................................................................69 Capítulo V - Redes e Internet ..............................................................................................................74 Topologias de rede...................................................................................................................................75 Dispositivos passivos e ativos de uma rede.............................................................................................78 Meios de transmissão (Cabo coaxial e cabo par trançado).......................................................................84 Redesem fio.............................................................................................................................................86 Fibra óptica..............................................................................................................................................91 Exercício de Fixação II............................................................................................................................96 Referências bibliográficas........................................................................................................................97 UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 1 CAPÍTULO I – CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA ➢ INFORMÁTICA O computador é uma máquina que processa dados, orientada por um conjunto de instruções e destinada a produzir resultados completos, com um mínimo de intervenção humana. Entre vários benefícios, podemos citar: • Grande velocidade no processamento e disponibilização de informações; • Precisão no fornecimento das informações; • Próprio para execução de tarefas repetitivas; • Propicia a redução de custos em várias atividades; ➢ELEMENTOS COMPUTACIONAIS • Hardware – parte física, ou seja, os componentes. • Software – parte lógica, ou seja, os programas. • Peopleware – Usuário. Exemplos: Digitador, Internauta, Web Designer, etc. • Rede – Compartilhamento de recursos entre os computadores. ➢BIT E BYTE Está se tornando cada vez mais comum filmes de ficção científica com computadores inteligentes, de alto grau de sofisticação. Filmes como I.A. - Inteligência Artificial (A.I. “Artificial Intelligence”, nome original), Matrix e Eu Robô (“I, Robot” nome original) são alguns exemplos dessas produções. Muitas vezes, é possível ver essas “máquinas” se comunicando entre si como os humanos, através de fala oral, de gestos ou da escrita tradicional com alfabetos ou outros símbolos. Mas será que os computadores se comunicam desta forma, como os humanos? Ou possuem algum tipo de comunicação peculiar? Bem, os computadores se comunicam e processam as informações através de Códigos Binários. Ou seja, os computadores só utilizam dois dígitos, como por exemplo: 0 ou 1. Estes números podem representar estados, por exemplo, uma luz acesa pode representada por “1”, se ela estiver apagada será representada por “0”.A menor unidade de informação que temos é o bit. Mas além desta, existem os seus múltiplos que são bastante utilizados em nosso cotidiano. Por exemplo, quando compramos um Hd (Hard Disk), ele poderá ter 1TB de armazenamento. Logo abaixo teremos uma tabela de conversão de unidades. 1 bit = Digito 0 (zero) ou digito 1 8 bits = 1 Byte 1024 Bytes = 1 KByte, Kilobyte ou KB 1024 Kilobytes = 1 MByte, Megabyte ou MB 1024 Megabytes = 1 GByte, Gigabyte ou GB 1024 Gigabytes = 1 TByte, Terabyte ou TB 1024 Terabytes = 1 PByte, Petabyte ou PB 1024 Petabytes = 1 EByte, Exabyte ou EB 1024 Exabytes = 1 ZByte, Zetabyte ou ZB 1024 Zetabytes= 1 YByte, Yottabyte ou YB UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 2 CAPÍTULO I – CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA ➢EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA (UM BREVE HISTÓRICO) O Ábaco, um instrumento para auxiliar nos cálculos, foi inventado por volta do ano 2000 A.C. Conhecido em chinês como Suan-pan e em japonês como Soroban, ainda é muito utilizado nos países asiáticos e em alguns centros de ensino pelo mundo. Os ábacos romanos (Figura 1), no século XIII, eram usados para atender as necessidades dos artesãos, dos comerciantes, engenheiros e outros profissionais. Blaise Pascal, matemático francês, inventou a primeira máquina de somar (máquina Pascalina) em 1642; construída com rodas dentadas, seu intuito era simplificar o ofício do pai, que era contador. Gottfried Wilhelm Von Leibnitz, matemático alemão, aperfeiçoou a máquina Pascalina em torno de 1670, introduzindo um mecanismo capaz de multiplicar e dividir. Joseph Marie Jacquard, técnico de tecelagem francês, criou o tear automático (Figura 3) controlado por cartões perfurados, em 1801. Charles P. Babbage, matemático inglês, projetou a Máquina das Diferenças em 1822, e a Máquina Analítica (Figura 4), em 1833. É considerado o precursor do computador eletrônico digital, pois sua máquina analítica possuía três estágios fundamentais (como os computadores atuais): (a) entrada (com cartões perfurados), (b) processamento utilizando memória (de engrenagens), abrigando o programa em execução e (c) saída. Herman Hollerith, engenheiro americano, inventou um conjunto de máquinas de processamento de dados que operava com cartões perfurados (baseado no tear de Jacquard) para processar o Censo Americano de 1890. Mark I foi o primeiro computador eletro-mecânico, inventado pelo professor Howard H. Aiken da Universidade de Harvard, nos E.U.A., em 1944;Princípios de Informática CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA Texto Introdutório CBI2002.doc - 20/02/02 14:48 Prof. Dalton Vinicius Kozak 2. ENIAC (Electronic Numerical Integrator And Calculator) foi o primeiro computador eletrônico, inventado pelos professores John Eckert e John Mauchly da Universidade da Pennsylvania (E.U.A.), em 1946. Tinha cerca de 18000 válvulas, ocupava três andares e queimava uma válvula a cada dois minutos. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 3 Figura 2: Máuina Pascalina Figura 1: Ábaco Romano Figura 4: Máquina Analítica de Babbage Figura 3: Tear Automático de Jacquard CAPÍTULO I – CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA John Von Newman, matemático húngaro, formula nos Estados Unidos a proposição prática para computadores universais, que armazenam programas em memórias, melhorando o método inicialmente utilizado pelo ENIAC. Esse princípio é utilizado nos computadores até hoje. Comentamos um pouco sobre a evolução dos computadores, vimos alguns exemplos de máquinas criadas, agora falaremos das gerações, ou seja desde os primeiros computadores que utilizavam válvulas em seu funcionamento até os computadores que já funcionavam a base de circuitos integrados. Em 1951 se inicia a produção em série de computadores (IBM/UNIVAC). ➢GERAÇÕES Primeira geração. Computadores constituídos de válvulas eletrônicas. Exemplos: ENIAC, UNIVAC I, IBM 701. Segunda geração. Com início nos fins dos anos 50, engloba computadores equipados com transistores organizados em circuitos impressos. Exemplo: IBM 1401. Começaram a surgir também as linguagens de programação alto nível: Fortran (1957), Cobol (1960), Basic (1964). Terceira geração. Com início em meados da década de 60, compreende computadores constituídos de circuitos integrados. Escalas de integração: • SSI - Small Scale of Integration • MSI - Middle Scale of Integration. Exemplos: IBM /360 e IBM /370. Quarta geração. Com início no princípio da década de 70, são os computadores constituídos de circuitos integrados nas seguintes escalas: • LSI - Large Scale of Integration 08:00 - 10:30 • VLSI - Very Large Scale of Integration. Exemplos: Os computadores atuais, incluindo os microcomputadores. A substituição das válvulas pelos transistores acarretou em um aumento de processamento, uma diminuição de tamanho nos computadores e uma diminuição considerável de temperatura nos mesmos, visto que os transistores não geravam tanto calor como as válvulas. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 4 Figura 6: Válvulas Figura 7: Transistores Figura 5: John Von Neumann CAPÍTULO I – CONCEITOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA ➢HARDWARE X SOFTWARE Hoje, o mercado de trabalho exige conhecimentos básicos de informática, não só no que se refere aos softwares, mas ao hardware também. É importante saber, por exemplo, o que é um HD (Hard Disk), para que serve o processador, qual a função da memória RAM e assim por diante. Nada de recursos avançados, isso pode ser deixado para quem quer se aprofundar no assunto. No entanto, ter conhecimentos básicos do assunto é essencial, até mesmo para lidar com determinadas situações, como observar o reparo de seu PC por um técnico, por exemplo. Este artigo, voltado aos iniciantes ou àqueles que tiveram um "branco" no assunto, mostrará um resumo sobre cada um dos principais componentes de um computador pessoal, assim como abordará suas utilidades e suas principais funções. ➢ DIVISÃO DO COMPUTADOR Hardware: todo o equipamento, suas peças, isto é, tudo o que "pode ser tocado", denomina-se hardware. Alguns equipamentos, como monitor, teclado e mouse são também chamados de periféricos. Outros exemplos de hardware: memórias, processadores, gabinetes, disco rígido, etc. Software: consiste na parte que "não se pode tocar", ou seja, toda a parte virtual, onde estão incluídos os drivers, os programas e o sistema operacional. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 5 Figura 8: Exemplos de Softwares Não irei mais me enrolar com esta diferença! Figura 9: Exemplos de Hardware CAPÍTULO II – HARDWARE O mercado de processadores é dominado, essencialmente, por duas empresas: Intel e AMD. Eis alguns exemplos de seus processadores: Intel Core 2 Duo, Intel Core i7, Intel Atom (para dispositivos portáteis), AMD Athlon X2, AMD Phenom II e AMD Turion X2 (também para dispositivos portáteis). Abaixo, a foto de alguns processadores. ➢HARDWARE PROCESSADOR Este é o grande pivô da história. O processador, basicamente, é o "cérebro" do computador. Praticamente tudo passa por ele, já que é o processador o responsável por executar todas as instruções necessárias. Quanto mais "poderoso" for o processador, mais rapidamente suas tarefas serão executadas. Todo processador deve ter um cooler (ou algum outro sistema de controle de temperatura). Essa peça (um tipo de ventilador) é a responsável por manter a temperatura do processador em níveis aceitáveis. Quanto menor for a temperatura, maior será a vida útil do chip. A temperatura sugerida para cada processador varia de acordo com o fabricante, com o mecanismo e com o desempenho. Procure saber com o fabricante qual a temperatura ideal para o seu processador. Se o valor estiver acima do limite, talvez seja necessário melhorar a ventilação interna da máquina. Para conhecer a temperatura, fabricantes de placas-mães costumam oferecer programas próprios para isso. Em muitos casos, também é possível obter essa informação no setup do BIOS (visto no item placa-mãe, mais adiante). Vale ressaltar que cada processador tem um número de pinos ou contatos. Por exemplo, o antigo Athlon XP tem 462 pinos (essa combinação é chamada Socket A) e, logo, é necessário fazer uso de uma placa-mãe que aceite esse modelo (esse socket). Assim sendo, na montagem deum computador, a primeira decisão a se tomar é qual processador comprar, pois a partir daí é que se escolhe a placa-mãe e, em seguida, o restante das peças. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 6 Figura 10: Processadores (AMD e INTEL) http://www.intel.com/ http://www.amd.com/ CAPÍTULO II – HARDWARE CLOCK INTERNO Em um computador, todas as atividades necessitam de sincronização. O clock interno (ou apenas clock) serve justamente para este fim, ou seja, basicamente, atua como um sinal para sincronismo. Quando os dispositivos do computador recebem o sinal de executar suas atividades, dá-se a esse acontecimento o nome de "pulso de clock". Em cada pulso, os dispositivos executam suas tarefas, param e vão para o próximo ciclo de clock. A medição do clock é feita em hertz (Hz), a unidade padrão de medidas de frequência, que indica o número de oscilações ou ciclos que ocorre dentro de uma determinada medida de tempo, no caso, segundos. Assim, se um processador trabalha à 800 Hz, por exemplo, significa que ele é capaz de lidar com 800 operações de ciclos de clock por segundo. Repare que, para fins práticos, a palavra kilohertz (KHz) é utilizada para indicar 1000 Hz, assim como o termo mega-hertz (MHz) é usado para referenciar 1000 KHz (ou 1 milhão de hertz). De igual forma, giga-hertz (GHz) é a denominação usada quando se tem 1000 MHz e assim por diante. Com isso, se um processador conta com, por exemplo, uma frequência de 800 MHz, significa que pode trabalhar com 800 milhões de ciclos por segundo. Neste ponto, você provavelmente deve ter entendido que é daqui que vem expressões como "processador Intel Core i5 de 2,8 GHz", por exemplo. CLOCK EXTERNO, CHIPSET (PONTE NORTE E PONTE SUL) Em manuais de placas-mãe e dos processadores você certamente encontrará algum trecho fazendo referência ao Front Side Bus (FSB). Primeiramente, vale frisar que o Front Side Bus não tem nada a ver com um ônibus, mas de certa forma ele executa a tarefa de transporte, assim como este veículo bem comum aos cidadãos brasileiros. O Front Side Bus, de certa forma, é um caminho que liga o processador a ponte norte (North Bridge) do chipset da placa-mãe (mainboard). A sua placa-mãe tem de controlar diversos dispositivos do computador, porém ela não tem um processador tão rápido como o que você instala nela. Pensando nisso, as fabricantes de placas-mãe desenvolveram o Chipset, o qual tem como função controlar a memória, o HD, as placas onboard e todo o resto de componentes que estejam ligados a placa-mãe. Além disso, o chipset também tem a função de limitar o clock da memória RAM, ou seja se sua memória trabalha com 800 Mhz, mas o chipset da sua placa não suporta esta velocidade, a memória trabalhará de acordo com a Ponte Norte. Alguns dos fabricantes de chipset: NVIDIA, INTEL, SIS e VIA. OBS: Não é obrigatório o fabricante da placa-mãe e do chipset serem os mesmos. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 7 Figura 11: Pulso de Clock CAPÍTULO II – HARDWARE O Front Side Bus é justamente a “trilha“ que conecta o processador com a Ponte Norte. O FSB é controlado pela placa-mãe, sendo que a velocidade dele é aplicada no processador e até na memória RAM. Por exemplo: se o seu processador funciona na frequência de 3000 MHz, ele terá de operar sobre um FSB de 200 MHz com um multiplicador de 15 vezes. A maioria das placas-mãe possui no Setup uma área específica voltada à configuração do processador. Nesta área você pode alterar o multiplicador, que é uma configuração para você fazer overclock do processador. Como o próprio nome já diz, o multiplicador é um recurso que serve para multiplicar um fator por outro. No caso do FSB, o multiplicador usa o clock do FSB e o valor que você especificar para alterar a velocidade de operação do processador. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 8 Figura 13: Clock Externo (Bus Speed) e o seu Clock Interno Figura 12: Chipset (Ponte Norte e Ponte Sul) CAPÍTULO II – HARDWARE Veja que o Front Side Bus está totalmente relacionado com o processador e a memória RAM. Considerando isso, fica meio óbvio que qualquer 1 MegaHertz acrescentado no FSB, pode ser um valor muito alto para o processador e a memória RAM. Se o Front Side Bus opera a 200 MHz, por exemplo, ele será capaz de rodar um jogo com uma quantidade de quadros por segundo bem maior do que o FSB configurado para operar em 190 MHz. Qualquer tarefa que você vá realizar com seu computador deve ser muito bem pensada, sendo que muitas devem ser executadas após uma boa leitura do manual (ou até mesmo por técnicos). O FSB é um valor utilizado em vários componentes de Hardware e ele tem efeito direto sobre o processador, o que pode ser um perigo. Caso você esteja pensando em aumentar o Front Side Bus de 200 MHz para 300 MHz, pode ir parando de exagerar. O FSB é controlado pela placa-mãe, a qual possui um valor máximo (que em geral não chega a mais do que 10% do que o FSB suporta). Uma maneira bastante fácil de verificar o seu clock externo (Front Side Bus), o multiplicador que está sendo usado e consequentemente o clock interno do processador seria o uso de um software utilitário, como por exemplo o CPU-Z ( Ilustração 13) ou o Everest. BITS DOS PROCESSADORES Quando nos deparamos com situações em que precisamos trocar um computador, atualizar um sistema operacional ou até mesmo baixar uma versão de um determinado software, é muito comum encontrarmos termos que dizem respeito sobre o tipo de arquitetura adotada: as de 32 ou de 64 bits. O termo “computador de 32 ou de 64 bits” diz respeito à arquitetura tanto do processador quanto do sistema operacional empregados em uma determinada máquina. Ou seja, a grande maioria dos processadores atuais, são capazes de processar dados e instruções de 64 ou de 32 bits. E por sua vez, é muito comum que as plataformas possuam versões compatíveis com as duas arquiteturas. Do ponto de vista técnico, processadores de 32 bits têm a capacidade de processar “palavras” (sequência de bits) de até 32 bits, enquanto os de 64 bits podem trabalhar aquelas de até 64 bits, ou seja, o dobro de informações. Para simplificarmos, podemos fazer a seguinte analogia: na arquitetura de 32 bits, enquanto um processador precisa realizar duas ou mais “viagens” (uma a cada ciclo de clock) para interpretar determinadas informações, na de 64 bits, ele realizaria apenas uma. Dessa forma, a capacidade de um hardware do gênero poder trabalhar com uma quantidade maior de bits, não influenciará diretamente em sua velocidade de operação, mas sim, em um melhor desempenho geral da plataforma(desde que este, também seja compatível com a arquitetura de 64 bits). OBS: Se o seu Pc tem um processador de 64 bits, e se nele for instalado um sistema operacional de 32 bits, o seu processador trabalhará como se fosse um de 32 bits. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 9 Figura 14: Seu sistema é de 32 ou 64 bits? CAPÍTULO II – HARDWARE OBS 2: Se o seu Pc tiver mais de 4GB de memória RAM e for instalado um sistema operacional de 32 bits, este só reconhecerá até 4GB, desta forma haverá desperdício de memória. MEMÓRIA CACHE A memória cache é uma pequena quantidade de memória localizada perto do. Surgiu quando a memória RAM não estava mais acompanhando o desenvolvimento do processador. A memória RAM é lenta, e faz o processador “esperar” os dados serem liberados. Para entender melhor esta situação, deve-se entender como o computador trabalha internamente. Quando o usuário clica para abrir um arquivo, o processador envia uma “requisição” para a memória RAM. A memória RAM procura o dado que o usuário quer acessar noHD. Quando o arquivo é encontrado, é copiado para a memória RAM e enviado para o processador. O processador exibe o arquivo no monitor, mandando as informações para a placa de vídeo. Quando o processador envia a informação para a memória RAM, e também quando a memória RAM manda esta informação novamente para o processador, há uma demora, devida a velocidade limitada da memória RAM. Ai que entra o papel da memória cache, na qual é uma memória bastante rápida, no entanto tem uma menor capacidade de armazenamento. Ela guarda alguns dados mais importantes, e usados mais frequentemente, ou por determinados programas, quando são executados. Sem esta memória, o desempenho dos computadores atuais cairia em mais de 95%, devido a limitação de velocidade da memória RAM. Estes dados importantes, e se fosse necessária a memória RAM para passar estes dados repetidas vezes, o processador ficaria muito tempo esperando os dados chegarem, e não usaria sua capacidade total. Existem 3 tipos de Cache, conhecidos como L1 (primário) e L2 (secundário) e o L3, que atua como secundária também. Os três são embutidos no processador (antigamente somente o L1 era), já que a distancia física poderia interferir na transferência de dados. A cada novo processador, é desenvolvido um novo tipo de memória Cache para acompanhar a velocidade do processador. Atualmente é inviável, mas futuramente a memória cache pode se transformar na memória principal do PC, isto ajudaria muito no desempenho das máquinas. Pouco tempo atrás, a memória Cache do processador era em média 256k, atualmente está em 12 MB, e logo teremos memórias cache maiores ainda, e o preço dos processadores vai subindo cada vez mais. O preço inicial do Core2Duo (8 MB de Cache), foi em media R$ 1.000,00; já o Core i7, com 12 MB de Cache custou aproximadamente R$ 3.000,00 no lançamento. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 10 IFigura 15: Memória Cache CAPÍTULO II – HARDWARE NÚCLEOS DOS PROCESSADORES Ao longo dos anos, houve a necessidade de se desenvolver processadores cada vez mais velozes, ou seja que fossem capazes de executar a suas tarefas em um menor espaço de tempo, então quais seriam as possíveis possibilidades para que isso pudesse ser feito?À medida que a indústria das CPUs evoluiu, as empresas foram entregando processadores cada vez mais rápidos (com maior frequência) até chegar à casa dos 4 GHz. Ali a indústria encontrou um limite: subir muito mais que isto torna o sistema instável e faz o processador superaquecer. A solução para continuar evoluindo foi criar núcleos de processamento. A lógica é simples: se não posso subir mais que 4 GHz, faço dois núcleos operando em 3 GHz e ganho mais performance. A teoria diz que mais núcleos podem quebrar o processo em partes menores, sendo que cada um dos cores fica responsável por resolver apenas parte do processamento. Com isso, o consumo de energia, em teoria, também é menor, já que a CPU precisa fazer menos esforço para realizar aquela atividade específica, no entanto quem decide como a CPU vai trabalhar é o software em execução no momento. Esse software é como se fosse o gerente de uma fábrica; o processador seria a linha de produção; os operários seriam equivalentes aos núcleos do processador. O primeiro operário (núcleo 1) recebeu uma tarefa de seu gerente (software). Prontamente, ele atendeu a ordem e conseguiu concluir o processo. Agora imagine que existem dois funcionários trabalhando nessa mesma linha: isso seria o equivalente a um processador dual-core. Caso o gerente mande uma tarefa apenas para o primeiro operário, o segundo fica sem ter o que fazer. Ele fica apenas sentado e tomando cafezinho enquanto o primeiro se arrebenta de trabalhar por conta. Para resolver esse problema, o gerente deveria ter dividido a tarefa em duas partes e mandado cada um deles fazer uma delas. Dessa maneira, o processo seria concluído em menos tempo e com maior eficiência. Concluindo, um processador com muitos núcleos só é eficiente se os aplicativos souberem utilizar UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 11 Figura 16: Processador Multi-Core Figura17: Núcleos do Processador com seus respectivos níveis de cache CAPÍTULO II – HARDWARE esses núcleos; mas infelizmente não é isso o que acontece em muitos casos, mesmo que processadores multi-core não sejam exatamente uma novidade. Para um software funcionar com mais de um núcleo, os desenvolvedores precisam inserir muito mais linhas no código dos aplicativos. Em vez de simplesmente mandar o software executar uma função específica pelo processador, é preciso determinar qual núcleo vai fazer o que e quando. Quanto mais núcleos, mais complicada é essa tarefa. Apesar de a maioria dos desenvolvedores já trabalhar com esses recursos, não são todos que o fazem. Muitas vezes porque é muito caro perder tempo com programação apenas para otimizar os processos e outras por motivo de compatibilidade. SOQUETES Os soquetes ( ou sockets em inglês) são entradas que as placas-mãe possuem para instalação dos processadores. Existem diversos tipos, cada um deles é específico para cada fabricante ou modelo da unidade processamento que será instalada. Assim como os soquetes, os processadores apresentam diversos tipos, que variam de acordo com a quantidade de núcleos, capacidade de processamento e suporte ao overclock, prática de aumentar a capacidade do chip. Existe dois modelos de soquete: – PGA: sigla de Pin Grid Array (algo como “matriz de pinos”), esse é um tipo de soquete que faz com que o processador utilize pinos de contato que devem ser inseridos em um encaixe adequado na placa-mãe do computador. – LGA: sigla para Land Grid Array. Tem algumas semelhanças com o padrão PGA, tendo como principal diferença o fato de os pinos estarem no soquete e não no processador. – Compatibilidade com overclock: esta é uma técnica utilizada para aumentar a velocidade nominal do processador e conceder um desempenho extra ao usuário. Processadores que possuem esta capacidade são identificados como “Unlocked”, no caso de Intel, ou “Black Edition”, para AMD. No entanto, é preciso estar ciente que a exigência excessiva de processamento dos chips podem fazer com que esses componentes se desgastem mais rápido, além de obrigar o usuário a equipar a máquina com sistemas de resfriamentos mais eficientes. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 12 Figura 18: Soquete PGA Figura 19: Soquete LGA CAPÍTULO II – HARDWARE LISTA DE SOQUETES Tipo de Soquete Compatível com processadores Fabricante dos processadores LGA755/T Intel Celeron Intel Core 2 Duo / Extreme / Quad Intel Pentium 4 / D / Dual Core / Extreme Intel Xeon Intel 939 AMD Athlon 64 / FX / X2 AMD Dual-core Opteron AMD Sempron AMD LGA1150/H3 LGA1155/H2 LGA1156/H1 Intel Core i3/ i5 / i7 Intel Pentium Dual-core Intel Xeon Intel LGA1366/ B Intel Core i7 / i7 Extreme Edition Intel Xeon Intel AM2 / AM2+ AMD Athlon 64 / FX /X2 AMD Sempron AMD Phenom AMD Phenom II X4 AMD AM3 AMD Athlon II AMD Phenom II X2 / X3 / X4 / X6 AMD Sempron / Sempron X2 AMD FM1 AMD Dual-Core A4 3300 / 3400 AMD FM1 uPGA AMD Dual-Core A4 3300 / 3400 AMD Triple-Core A6 3500 AMD Quad-core A6 3650 / 3650K Black Edition AMD Quad-core A8 3850 / 3870K Black Edition AMD FM2 AMD Dual-Core A4 4000 / 5300 / 6300 AMD Dual-Core A6 5400K AMD Quad-Core A8 5500 / 5600K / 6500 / 6600K AMD Quad-Core A10 5700 / 6700 / 5800K / 6790K / 6800K AMD OBS: Um fato muito importante a se frisar seria o de que não é garantido compatibilidade entre a placa-mãe e o processador com o mesmo soquete na qual se quer encaixar, pois o chipset da sua placa temque ser compatível com o processador que está sendo encaixado. Desta forma é importante você consultar o manual do fabricante referente aquela placas-mãe. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 13 CAPÍTULO II – HARDWARE ARQUITETURA DE PROCESSADORES A arquitetura de processador descreve o processador que foi usado em um computador. Grande parte dos computadores vêm com identificação e literatura descrevendo o processador que contém dentro de si, arquitetura CISC e RISC. A CISC (em inglês: Complex Instruction Set Computing, Computador com um Conjunto Complexo de Instruções), usada em processadores Intel e AMD; suporta mais instruções no entanto, com isso, mais lenta fica a execução delas. A RISC (em inglês: Reduced Instruction Set Computing, Computador com um Conjunto Reduzido de Instruções) usada em processadores PowerPC (da Apple, Motorola e IBM) e SPARC (SUN); suporta menos instruções, e com isso executa com mais rapidez o conjunto de instruções que são combinadas. É indiscutível, porém, que em instruções complexas os processadores CISC saem-se melhor. Por isso, ao invés da vitória de uma das duas tecnologias, atualmente vemos processadores híbridos, que são essencialmente processadores CISC, mas incorporam muitos recursos encontrados nos processadores RISC (ou vice-versa). Nos chips atuais, que são na verdade misturas das duas arquiteturas, juntamos as duas coisas. Internamente, o processador processa apenas instruções simples. Estas instruções internas, variam de processador para processador, são como uma luva, que se adapta ao projeto do chip. As instruções internas de um K6 são diferentes das de um Pentium por exemplo. Sobre estas instruções internas, temos um circuito decodificador, que converte as instruções complexas utilizadas pelos programas em várias instruções simples que podem ser entendidas pelo processador. Estas instruções complexas sim, são iguais em todos os processadores usados em micros PC. é isso que permite que um Athlon e um Pentium III sejam compatíveis entre si.??O conjunto básico de instruções usadas em micros PC é chamado de conjunto x86. Este conjunto é composto por um total de 187 instruções, que são as utilizadas por todos os programas. Além deste conjunto principal, alguns processadores trazem também instruções alternativas, que permitem aos programas executar algumas tarefas mais rapidamente do que seria possível usando as instruções x86 padrão. Alguns exemplos de conjuntos alternativos de instruções são o MMX (usado a partir do Pentium MMX), o 3D-NOW! (usado pelos processadores da AMD, a partir do K6-2), e o SSE (suportado pelo Pentium III). UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 14 IFigura 20: Processador com arquitetura RISC IFigura 21: Processador com arquitetura CISC CAPÍTULO II – HARDWARE ➢DISSIPADORES E COOLERS O processador realiza milhões de cálculos por segundo. A atividade interna nele só é possível graças à energia elétrica que transita de um lado para o outro. Acontece que essa grande carga de trabalho gera calor, visto que os materiais oferecem resistência à passagem de corrente, consequentemente os processadores aquecem muito quando estão efetuando tarefas. Para evitar a perda ou qualquer tipo de danos aos componentes, teremos quer ter uma solução favorável para mantê-lo com uma temperatura aceitável, para isso utilizamos um conjunto composto por: cooler e dissipador. Existem três tipos de coolers: - Air Coolers - Water Coolers - Cooler Heat Piper Diferentemente do que muitos pensam, os coolers e dissipadores não são tão novos assim. Os dinossauros dos computadores, os chamados "Mainframes" já tinham os coolers tamanho família. Uma coisa que poucos sabem mas em 1990 o IBM ES/9000 já tinha um sistema de water cooling. Para quem não sabe o que é water cooling, ele é um sistema de refrigeração onde é usada a ideia de um radiador de carro. Ele é “movido” a água e ajuda na refrigeração do processador. Mas e todos tinham a mesma função, não deixar que o calor atrapalhasse no desempenho do computador. A maioria dos chips da Intel e AMD traz um air-cooler. As ventoinhas desses sistemas podem girar em diferentes velocidades, contudo, o resfriamento do componente não depende apenas da quantidade de rotações por minuto. O material empregado na construção do dissipador pode fazer toda diferença (por exemplo o alumínio ou o cobre). A pasta térmica é outra peça-chave para a dissipação do calor. Essa substância parecida com cola é aplicada embaixo do dissipador e serve para preencher as lacunas de ar existentes entre o processador e o cooler. Vale salientar que esse composto é um bom condutor de calor, o que ajuda na hora da refrigeração do chip.O terceiro tipo de cooler mais comum é o heat pipe. Ele é considerado como um sistema de refrigeração passivo, visto que utiliza apenas um dissipador e um líquido para refrigerar o processador. O nome “heat pipe” significa “tubo de calor” e faz referência aos tubos que ficam presentes em cima da base do dissipador. Dentro desses tubos, existe um líquido refrigerante que ajuda a dissipar a energia gerada pelo chip. O funcionamento é bem simples: o fluído que está na parte de baixo do cano absorve calor e sobe, forçando o líquido que está em cima a descer para absorver mais calor; e esse ciclo se repete infinitamente. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 15 Figura 22: Air Cooler Figura 23: Water Cooling Figura 24: Cooler Heat Piper http://www.tecmundo.com.br/24138-os-softwares-pararam-no-tempo-em-relacao-aos-processadores-.htm CAPÍTULO II – HARDWARE Esse sistema é mais utilizado em placas de vídeo, mas também é encontrado em coolers de processadores. No caso de sistemas para refrigeração de CPUs, os cooler heat pipes são utilizados em conjunto com os coolers à base de ar. ➢ MEMÓRIAS MEMÓRIAS ROM É a memória somente para leitura (Read Only Memory) onde temos o sistema básico do microcomputador: o BIOS. Neste o POST efetua o autoteste assim que o PC é ligado. O Setup permite ao usuário a configuração do sistema básico e a CMOS é uma memória mantida pela bateria da placa-mãe que armazena essas configurações. Tipos de memória ROM: • MASK-ROM - Memória gravada na fábrica do circuito integrado. - Não há como apagarmos ou regravarmos seu conteúdo. • PROM (Programable ROM) - Memória vendida virgem. - Fabricante se encarrega de fazer a gravação do conteúdo. Obs – Fabricante do periférico que gravará. • EPROM (Erasable Programable ROM) - Igual à PROM. - Porém, seu conteúdo pode ser apagado através da luz ultra-violeta. • EEPROM (Eletric Erasable Programable ROM) - É uma EPROM onde a regravação é feita através de pulsos elétricos. • FLASH-ROM - É uma EEPROM que utiliza baixas tensões de regravação e este é feito em tempo bem menor. - Regravação feita através de software. - É empregada nos Pendrives, MP3, MP4, cartões de memória, etc. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 16 Figura 25: Memória ROM CAPÍTULO II – HARDWARE ➢ MEMÓRIAS RAM A memória RAM é um tipo de tecnologia que permite o acesso aos arquivos armazenados no computador. Diferentemente da memória do HD, a RAM não armazena conteúdos permanentemente. É responsável, no entanto, pela leitura dos conteúdos quando requeridos. Ou seja, de forma não-sequencial, por isso, a nomenclatura em inglês de Random Access Memory (Memória de Acesso Aleatório). Para simplificar a lógica por trás da função da memória RAM, é possível fazer uma analogia com uma mesa de estudos, onde se reúne todo o material necessário para realizar os deveres de casa: como canetas, lápis, caderno e livros. Osmateriais seriam os arquivos e a memória RAM, a mesa, onde tudo se reúne e o trabalho é feito. Sendo assim, a memória RAM pode ser entendida como um espaço temporário de trabalho, pois, após a tarefa ser realizada, os arquivos (material de estudos) são retirados da memória (mesa) e mantidos no HD (armário). FUNCIONAMENTO Assim como a mesa, quanto maior a memória RAM, maior sua capacidade de trabalho. Mas a capacidade da mesa é medida em área. Quanto maior a área da mesa, mais livros cabem e mais rapidamente se faz o trabalho. Já a capacidade da memória RAM, mede-se pelo fluxo de bits suportados nas operações. Ou seja, para se acessar uma grande quantidade de memória no HD de uma só vez, como muitos programas atuais exigem, é necessário uma grande quantidade de memória RAM. São estes, portanto, os megabites ou gigabites que aparecem nas configurações. A memória RAM é um chip semelhante a um micro-processador, composto por milhões de transistores e capacitores. O capacitor é uma peça capaz de armazenar elétrons. Quando ele está carregado, o sistema faz uma leitura com base no famoso código binário de “zeros e uns”. Cada leitura dessa em zero ou um significa um bit de informação. Essa leitura é feita de forma muito rápida, são muitas em poucos milésimos de segundos. Uma outra característica importante de uma memória RAM é a sua temporização, pois ela vai indicar o quanto rápida é a memória na leitura e escrita dos dados e o quanto ela é rápida na entrega dos dados para o processador. Concluindo, se eu tiver duas memórias com a mesma frequência e a mesma capacidades, as mesmas podem ter desempenhos diferentes, pois os seus parâmetros de temporização serão diferentes. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 17 Ilustração 26: Memória RAM CAPÍTULO II – HARDWARE LARGURA E VELOCIDADE DO BARRAMENTO Outras características que influenciam na capacidade de processamento da memória RAM são a largura e a velocidade do barramento, que é um conjunto de “fios” responsáveis pela conexão da memória com os outros componentes. A largura nos diz o número de bits que podem ser enviados ao CPU simultaneamente. A velocidade é o número de vezes que esse grupo de bits pode ser enviado a cada segundo. A memória comunica-se com o CPU, trocando dados, e completa o que se conhece como ciclo de barramento. É esse período que apresenta o desempenho da memória que, pode ser de 100MHz e 32bits, por exemplo. Isto significa que tal memória é capaz de enviar 32bits de dados ao processador 100 milhões de vezes por segundo. No entanto, existe um efeito chamado latência, que atrasa a taxa de transferência de dados de forma significativa quando se envia o primeiro bit. Ao se comprar uma memória deve-se ficar atento para essa questão da taxa de transferência. Não adianta a memória ter uma frequência alta e a frequência do sistema ser menor, pois a taxa do sistema vai limitar a da memória RAM. Portanto, para um sistema que rode a 100MHz e 32bits, compre uma memória com os mesmos aspectos. DESEMPENHO Muitos sistemas não têm a memória necessária para executar certos aplicativos, jogos e programas. É possível dizer que um dos motivos para isso é a baixa quantidade de memória RAM. O número de informações que o programa exige que sejam acessadas ao mesmo tempo do HD não é suportada pela configuração e o sistema fica lento. Vale ressaltar, no entanto, que há muitos outros fatores que podem implicar nessa velocidade, dentre eles a velocidade do processador e da placa de vídeo, os quais possuem suas próprias memórias também. Caso da memória Cache, explicada acima. ➢TIPOS DE RAM DRAM Existem dois tipos básicos de memórias RAM. O mais barato e comum deles é a DRAM ou memória dinâmica de acesso aleatório. Nesse tipo, um transistor e um capacitor unem-se para formar uma célula de memória, que é responsável por um bit de dados. Enquanto o capacitor conserva o bit de informação, o transistor age como um controle, que permite ao chip ler o capacitor ou mudar seu estado. A DRAM costuma ser uma memória mais lenta, pois passa por um processo de refrescamento dos dados, o que leva tempo e deixa a memória lenta. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 18 CAPÍTULO II – HARDWARE SRAM O segundo tipo é o SRAM ou, memória estática de acesso aleatório. Essa possui um circuito em uma forma conhecida como Flip-flop, que contém quatro ou seis transistores e fios. A vantagem desse tipo é que não há necessidade de ser refrescada. Sendo assim, é mais rápida que o primeiro tipo. No entanto, ocupa também bem mais espaço em um chip que uma célula de memória dinâmica. O que resulta na menor quantidade de memória que se pode ter por chip, fazendo da SRAM um componente bem mais caro. DUAL CHANNEL As memórias têm evoluído muito e agregado cada vez mais funcionalidades para aplicarem suas capacidades e o Dual Channel é uma delas. A característica dá a possibilidade do chipset ou o processador de comunicarem-se com duas vias de memória ao mesmo tempo. O resultado é o fornecimento do dobro de largura de dados do barramento. ➢MEMÓRIA DDR A DDR ou, Double Data Rate (taxa dupla de transferência) é mais um para a lista dos aperfeiçoamentos na engenharia das memórias RAM. Essa funcionalidade possibilita a transferência de dois dados simultaneamente. MÓDULOS DE MEMÓRIA Mais um aspecto importante nas memórias RAM, ao qual deve-se ficar atento, principalmente se for adquirir novas, é o seu módulo. Isto é, o formato dos conectores da placa de memória. Isso acontece porque as placas-mães devem ter compatibilidade com o conector na memória. O modelos para desktops que ficaram mais conhecidos são: o SIMM, single in-line memory module; o DIMM, dual in-line memory module e o RIMM, Rambus in-line memory module. Já o modelo SODIMM serve para notebooks. Essas são memórias que se diferenciam essencialmente nos modos como organizam os pinos nos conectores e transmitem os dados. A memória DDR surgiu como a evolução da memória SDRAM. Esta memória conseguia realizar dois acessos aos dados, obtendo assim o dobro da velocidade. A tensão necessária para as alimentar foi melhorado e, baixando de 3.3 V – 5 V (nas memórias SDRAM), para 2.5V.A Memória DDR é fisicamente diferente da sua antecessora, apresentando 184 pinos. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 19 Figura 27: Pentes de Memória RAM CAPÍTULO II – HARDWARE MEMÓRIA DDR 2 A Memória DDR2 é uma evolução da DDR. Este modelo apresentou várias alterações significas, reduzindo as tensões de alimentação para 1.8 V e aumentando significativamente a velocidade, com um clock máximo de 650 MHz. DDR2 – módulo com um tamanho mínimo de 256 MB e tamanho máximo 4GB. MEMÓRIA DDR 3 Tal como o próprio nome sugere, as DDR3 são uma evolução das memórias DDR2. O Buffer foi aumentado para 8 bits, permitindo uma elevada taxa de transferência, com frequências até 800 MHz. DDR3 – módulo com um tamanho mínimo de 512 MB e tamanho máximo (até agora) 8GB. MEMÓRIA DDR 4 Em construção estão os módulos DDR4, estimando-se que o seu consumo de energia seja reduzido até 40%, e apresente tensões de alimentação na ordem dos 1.05V - 1.2V. Também se estima que apresentem maiores velocidades, com uma frequência até 1.6 GHz e uma transferência de dados até 2400 Mb/s. DDR4 – Módulos com tamanho mínimo de 2 GB e máxima de 16 GB. Consulta rápida: PARÂMETROS DDR DDR2 DDR3 Tensão (V) 2.5 V 1.8 V 1.5 V Buffer 2 bits 4 bits 8 bits Pinos 184 240 240 Velocidade de Clock Máxima 266 MHz 533 - 650 MHz 800 MHz UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 20 CAPÍTULO II – HARDWARE ➢ HDS (HARD DISK) HD é aabreviatura para Hard Disk. Essa palavra significa disco rígido, nome comumente utilizado para fazer referência ao componente que armazena as pastas e arquivos. É no HD que fica instalado o sistema operacional, os programas e os jogos. Além disso, o disco rígido guarda os vídeos, as músicas e as imagens do usuário. Diferente da memória RAM, o disco rígido não armazena os dados temporariamente. Todas as informações presentes no HD ficam nele até que o usuário dê uma ordem para excluí-las. Figura 28: HD (Hard Disk) LEITURA E GRAVAÇÃO Todo o processo de gravação e leitura dos dados de um disco rígido é feito com a utilização de cabeças de leitura eletromagnéticas, presas a um braço móvel que permite o acesso a toda a superfície do disco rígido. O braço de leitura geralmente é feito de alumínio, pois precisa ser ao mesmo tempo leve e resistente para suportar a grande velocidade com que os discos giram. Para coordenar o movimento das cabeças de leitura, os HDs contam com um dispositivo especial chamado atuador. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 21 Figura 29: Cabeça de Leitura e Escrita CAPÍTULO II – HARDWARE Durante o processo de gravação, o campo magnético gerado pelos ímãs presentes nas cabeças faz com que as moléculas de óxido de ferro presentes na superfície magnética dos discos se reorganizem, alinhando os pólos negativos delas com os pólos positivos da cabeça. Da mesma forma, os pólos positivos se alinham com os pólos negativos. Os eletroímãs presentes nas cabeças de leitura e gravação podem ter sua polaridade alternada constantemente, o que permite variar livremente as moléculas da superfície magnética do disco rígido. Conforme a direção de cada pólo, obtém-se um bit interpretado como 1 ou 0 pelo computador. Na hora de ler os dados gravados, a cabeça de leitura capta o campo magnético gerado pelas moléculas alinhadas: a variação dos sinais magnéticos positivos e negativos gera uma corrente elétrica transmitida para a bobina de fios presentes na cabeça. Ao chegar à placa lógica do HD, esta corrente é interpretada como uma sequência de bits 1 e 0, que formam os diferentes arquivos gravados no disco rígido. Vale mencionar que todo esse processo ocorre sem nenhuma espécie de contato entre as cabeças de leitura e a superfície do disco. Isso porque, devido às altas velocidades com os que os discos rodam, forma-se um colchão de ar que repele as cabeças de leitura e impede qualquer espécie de contato. Caso houvesse contato entre os componentes, dificilmente um disco rígido funcionaria durante muito tempo devido aos danos físicos ocorridos. Para evitar acidentes, a maioria dos HDs conta com um ímã ao lado do atuador, responsável por atrair as cabeças a uma posição segura toda vez em que o computador é desligado ou não há gravação ou leitura de dados. Em ocasiões em que ocorrem picos de tensão ou a energia é cortada subitamente com o HD funcionando, é comum surgirem setores defeituosos por ter ocorrido contato entre as cabeças de leitura e a superfície do disco. Para evitar problemas do tipo recomenda-se utilizar acessórios como no-breaks, que permitem desligar o computador da forma correta em casos de instabilidade no fornecimento de energia. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 22 Figura 30: Partes de um HD (Hard Disk) CAPÍTULO II – HARDWARE ➢SSD (SOLID STATE DRIVE) Discos de estado sólido são fabricados sem partes móveis, ou seja, são peças inteiras que trabalham com componentes estáticos. Diferentemente do que acontece com discos rígidos comuns, eles não utilizam processos mecânicos para a gravação e a leitura de arquivos no disco magnético (HDs funcionam de maneira similar aos toca-discos). No lugar da agulha e do disco, os SSDs são constituídos por dispositivos de memória Flash. Dessa forma, o processo de escrita e leitura dos arquivos é feito de maneira elétrica, quase instantânea. O motivo para isso é o acesso facilitado do processador aos dados gravados, pois não é necessário dissipar energia com o movimento das faixas magnéticas. BOOT FACILITADO Computadores como o Macbook Air podem ser carregados para todos os locais sem a necessidade de desligá-lo. O processo de "acordar" após longos períodos de hibernação é muito rápido, assim como o tempo de boot. Testes da Samsung indicam a inicialização do Windows em 36 segundos para computadores com SSD, e 63 segundos para máquinas com HD. RESISTÊNCIA CONTRA IMPACTOS Conhece alguém que sofreu perdas de dados por causa de impactos ocorridos com seus computadores? Se não, pelo menos já ouviu alguém reclamando sobre travamentos após pequenas pancadas nos notebooks ou gabinetes dos desktops. Isso acontece por um motivo bastante simples: os HDs são produzidos com discos magnéticos e agulhas (ressaltamos a analogia a um toca-discos). Quando algum impacto ocorre, essa agulha pode se perder na leitura e gravação dos dados, fazendo com que o computador trave completamente. Em casos mais sérios, os HDs podem ser inutilizados, pois, em vez de a agulha apenas se perder, ela acaba riscando o disco magnético do componente. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 23 Figura 31: SSD CAPÍTULO II – HARDWARE Computadores com SSD não sofrem com isso. Sem partes mecânicas na composição do dispositivo, impactos ou grandes sessões de “chacoalhações” não oferecem riscos. Testes da Samsung apontaram que os SSDs suportam uma frequência superior a 2 mil Hz, enquanto os HDs pararam de funcionar com menos de 400 Hz. Logicamente, pouca gente precisa utilizar os computadores em situações de tamanha instabilidade, mas o ponto positivo nesse caso é a enorme resistência a impactos, garantindo que os dados não sejam perdidos ou os discos, danificados, evitando também gastos com manutenção e novas peças. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA O adjetivo que mais tem sido empregado para descrever as novas tecnologias é “verde”. Os dispositivos de memória SSD fazem parte disso, pois são criados para reduzir o consumo energético e garantir melhor eficiência com os recursos que utiliza. Pode-se dizer que com a mesma quantidade de energia é possível fazer muito mais. O maior benefício trazido por isso é a maior duração das baterias de notebooks. Sem discos rotativos, menos energia é dissipada com o movimento, sendo direcionada para a transmissão de dados entre os componentes do computador. Hoje, os discos de estado sólido ainda apresentam alguns problemas que impedem esta ferramenta de entrar com força no mercado mundial. É necessário entender que ainda existem alguns pontos em que os discos rígidos tradicionais são superiores. • Alto custo por GB Você deve se lembrar de que o computador já custou mais do que um carro (em 1980, armazenar 1 GB chegava a custar 193 mil dólares). É lógico que o SSD está muito aquém desse valor, mas ainda existe um alto custo para armazenar dados em discos sólidos, principalmente se comparados aos atuais baixos preços dos HDs. Um disco rígido de 64 GB pode chegar a custar menos de 20 dólares no mercado norte-americano, sendo que discos de 500 GB já podem ser encontrados por menos de 100 dólares. Ao mesmo tempo, um SSD com essas proporções ainda não está sendo produzido comercialmente, devido ao alto custo. • Pouca capacidade e limite de inscrições Devido aos valores cobrados por esses dispositivos, produzir discos com capacidades elevadas ainda não é vantajoso para as fabricantes. Felizmente o cenário está se modificando aos poucos e hoje já existem alguns SSDs que contam com 256 GB para armazenar arquivos. Outro problema é a limitação dos discos:enquanto HDs podem ser sobrescritos infinitas vezes, SSDs podem parar de apagar dados em determinados setores da memória. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 24 http://www.tecmundo.com.br/8762-estudo-mostra-as-dificuldades-em-apagar-drives-ssd.htm http://www.tecmundo.com.br/8762-estudo-mostra-as-dificuldades-em-apagar-drives-ssd.htm http://www.tecmundo.com.br/9210-o-preco-da-informatica-o-computador-ja-custou-mais-que-um-carro.htm CAPÍTULO II – HARDWARE ➢PLACA – MÃE A placa-mãe (também chamada de mainboard, ou ainda, motherboard), como o próprio nome sugere, é um componente indispensável para qualquer computador. É nela que se conectam todos os outros periféricos, tais como processador, memórias, discos rígidos, mouse, teclado, placas de vídeo, placas de som e quaisquer outras placas que façam parte do computador. A forma como os slots, conectores e chipsets estão distribuídos variam de acordo com o fabricante e o modelo da placa, mas os componentes principais são os mesmos em todas elas. Na foto abaixo você pode visualizar uma placa-mãe. Nela estão destacados as principais características que a compõe, e esses pontos serão explicados a seguir. Existem vários modelos de placas no mercado, cada qual com suas diferenças e peculiaridades. Por isso, pegamos como exemplo a placa-mãe ASUS P5Q-C meramente para ilustração, pois ela é híbrida em relação à memória (tem DDR3 e DDR2). Atualmente as placas-mãe vêm apresentando cada vez mais diferenciais. Algumas placas, como esta, possuem suporte tanto para DDR2 quanto para DDR3, o que é muito interessante, pois caso mais tarde você deseje fazer um upgrade de memória não será necessário trocar de placa-mãe, e com o constante avanço da tecnologia é sempre bom adquirirmos produtos que possuam maior autonomia. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 25 Figura 32: Layout de uma placa-mãe CAPÍTULO II – HARDWARE ➢ COMPONENTES DA PLACA-MÃE (ONBOARD E OFFBOARD) A placa-mãe possui diversos componentes, alguns destes já foram citados nesta apostila, portanto focaremos mais nos que ainda não foram comentados. SOQUETE Uma das principais características de uma placa-mãe é qual o soquete que ela possui. O soquete é o lugar onde é encaixado o processador, e de acordo com a quantidade de pinos para encaixe que ele possui é que definimos qual é o soquete. Tecnicamente, isso é chamado de pinagem, e é o que define qual família de processadores é suportado pela placa. Os principais modelos de soquete usados hoje são o soquete 1155 e 1156 da Intel, o qual serve para modelos i3, i5 i7. - CHIPSET Outro componente de grande importância nas placas-mãe é o chipset (Figura 36). É ele quem controla os barramentos, acesso à memória, dentre outros. Hoje em dia, ele é divido em dois (na maioria das vezes), que são a Ponte Norte (North Bridge) – que controla a memória, barramento de vídeo (slot AGP ou slot PCI- Express), e transfere dados com a Ponte Norte – e a Ponte Sul (South Bridge) – que controla componentes, periféricos, tais como HDs, portas USB, barramentos PCI, dispositivos de som e rede. O Chipset é também uma espécie de delimitador de capacidade nas placas- mãe. É ele quem vai definir qual a quantidade e tipo de memória suportada, quantos e quais tipos de HDs serão suportados (por exemplo, Hds SATA), qual a velocidade máxima que o processador que será ligado à placa-mãe poderá ter, dentre outros. - COMPONENTES ONBOARD Componentes onboard nada mais são que dispositivos que vêm junto com a placa-mãe – na maioria das vezes composto som, rede, e vídeo (este último nem sempre está presente) – para que você não precise comprar placas separadas para poder ter as funcionalidades que eles possuem, barateando assim o custo do seu computador. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 26 Figura 33: Soquete do Processador Figura 34: Chipset (Ponte Norte) Figura 35: Chipset (Ponte Sul) Figura 36: Elementos onboard CAPÍTULO II – HARDWARE ➢SLOTS Os slots de memória variam de acordo com o tipo de memória suportado. Por exemplo, uma memória do tipo DDR2 não encaixa em um slot para memórias DDR3, e vice-versa. Figura 37: Slot de Memória RAM CONEXÃO COM HDS/DRIVERS O IDE, do inglês Integrated Drive Eletronics, foi o primeiro padrão que integrou a controladora com o Disco Rígido. Os primeiros HDs com interface IDE foram lançados por volta de 1986 e na época isto já foi uma grande inovação porque os cabos utilizados já eram menores e havia menos problema de sincronismo, o que deixava os processos mais rápidos. Inicialmente, não havia uma definição de padrão e os primeiros dispositivos IDE apresentavam problemas de compatibilidade entre os fabricantes. O ANSI (American National Standards Institute), em 1990, aplicou as devidas correções para padronização e foi criado o padrão ATA (Advanced Technology Attachment). Porém com o nome IDE já estava mais conhecido, ele permaneceu, embora algumas vezes fosse chamado de IDE/ATA. As primeiras placas tinham apenas uma porta IDE e uma FDD (do drive de disquete) e mais tarde passaram a ter ao menos duas (primária e secundária). Cada uma delas permite a instalação de dois drives, ou seja que podemos instalar até quatro Discos Rígidos ou CD/DVD-ROMs na mesma placa. Para diferenciar os drives instalados na mesma porta, existe um “jumper” para configurá-los como master (mestre) ou slave (escravo). Inicialmente, as interfaces IDE suportavam apenas a conexão de Discos Rígidos e é por isso que há um tempo atrás os computadores ofereciam como diferencial os famosos "kits multimídia", que eram compostos por uma placa de som, CD-ROM, caixinhas e microfone. O SATA ou Serial ATA (Figura 41), do inglês Serial Advanced Technology Attachment, foi o sucessor do IDE. Os Discos Rígidos que utilizam o padrão SATA transferem os dados em série e não em paralelo como o ATA. Como ele utiliza dois canais separados, um para enviar e outro para UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 27 Figura 38: Controladora IDE CAPÍTULO II – HARDWARE receber dados, isto reduz (ou quase elimina) os problemas de sincronização e interferência, permitindo que frequências mais altas sejam usadas nas transferências. Os cabos possuem apenas sete fios, sendo um par para transmissão e outro para recepção de dados e três fios terra. Por eles serem mais finos, permitem inclusive uma melhor ventilação no gabinete. Um cabo SATA pode ter até um metro de comprimento e cada porta SATA suporta um único dispositivo (diferente do padrão master/slave do IDE). Existem dois padrões de controladores SATA: o SATA 150 (ou SATA 1.5 Gbit/s ou SATA 1500), o SATA 300 (SATA 3.0 Gbit/s ou SATA 3000) e o SATA 600 (ou SATA 6.0 Gbit/s). Este último é a terceira geração desta tecnologia e foi lançado em Maio de 2009 e são melhor aproveitados por Discos rígidos de Estado Sólido. Atualmente o padrão SATA, já se encontra em sua 3ª versão, a principal diferença entre esta e as suas antigas versões é na velocidade de transmissão. Veja um quadro comparativo entre as versões da controladora SATA, relacionado a transmissão de dados: UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 28 Figura 39: Controladora SATA Figura 40: Comparação entre as versões dos Hds SATA CAPÍTULO II – HARDWARE ➢SLOTS DE EXPANSÃO SLOT AMR A Intel desenvolveu o slot AMR para fornecer uma fácil e padronizada maneira de integrar funções de áudio e modem num sistema já completo a um custo mínimo, O slot AMR também tinha funcionalidades limitadas e nãosuportava a tecnologia Plug and Play. Embora algumas motherboards incluíssem um slot AMR, muito poucas placas compatíveis AMR foram desenvolvidas e muito poucas foram disponibilizadas no mercado. SLOT CNR A Intel resolveu responder ao problema das placas AMR redesenhando o slot AMR. O slot CNR pode coexistir com os slots PCI padrão, permitindo que as placas CNR ou as placas PCIutilizem o slot á vez. Os slots CNR também receberam suporte para Plug and Play e outras funções de interesse para os designers de sistemas. Os padrões AMR e CNR são incompatíveis, tanto ao nível físico como eléctrico. Embora tenhamos visto poucas placas CNR, na maioria adaptadores de som e modems, as placas CNR não são fáceis de encontrar tal como as placas AMR. SLOT ACR Os slots AMR e CNR são ambos tecnologia da Intel. A AMD, VIA e o resto dos fabricantes de sistemas não pertencentes ao grupo Intel, surgiram com uma nova alternativa chamada slot ACR, que pode ser encontrada em algumas motherboards sem componentes Intel. O slot ACR é fisicamente um slot PCI padrão, que você pode reconhecer porque está montado 180 graus em relação aos restantes slots PCI na motherboard. Em teoria, o slot ACR oferece algumas vantagens relativamente aos slots AMR/CNR, incluindo o uso de conectores standard e toda a sua flexibilidade devido ao grande número de pinos disponíveis. Na prática, nós nunca vimos ou ouvimos falar de uma placa desenhada para encaixar nesse slot, por isso consideramos que tal é apenas mais um slot desperdiçado. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 29 Figura 43: Slot ACR Figura 41: Slot AMR Figura 42: Slot Cmr http://www.pccompleto.net/tecnologia/ CAPÍTULO II – HARDWARE SLOT ISA O barramento ISA é um padrão não mais utilizado, sendo encontrado apenas em computadores antigos. Seu aparecimento se deu na época do IBM PCe essa primeira versão trabalha com transferência de 8 bits por vez e clock de 8,33 MHz (na verdade, antes do surgimento do IBM PC- XT, esse valor era de 4,77 MHz). Na época do surgimento do processador 286, o barramento ISA ganhou uma versão capaz de trabalhar com 16 bits. Dispositivos anteriores que trabalhavam com 8 bits funcionavam normalmente em slots com o padrão de 16 bits, mas o contrário não era possível, isto é, de dispositivos ISA de 16 bits trabalharem com slots de 8 bits, mesmo porque os encaixes ISA de 16 bits tinham uma extensão que os tornavam maiores que os de 8 bits. As placas de 8 bits utilizam somente a parte maior. Como você já deve ter imaginado, as placas de 16 bits usam ambas as partes. Por conta disso, as placas-mãe da época passaram a contar apenas com slots ISA de 16 bits. Curiosamente, alguns modelos foram lançados tendo tanto slots de 8 bits quanto slots de 16 bits. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 30 Figura 44: Slot ISA CAPÍTULO II – HARDWARE SLOT PCI O barramento PCI surgiu no início de 1990 pelas mãos da Intel. Suas principais características são a capacidade de transferir dados a 32 bits e clock de 33 MHz, especificações estas que tornaram o padrão capaz de transmitir dados a uma taxa de até 132 MB por segundo. Os slots PCI são menores que os slots ISA, assim como os seus dispositivos, obviamente. Mas, há uma outra característica que tornou o padrão PCI atraente: o recurso Bus Mastering. Em poucas palavras, trata-se de um sistema que permite a dispositivos que fazem uso do barramento ler e gravar dados direto na memória RAM, sem que o processador tenha que "parar" e interferir para tornar isso possível. Note que esse recurso não é exclusivo do barramento PCI. Outra característica marcante do PCI é a sua compatibilidade com o recurso Plug and Play (PnP), algo como "plugar e usar". Com essa funcionalidade, o computador é capaz de reconhecer automaticamente os dispositivos que são conectados ao slot PCI. Atualmente, tal capacidade é trivial nos computadores, isto é, basta conectar o dispositivo, ligar o computador e esperar o sistema operacional avisar sobre o reconhecimento de um novo item para que você possa instalar os drivers adequados (isso se o sistema operacional não instalá-lo sozinho). Antigamente, os computadores não trabalhavam dessa maneira e o surgimento do recurso Plug and Play foi uma revolução nesse sentido. Além de ser utilizada em barramentos atuais, essa funcionalidade chegou a ser implementada em padrões mais antigos, inclusive no ISA. O barramento PCI também passou por evoluções: uma versão que trabalha com 64 bits e 66 MHz foi lançada, tendo também uma extensão em seu slot. Sua taxa máxima de transferência de dados é estimada em 512 MB por segundo. Apesar disso, o padrão PCI de 64 bits nunca chegou a ser popular. Um dos motivos para isso é o fato de essa especificação gerar mais custos para os fabricantes. Além disso, a maioria dos dispositivos da época de auge do PCI não necessitava de taxas de transferência de dados maiores. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 31 Ilustração 45: Slot PCI CAPÍTULO II – HARDWARE SLOT AGP Se antes os computadores se limitavam a exibir apenas caracteres em telas escuras, hoje eles são capazes de exibir e criar imagens em altíssima qualidade. Mas, isso tem um preço: quanto mais evoluída for uma aplicação gráfica, em geral, mais dados ela consumirá. Para lidar com o volume crescente de dados gerados pelos processadores gráficos, a Intel anunciou em meados de 1996 o padrão AGP, cujo slot serve exclusivamente às placas de vídeo. A primeira versão do AGP (chamada de AGP 1.0) trabalha a 32 bits e tem clock de 66 MHz, o que equivale a uma taxa de transferência de dados de até 266 MB por segundo, mas, na verdade, pode chegar ao valor de 532 MB por segundo. Explica-se: o AGP 1.0 pode funcionar no modo 1x ou 2x. Com 1x, um dado por pulso de clock é transferido. Com 2x, são dois dados por pulso de clock. Em meados de 1998, a Intel lançou o AGP 2.0, cujos diferenciais estão na possibilidade de trabalhar também com o novo modo de operação 4x (oferecendo uma taxa de transferência de 1.066 MB por segundo) e alimentação elétrica de 1,5 V (o AGP 1.0 funciona com 3,3 V). Algum tempo depois surgiu o AGP 3.0, que conta com a capacidade de trabalhar com alimentação elétrica de 0,8 V e modo de operação de 8x, correspondendo a uma taxa de transferência de 2.133 MB por segundo. Além da alta taxa de transferência de dados, o padrão AGP também oferece outras vantagens. Uma delas é o fato de sempre poder operar em sua máxima capacidade, já que não há outro dispositivo no barramento que possa, de alguma forma, interferir na comunicação entre a placa de vídeo e o processador (lembre-se que o AGP é compatível apenas com placas de vídeo). O AGP também permite que a placa de vídeo faça uso de parte da memória RAM do computador como um incremento de sua própria memória, um recurso chamado Direct Memory Execute. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 32 Figura 47: Slot AGP Figura 46: Slot AGP e suas respectivas tensões CAPÍTULO II – HARDWARE SLOT PCI EXPRESS PCI-Express (ou PCIe) é o nome dado ao barramento encontrado em placas-mãe, usado como entrada para placas de expansão gráfica, de som e rede. Agora, contaremos um pouco sobre como surgiu o PCI-Express e seus diferentes modelos. Se você já parou para ver uma placa-mãe, notou que ela tem várias linhas que percorrem toda a sua superfície. Essas linhas são chamadas de trilhas e são através delas que os dados percorrem a placa- mãe e chegam às diferentes peças instaladas. Essas trilhas passam dos conectores de placas e outros componentes, levando os dados coletados ali para outros setores do sistema. BarramentosPCI e AGP ficavam responsáveis por serem as portas para placas de vídeo, som e rede serem instaladas no PC. Com o aumento do tráfego de dados, ambas as conexões começaram a ser insuficientes para um funcionamento veloz e dentro do potencial que poderia alcançar. Pensando nisso, a Intel criou o PCI-Express, que, além de ser mais rápido que barramentos PCI e AGP, padronizou o tipo de conectores de placa de vídeo, som e rede. Desde sua primeira implementação em uma placa-mãe, os barramentos PCI-Express evoluíram conforme novas placas de expansão foram lançadas. Atualmente, o PCI-Express está disponível em segmentos de 1x a 32x, sendo mais comum encontrar até 16x. Esses números têm a ver com o número de “caminhos” utilizados para a transmissão dos dados. Existem três tipos de barramentos PCI-Express disponíveis, sendo que a única diferença entre eles é a velocidade da transmissão de dados entre placa de expansão e computador. Isso significa que uma placa de vídeo que é conectada a um conector PCIe 3.0 pode funcionar também em um do tipo 1.0. O que muda é a quantidade e velocidade de dados que serão enviados. • PCI-Express 1.0 Primeiro modelo, lançado em 2004. Contando com 16 caminhos de transmissão de dados (16x), um slot PCI-Express pode realizar o tráfego de até 4 GB/s. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 33 Figura 48: Slot PCI EXPRESS CAPÍTULO II – HARDWARE • PCI-Express 2.0 Lançado em 2007, o tipo de barramento mostrou um aumento de desempenho e envio de dados, o que para placas gráficas, por exemplo, é muito importante. Com 16x, slots PCI-Express 2.0 alcançam até 8 GB/s, podendo chegar até 16 GB/s caso seja um conector 32x. • PCI-Express 3.0 PCI-Express 3.0 é o modelo mais recente e apresenta a maior velocidade alcançada por faixa de dados até o momento (1 GB/s), podendo chegar até 16 GB/s. A primeira placa gráfica a utilizar o potencial do barramento foi a Radeon HD 7970, da AMD, lançada em janeiro de 2012. ➢PCI Express 4.0 Foi anunciado em novembro de 2011 que o desenvolvimento de slots PCI Express 4.0 havia sido iniciado e que ele agora teria uma taxa de transmissão de 2 GB/s por faixa. Isso possibilitaria uma transmissão de 32 GB/s em slots 16x. Placas com PCI Express 4.0 devem ser lançadas entre 2014 e 2015. Resumindo tudo, PCI Express é o nome dado a barramentos da placa-mãe que servem como entradas para placas de expansão (como placas de vídeo, som e rede) e realizam a transmissão de dados para o computador. Outro item relevante é a possibilidade de ligar duas ou mais placas de vídeo no mesmo computador. Algumas placas-mãe possuem mais de um slot PCI-Express ou PCI-Express 2.0 e permitem que você conecte as placas para assim conseguir um desempenho superior. Para as placas Nvidia, a tecnologia chama-se SLI, e para as placas ATI, Crossfire. ➢BATERIA CMOS/BIOS Muitas pessoas não sabem, mas o computador faz uso de uma bateria. Essa bateria (Figura 49) é responsável por manter o chip do BIOS (Basic Input/Output System) configurado (o que também significa manter as informações da data e hora do sistema), o qual é responsável pelo controle básico do hardware. É no BIOS que se localiza o software do Setup, local onde você configura os dispositivos da placa-mãe. Lá é possível desativar dispositivos onboard (USB, som, rede, etc.), ajustar data/hora, configurar velocidade do processador, dentre outros. Para acessá-lo, basta você pressionar a tecla DEL logo após seu computador ligar (em alguns computadores a tecla de acesso pode ser outra). UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 34 Figura 49: Bateria do cmos CAPÍTULO II – HARDWARE ➢ JUMPERS Jumpers são compostos de pequenos “quadradinhos” plásticos revestidos de metal por dentro. Estas pecinhas servem para serem colocadas em pequenos pinos que se encontram na placa-mãe. De acordo com o modo como estes “quadradinhos” são colocados nos pinos, diferentes configurações da placa-mãe podem ser mudadas. Existem ainda jumpers que servem para a conexão de cabos do gabinete. Estes cabos servem para que funcionem o botão ligar/desligar, reset, os leds do gabinete, etc. Também existem jumpers que servem para a conexão de saídas auxiliares, que são aquelas portas USB e de áudio que se localizam na frente do gabinete, ou ainda, outras saídas USB que são ligadas com placas auxiliares atrás do gabinete. Para mais informações você deve ler o manual da sua placa-mãe. ➢ CONECTOR DA FONTE ATX O conector de alimentação é o local onde você deve conectar a fonte (a qual distribui energia elétrica à placa e todos os demais componentes) à placa-mãe. Existem dois modelos padrão: os AT e os ATX. O primeiro é mais antigo, já está fora de linha. O segundo é o mais atual, e é o mais usado. Há também conectores auxiliares que servem para suprir a demanda de energia do processador, fazendo com que haja maior estabilidade no funcionamento. Vale lembrar que a fonte é um item de extrema importância para o bom funcionamento do computador. ➢ CONEXÕES ONBOARDS Existem várias entradas em uma placa-mãe onboard, tomando como exemplo a placa RC415ST-HM (Asterope5), vamos comentar as principais. UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 35 Figura 50: Conector da fonte ATX Figura 51: Placa-mãe RC415ST-HM (Asterope5) CAPÍTULO II – HARDWARE Vamos identificar as entradas: 1 - Porta do mouse PS/2 (verde). Essa porta é para mouse PS/2. 2 - Porta paralela (LPT1): conecta impressoras ou dispositivos de comunicação paralelos (LPT1). 3 - Porta IEEE 1394. A porta IEEE 1394 de 9 pinos fornece conectividade de alta velocidade para dispositivos de áudio/vídeo, periféricos de armazenamento, computadores ou dispositivos portáteis. 4 - Porta de rede (RJ-45). Essa porta permite conexões com a rede local (LAN) através de um hub de rede. 5 - Porta de saída das caixas acústicas traseiras (preto). Essa porta conecta as caixas acústicas traseiras. 6 – Porta Centro/Subwoofer (amarelo-laranja). Essa porta conecta as caixas acústicas do centro/subwoofer. 7 - Porta de entrada de linha (azul-claro). Essa porta permite conectar um toca-fitas, reprodutores de CD e DVD ou outras fontes de áudio. 8 - Porta de saída de linha (verde-limão). Essa porta conecta os fones de ouvido, podendo funcionar como saída das caixas acústicas frontais. 9 - Porta de microfone (rosa). Essa porta permite conectar o microfone. 10 - Porta de saída das caixas acústicas laterais (cinza) Essa porta conecta as caixas acústicas laterais. 11 - Portas USB 2.0 1, 2, 3 e 4. Essas quatro portas USB de 4 pinos servem para conectar dispositivos USB 2.0. 12 - Porta da placa de vídeo. Essa porta se destina a um monitor VGA ou outros dispositivos compatíveis com VGA. 13 - Saída S-vídeo: essa porta conecta o videocassete, a câmera de vídeo ou o televisor à interface S-video. 14 - Porta de saída coaxial SPDIF (laranja). Nessa porta são conectados dispositivos de áudio externos, com cabo coaxial. 15 - Porta do teclado PS/2 (roxa). Essa porta é para teclado PS/2. Vamos comentar a respeito das principais entradas, dentre elas: • PORTA PARALELA • PORTA SERIAL • PORTA USB (UNIVERSAL SERIAL BUS) • PORTA DE REDE • PORTA PS2 • PORTA VGA UTD – UNIVERSIDADE DO TRABALHO DIGITAL 36 CAPÍTULO II – HARDWARE PORTA PARALELA A porta paralela com o padrão Centronics de comunicação. Que possui um conector Amphenol de 36 pinos do lado da impressora e um conector com 25 pinos, ligado na porta paralela. Na transmissão paralela são enviados vários bits ao mesmo tempo através de 8 vias separadas (uma ao lado da outra), transmitindo um byte completo de cada vez. Sendo muito mais rápida em relação à comunicação
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