Buscar

A REFORMA RELIGIOSA E SUA INFLUÊNCIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL NO SÉCULO XIX

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO 
A REFORMA RELIGIOSA E SUA INFLUÊNCIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL NO SÉCULO XIX.
A educação passou por grandes mudanças, e cada período teve seu modelo educacional, em certos períodos a educação era restrita apenas a quem tinha poder aquisitivo, em algumas situações, a educação foi utilizada como ferramenta para interesses políticos, religiosos e econômicos. Os jesuítas tinham o objetivo de servir os interesses da fé, a reforma pombalina o objetivo de servir aos interesses do Estado, com prejuízos educacionais, causados pela falta de professores qualificados, já que, nesse período, os cargos eram ocupados por indicação.
Mas, quando se fala em religiosidade e educação, não podemos deixar de falar sobre a reforma protestante, um movimento religioso, que marcou a Idade Moderna, liderado pelo professor da universidade de Wittenberg e monge de Santo Agostinho, Martinho Lutero, em 31 de Outubro de 1517. Lutero era contra uma educação fracionada e limitada apenas a conhecimentos impostas pela igreja católica. Ele via a educação, como algo fundamental não só para formação espiritual, mas também para a sociedade capitalista nascente. Uma educação que deveria chegar a todo o povo, nobre e plebeu, rico e pobre, beneficiando meninos e meninas. Para Lutero, o estado devia impor a educação como obrigatória, da mesma forma, que a prestação de serviço militar era imposta para defesa e prosperidade, assim como também manter e dirigir a educação. (MONROE, 1979, p. 179).
No Brasil, final do segundo Império, houve um crescimento das escolas protestantes, o projeto educacional reformado deu-se em razão da discriminação que os filhos dos “protestantes” sofriam na escola pública. Sofrendo forte influência das ideias pragmáticas e liberais norte-americanas, vinculado ao projeto missionário, serviu como combustível para a nascente classe burguesa nacional. Foi através de uma viagem com destino a Roma que Lutero tomou conhecimento e passou a observar os costumes por parte do clero, contando com a proteção do seu amigo, o Príncipe Frederico e após seguiu a carreira de professor e a de pregador.
Mediante a análise de obras de historia da Educação, pode-se constatar que as orientações de Lutero sobre a forma de organização da educação escolar, tanto para os colégios de ensino secundário e para universidade como em sua proposta de criação das escolas elementares, sofreram forte influência de seu amigo Filipe Melanchthon (1497-1560), sendo difícil saber de forte influência de fato a autonomia e originalidade de algumas de suas ideias (BARBOSA, 2007, p. 166).
Martinho Lutero sempre criticou a Igreja e os seus constantes excessos e abusos, e no decorrer dos seus ensinamentos passou a lutar por melhores condições de ensino como contraposição ao que a Igreja pregava. O protestantismo era a religião contraria a Igreja Católica, pois através das manifestações religiosas a população passou a ter mais acesso e conhecimento sobre as escrituras sagradas. Este movimento de intenso de reformas norteou várias transformações na sociedade e com isso, a permitir o acesso ao ensino, como meio de instrução para toda a população. Cabe aqui ressaltar, que a luta ensejada por Lutero procurava viabilizar a liberdade e garantisse o direito à educação, objetivando o alcance dos seus direitos e deveres. 
A defesa da religião luterana ao ensino tinha por base que este não deveria ser somente de caráter religioso, incentivando que a população deveria possuir um ensino mais abrangente, ou seja, uma instrução de cunho social que contribuísse para a criação de um conhecimento político e econômico como forma de garantir uma melhor reestruturação da sociedade. Acreditava-se na criação de uma nova escola que direcionasse a inserção da instrução do individuo, sem esquecer-se da cultura, de promover o crescimento econômico e explorar a sua capacidade de sobrevivência.
Lutero reivindicava mais participação da igreja ao ensino direcionado a população, com o intuito de cumpri a sua missão, a de levar o ensino e compreensão das escrituras sagradas como forma de aprendizado que gerasse condições a todos que necessitavam de instrução. Defendia também, a participação do Estado na promoção da educação, mas como forma universal e pública, sendo fornecida a todos sem exclusão, mas com direcionamento a formação intelectual e de profissionais que atuassem nas escolas.
REFERENCIAS
BARBOSA, M.C.S. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: ARTMED, 2006.
MONROE, Paul. História da Educação. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969

Continue navegando