Buscar

ETICA APS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

3
FMU – FACULDADES METROPILITANAS UNIDAS
Maria Lais Souza Santos RA 3039858
Curso de Enfermagem 031303ª31
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: Ética e Profissionalismo
São Paulo
2020
Maria Lais Souza Santos 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: Ética e Profissionalismo
 
São Paulo
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................	3
2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................	4
3. COMISSÕES DE ÉTICA................................................................................	7
CONCLUSÃO...................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS................................................................................................... 15 
 
1. INTRODUÇÃO
O código de ética na Enfermagem, além de propiciar ao profissional, diretrizes sobre procedimentos e comportamentos profissionais, deve sempre manter-se atualizado devido às novas descobertas e experimentos provenientes de avanços científicos cada vez mais frequentes.
Devido a esses fatores, a Enfermagem vem aprofundando suas reflexões e questionamentos sobre a sua prática, a fim de enfrentar esses desafios, bem como as questões éticas que cotidianamente surgem em seu campo de atuação. O trabalho de Enfermagem tem se diversificado, indo desde o cuidado, seja do indivíduo, família e grupo da comunidade, passando pelas ações educativas, pesquisas, administrativas, até a participação no planejamento em saúde. 
O enfermeiro tem avançado no controle das suas atividades, previstas tanto no Regulamento do Exercício Profissional (Lei n. 7498/86) como no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN 311/07). Surgem, junto com este avanço, os problemas éticos relativos ao desempenho da profissão de Enfermagem, sendo necessário que esse profissional tome conhecimento de seus direitos e deveres éticos e legais, ampliando, assim, a segurança em suas ações e a possibilidade de estar exercendo as suas atividades dentro daquilo que lhe cabe, evitando possíveis complicações legais posteriores (ROSENSTOCK; et. al., 2011).
2. DESENVOLVIMENTO
Como princípios fundamentais se estabelece que a enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. O profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
Segundo a Lei 7498/86 são Enfermeiros:
O titular do diploma de enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei; o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obstétrica, conferidos nos termos da lei; o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz.
A mesma Lei identifica os Técnicos de Enfermagem como:
O titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente; o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem.
Os Auxiliares de Enfermagem compreendem:
O titular do certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos da Lei e registrado no órgão competente; o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956; o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso III do Art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961; o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959; o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967; e o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
Segundo a Lei 7498/86, os profissionais ditas Parteira são:
A titular de certificado previsto no Art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959; e a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos após a publicação desta Lei, como certificado de Parteira.
Ao Enfermeiro compete exercer todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem;
d) (VETADO);
e) (VETADO);
f) (VETADO);
g) (VETADO);
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
As atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde compreendem:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral;
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem;
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
i) execução do parto sem distocia;
j) educação visando à melhoria de saúde da população.
No caso de estudo o principal problema detectado compreende delegar a responsabilidade de realizar atividades de exclusividade da Enfermagem a profissionais técnicos e auxiliares, como no caso, a prescrição de enfermagemo que acarretou na não realização da devida anotação em prontuário de um cliente que estava sob cuidados da equipe.
3. COMISSÕES DE ÉTICA
No cotidiano da prática da enfermagem, há confronto com situações em que o profissional tem que escolher entre duas ou mais alternativas, igualmente desejáveis ou indesejáveis, e, para isso, são necessárias a reflexão, a discussão e a ponderação, considerando o conhecimento específico, os valores, princípios éticos e legais, normas ou regras de conduta agregadas. No trabalho em saúde, as decisões implicam em intervenções sobre outros seres humanos, muitas vezes em situação de fragilidade e/ou vulnerabilidade. Daí que o cuidado é também problematizado em seu conteúdo ético e deve ser tema desse tipo de análise (SCHNEIDER; RAMOS, 2012).
Os profissionais de enfermagem precisam possuir, além do preparo técnico e atualização constante, compromisso ético para dirimir ao máximo as ocorrências danosas ao paciente e, para tal, é fundamental gerenciar as situações de risco na assistência de enfermagem. Nesse sentido, os profissionais de enfermagem necessitam conhecer as responsabilidades ética, profissional, civil e penal de suas ações, e, também os seus direitos e deveres, para evitar ocorrências de negligência, imperícia ou imprudência (SCHNEIDER; RAMOS, 2012).
A responsabilidade profissional é a que consta da regulamentação ou legislação do exercício profissional e do código de ética da respectiva profissão. Responsabilidade é definida como a "possibilidade de prever os efeitos do próprio comportamento e de corrigi-lo com base em tal previsão". O profissional necessita conhecer o seu código de ética e a legislação que rege a sua profissão, sob pena de não prever as consequências das suas ações (SCHNEIDER; RAMOS, 2012).
Comissões de Ética de cada profissão que fiscalizam o seu exercício, discutem e divulgam seu Código de Ética. A Comissões de Ética de Enfermagem, (CEE) encontrando a publicação do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a qual homologa a decisão do Conselho Regional de Enfermagem 003/96 (COREN) normatizando a criação dessas Comissões nas instituições de saúde (DUCATI; BOEMER, 2001).
Questões éticas, de uma forma geral, sempre foram alvo de, e estão presentes em questionamentos pessoais muito antes do âmbito profissional da enfermagem. Acredita-se que tanto nas relações pessoais quanto profissionais e, em qualquer que seja o contexto, são questões de difícil condução. Porém a necessidade de refletir, ponderar e, muitas vezes, lidar com situações conflitantes fez da ética um assunto cada vez mais atraente e desafiador como fonte de estudo (ZBOROWSKI, I.P.; MELO, 2004).
Em uma interpretação, o valor básico inserido no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem é o respeito pelo ser humano, tendo como apoio outros valores como, por exemplo, a veracidade, a confidencialidade, a privacidade, a justiça, a autonomia, a competência, a fidelidade, a beneficência e a responsabilidade. 
A ética profissional é uma parte da ciência moral. Mais do que limitar-se a um feixe de normas, ela procura a humanização do trabalho organizado, isto é, procura colocá-lo a serviço do homem, da sua promoção, da sua finalidade social. É tarefa ainda da ética profissional detectar os fatores que, numa determinada sociedade, esvaziam a atividade profissional tornando-a alienada. Mais do que formular determinadas normas e cristalizá-las num código, é tarefa da ética profissional realizar uma reflexão crítica, questionadora, que tenha por finalidade, salvar o humano, a hipoteca social de toda a atividade profissional.
A Comissão de Ética de Enfermagem (CEE) tem como finalidades: garantir a conduta ética dos profissionais de Enfermagem na instituição; zelar pelo exercício ético dos profissionais de enfermagem na instituição, combatendo o exercício ilegal da profissão, educando, discutindo e divulgando o CEPE; notificar o Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição sobre irregularidades, reivindicações, sugestões e infrações éticas.
A discussão sobre uma ocorrência ética na enfermagem pode ser realizada entre a pessoa que a provocou, a pessoa que foi afetada e o responsável pela equipe. Essa também pode ser avaliada pela comissão de ética de enfermagem da instituição e resultar em ação educativa para evitar novas ocorrências ou, ainda, ser encaminhada como uma denúncia ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren). A denúncia poderá evoluir para a instauração de processo ético, caso haja indícios de infração ética.
No Capítulo V do CEPE, Resolução Cofen 311/2007, em seu Art.13, "Considera-se infração ética a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem". A denúncia ética é definida como a comunicação formal de uma situação em que a atuação profissional do enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem não está em conformidade com a Lei do Exercício Profissional e/ou com o CEPE, realizada por profissional de enfermagem, cliente/paciente, família, instituição de saúde, comissões de ética, ou qualquer outro interessado. Apesar dessas definições, cabe questionar a capacidade de um código contemplar toda a complexidade da prática, mesmo que frequentemente revisado, já que se situa sempre numa linha de provisoriedade ou transitoriedade.
Sua criação é importante em qualquer instituição de saúde, independentemente do número de enfermeiros empregados e sua ausência abre espaço para que outros profissionais possam estar julgando questões éticas pertinentes à Enfermagem. Sua importância foi ressaltada, pela conselheira do 1º Seminário sobre “Formação das Comissões de Ética de Enfermagem”, realizado em maio/93. “A criação das Comissões de Ética de Enfermagem nos hospitais é de extraordinária importância; com elas, as sindicâncias sobre problemas profissionais de Enfermagem serão melhor encaminhadas e avaliadas. Com isso, teremos melhores condições de analisar a qualidade da assistência prestada e as condições de trabalho oferecidas.
A legislação brasileira acolheu o princípio da indesculpabilidade, portanto, a alegação de desconhecimento não é pretexto para o descumprimento de normas e leis. Já o estudo das ocorrências iatrogênicas, ao contrário de negar os benefícios resultantes da assistência, tem contribuído para a busca da melhoria contínua da qualidade dos serviços de enfermagem, num binômio indissociável: a segurança de quem cuida e de quem recebe o cuidado. 
Os termos falha técnica relacionada a erros técnicos ou procedimentais e falha de conduta caracterizada por falhas na atitude, no comportamento, na abordagem interpessoal ou interprofissional podem ser expressos na discussão das iatrogenias e na conceituação das infrações ético-legais que resultam em prejuízo ao paciente. Para tal, a educação permanente é instrumento fundamental na potencialização e desenvolvimento pessoal, por meio da capacitação técnica, aquisição de novos conhecimentos e conceitos, os quais devem ser traduzidos em atitudes, em estreita relação com o processo de formação e de trabalho.
Na prática, observa-se que a equipe de enfermagem, em relação a outras equipes, é a que permanece mais tempo com o paciente durante o seu tratamento. No entanto esse fato tanto pode transformar-se num diferencial para a qualidade da assistência, como se tornar apenas um cumprimento mecânico de rotinas. Em função desse contexto, pode-se perceber que a classe dos profissionais de enfermagem, tem sido incentivada a conhecer mais sobre o seu exercício profissional, as leis que o regulamentam e seu código de ética e entendemos que, nesse sentido, as CEE tornaram-se as maiores fomentadoras da divulgação dos princípios éticos. Vale ressaltar que, a criação das CEE tornou-se obrigatória, no Estado de São Paulo, após a deliberação do plenário do COREn-SP, em sua 389ª Reunião Ordinária, ocorrida no dia 09 de janeiro de 1996.
A importância da instituição das CEE está no fato de que estas desempenham papel relevante, procurando dar respaldolegal para a discussão das situações quotidianas de trabalho da enfermagem, protegendo de qualquer dano tanto profissionais quanto clientes e instituições.
A busca por soluções de alguns dilemas éticos enfrentados na área da saúde necessitou de algum esforço coletivo dos profissionais atuantes, e isso deu uma contribuição importante ao abordar a responsabilidade dos profissionais da saúde, principalmente com o enfoque do enfermeiro. A saúde dos indivíduos e a atuação da classe dos profissionais de enfermagem tornaram-se o cenário privilegiado e principal para o exercício da ética da vida.
As Comissões de Ética em Enfermagem foram criadas em 1993, em um seminário realizado pelo COREN-SP, e foram normatizadas pelo COFEN em 1994, sendo assim oficializada a sua existência, houve o incentivo para a criação de comissões nos hospitais. Alguns artigos do Regimento das Comissões de Ética em Enfermagem estabelecem normas referentes à sua constituição e eleição de seus membros. Esses mesmos artigos elucidam também as atribuições de cada membro eleito, dispondo também sobre suas finalidades e a conduta a ser seguida no caso de infração ética para com o COREN e para com a instituição. 
As CEE formam-se num âmbito de competências bem definidos, em que a reflexão se deve traduzir na proposta de medidas concretas de ação. Sua base de reflexão é a mais vincadamente metafísica, empenhada na concepção da pessoa como um todo (mais racionalista e deontológica, menos empirista e consequencialista). O respeito pela identidade, integridade, e dignidade humana e a prática da solidariedade social são assumidos como valores primordiais e guiam tais reflexões. Contribuem para a serenidade dos profissionais da saúde em face de um caso problemático. Sua contribuição também aumenta em qualidade e quantidade a informação sobre problemas éticos.
As preocupações das Comissões vão além de apenas os profissionais envolvidos na área e suas ações, visam também proteger os direitos dos pacientes e seu bem estar. Um exemplo disso é o fato de que todas as ocorrências éticas devem ser comunicadas ao paciente quando estas estiverem ocorrido com sua pessoa, pois é seu direito ser informado sobre o acontecido e sobre as medidas tomadas para sanar o problema. Porém, esse direito nem sempre é observado por receio do enfermeiro em aumentar o estresse do paciente e de sua família ao relatar a ocorrência. Na eventualidade da ocorrência de uma infração ética, caberá ao CEE receber a denuncia, e instaurar uma sindicância. 
Em sua estrutura, as Comissões de Ética devem ser compostas por enfermeiros, técnicos e/ou auxiliares de enfermagem empregados no estabelecimento. Deverá ter 5 membros suplentes e 5 efetivos, sendo em números iguais o grupo de suplentes e efetivos. Os membros efetivos são indicados para a função de presidente, vice-presidente e secretário, por votação interna dos membros eleitos, sendo os dois primeiros cargos ocupados por enfermeiros. As comissões de ética são, sem dúvida, a maneira mais eficaz e justa de se resolver dilemas na área da saúde, pois proporcionam aos profissionais da área, segurança para atuarem da maneira correta, visando o benefício e não malefício comum para a categoria de enfermagem e de seus clientes.
Neste contexto entende-se que a Comissão de Ética do COREN foi implantada para assessorar tecnicamente os profissionais de enfermagem na busca de melhores soluções para as questões éticas que surgem diariamente dentro das instituições. Esta Comissão pretende divulgar o código de ética dos Profissionais de enfermagem, incentivar e assessorar o processo de estruturação das Comissões de Ética de Enfermagem (CCE) nas Instituições de Saúde, prestar consultoria aos Profissionais de Enfermagem, promover medidas educativas que orientem os profissionais de enfermagem, sensibilizar os profissionais de Enfermagem da necessidade e importância do comportamento Ético e das implicações da atitude antiética e empossar as Comissões de Ética das Instituições onde ocorra o exercício profissional de enfermagem.
Objetivos da Comissão de Ética COREN
Divulgar o código de Ética aos Profissionais de Enfermagem;
Estimular a implantação das Comissões de Ética nas Instituições;
Sensibilizar os gestores das instituições empregadoras quanto à aplicação e cumprimento do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem;
Orientar todo o processo da criação das CCE dentro das instituições;
Dar suporte as CCE depois de implantadas nas instituições;
Prestar consultoria as CCE e aos Profissionais de Enfermagem;
Agir de forma preventiva nas intercorrências e conflitos Éticos.
Comissões de Ética de Enfermagem (CEE) nas Instituições de Saúde E Finalidades das CEE
Orientar a equipe de enfermagem a desenvolver a assistência com qualidade e dentro dos pressupostos legais;
Receber e esclarecer dúvidas quanto aos aspectos éticos e técnicos da prática profissional, encaminhando as dúvidas para o COREN;
Promover medidas educativas que orientem os Profissionais de Enfermagem sobre os problemas, desafios e limites na prestação da assistência de Enfermagem em consonância com os princípios éticos;
Promover atualização, objetivando uma assistência de enfermagem com qualidade e livre de riscos;
Organização e Composição da CEE
As Comissões de Éticas em Enfermagem são vinculadas ao COREN-SE e devem manter a sua autonomia em relação às Instituições onde atuam não podendo ter qualquer vinculação ou subordinação ao Profissional Enfermeiro Responsável Técnico ou a qualquer Gerencia ou diretoria de Enfermagem da Instituição.
A Comissão de Ética de Enfermagem deverá ser constituída em todas as instituições onde existirem atividades de enfermagem, atendendo a todos os profissionais nas questões éticas da profissão.
A CEE deverá ser constituída através de eleição direta, convocada pela Comissão Eleitoral instalada pela Direção do Órgão de Enfermagem.
A CEE será composta por Enfermeiro, na proporção de 2/3, que representa o Quadro l e por Técnico e/ou Auxiliar de enfermagem, na proporção de 1/3, que representam os Quadros ll e lll, com vínculo empregatício na instituição e registro no COREN.
A CEE deverá ser formada com no mínimo, 06 (seis) membros, sendo 03 (três) efetivos e 03 (três) suplentes, eleitos pelos profissionais de enfermagem da instituição. É incompatível a condição de membro da CEE com a direção do órgão de enfermagem.
CONCLUSÃO
	
As Comissões de Ética em Enfermagem merecem em seu conjunto uma atenção particular: a sua própria existência indica a importância que adquiriu a ética na relação profissional/cliente/hospital. Trata-se de uma organização que visa o benefício e não malefício tanto do cliente, como do profissional. Tem uma visão decisiva sobre o julgamento do certo e o errado dentro do exercício profissional, tanto que tem autonomia e voz critica junto à constituição e às instituições na qual estão estabelecidas. Tem consciência promocional sobre justiça e ancoragem a princípios de salvaguarda dos valores do ser humano, tanto no âmbito profissional, como do ponto de vista de quem é cuidado por esses profissionais. 
Elas buscam prevenir possíveis ocorrências que causem danos aos envolvidos ou que os exponham a riscos desnecessários. A sua meta é assegurar uma assistência livre de maus tratos, indisciplina, negligência, falsidade ideológica, imperícia, ineficiência e imprudência. E o objetivo de qualquer instituição é a segurança de seus clientes, portanto, a relação entre CEE e a Instituição que a abriga é vantajosa para ambas as partes. 
Através da CEE, a enfermagem confirma o compromisso com o cuidado do ser humano, pois expõe suas debilidades e, ao mesmo tempo, suas fortalezas ao trabalhar com a diversidade de sujeitos, situações de cuidado, tecnologia e recursos humanos e materiais. Os embates do dia a dia da prática, as situações conflitantes e os dilemas acompanham o profissional, haja vista que os problemas da prática não são só técnicos, mas éticos, morais, sociais, econômicos, políticos.
Conclui-se que a ética é uma disciplinaessencial no período de formação do profissional e se constitui em atributo de consciência formador do caráter, possibilitando uma reflexão a respeito de valores morais e trazendo conhecimento em relação à nossa profissão, direitos e deveres. É necessário que mais espaços sejam abertos durante a Graduação para a discussão de casos clínicos relacionados à ética e para um estudo mais profundo do CEE.
REFERÊNCIAS
COFEN. Resolução do código de ética, 311/2007. 
DUCATI, Cátia; BOEMER, Magali Roseira. Comissões de ética de enfermagem em instituições de saúde de Ribeirão Preto. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto ,  v. 9, n. 3, p. 27-32,  May  2001.
MASCARENHAS, N.B.; ROSA, S.R.D.O. Ensino da Bioética na formação do enfermeiro: interface com a bibliografia adotada. Acta paul. enferm.,  São Paulo ,  v. 23, n. 3, p. 392-398,  2010
SCHNEIDER, Dulcinéia Ghizoni; RAMOS, Flávia Regina Souza. Processos éticos de enfermagem no Estado de Santa Catarina: caracterização de elementos fáticos. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto ,  v. 20, n. 4, p. 744-752,  Aug.  2012.
ZBOROWSKI, I.P.; MELO, M.R.A.C. A comissão de ética de enfermagem na visão do enfermeiro. Esc. Anna Nery.;8(2):224-234, 2004.

Continue navegando