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Doença Celíaca

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@cliscialaiane 
@cliscialaiane 
 
Doença Celíaca 
A doença celíaca (DC) é auto imune, com caráter hereditário, 
causado pela intolerância permanente ao glúten- principal fração 
proteica presente no trigo, centeio, cevada e aveia- e que se 
expressa por enteropatia mediada por linfócitos T em indivíduos 
geneticamente predispostos. Atinge pessoas de todas as idades, 
mas compromete principalmente crianças de 6 meses a 5 anos, e 
tem uma frequência maior entre mulheres. 
São conhecidas três formas de apresentação clínica da DC: A forma 
clássica ou típica comum na infância; caracteriza-se por diarreia 
crônica, perda de peso e falta de apetite, diminuição do tecido 
celular subcutâneo, distensão abdominal, glúteos atrofiadas e 
desnutrição grave. A forma não clássica ou atípica apresente 
poucos sintomas e aqueles gastrointestinais são discretos; 
fraqueza, perda de peso sem causa aparente tal como elevação das 
enzimas hepáticas, úlcera aftosa recorrente, edema de surgimento 
abrupto após infecção ou cirurgia. A forma sintomática ou 
silenciosa é vista através da alterações sorológicas ou histológicas 
da mucosa do intestino delgado, compatíveis com DC em parentes 
de 1° grau dos pacientes celíacos. 
A doença celíaca é inclusa em indivíduos de risco, entre os quais a 
prevalência de DC é esperada como consideravelmente maior do 
que a população geral. Parentes de 1° grau (pais e irmãos) de 
pacientes com DC e em indivíduos com certas condições clínicas, 
tais como a dermatite herpetiforme, que é considerada a DC da pele, 
que se apresenta com lesões cutâneas do tipo bolhoso e 
intensamente pruriginoso e se relaciona também com a doença 
celíaca. 
O diagnóstico pode ser feito com endoscopia digestiva alta, com 
biópsia do intestino delgado com vista à realização de exame 
histopatológico. A biópsia deve constar de pelo menos três ou 
@cliscialaiane 
@cliscialaiane 
 
quatro fragmentos. Os marcadores sorológicos são úteis para 
identificar os indivíduos que deverão ser submetidos à biópsia de 
intestino delgado. 
A lesão clássica é caracterizada por mucosa plana ou quase plana 
com criptas alongadas mucosa plana ou quase plana, com criptas 
alongadas e aumento de mitoses, epitélio superficial cuboide, com 
vacuolizações, borda estriada borrada, aumento do número de 
linfócitos intraepiteliais e lâmina própria com denso infiltrado de 
linfócitos e plasmócitos. 
A DC está associada com edenocarcinoma do intestino delgado, 
linfoma, carcinoma do esófago e faringe, manifestações não 
malignas como osteoporose, esterilidade e distúrbios neurológicos. 
As deficiências nutricionais decorrentes da má absorção de macro 
e micronutrientes como ferro, ácido fólico, cálcio e vitamina B12 
também deve ser diagnosticada e tratada. 
O tratamento da DC consiste na dieta sem glúten devendo-se 
portanto excluir da alimentação alimentos que contenham trigo, 
centeio e cevada. Há normalização da mucosa intestinal, assim 
como das manifestações clínicas. Porém, em caso de diagnóstico 
tardio, pode haver alteração da permeabilidade da membrana 
intestinal por longo período de tempo. O dano das vilosidades da 
mucosa intestinal pode ocasionar deficiência na produção de 
dissacaridases, por isso, deve-se verificar intolerância temporária à 
lactose e sacarose 
Recomenda-se cuidados multiprofissionais aos pacientes 
envolvendo médicos, nutricionista, psicólogos e servidores sociais.

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