Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CAPÍTULO 2 Dermatologia Estética A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: � Conhecer os procedimentos estéticos realizados na Dermatologia. � Analisar os procedimentos realizados. � Identificar os cuidados necessários antes e após a realização dos procedimentos dermatológicos estéticos. 50 Estética nas Intervenções Médicas 51 Dermatologia Estética Capítulo 2 1 Contextualização Neste capítulo abordaremos as modalidades não cirúrgicas ou minimamente invasivas, porém realizadas por médicos, principalmente dermatologistas, para tratamento de distúrbios estéticos. Hassan e Zachary (2015) declararam que os dermatologistas têm um importante papel na orientação de seus pacientes sobre questões cosméticas e estéticas, ajudando-os a identificar suas metas e optar pelo tratamento mais adequado. Além de produtos tópicos, os procedimentos minimamente invasivos e uso de dispositivos como o laser podem ser realizados para tratar de distúrbios como rugas superficiais, profundas, ptose, flacidez cutânea, cicatriz deprimida, elevada ou queloide, redução de volume, lentigo, melasma, telangiectasia, veias varicosas e remoção de pelos e de tatuagem. Small (2012) declara isso melhor ao afirmar que os procedimentos estéticos minimamente invasivos na área médica têm buscado corrigir ou melhorar a aparência de modo mais sutil e natural. Estes têm por objetivo reduzir os sinais do fotoenvelhecimento, relaxando os músculos faciais hiperativos com toxina botulínica, preenchendo rugas, redefinindo os contornos faciais com preenchedores dérmicos e melhorando a hiperpigmentação e as vascularizações epidérmicas com lasers e tratamentos com luz intensa pulsada. Devemos levar em consideração o fato de que podemos atuar na área da estética, de maneira complementar às intervenções estéticas médicas, beneficiando, assim, a recuperação e o resultado de cada paciente. Em algumas dessas intervenções não há indicação de outros procedimentos estéticos imediatos, no entanto, é de suma importância que os profissionais atuantes na estética conheçam as principais intervenções existentes e saibam quando, como e por que podem atuar ou não. Destacamos novamente que trabalhar com a pele exige amplos conhecimentos e cuidados que vão além das questões físicas, pois, como reflete Cucé (2010), a pele expressa bem-estar, saúde, vivacidade, alegria, disposição. É no seu brilho e viço que está o verdadeiro cartão de visita de cada um. E, independente do recurso ou profissional que cada indivíduo busca para melhorar sua aparência, a ele deve ser oferecido o que de melhor cada profissional possa oferecer, garantindo os melhores resultados de acordo com as condições e características individuais. 2 Laser A palavra laser é um acrônimo que corresponde a Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, que significa emissão estimulada de radiação Os procedimentos estéticos minimamente invasivos na área médica têm buscado corrigir ou melhorar a aparência de modo mais sutil e natural. 52 Estética nas Intervenções Médicas (FRANÇA, 2004) e possui múltiplas formas de utilização. Quando aplicado nos tecidos, o laser atua nos cromóforos, que são os alvos da pele, como a melanina e a hemoglobina presentes nas manchas, vasos e folículos pilosos. A duração do pulso do laser, o comprimento de onda e a fluência influenciam no resultado da terapia (CUCÉ, 2010). Assim que a energia luminosa é transformada, o cromóforo e partes do tecido adjacente são rompidos por fragmentação, coagulação, vaporização ou foto-oxidação. No caso dos lasers seletivos, a luz transpõe a pele para atingir o alvo, o que pode interferir na ação no alvo e absorção de macromoléculas ou resultar em cicatrizes indesejáveis (CONRADO, 2009). A seguir estão classificados os principais tipos de lasers quanto à aplicação. a) Lasers para lesões vasculares Os lasers existentes para tratamento das afecções dos vasos têm um amplo espectro de aplicações, sendo capazes de tratar as ectasias vasculares da cútis, tanto as adquiridas como as congênitas. Os principais lasers usados no tratamento das lesões vasculares cutâneas, com inclusão dos nevos vinhosos são o dye lasers e o laser de KPT. Também é possível utilizar o laser de alexandrita de 755 nm e pulsos longos, assim como o laser Nd: YAG de 1.064 nm no tratamento, tanto dos nevos vinhosos como das anomalias vasculares volumosas e das telangiectasias das veias dos membros inferiores (LANINGAN, 2007). Para o tratamento das lesões vasculares avermelhadas superficiais, a energia do laser é absorvida pela oxiemoglobina, o cromóforo-alvo nos vasos sanguíneos vermelhos. O aquecimento no vaso causa lesão na parede e dano ao colágeno perivascular, o que resulta no fechamento e obliteração do vaso com mínimo ou nenhum dano aos tecidos circundantes (SMALL, 2012). As telangiectasias faciais representam um dos distúrbios vasculares mais frequentes para tratamento e respondem facilmente à maioria dos lasers, cuja luz é absorvida pela hemoglobina. Os dois tipos de laser mais utilizados nesse tipo de tratamento são o pulsado com corante (PDL) e o laser de KPT (LANINGAN, 2007). b) Lasers para lesões pigmentadas O método de tratamento das lesões pigmentadas da pele depende da localização do pigmento, ou seja, se se encontra na epiderme, na derme ou é de localização mista, se é intra ou extracelular, assim como a natureza do mesmo (melanina ou pigmento de tinta nas tatuagens). Isso se deve ao fato de que existem muitos tipos de lesões pigmentadas e elas variam em relação à quantidade, à profundidade e à densidade da distribuição da melanina ou da tinta, no caso da tatuagem (DIERICKX, 2007). Quando aplicado nos tecidos, o laser atua nos cromóforos, que são os alvos da pele, como a melanina e a hemoglobina presentes nas manchas, vasos e folículos pilosos. 53 Dermatologia Estética Capítulo 2 O alvo para este tipo de laser é o melanossomo, cujo tempo de relaxamento térmico vai de 10 a 100 nanossegundos, porém, qualquer laser com comprimento de pulso menor que 1 microssegundo pode seletivamente lesá-lo. O espectro de absorção da melanina (que é o pigmento endógeno envolvido) de 250 a 1.200 nm, permite que qualquer laser produtor de luz ultravioleta, visível e infravermelha, possa remover pigmentações melânicas não desejadas em algum grau. Os lasers utilizados para lesões pigmentadas são o Q-switched ruby, com comprimento de onda de 694 nm e duração de pulso entre 25-40 ns, o Q-switched alexandrite com comprimento de onda de 755 nm e duração de pulso entre 50-100ns e o Q-switched Nd:YAG, com comprimento de onda entre 532 e 1.064 nm e duração do pulso entre 5-7 ns (FRANÇA, 2004). O efeito imediato que se observa na pele pigmentada sob a ação dos pulsos de laser de duração inferior a um microssegundo consiste no branqueamento imediato da pele. Esta resposta mantém relação com a ruptura dos melanossomos. Clareamento quase idêntico, embora mais intenso, ocorre quando as tatuagens são expostas ao Q-switched laser, pois tal como os melanossomos, as partículas de tinta das tatuagens são formadas por pigmentos intracelulares insolúveis, de tamanho submicrométrico (DIERICKX, 2007). FIGURA 1 – BRANQUEAMENTO IMEDIATAMENTE CONSECUTIVO AO TRATAMENTO PELO LASER FONTE: Dierickx (2007) c) Lasers para rejuvenescimento Baseado no princípio da fototermólise seletiva através do uso do laser, na técnica denominada resurfacing, a epiderme e a derme são retiradas com um mínimo de sangramento. É indicado principalmente para a correção das rugas causadas pelo fotoenvelhecimentoe para cicatrizes de acne. Já o uso de lasers não ablativos, como o Nd:YAG de 1.320 nm e duração de pulso de 200 µs ou a IPL (luz intensa pulsada) seria uma alternativa aos lasers de erbium: YAG e 54 Estética nas Intervenções Médicas CO2, que apresentam efeitos colaterais, para pacientes com rugas discretas e cicatrizes. Nestes há preservação da epiderme e a injúria térmica da derme melhora o fotoenvelhecimento (FRANÇA, 2004). Os lasers podem ser utilizados para rejuvenescimento ao realizar peelings ablativo e não-ablativo. No caso do peeling ablativo, a principal vantagem é a eficácia, pois em um único procedimento obtém-se redução das rugas, lentigens solares, queratoses, irregularidades da superfície cutânea e da flacidez da cútis. Seu efeito é imediato, contrastando com os métodos não-ablativos cujos resultados se manifestam aos poucos, lentamente. Entre as desvantagens estão o eritema e o edema por período prolongado, o risco de ocorrerem infecções, alterações da pigmentação e formação de cicatrizes. O peeling não ablativo é indicado em pacientes que apresentam rugas finas, tratamento de eritema, telangiectasias e alterações da pigmentação (KILMER; SEMCHYSHYN, 2007). d) Lasers para remoção dos pelos Partindo do mesmo princípio da fototermólise seletiva, os lasers usados para a remoção dos pelos atuam sobre a melanina, destruindo o pelo seletivamente, sendo necessário nesse processo que a região do bulge, da matriz do pelo ou da papila dérmica seja destruído e, assim, a perda permanente dos pelos se obtêm aplicando uma fluência adequada (geralmente superiores a 30 J/cm²), levando à miniaturização do folículo com sua degeneração e fibrose (FRANÇA, 2004). No processo de fototermólise seletiva há geração de calor, que além de destruir o bulbo piloso, pode também destruir a melanina da epiderme, alterando, assim, outras células, ocasionando efeitos secundários indesejados como alteração de pigmentação, crostas, queimaduras e cicatrizes, por esta razão, o paciente ideal é aquele com pele clara e pelo escuro (SÁ; AMORIM, 2010). FIGURA 2 – AÇÃO DO LASER NA REMOÇÃO DO PELO FONTE: Visakha Institute of Skin & Allergy (2018) 55 Dermatologia Estética Capítulo 2 A eliminação dos pelos por meio de laser é considerada eficaz e é o melhor método para eliminar os pelos de grandes áreas em tempo relativamente curto. Os lasers disponíveis para a eliminação dos pelos são: lasers de rubi, laser de alexandrita, lasers de diodo, laser Nd:YAG, Laser Nd:YAG com Q-switched (GOLDBERG; HUSSAIN, 2007). Os lasers para depilação podem ser classificados de acordo com a sua complexidade, podendo ser considerado médico ou cosmético. No caso do médico, utilizam-se altas potências para resultados mais duradouros (SÁ; AMORIM, 2010). A luz intensa pulsada (IPL) também é utilizada para tratamentos clínicos dermatológicos como lesões pigmentares da pele, lesões vasculares, acne, estimulação da produção metabólica de colágeno e elastina, melanoses, dermatoses e para a remoção dos pelos. No entanto, é diferente do laser porque apresenta características de luz policromática, incoerente e não colimada, além de apresentar efeitos diversos sobre os tecidos, como o fototérmico (a energia luminosa é absorvida e transformada em calor, provocando coagulação do tecido alvo), fotoquímico com ativações de reações químicas e também a fototermólise seletiva (PIROLA; GIUSTI, 2010). O laser é uma energia eletromagnética coerente (ondas alinhadas entre si), colimada (concentradas) e monocromática (apresentando uma cor apenas, em virtude de possuir apenas um único comprimento de onda). Sua luz pode ser liberada de modo contínuo, ou seja, emitem energia de modo constante, pseudocontínuo (micropulsos), que na realidade é pulsado, mas seus pulsos são tão rápidos e o intervalo entre eles é tão curto que gera energia vitualmente contínua, ou pulsado, que emitem energia com pulsos e intervalos variáveis. A fluência é a energia liberada por área de tecido num específico intervalo de tempo, medida em joules/cm². À medida que a fluência aumenta, a capacidade de destruição tecidual também aumenta (SÁ; AMORIM, 2010). 56 Estética nas Intervenções Médicas 3 Preenchimentos Os preenchedores podem ser utilizados para preencher “defeitos” faciais preexistentes ou para aumentar estruturas faciais existentes e podem atuar sinergicamente com o Botox®, para tratar linhas glabelares profundas de repouso (GLADSTONE; SOMOANO, 2009). O aumento dos lábios e rejuvenescimento perioral estão entre as maiores solicitações de preenchimento, devido ao fato dos pacientes geralmente possuírem atrofia dos lábios secundários no envelhecimento, rugas verticais e comissuras orais deprimidas (MATARASSO, 2009). A profundidade da colocação do injetável, dependerá do tipo do produto a ser utilizado e o tipo de defeito ao qual será destinado. Em geral, quanto mais profundo o sulco que se está tentando corrigir, maior é a profundidade desejada de colocação do produto. Quanto às partículas, as menores funcionam bem na derme superior enquanto as partículas de grande tamanho funcionam melhor na gordura subcutânea (STRAHAN; COHEN, 2010). FIGURA 3 – PROFUNDIDADE DO PREENCHIMENTO DE ACORDO COM A INDICAÇÃO Os preenchedores poder ser transitórios, como o colágeno, a gordura autóloga, o ácido hialurônico, a derme autóloga e o ácido poliático, ou permanentes, como o polimetil metacrilato, o politetrafluoroetileno, o gel de poliacrilamida, o metacrilato e a acrilamida com ácido hialurônico (CUCÉ, 2010). O aumento dos lábios e rejuvenescimento perioral estão entre as maiores solicitações de preenchimento, devido ao fato dos pacientes geralmente possuírem atrofia dos lábios secundários no envelhecimento, rugas verticais e comissuras orais deprimidas. FONTE: Strahan e Cohen (2010) 57 Dermatologia Estética Capítulo 2 Para a realização da técnica, é necessário o conhecimento de anatomia e topografia vascular para evitar acidentes irreversíveis e complicações como a formação de hematomas, equimoses persistentes, necrose da pele e perda da visão. A região glabelar é uma área de preenchimento de risco, pois ali se encontram artérias e veias de diferentes calibres que proporcionam irrigação e drenagem da região e a região do sulco nasogeniano, parte proximal da asa nasal, que tem vasos sanguíneos importantes, como artérias e veias faciais, artéria e veia angular e artéria e veia labial superior. A obstrução desses vasos provocaria necrose da pele na região central da face (SABATOVICH; KEDE; SABATOVICH, 2009). FIGURA 4 – SUPRIMENTO ARTERIAL DA FACE. (A) PERFIL. (B) VISTA FRONTAL FONTE: Strahan e Cohen (2010) 58 Estética nas Intervenções Médicas “A escolha do material para o preenchimento dependerá do grau de envelhecimento, da idade, do formato e contorno facial, da gravidade das rugas, do estado clínico geral e da expectativa do paciente” (SABATOVICH; KEDE; SABATOVICH, 2009, p. 637-638). Essa escolha talvez seja a mais importante após a decisão pela técnica do preenchimento, uma vez que existe uma gama de substâncias biodegradáveis e não permanentes ou não biodegradáveis e permanentes tão grande que pode causar confusão (GLADSTONE; SOMOANO, 2009). A implantação de preenchedores dérmicos é um evento minimamente traumático, com trauma que varia dependendo do diâmetro da agulha utilizada para implantar o produto, a técnica de injeção (a rápida, com múltiplas punturas, é mais traumática) e o local da implantação – imediatamenteacima ou abaixo do músculo, como no lábio ou no sulco da lágrima, pode resultar em alta intensidade e propensão a edema e equimose. Em verdade, todos os preenchedores são associados a riscos de complicações tanto precoces quanto tardias. Os efeitos precoces esperados incluem edema, hematoma e eritema no local de aplicação (COX; LAWRENCE, 2009). FIGURA 5 – DIFERENTES TÉCNICAS DE INJEÇÃO FONTE: Strahan e Cohen (2010) Segundo informações extraídas de Oliveira Filho (2004), os preenchedores cutâneos podem ser classificados em: 59 Dermatologia Estética Capítulo 2 • Aloplásticos (inorgânicos), xenogênicos (orgânicos de outra espécie), segundo a origem de sua fonte. • Sólidos, gelatinosos ou líquidos, segundo seu estado físico. • De uso intradérmico ou subcutâneo, segundo a implantação na pele. • Transitório ou permanente, segundo a tolerabilidade e o tempo de permanência. a) Ácido hialurônico O ácido hialurônico é um polissacarídeo uniforme e linear extraído de tecidos ou biossintetizados por bactérias através da fermentação. É formado por várias unidades interligadas de dissacarídeos contendo ácido glicurônico e N-acetil glicosaminoglicana, sendo um componente essencial da matriz extracelular encontrado em todos os tecidos, com grande capacidade de atrair e reter água, hidratando e proporcionando turgor à pele. Apresenta altas concentrações na pele, uma vez que se apresenta como uma substância gelatinosa situada entre as fibras colágenas e elásticas. É um material inerentemente biocompatível, com baixo potencial para desenvolvimento de reações alérgicas ou imunogênicas (ALVES; BRANDÃO, 2009). Os hilanos (quando o AH está em gel), são considerados ideais para os pacientes que gostam de preenchedores que são temporários, mas que durem mais que o colágeno. Alérgicos ao colágeno bovino, assim como pacientes de primeira vez que desejam o tratamento no mesmo dia, podem se beneficiar destes derivados do ácido hialurônico, uma vez que não necessitam de teste cutâneo. De forma geral, ele possui contraindicações semelhantes aos outros preenchedores, todavia, são absolutamente contraindicados em casos de reação prévia grave aos derivados do AH; pacientes com alergias graves manifestadas por histórico de anafilaia; pacientes com múltiplas alergias graves; implantação para aumento de mamas; implantação em músculo, tendão, ossos e vasos sanguíneos (NARINS; MICHAELS; COHEN, 2009). Há diversos produtos de AH no mercado como o Restylane® e Perlane®. A maior distinção entre esses produtos é a fonte do AH e o tamanho da partícula polimerizada, que variam nas aplicações clínicas. A concentração de AH em cada produto também é diferente, o que explica parcialmente a durabilidade variável entre os diferentes produtos (STRAHAN; COHEN, 2010). As melhores indicações para a aplicação do ácido hialurônico são as rugas e sulcos da face, sendo eles: o sulco nasogeniano, região perioral, glabela, rugas da região geniana e periorbitária, e para o contorno e aumento dos lábios. Injeta-se a substância por punturas, abaixo da ruga ou sulco, na derme ou na junção da derme com a tela subcutânea em pequenas quantidades. Pode-se usar também a técnica da tunelização, criando um sulco para a aplicação do ácido hialurônico com movimentos de vai e vem da agulha, ou também, através da retroinjeção, quando a agulha é totalmente inserida e o material é aplicado retrogradativamente (GADELHA; COSTA, 2003). É um material inerentemente biocompatível, com baixo potencial para desenvolvimento de reações alérgicas ou imunogênicas. 60 Estética nas Intervenções Médicas Assista ao vídeo no link a seguir e saiba um pouco mais sobre o ácido hialurônico. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=iZ9S1u_IHog>. Acesso em: 8 jun. 2018. b) Colágenos injetáveis Os colágenos injetáveis são preenchedores dérmicos temporários usados para melhorar ou reduzir os defeitos cutâneos resultantes da perda de tecido mole ou de cicatrizes. Apesar do desenvolvimento de vários novos preenchedores, os colágenos permanecem como ótima modalidade minimamente invasiva (MATARASSO, 2009). “Há três tipos de preenchedores de colágeno: o animal-derivado, o humano-derivado e o colágeno autólogo obtido por bioengenharia” (STRAHAN; COHEN, 2010, p. 72). • Colágeno bovino Os colágenos tradicionais bovino-derivados como o Zyplast® e o Zyderm® são potencialmente imunogênicos e, portanto, não podem ser usados no mesmo dia da consulta, uma vez que requerem um prévio teste cutâneo para seu uso. Esses colágenos derivados da derme de bovinos diferem entre si no percentual total de colágeno (STRAHAN; COHEN, 2010). A molécula de colágeno bovino se torna imunologicamente compatível com a espécie humana a partir da remoção dos telopeptídeos através de um processo digestivo pela enzima protease (pepsina), ficando, então, ambas as moléculas, humana e bovina, muito parecidas (MOLINARO, 2009). Hanke et al. (2016) afirmam que a incidência de respostas alérgicas aos produtos de colágeno bovino e sua duração limitada incentivaram a procura contínua por um preenchimento dérmico ideal e, assim, colágenos humanos que não necessitavam de testes cutâneos acabaram por substituir largamente o colágeno bovino. No entanto, todos os colágenos caíram no desuso devido à introdução de preenchimentos mais seguros. Os colágenos tradicionais bovino-derivados como o Zyplast® e o Zyderm® são potencialmente imunogênicos e, portanto, não podem ser usados no mesmo dia da consulta, uma vez que requerem um prévio teste cutâneo para seu uso. 61 Dermatologia Estética Capítulo 2 • Colágeno humano sintético O colágeno humano sintético possui a mesma consistência e propriedades da injeção de colágeno bovino, mas são cultivados a partir de uma única cultura de células de fibroblastos humanos e, diferentemente de outros produtos derivados de humanos, não são de natureza cadavérica. Como não são de origem animal, têm a vantagem de não necessitar de teste cutâneo inicial para excluir o risco de hipersensibilidade e, portanto, podem ser injetados no mesmo dia da consulta inicial (MATARASSO, 2009). QUADRO 1 – COLÁGENO COMPARADO AOS HILANOS COMO PREENCHEDORES TECIDUAIS Colágeno Ácido hialurônico Compatibilidade Espécies e tecido específico Idêntica em todas as espécies e tecidos Duração tecidual Dura 3-5 meses Dura 6-12 meses Origem Bovino ou humano Animal ou bacteriana Padrão de perda Perda de volume gradual Degradação isovolêmica Viscosidade Viscosidade constante Viscosidade dinâmica (diminui com a pressão) Anestesia 0,3% de lidocaína incluída Não tem lidocaína Desconforto Dor à injeção levemente menor Dor à injeção levemente maior Correção-alvo 50%-100% de supercorreção Sem supercorreção Teste cutâneo pré- procedimento? Teste cutâneo duplo é necessário Não é necessário teste cutâneo Prevalência de alergia 3% da população tem alergia <0,4% da população tem alergia Envio e armazenamento Refrigerado Temperatura ambiente FONTE: Narins, Michaels e Cohen (2009) 62 Estética nas Intervenções Médicas c) Lipoenxertia nos sulcos faciais e lábios/ preenchimento com gordura autóloga Na estética, a lipoenxertia pode ser empregada na correção de sulcos, rugas faciais, contorno labial e aumento de volume dos lábios, dorso das mãos, entre outros. A técnica consiste em obter um enxerto de tecido adiposo de regiões, como a dos joelhos, regiões internas e externas das coxas, flancos, nádegas e região abdominal. A gordura é aspirada com uma seringa e depois lavada com soro fisiológico para eliminar os resíduos de sangue e gordura liquefeita, na própria seringa. A área receptora é demarcada e anestesiada somenteno ponto em que a cânula será introduzida na pele. A enxertia é realizada através da injeção do conteúdo da seringa, recuando-se lentamente (movimento de retroinjeção) e sentindo o cordão elevado que se forma na superfície da pele, melhorando seu aspecto inicial (SABATOVICH, 2009; YARAK; VILLAÇA NETO; GOLCMAN, 2008). A gordura tem a vantagem de produzir volume e a possibilidade de ser utilizada em grandes quantidades, sendo um excelente preenchedor de volume. É considerado excelente substância para as pregas nasolabiais, bochechas e linhas de marionete. As desvantagens da utilização de gordura é a necessidade de o paciente ter áreas de deposição de gordura e a técnica em si que requer aspiração e injeção (GLADSTONE; SOMOANO, 2009). Além disso, podem ocorrer complicações (não tão frequentes) como hematomas, edema e infecções, necrose do enxerto, pseudocisto, infiltração da gordura intravascular e lesão de tecidos. (UTIYAMA, 2003). A melhor indicação para este procedimento é quando os pacientes desejam parecer eles mesmos, só que mais jovens ou menos cansados, e os resultados serão excelentes se os pacientes puderem retornar entre quatros a seis vezes para procedimentos de retoque, completando o rejuvenescimento em várias etapas. Caso isso não ocorra, o resultado pode não ser satisfatório, da mesma forma que se o tratamento for realizado de forma agressiva se aumenta o risco de deslocamento da gordura e de edema em longo prazo (DONOFRIO, 2009). d) PMMA e Etilmetacrilato O polimetilmetracrilato (PMMA) é um material sintético inerte, utilizado desde a década de 1930 em aplicações variadas na medicina. Não é um material absorvível, o que dá ao implante, um caráter definitivo. Estudos histológicos evidenciam que duas semanas após a aplicação, as microesferas que medem de 30 a 40 micras de diâmetro são envolvidas por um tecido de fibroblastos, macrófagos e algumas células gigantes, e após quatro meses elas são encapsuladas (GADELHA; COSTA, 2003). A gordura tem a vantagem de produzir volume e a possibilidade de ser utilizada em grandes quantidades, sendo um excelente preenchedor de volume. 63 Dermatologia Estética Capítulo 2 Observa-se, portanto, pelas suas características, que o PMMA não é o material mais indicado como alternativa para correções estéticas, uma vez que seu caráter definitivo não acompanha as mudanças que ocorrem naturalmente com o passar do tempo, podendo trazer um aspecto indesejado ao paciente. Talvez seja a alternativa mais econômica em casos distintos, utilizado, por exemplo, para pacientes portadores do HIV com lipodistrofia facial. Gladstone e Somoano (2009) lembram que um afundamento das bochechas é geralmente observado em pacientes que sofrem de lipodistrofia facial relacionada ao HIV e que requerem um volume significativo de preenchimento, mas Gadelha e Costa (2003) lembram que a aplicação excessiva ou em determinadas áreas do metacrilato pode levar à formação de nódulos e a defeitos cosméticos. d) Silicone líquido injetável O silicone líquido foi um dos primeiros produtos utilizados no preenchimento cutâneo, com uso do silicone puro indicado no preenchimento cutâneo, o siloxane. O silicone líquido injetável possui uma viscosidade similar à do óleo mineral e é também um tipo de implante permanente. A aplicação é feita através da técnica de micropunturas. Pode ser utilizado em diferentes planos, na derme profunda e na tela subcutânea (GADELHA; COSTA, 2003). As principais indicações para sua aplicação são o sulco nasogeniano, lábios, mento e lóbulos de orelhas (GADELHA; COSTA, 2003). Os pacientes também podem obter correção duradoura de cicatrizes, rítides e depressões, bem como o aumento duradouro dos lábios e de outras atrofias e deformidades do contorno facial. O uso em lipoatrofia associada ao HIV é positivamente relatado, uma vez que traz uma significativa melhora na vida do paciente que é afetado psicologicamente pela doença e sofre com a má imagem corporal, baixa autoestima, isolamento social e barreiras nas carreiras. A permanência, sensação natural e baixo custo do SLI tornam-no preenchedor ideal para este distúrbio (PRATHER; JONES, 2009). Existem diversos debates a respeito da segurança e dos riscos do SLI para aumento do tecido mole, com relatos de complicações após a aplicação. Por outro lado, outros profissionais defendem que o uso criterioso da substância é extremamente seguro, com o mínimo de complicações (PRATHER; JONES, 2009). O que se percebe é que há situações específicas, como a utilização de volumes excessivos e complicações desastrosas pelo uso de silicone adulterado, de categoria não médica, por profissionais inexperientes ou não licenciados que foram amplamente divulgadas, influenciando negativamente na confiabilidade do produto. As complicações potenciais de uso do silicone são a formação de nódulo e de granuloma, ulceração, migração, doença do tecido conjuntivo e infecção (STRAHAN; COHEN, 2010). 64 Estética nas Intervenções Médicas Atividades de Estudos: 1) O laser é utilizado para procedimentos estéticos com múltiplas funções. Qual o princípio básico de ação desse recurso nas disfunções estéticas? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) Existem duas formas para o laser atuar no rejuvenescimento. Explique-as. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 3) Por que a luz intensa pulsada (IPL) não é considerada como laser? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 4) Explique qual é a função dos preenchedores. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 65 Dermatologia Estética Capítulo 2 5) Explique em poucas palavras o que é o preenchedor de ácido hialurônico. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 6) Qual a principal desvantagem do colágeno bovino? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________ 7) Descreva sobre o polimetilmetracrilato (PMMA). ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 4 Toxina Botulínica O uso estético da toxina botulínica teve seu início em 1987, quando Jean e Alistair Carruthers observaram a melhora das rítides glabelares, ou seja, as rugas na região glabelar, em pacientes tratados para o blefaroespasmo, e, em 1992, foi divulgado o primeiro uso da toxina botulínica da dermatologia no tratamento de linhas glabelares. Desde então o uso da toxina botulínica para o rejuvenescimento facial tem aumentado, sendo amplamente realizado na atualidade (MALLIPEDDI; WEITZUL, 2010). 66 Estética nas Intervenções Médicas O blefaroespasmo é uma contração involuntária das pálpebras e da musculatura facial que ocasiona desconfortos, cansaço da região dos olhos e pode interferir na visão. Pode ter origem emocional, ingestão de determinadas substâncias como a cafeína em excesso ou a incidência de alguns tipos de luzes artificiais nos olhos. No entanto, em muitos casos não apresentam uma causa definida. Há uma diversidade de toxinas botulínicas, embora usadas por várias especialidades, de acordo com as indicações, as toxinas botulínicas só devem ser usadas pelo dermatologista especialista para uso estético, além de ser preferível aplicar a toxina botulínica após as outras técnicas de tratamento, como o laser, a luz intensa pulsada ou o preenchedor, quando se opta pelos múltiplos procedimentos (TAMURA, 2007; CUCÉ, 2010). A marca mais popular BOTOX® (Allergan) foi introduzida no Brasil em 1992 para o tratamento da hiperidrose e doenças neurológicas e em 2000 foi aprovada para uso cosmético. O frasco contém 100 unidades (U) de toxina botulínica com NaCl 0,9 mg e de albumina humana 0,5 mg e sua carga proteica é de ~5 ng (TAMURA, 2007). A toxina botulínica é uma exotoxina obtida da bactéria anaeróbica Gram- positiva chamada Clostridium botulinum, que é agente etiológico do botulinismo. Existem oito sorotipos (A, B, C, D, E, F e G), sendo A o mais potente. Essa toxina age seletivamente na terminação nervosa motora colinérgica, inibindo a liberação do neurotransmissor acetilcolina na pré-sinapse da junção neuromuscular em um processo dose-dependente em quatro passos (BAGATIN; TALARICO FILHO, 2008): • Ligação ao receptor seletivo de alta afinidade para a acetilcolina e para a toxina botulínica sorotipo A da membrana celular do neurônio motor pré-sináptico. • Internalização por meio da invaginação da membrana celular ao redor do complexo toxina-receptor, formando-se uma vesícula no interior da célula nervosa (endocitose). • Translocação, que é a liberação da toxina no citoplasma. • Bloqueio do impulso nervoso por impedir a fusão das vesículas de acetilcolina à membrana celular, não afetando a síntese e o armazenamento. 67 Dermatologia Estética Capítulo 2 Para promover o conforto e analgesia durante a aplicação, a toxina botulínica pode ser utilizada em pequenos objetos plásticos congelados, aparatos de vidro com líquido resfriado, compressas geladas ou bolsas plásticas contendo balões ou luvas descartáveis com água gelada. Aparelhos de massagem vibratória também podem ser utilizados para esse fim, sendo um dos pontos de maior efeito o osso mandibular na região do mento. A massagem delicada com a ponta do dedo próximo à área da injeção também pode ser utilizada para reduzir a dor (TAMURA, 2007). A toxina botulínica do tipo A e do tipo B são substâncias purificadas, derivadas a partir de uma bactéria. A injeção dessa substância bloqueia os sinais nervosos musculares, enfraquecendo o músculo de modo que não se contraia, diminuindo as rugas faciais indesejadas (SBCP, 2017). Gadelha (2004) lista as principais indicações para o uso da toxina botulínica a seguir: • Rugas glabelares, frontais e periorbitárias. • Rugas do dorso nasal (coelho). • Elevação das pálpebras. • Levantamento da ponta no nariz. • Rugas periorais. • Sorriso gengival. • Levantamento do ângulo da boca. • Rugas mentonianas. • Bandas cervicais. • Rugas do colo. • Assimetrias faciais. FIGURA 6 – APLICAÇÃO DE TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DAS RUGAS DINÂMICAS DA FRONTE. (A) MARCAÇÃO DOS PONTOS DE INJEÇÃO. (B) APÓS APLICAÇÃO FONTE: Bagatin e Talarico Filho (2008a) Para evitar complicações e alcançar os melhores resultados, é necessário um conhecimento profundo da anatomia facial. Entender o efeito da paralisia em determinado músculo é a chave para alcançar o resultado desejado exato (MALLIPEDDI; WEITZUL, 2010). 68 Estética nas Intervenções Médicas FIGURA 7 – PRINCIPAIS MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL RELEVANTES PARA QUIMIODENERVAÇÃO COM A TOXINA BOTULÍNICA FONTE: Mallipeddi e Weitzul (2010) A técnica de aplicação consiste em manter o paciente levemente reclinado o qual deve movimentar as áreas em questão, destacando, assim, a força e a quantidade de músculos envolvidos, o que influenciará na quantidade de unidades a serem injetadas. A injeção é angulada perpendicularmente à pele e dentro da barriga do músculo quando possível. No entanto, quando a pele é mais fina, como no torno dos olhos e dos lábios, as injeções são feitas superficialmente no plano subcutâneo (MALLIPEDDI; WEITZUL, 2010). Complemente os seus estudos acessando o site a seguir. Disponível em: <http://www2.cirurgiaplastica.org.br/cirurgias-e- procedimentos/minimamente-invasivos/toxina-botulinica/>. Acesso em: 8 jun. 2018. 69 Dermatologia Estética Capítulo 2 5 Peelings Químicos O peeling químico consiste na aplicação de um agente esfoliante na pele, resultando na destruição de partes da epiderme e/ou derme, seguido da regeneração desses tecidos. A técnica de aplicação produz uma lesão programada que resulta em rejuvenescimento da pele com redução ou desaparecimento das queratoses e alterações actínicas, discromias pigmentares, rugas e cicatrizes superficiais (KEDE, 2009). Sua classificação se baseia na profundidade histológica da penetração do agente basicamente em superficial, médio ou profundo (SINGH-BEHL; TUNG, 2010). Tipo Alvo Superficial Epiderme a derme papilar (0,06 mm) Médio Derme papilar a reticular superior (0,45 mm) Profundo Derme reticular média (0,6 mm) TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS PEELINGS QUÍMICOS FONTE: Singh-Behl e Tung (2010) TABELA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES DE PEELING Muito superficial Superficial Médio Profundo Ácido glicólico 30 a 50% (1 a 2 min) Ácido glicólico 50 a 70% (2 a 20 min) Ácido glicólico 70% (3 a 30 min) Fenol Solução de Jessner (1 a 3 camadas) Solução de Jessner (4 a 10 camadas) ATA 35 a 50% Fórmula de Baker-Gordon ATA 10% (1 camada) Ácido salicílico 20 a 30% Solução de Jessner+ATA 35% ATA 10 a 20% Ácido glicólico 70%+ATA 35% Tretinoína 1 a 5% Fenol 88% FONTE: Bertino (2004) O peeling químico consiste na aplicação de um agente esfoliante na pele, resultando na destruição de partes da epiderme e/ou derme, seguido da regeneração desses tecidos. Como podemos observar, os peelings podem atingir variados níveis de profundidade, de muito superficial ao profundo, no entanto, abordaremos os mais profundos que são praticados pelos médicos. Jahara (2010) afirma que, de todos os peelings, somente o muito superficial e o superficial podem ser realizados por 70 Estética nas Intervenções Médicas profissionais que não são médicos, poisse trata de um procedimento superficial, mesmo assim, o profissional deve ter conhecimento aprofundado do assunto. De acordo com Kede (2009), o muito superficial apenas afina ou remove o estrato córneo, o superficial produz necrose em toda a epiderme, o médio produz necrose de toda epiderme ou parte dela, ou de toda derme papilar, e o profundo produz necrose da epiderme e da derme papilar, que se estende até a derme reticular. A profundidade dependerá de variáveis como o agente esfoliante (a solução, a concentração do agente, quantidade de camadas aplicadas, técnica de aplicação, duração do contato com a pele, frequência), a integridade da epiderme, a espessura da pele e a oclusão dos agentes. Essas variáveis podem fazer com que a classificação dos agentes seja relativa. Entre os agentes químicos mais utilizados no peeling, estão o ácido retinoico, o ácido salicílico, a solução de Jessner, o ácido glicólico, o ácido tricloroacético e o fenol. Também é possível utilizar associações entre os agentes químicos, no chamado peeling combinado, ou então combiná-los com outras substâncias para promover um peeling profundo (CUCÉ, 2010). A técnica de aplicação do peeling consiste em limpar a região a ser tratada com loção de limpeza, e realizar um desengorduramento com álcool e acetona. Em seguida, aplica-se o ácido respeitando-se as unidades anatômicas: região frontal, região malar direita e esquerda, dorso nasal, região supralabial, região mentoniana, pálpebra superior e inferior. Também é importante lembrar que o profissional deve aplicar o peeling médio ou profundo, 1 cm abaixo do arco da mandíbula, 1 cm além da linha de implantação dos cabelos e nos lóbulos das orelhas (BERTINO, 2004). a) Peeling médio Os peelings de média profundidade causam injúria controlada à derme papilar e, ocasionalmente, à camada mais profunda da derme reticular superior. Esta lesão leva à necrose epidérmica, edema da derme papilar e inflamação que resultará na melhoria do fotodano e das rugas superficiais. Portanto, suas indicações incluem os danos actínicos, proliferações epidérmicas como ceratoses seborreicas e lentigos solares, e discromias, cicatrizes e rugas superficiais, bem como a uniformização de áreas da pele fotodanificada (SINGH-BEHL; TUNG, 2010). Segundo Jahara (2010), corroborando com os dados da tabela anterior, os peelings médios podem ser realizados com as seguintes substâncias: • Ácido tricloroacético (ATA) 35% a 50%: aplica-se de três a quatro camadas do produto. Os peelings de média profundidade causam injúria controlada à derme papilar e, ocasionalmente, à camada mais profunda da derme reticular superior. 71 Dermatologia Estética Capítulo 2 • Ácido glicólico 70%: aplicando-se uma camada do produto e deixando agir por 3 a 30 minutos. • Jessner + ATA 35%: aplica-se de uma a quatro camadas de Jessner, espera-se três minutos para avaliar o grau de frost (lesão da junção dermoepidérmica) e aplica-se o TCA com uma a duas camadas. • Ácido glicólico + ATA 35%: aplica-se o ácido glicólico, no momento em que o paciente relatar a sensação de “pinicar”, deve-se lavar o local com água corrente, enxugar e em seguida aplicar de uma a duas camadas do TCA. • Jessner + ácido glicólico 40% a 70%: aplica-se de 1 a 2 camadas de jessner e por cima aplica-se o ácido glicólico, esperando o eritema. Como nos peelings superficiais, a pele deve ser preparada, removendo os lipídios ao utilizar um sabonete delicado, seguido pelo agente desengordurante como o álcool ou a acetona. Para a aplicação do ácido tricloroacético (ATA), por exemplo, usa-se gaze ou grandes aplicadores de algodão, iniciando-se geralmente pela fronte, avançando para as bochechas, nariz, queixo, região do lábio superior e, finalmente, pálpebras superiores. As regiões perioral e periorbitárias são tratadas por último, devido a maior sensibilidade destas áreas. O frosting da pele tratada normalmente começa entre 1 e 2 minutos após a aplicação (SINGH-BEHL; TUNG, 2010). FIGURA 8 – PEELING QUÍMICO MÉDIO COM ÁCIDO TRICLOROACÉTICO A 35%. (A) INÍCIO DO FROST. (B) FROST SÓLIDO FINAL FONTE: Bagatin e Teixeira (2008b) b) Peeling profundo O peeling profundo, como a própria denominação indica, é o tipo de peeling mais agressivo e, conforme Jahara (2010), as substâncias utilizadas para este tipo de peeling são o Fenol Baker e Gordon (fenol modificado) Multi Peel que, após a aplicação, realiza-se uma oclusão local. A aplicação exige cuidados e o pós-operatório é complexo. 72 Estética nas Intervenções Médicas O peeling de fenol, por ter ação que se estende até a derme reticular, é indicado nos processos que se localizam nesses níveis, sendo a mais importante indicação, o grau intenso de fotoenvelhecimento com presença de rugas profundas e também em alguns casos de queratoses actínicas e de cicatrizes (BURATINI; TALARICO, 2009). O peeling profundo realizado com o fenol na fórmula de Baker e Gordon, após aplicado na pele, 70% do fenol é absorvido em 30 minutos, sendo 75% deste eliminado pelos rins e outros 25% metabolizados pelo fígado. A aplicação do fenol deve ser realizada mediante monitoramento do paciente devido à toxicidade cardíaca (BERTINO, 2004). O fenol não é indicado para tratamento de lesões carcinomatosas, portadores de doenças hepáticas, renais, cardíacas e autoimunes; em pacientes diabéticos insulinodependentes; em gestantes ou lactantes; na presença de herpes simples, sendo necessário o tratamento preventivo nos pacientes com antecedente positivo para herpes recidivante; em cicatrizes hipertróficas e queloides; pacientes com depressão; durante tratamento quimioterápico; antecedente de radioterapia na área a ser tratada; paciente em uso de isotretinoína oral e sensibilidade conhecida ao fenol (BURATINI; TALARICO, 2009). Devido aos riscos e à toxicidade apresentada pelos peelings profundos em contrapartida ao objetivo de sua aplicação, deve-se pensar sobre a necessidade da aplicação. Bertino (2004) defende a ideia de que repetidas esfoliações superficiais e médias são preferíveis às esfoliações mais profundas, pois estas envolvem maiores riscos tanto quanto às complicações já citadas e, também, a períodos mais longos de recuperação. As esfoliações superficiais e médias apresentam baixo risco e criam benefícios cumulativos superiores aos resultados de uma única esfoliação. Os peelings também podem ser aplicados em regiões corporais para tratamento de diversas dermatoses como efélides, melanoses, queratoses actínicas, fotoenvelhecimento, rugas finas, hiperpigmentações pós-inflamatórias, acne em atividade e suas sequelas, cicatrizes, queratose pilar e estrias. No entanto, regiões corporais como pescoço, colo, dorso das mãos, antebraços, dorso, abdômen e pernas possuem menor número de folículos pilossebáceos, quando comparado com a face, o que resulta numa reepitelização mais lenta, maior dificuldade na cicatrização e maior risco de complicações e cicatrizes, portanto, a quimioesfoliação corporal deve ser preferencialmente superficial e seriada, estando contraindicados os peelings mais profundos (BAGATIN; TEIXEIRA, 2008). As esfoliações superficiais e médias apresentam baixo risco e criam benefícios cumulativos superiores aos resultados de uma única esfoliação. 73 Dermatologia Estética Capítulo 2 6 Dermoabrasão A dermoabrasão cirúrgica profunda é um método cirúrgico que consiste na remoção da epiderme e da derme superficial da pele através de lixas abrasivas, manualmente controladas, reconstruindo uma nova camada epidérmica e dérmica superficiala partir dos anexos da pele profunda. Pode ser indicada para sequela de acne, ceratoses actínicas e seborreicas, cloasma e melasma, tatuagens, rugas finas e de profundidade média, estrias, cicatrizes causadas por diferentes tipos de trauma e também para vitiligo, poiquilodermia, sirigomas, adenomas sebáceos e rinofima (MACHADO FILHO; SABATOVICH, 2009). O procedimento de dermoabrasão pode ser realizado em ambiente hospitalar ou no consultório. Considera-se ideal que a pele seja condicionada por duas semanas com ácido retinóico a 0,05%, o qual acelera a reepitelização, diminui a formação de mílio e reduz a hiperpigmentação pós-inflamatória. A pele é desengordurada com sabão antisséptico, e as áreas a serem tratadas são demarcadas. A anestesia pode ser geral, local, por meio de bloqueios da face, ou ainda, preferencialmente, pela associação dos últimos dois métodos (ORDONES; ROSA, 2008). FIGURA 9 – TÉCNICA CIRÚRGICA DE DERMOABRASÃO A B C D 74 Estética nas Intervenções Médicas C D Legenda: (A) marcação da área a ser abrasada com azul-de-etileno; (B) dermoabrasor com motor elétrico e brocas com lixas de diferentes tamanhos e formatos; (C) técnica de abrasão superficial com lixa grossa; (D) técnica de abrasão superficial com lixa mais fina (para afinamento e acabamento); (E) quinto dia pós-operatório e; (F) décimo dia pós-operatório. FONTE: Machado Filho e Sabatovich (2009) Os pacientes submetidos à dermoabrasão são orientados a permanecer em casa durante aproximadamente um mês, até que a crosta formada após a aplicação venha a cair e apresente uma nova pele renovada que, por se tratar de uma pele bastante fina e sensível, não deve ser exposta ao sol ou à aplicação de cosméticos sem o devido acompanhamento médico. Além disso, é recomendado o uso de antibióticos para evitar infecções (RUSENHACK, 2010). A técnica é contraindicada em casos de acne em atividade, cicatrizes extensas pós-queimadura, radiodermite, ptoses, diabéticos e para pacientes que sejam alérgicos aos anestésicos ou aos medicamentos utilizados no procedimento e fototipos de pele V e VI. Quanto mais ativos forem os melanócitos, maior será a probabilidade de a região ficar manchada após o procedimento (MACHADO FILHO; SABATOVICH, 2009; RUSENHACK, 2010). Diferentemente da microdermoabrasão, que é mais superficial e é realizada por profissionais diversos da área da estética, a dermoabrasão é considerada como uma técnica de esfoliação cirúrgica que envolve riscos e resultam numa recuperação tecidual mais delicada. Diferentemente da microdermoabrasão, que é mais superficial e é realizada por profissionais diversos da área da estética, a dermoabrasão é considerada como uma técnica de esfoliação cirúrgica que envolve riscos e resultam numa recuperação tecidual mais delicada. 75 Dermatologia Estética Capítulo 2 7 Subcisão A subcisão consiste em uma técnica em que é realizada uma incisão com uma agulha em uma região previamente anestesiada, seguida de movimentos direcionais, gerando elevação do tecido para deslocamento de tecido fibroso para tratamento de cicatrizes traumáticas, cicatrizes de acne, estrias, rugas, fibroedema geloide e outros problemas (CUCÉ, 2010). Após a penetração da agulha, os movimentos realizados por sob a pele fazem com que a fibrina, inflamação e células preencham a derme abaixo das estrias (OLIVEIRA FILHO, 2004). Atividades de Estudos: 1) Explique as indicações para a aplicação da toxina botulínica. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 2) O que são peelings químicos de média profundidade e profundos? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 3) Cite as alterações estéticas que podem ser tratadas com o uso dos peelings químicos. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 76 Estética nas Intervenções Médicas 4) Estabeleça as vantagens das esfoliações superficiais e médias em relação aos peelings profundos. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 5) Descreva como é realizada a dermoabrasão e quais as suas indicações. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 8 Algumas Considerações Neste segundo capítulo de Estética nas Intervenções Médicas, completamos nosso conhecimento abordando as intervenções médicas estéticas minimamente invasivas somando às cirurgias plásticas estéticas que vimos no capítulo anterior. Todo esse conhecimento é de suma importância para que possamos compreender melhor as escolhas dos procedimentos estéticos no pré e pós-cirúrgicos que serão abordados à frente. Para que o conteúdo dessa disciplina fique ainda mais completo, no próximo capítulo serão apresentadas informações sobre a pele, com enfoque especial na cicatrização, uma vez que as características da pele em si, já estão bem abordadas em outras disciplinas do curso, além de que trabalhar com o pós-operatório implica diretamente no conhecimento dos estágios da regeneração tecidual. Com toda essa informação, definir o que é possível ou não dentro da área da estética para otimizar o que é realizado nas intervenções médicas é o objetivo a ser alcançado até o final da disciplina, garantindo um trabalho responsável e eficaz do profissional da estética. 77 Dermatologia Estética Capítulo 2 Referências ALVES, R. F.; BRANDÃO, P. M. Ácido hialurônico. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. p. 641-645. BAGATIN, E.; TALARICO FILHO, S. Toxina botulínica. In: ROTTA, O. (Coord.). Guia de dermatologia: clínica, cirúrgica e cosmiátrica. Barueri: Manole, 2008a, p. 701-712. BAGATIN, E.; TEIXEIRA, S. P. Peelings químicos. In: ROTTA, O. (Coord.). Guia de dermatologia: clínica, cirúrgica e cosmiátrica. Barueri: Manole, 2008b, p. 689-700. BERTINO, M. C. M. Peeling químico. In: AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R. Dermatologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004, p. 568-571. BURATINI, L. A. N. B.; TALARICO, S. Peeling profundo – fenol. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009, p. 598-607. CONRADO, L. Aplicações dos diferentes lasers na estética: lesões vasculares, lesões hipercrômicas e tatuagens. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética.2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009, p. 755-777. COX, S. E.; LAWRENCE, N. Complicações do preenchimento dos tecidos moles. In: CARRUTHERS, J.; CARRUTHERS, A. Técnicas de preenchimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, p.175- 186. CUCÉ, L. C. Os rumos da cosmiatria. São Paulo: Grupo Lopso de Comunicação, 2010. DIERICKX, C. C. Tratamento das lesões pigmentadas por meio do laser. In: GOLDBERG, D. J. (Org.). Laser em dermatologia. São Paulo: Santos, 2007, p. 43-70. DONOFRIO, L. M. Preenchimento com gordura autóloga. In: CARRUTHERS, J.; CARRUTHERS, A. Técnicas de preenchimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, p. 75-96. FRANÇA, E. Lasers em dermatologia. In: AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R. Dermatologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004, p.577-581. GADELHA, A. de R. Toxina botulínica. In: AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R. Dermatologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004, p. 571-573. 78 Estética nas Intervenções Médicas GADELHA, A. dos R.; COSTA, I. M. C. Cirurgia dermatológica em consultório. São Paulo: Atheneu, 2003. GLADSTONE, H. B.; SOMOANO, B. Informações básicas no uso de preenchedores estéticos. In: CARRUTHERS, J.; CARRUTHERS, A. Técnicas de preenchimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, p.1-12. GOLDBERG, D. J.; HUSSAIN, M. Tratamento dos pelos indesejáveis por meio do laser. In: GOLDBERG, D. J. (Org.). Laser em dermatologia. São Paulo: Santos, 2007, p. 71-95. HANKE, C. W. et al. Aumento dos tecidos moles. In: ROBINSON, J. K. et al. Cirurgia da pele. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. HASSAN, K. M.; ZACHARY, C. B. Preocupações estéticas. In: SOUTOR, C.; HORDINSKI, M. Dermatologia clínica. Porto Alegre: AGMH, 2015. JAHARA, R.S. Terapeutica por ácidos (peeling químico). In: BORGES, F. dos S. Dermatofuncional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2010, p. 325-351. KEDE, M. P. V. Peelings químicos superficiais e médios. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009, p. 563-595. KILMER, S. L.; SEMCHYSHYN, N. Peeling facial ablativo e não-ablativo. In: GOLDBERG, D. J. Laser em dermatologia. São Paulo: Santos, 2007, p. 97-116. LANINGAN, S. W. Tratamento das lesões vasculares pelo laser. In: GOLDBERG, D. J. (Org.). Laser em dermatologia. São Paulo: Santos, 2007, p. 15-42. MACHADO FILHO, C. D’A. S.; SABATOVICH, O. Dermoabrasão cirúrgica profunda. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009, p. 625-630. MALLIPEDDI, R.; WEITZUL, S. Toxina botulínica para uso estético. In: ALAM, M.; GLADSTONE, H. B.; TUNG, R. C. Dermatologia cosmética. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p. 37-60. MATARASSO, S. L. Colágenos injetáveis. In: CARRUTHERS, J.; CARRUTHERS, A. Técnicas de preenchimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, p. 23-36. 79 Dermatologia Estética Capítulo 2 MOLINARO, M. C. Colágeno bovino, matriz de gelatina e colágeno de porco em ligação cruzada com ribose. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. p. 662-676. NARINS, R. S.; MICHAELS, J.; COHEN, J. L. Hilanos e preenchimento de tecidos moles. In: CARRUTHERS, J.; CARRUTHERS, A. Técnicas de preenchimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, p. 37-60. OLIVEIRA FILHO, J. de. Preenchimento cutâneo. In: AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R. Dermatologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004, p. 573-575. ORDONES, D. R. S.; ROSA, I. P. Dermoabrasão. In: ROTTA, O. (Coord.). Guia de dermatologia: clínica, cirúrgica e cosmiátrica. Barueri: Manole, 2008, p. 661-664. PIROLA, F. M.; GIUSTI, H. H. K. D. Luz intensa pulsada. In: BORGES, F. dos S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2010, p. 627-650. PRATHER, C. L.; JONES, D. H. O uso da fibroplasia como preenchimento: silicone. In: CARRUTHERS, J.; CARRUTHERS, A. Técnicas de preenchimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, p. 105-116. RUSENHACK, C. Microdermoabrasão. In: BORGES, F. dos S. Dermatofuncional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2010, p. 109-125. SÁ, L. C. de; AMORIM, N. F. G. de. Depilação a Laser. In: BORGES, F. dos S. Dermatofuncional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2010, p. 353-365. SABATOVICH, O. Lipoenxertia nos sulcos faciais e lábios. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009, p. 675-680. SABATOVICH, O.; KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, P. G. Considerações gerais sobre o preenchimento. In: KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. p. 633-640. SBCP- SOCIEDADE BRASILEIRA DA CIRURGIA PLÁSTICA. Toxina botulínica. 2017. Disponível em: <http://www2.cirurgiaplastica.org.br/cirurgias-e-procedimentos/ minimamente-invasivos/toxina-botulinica/>. Acesso em: 25 abr. 2018. 80 Estética nas Intervenções Médicas SINGH-BEHL, D.; TUNG, R. Peelings químicos. In: ALAM, M.; GLADSTONE, H. B.; TUNG, R. C. Dermatologia cosmética. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 83-104. SMALL, R. Fotorrejuvenescimento a laser. In: MAYEAUX, E. J. Guia ilustrado de procedimentos médicos. Porto Alegre: Artmed, 2012, p. 253-269. STRAHAN, J. E.; COHEN, J. L. Preenchedores. In: ALAM, M.; GLADSTONE, H. B.; TUNG, R. C. Dermatologia cosmética. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 61-82. TAMURA, B. M. Toxina botulínica: concepção de beleza e da estética atual. São Paulo: Santos, 2007. UTIYAMA, Y. Lipoaspiração. In: GADELHA, A. dos R.; COSTA, I. M. C. Cirurgia dermatológica em consultório. São Paulo: Atheneu, 2003, p. 441-450. VISAKHA INSTITUTE OF SKIN & ALLERGY. Laser_hair_removal_best-vizag- 768x594.jpg. Formato JPG. 2018. Disponível em: <http://www.visakhaskinclinic. com/treatments/laser-hair-removal-visakhapatam/>. Acesso em: 29 abr. 2018. YARAK, S.; VILLAÇA NETO, C. M.; GOLCMAN, B. Preenchimentos. In: ROTTA, O. (Coord.). Guia de dermatologia: clínica, cirúrgica e cosmiátrica. Barueri: Manole, 2008. Cirurgias Estéticas Dermatologia Estética Introdução Aos Procedimentos Estéticos Pré e Pós-Cirúrgicos Procedimentos Pré-Cirúrgicos na Estética Procedimentos Estéticos no Pós-Cirúrgico
Compartilhar