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dermatologia estetica2

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CAPÍTULO 2
Dermatologia Estética
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
� Conhecer os procedimentos estéticos realizados na Dermatologia.
� Analisar os procedimentos realizados.
�	 Identificar	os	cuidados	necessários	antes	e	após	a	realização	dos	procedimentos	
dermatológicos	estéticos.
50
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
51
Dermatologia Estética Capítulo 2 
1 Contextualização
Neste	capítulo	abordaremos	as	modalidades	não	cirúrgicas	ou	minimamente	
invasivas, porém realizadas por médicos, principalmente dermatologistas, para 
tratamento	de	distúrbios	estéticos.	Hassan	e	Zachary	(2015)	declararam	que	os	
dermatologistas	têm	um	importante	papel	na	orientação	de	seus	pacientes	sobre	
questões	 cosméticas	 e	 estéticas,	 ajudando-os	 a	 identificar	 suas	metas	 e	 optar	
pelo	 tratamento	 mais	 adequado.	 Além	 de	 produtos	 tópicos,	 os	 procedimentos	
minimamente	invasivos	e	uso	de	dispositivos	como	o	laser	podem	ser	realizados	
para	 tratar	 de	 distúrbios	 como	 rugas	 superficiais,	 profundas,	 ptose,	 flacidez	
cutânea,	 cicatriz	 deprimida,	 elevada	 ou	 queloide,	 redução	 de	 volume,	 lentigo,	
melasma,	telangiectasia,	veias	varicosas	e	remoção	de	pelos	e	de	tatuagem.
Small	(2012)	declara	isso	melhor	ao	afirmar	que	os	procedimentos	
estéticos	 minimamente	 invasivos	 na	 área	 médica	 têm	 buscado	
corrigir	 ou	melhorar	 a	 aparência	 de	modo	mais	 sutil	 e	 natural.	Estes	
têm	 por	 objetivo	 reduzir	 os	 sinais	 do	 fotoenvelhecimento,	 relaxando	
os	 músculos	 faciais	 hiperativos	 com	 toxina	 botulínica,	 preenchendo	
rugas,	redefinindo	os	contornos	faciais	com	preenchedores	dérmicos	e	
melhorando	a	hiperpigmentação	e	as	vascularizações	epidérmicas	com	
lasers	e	tratamentos	com	luz	intensa	pulsada.
Devemos	levar	em	consideração	o	fato	de	que	podemos	atuar	na	área	da	estética,	
de	maneira	complementar	às	 intervenções	estéticas	médicas,	beneficiando,	assim,	
a	 recuperação	 e	 o	 resultado	 de	 cada	 paciente.	 Em	 algumas	 dessas	 intervenções	
não	 há	 indicação	 de	 outros	 procedimentos	 estéticos	 imediatos,	 no	 entanto,	 é	 de	
suma	importância	que	os	profissionais	atuantes	na	estética	conheçam	as	principais	
intervenções	existentes	e	saibam	quando,	como	e	por	que	podem	atuar	ou	não.
Destacamos	novamente	que	trabalhar	com	a	pele	exige	amplos	conhecimentos	
e	cuidados	que	vão	além	das	questões	físicas,	pois,	como	reflete	Cucé	(2010),	a	pele	
expressa	bem-estar,	 saúde,	 vivacidade,	alegria,	disposição.	É	no	seu	brilho	e	viço	
que	está	o	verdadeiro	cartão	de	visita	de	cada	um.	E,	 independente	do	recurso	ou	
profissional	que	cada	indivíduo	busca	para	melhorar	sua	aparência,	a	ele	deve	ser	
oferecido	o	que	de	melhor	cada	profissional	possa	oferecer,	garantindo	os	melhores	
resultados	de	acordo	com	as	condições	e	características	individuais.
2 Laser
A palavra laser é	 um	 acrônimo	 que	 corresponde	 a	Light Amplification by 
Stimulated Emission of Radiation,	que	significa	emissão	estimulada	de	radiação	
Os procedimentos 
estéticos 
minimamente 
invasivos na área 
médica têm buscado 
corrigir ou melhorar 
a aparência de modo 
mais sutil e natural.
52
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
(FRANÇA,	 2004)	 e	 possui	 múltiplas	 formas	 de	 utilização.	 Quando	
aplicado nos tecidos, o laser atua	nos	cromóforos,	que	são	os	alvos	
da	pele,	como	a	melanina	e	a	hemoglobina	presentes	nas	manchas,	
vasos	e	folículos	pilosos.	A	duração	do	pulso	do	laser,	o	comprimento	
de	onda	e	a	fluência	influenciam	no	resultado	da	terapia	(CUCÉ,	2010).	
Assim	que	a	energia	 luminosa	é	transformada,	o	cromóforo	e	partes	
do	 tecido	 adjacente	 são	 rompidos	 por	 fragmentação,	 coagulação,	
vaporização	 ou	 foto-oxidação.	 No	 caso	 dos	 lasers	 seletivos,	 a	 luz	
transpõe	 a	 pele	 para	 atingir	 o	 alvo,	 o	 que	 pode	 interferir	 na	 ação	
no	 alvo	 e	 absorção	 de	 macromoléculas	 ou	 resultar	 em	 cicatrizes	
indesejáveis	(CONRADO,	2009).	A	seguir	estão	classificados	os	principais	tipos	
de lasers quanto	à	aplicação.
a) Lasers para lesões vasculares
Os	 lasers	 existentes	 para	 tratamento	 das	 afecções	 dos	 vasos	 têm	 um	
amplo	 espectro	 de	 aplicações,	 sendo	 capazes	 de	 tratar	 as	 ectasias	 vasculares	
da	cútis,	tanto	as	adquiridas	como	as	congênitas.	Os	principais	lasers	usados	no	
tratamento	das	lesões	vasculares	cutâneas,	com	inclusão	dos	nevos	vinhosos	são	
o dye	lasers	e	o	laser	de	KPT.	Também	é	possível	utilizar	o	laser	de	alexandrita	de	
755	nm	e	pulsos	longos,	assim	como	o	laser	Nd:	YAG	de	1.064	nm	no	tratamento,	
tanto	 dos	 nevos	 vinhosos	 como	 das	 anomalias	 vasculares	 volumosas	 e	 das	
telangiectasias	das	veias	dos	membros	inferiores	(LANINGAN,	2007).
Para	 o	 tratamento	 das	 lesões	 vasculares	 avermelhadas	 superficiais,	 a	
energia	 do	 laser	 é	 absorvida	 pela	 oxiemoglobina,	 o	 cromóforo-alvo	 nos	 vasos	
sanguíneos	vermelhos.	O	aquecimento	no	vaso	causa	 lesão	na	parede	e	dano	
ao	colágeno	perivascular,	o	que	resulta	no	fechamento	e	obliteração	do	vaso	com	
mínimo	ou	nenhum	dano	aos	tecidos	circundantes	(SMALL,	2012).
As	 telangiectasias	 faciais	 representam	 um	 dos	 distúrbios	 vasculares	 mais	
frequentes	para	tratamento	e	respondem	facilmente	à	maioria	dos	lasers,	cuja	luz	
é	absorvida	pela	hemoglobina.	Os	dois	tipos	de	laser	mais	utilizados	nesse	tipo	de	
tratamento	são	o	pulsado	com	corante	(PDL)	e	o	laser	de	KPT	(LANINGAN,	2007).
b) Lasers para lesões pigmentadas
O	método	de	tratamento	das	lesões	pigmentadas	da	pele	depende	da	localização	
do	pigmento,	ou	seja,	se	se	encontra	na	epiderme,	na	derme	ou	é	de	localização	mista,	
se	é	intra	ou	extracelular,	assim	como	a	natureza	do	mesmo	(melanina	ou	pigmento	
de	tinta	nas	tatuagens).	Isso	se	deve	ao	fato	de	que	existem	muitos	tipos	de	lesões	
pigmentadas	e	elas	variam	em	relação	à	quantidade,	à	profundidade	e	à	densidade	da	
distribuição	da	melanina	ou	da	tinta,	no	caso	da	tatuagem	(DIERICKX,	2007).
Quando aplicado 
nos tecidos, o 
laser atua nos 
cromóforos, que são 
os alvos da pele, 
como a melanina 
e a hemoglobina 
presentes nas 
manchas, vasos e 
folículos pilosos.
53
Dermatologia Estética Capítulo 2 
O alvo para este tipo de laser é	o	melanossomo,	cujo	tempo	de	relaxamento	
térmico	vai	de	10	a	100	nanossegundos,	porém,	qualquer	laser com comprimento 
de	pulso	menor	que	1	microssegundo	pode	seletivamente	lesá-lo.	O	espectro	de	
absorção	da	melanina	(que	é	o	pigmento	endógeno	envolvido)	de	250	a	1.200	nm,	
permite	 que	 qualquer laser produtor	 de	 luz	 ultravioleta,	 visível	 e	 infravermelha,	
possa	remover	pigmentações	melânicas	não	desejadas	em	algum	grau.	Os	lasers	
utilizados	para	lesões	pigmentadas	são	o	Q-switched ruby, com comprimento de 
onda	 de	 694	 nm	e	 duração	 de	 pulso	 entre	 25-40	 ns,	 o	Q-switched alexandrite 
com	comprimento	 de	onda	de	755	nm	e	duração	de	pulso	 entre	 50-100ns	e	 o	
Q-switched Nd:YAG, com	comprimento	de	onda	entre	532	e	1.064	nm	e	duração	
do	pulso	entre	5-7	ns	(FRANÇA, 2004).
O	efeito	imediato	que	se	observa	na	pele	pigmentada	sob	a	ação	dos	pulsos	
de	 laser	 de	 duração	 inferior	 a	 um	microssegundo	 consiste	 no	 branqueamento	
imediato	da	pele.	Esta	resposta	mantém	relação	com	a	ruptura	dos	melanossomos.	
Clareamento	quase	 idêntico,	embora	mais	 intenso,	ocorre	quando	as	 tatuagens	
são	expostas	ao	Q-switched laser, pois	tal	como	os	melanossomos,	as	partículas	
de	tinta	das	tatuagens	são	formadas	por	pigmentos	 intracelulares	 insolúveis,	de	
tamanho	submicrométrico	(DIERICKX,	2007).
FIGURA	1	– BRANQUEAMENTO	IMEDIATAMENTE	
CONSECUTIVO	AO	TRATAMENTO	PELO	LASER
FONTE:	Dierickx	(2007)
c) Lasers para rejuvenescimento
Baseado	no	princípio	da	 fototermólise	seletiva	através	do	uso	do	 laser, na 
técnica denominada resurfacing, a	 epiderme	 e	 a	 derme	 são	 retiradas	 com	 um	
mínimo	 de	 sangramento.	 É	 indicado	 principalmente	 para	 a	 correção	 das	 rugas	
causadas	pelo	fotoenvelhecimentoe	para	cicatrizes	de	acne.	Já	o	uso	de	 lasers 
não	ablativos,	 como	o	Nd:YAG	de	1.320	nm	e	duração	de	pulso	de	200	µs	ou	
a	 IPL	 (luz	 intensa	 pulsada)	 seria	 uma	 alternativa	 aos	 lasers	 de	 erbium:	YAG	e	
54
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
CO2,	 que	 apresentam	 efeitos	 colaterais,	 para	 pacientes	 com	 rugas	 discretas	
e	 cicatrizes.	 Nestes	 há	 preservação	 da	 epiderme	 e	 a	 injúria	 térmica	 da	 derme	
melhora	o	fotoenvelhecimento	(FRANÇA,	2004).	
Os lasers podem	ser	utilizados	para	 rejuvenescimento	ao	 realizar	peelings 
ablativo	 e	 não-ablativo.	 No	 caso	 do	peeling ablativo,	 a	 principal	 vantagem	 é	 a	
eficácia,	pois	em	um	único	procedimento	obtém-se	redução	das	rugas,	lentigens	
solares,	 queratoses,	 irregularidades	 da	 superfície	 cutânea	 e	 da	 flacidez	 da	
cútis.	 Seu	 efeito	 é	 imediato,	 contrastando	 com	os	métodos	 não-ablativos	 cujos	
resultados	se	manifestam	aos	poucos,	lentamente.	Entre	as	desvantagens	estão	
o	 eritema	 e	 o	 edema	 por	 período	 prolongado,	 o	 risco	 de	 ocorrerem	 infecções,	
alterações	 da	 pigmentação	 e	 formação	 de	 cicatrizes.	O	peeling não	 ablativo	 é	
indicado	 em	 pacientes	 que	 apresentam	 rugas	 finas,	 tratamento	 de	 eritema,	
telangiectasias	e	alterações	da	pigmentação	(KILMER;	SEMCHYSHYN,	2007).
 
d) Lasers para remoção dos pelos
Partindo	do	mesmo	princípio	da	fototermólise	seletiva,	os	lasers	usados	para	
a	remoção	dos	pelos	atuam	sobre	a	melanina,	destruindo	o	pelo	seletivamente,	
sendo	necessário	nesse	processo	que	a	região	do bulge, da	matriz	do	pelo	ou	da	
papila	dérmica	seja	destruído	e,	assim,	a	perda	permanente	dos	pelos	se	obtêm	
aplicando	uma	fluência	adequada	(geralmente	superiores	a	30	J/cm²),	levando	à	
miniaturização	do	folículo	com	sua	degeneração	e	fibrose	(FRANÇA,	2004).
No	 processo	 de	 fototermólise	 seletiva	 há	 geração	 de	 calor,	 que	 além	 de	
destruir	o	bulbo	piloso,	pode	também	destruir	a	melanina	da	epiderme,	alterando,	
assim,	 outras	 células,	 ocasionando	 efeitos	 secundários	 indesejados	 como	
alteração	de	pigmentação,	 crostas,	queimaduras	e	 cicatrizes,	por	esta	 razão,	o	
paciente	ideal	é	aquele	com	pele	clara	e	pelo	escuro	(SÁ;	AMORIM,	2010).
FIGURA	2	– AÇÃO	DO	LASER NA	REMOÇÃO	DO	PELO
FONTE:	Visakha	Institute	of	Skin	&	Allergy	(2018)
55
Dermatologia Estética Capítulo 2 
A	eliminação	dos	pelos	por	meio	de	laser	é	considerada	eficaz	e	é	o	melhor	
método	para	eliminar	os	pelos	de	grandes	áreas	em	tempo	relativamente	curto.	
Os	 lasers	disponíveis	para	a	eliminação	dos	pelos	são:	 lasers	de	 rubi,	 laser	de	
alexandrita,	 lasers	 de	 diodo,	 laser	 Nd:YAG,	 Laser	 Nd:YAG	 com	 Q-switched 
(GOLDBERG;	HUSSAIN,	2007).	Os	lasers para	depilação	podem	ser	classificados	
de	 acordo	 com	 a	 sua	 complexidade,	 podendo	 ser	 considerado	 médico	 ou	
cosmético.	No	caso	do	médico,	utilizam-se	altas	potências	para	resultados	mais	
duradouros	(SÁ;	AMORIM,	2010).	
A	 luz	 intensa	 pulsada	 (IPL)	 também	 é	 utilizada	 para	 tratamentos	 clínicos	
dermatológicos	 como	 lesões	 pigmentares	 da	 pele,	 lesões	 vasculares,	 acne,	
estimulação	 da	 produção	 metabólica	 de	 colágeno	 e	 elastina,	 melanoses,	
dermatoses	e	para	a	remoção	dos	pelos.	No	entanto,	é	diferente	do	laser	porque	
apresenta	características	de	 luz	policromática,	 incoerente	e	não	colimada,	além	
de	apresentar	 efeitos	diversos	 sobre	os	 tecidos,	 como	o	 fototérmico	 (a	energia	
luminosa	é	absorvida	e	transformada	em	calor,	provocando	coagulação	do	tecido	
alvo),	fotoquímico	com	ativações	de	reações	químicas	e	também	a	fototermólise	
seletiva	(PIROLA;	GIUSTI,	2010).
O	 laser	 é	 uma	 energia	 eletromagnética	 coerente	 (ondas	
alinhadas	 entre	 si),	 colimada	 (concentradas)	 e	 monocromática	
(apresentando	 uma	 cor	 apenas,	 em	 virtude	 de	 possuir	 apenas	
um	 único	 comprimento	 de	 onda).	 Sua	 luz	 pode	 ser	 liberada	 de	
modo	 contínuo,	 ou	 seja,	 emitem	 energia	 de	 modo	 constante,	
pseudocontínuo	 (micropulsos),	 que	 na	 realidade	 é	 pulsado,	 mas	
seus	pulsos	são	tão	rápidos	e	o	intervalo	entre	eles	é	tão	curto	que	
gera	energia	vitualmente	contínua,	ou	pulsado,	que	emitem	energia	
com	pulsos	e	intervalos	variáveis.
A	fluência	é	a	energia	liberada	por	área	de	tecido	num	específico	
intervalo	de	tempo,	medida	em	joules/cm².	À	medida	que	a	fluência	
aumenta,	a	capacidade	de	destruição	tecidual	também	aumenta	(SÁ;	
AMORIM,	2010).
56
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
3 Preenchimentos
Os	preenchedores	podem	ser	utilizados	para	preencher	 “defeitos”	
faciais	 preexistentes	 ou	 para	 aumentar	 estruturas	 faciais	 existentes	 e	
podem	atuar	sinergicamente	com	o	Botox®,	para	tratar	linhas	glabelares	
profundas	de	repouso	(GLADSTONE;	SOMOANO,	2009).	O	aumento	dos	
lábios	 e	 rejuvenescimento	 perioral	 estão	 entre	 as	maiores	 solicitações	
de	preenchimento,	devido	ao	fato	dos	pacientes	geralmente	possuírem	
atrofia	 dos	 lábios	 secundários	 no	 envelhecimento,	 rugas	 verticais	 e	
comissuras	orais	deprimidas	(MATARASSO,	2009).
A	 profundidade	 da	 colocação	 do	 injetável,	 dependerá	 do	 tipo	 do	
produto	a	ser	utilizado	e	o	tipo	de	defeito	ao	qual	será	destinado.	Em	
geral,	 quanto	 mais	 profundo	 o	 sulco	 que	 se	 está	 tentando	 corrigir,	
maior	é	a	profundidade	desejada	de	colocação	do	produto.	Quanto	às	
partículas,	as	menores	funcionam	bem	na	derme	superior	enquanto	as	
partículas	de	grande	tamanho	funcionam	melhor	na	gordura	subcutânea	
(STRAHAN;	COHEN,	2010).
FIGURA	3	– PROFUNDIDADE	DO	PREENCHIMENTO	
DE	ACORDO	COM	A	INDICAÇÃO
Os	 preenchedores	 poder	 ser	 transitórios,	 como	 o	 colágeno,	 a	 gordura	
autóloga,	 o	 ácido	 hialurônico,	 a	 derme	 autóloga	 e	 o	 ácido	 poliático,	 ou	
permanentes,	 como	 o	 polimetil	 metacrilato,	 o	 politetrafluoroetileno,	 o	 gel	 de	
poliacrilamida,	o	metacrilato	e	a	acrilamida	com	ácido	hialurônico	(CUCÉ,	2010).
O aumento 
dos lábios e 
rejuvenescimento 
perioral estão 
entre as maiores 
solicitações de 
preenchimento, 
devido ao fato 
dos pacientes 
geralmente 
possuírem 
atrofia dos lábios 
secundários no 
envelhecimento, 
rugas verticais e 
comissuras orais 
deprimidas.
FONTE:	Strahan	e	Cohen	(2010)
57
Dermatologia Estética Capítulo 2 
Para	 a	 realização	 da	 técnica,	 é	 necessário	 o	 conhecimento	 de	 anatomia	 e	
topografia	 vascular	 para	 evitar	 acidentes	 irreversíveis	 e	 complicações	 como	 a	
formação	 de	 hematomas,	 equimoses	 persistentes,	 necrose	 da	 pele	 e	 perda	 da	
visão.	A	região	glabelar	é	uma	área	de	preenchimento	de	risco,	pois	ali	se	encontram	
artérias	e	veias	de	diferentes	calibres	que	proporcionam	irrigação	e	drenagem	da	
região	e	a	região	do	sulco	nasogeniano,	parte	proximal	da	asa	nasal,	que	tem	vasos	
sanguíneos	 importantes,	 como	 artérias	 e	 veias	 faciais,	 artéria	 e	 veia	 angular	 e	
artéria	e	veia	labial	superior.	A	obstrução	desses	vasos	provocaria	necrose	da	pele	
na	região	central	da	face	(SABATOVICH;	KEDE;	SABATOVICH,	2009).
FIGURA	4	–	SUPRIMENTO	ARTERIAL	DA	FACE.	(A)	PERFIL.	(B)	VISTA	FRONTAL
FONTE:	Strahan	e	Cohen	(2010)
58
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
“A	 escolha	 do	 material	 para	 o	 preenchimento	 dependerá	 do	 grau	 de	
envelhecimento,	 da	 idade,	 do	 formato	 e	 contorno	 facial,	 da	 gravidade	 das	 rugas,	
do	 estado	 clínico	 geral	 e	 da	 expectativa	 do	 paciente”	 (SABATOVICH;	 KEDE;	
SABATOVICH,	2009,	p.	637-638).	Essa	escolha	talvez	seja	a	mais	importante	após	a	
decisão	pela	técnica	do	preenchimento,	uma	vez	que	existe	uma	gama	de	substâncias	
biodegradáveis	e	não	permanentes	ou	não	biodegradáveis	e	permanentes	tão	grande	
que	pode	causar	confusão	(GLADSTONE;	SOMOANO,	2009).
A	 implantação	 de	 preenchedores	 dérmicos	 é	 um	 evento	 minimamente	
traumático,	 com	 trauma	que	 varia	 dependendo	do	diâmetro	da	agulha	utilizada	
para	implantar	o	produto,	a	técnica	de	injeção	(a	rápida,	com	múltiplas	punturas,	
é	mais	traumática)	e	o	local	da	implantação	–	imediatamenteacima	ou	abaixo	do	
músculo,	como	no	lábio	ou	no	sulco	da	lágrima,	pode	resultar	em	alta	intensidade	
e	 propensão	 a	 edema	 e	 equimose.	 Em	 verdade,	 todos	 os	 preenchedores	 são	
associados	a	 riscos	de	complicações	 tanto	precoces	quanto	 tardias.	Os	efeitos	
precoces	esperados	incluem	edema,	hematoma	e	eritema	no	local	de	aplicação	
(COX;	LAWRENCE,	2009).
FIGURA	5	– DIFERENTES	TÉCNICAS	DE	INJEÇÃO
FONTE:	Strahan	e	Cohen	(2010)
Segundo	 informações	extraídas	de	Oliveira	Filho	(2004),	os	preenchedores	
cutâneos	podem	ser	classificados	em:
59
Dermatologia Estética Capítulo 2 
• 	Aloplásticos	 (inorgânicos),	 xenogênicos	 (orgânicos	 de	 outra	 espécie),	
segundo	a	origem	de	sua	fonte.
• 	Sólidos,	gelatinosos	ou	líquidos,	segundo	seu	estado	físico.
• 	De	uso	intradérmico	ou	subcutâneo,	segundo	a	implantação	na	pele.
• Transitório	ou	permanente,	segundo	a	tolerabilidade	e	o	tempo	de	permanência.
a) Ácido hialurônico
O	ácido	hialurônico	é	um	polissacarídeo	uniforme	e	linear	extraído	de	tecidos	ou	
biossintetizados	por	bactérias	através	da	fermentação.	É	formado	por	várias	unidades	
interligadas	de	dissacarídeos	contendo	ácido	glicurônico	e	N-acetil	glicosaminoglicana,	
sendo	 um	 componente	 essencial	 da	 matriz	 extracelular	 encontrado	
em	 todos	 os	 tecidos,	 com	 grande	 capacidade	 de	 atrair	 e	 reter	 água,	
hidratando	e	proporcionando	turgor	à	pele.	Apresenta	altas	concentrações	
na	 pele,	 uma	 vez	 que	 se	 apresenta	 como	 uma	 substância	 gelatinosa	
situada	entre	as	fibras	colágenas	e	elásticas.	É	um	material	inerentemente	
biocompatível,	 com	 baixo	 potencial	 para	 desenvolvimento	 de	 reações	
alérgicas	ou	imunogênicas	(ALVES;	BRANDÃO,	2009).
Os	 hilanos	 (quando	 o	 AH	 está	 em	 gel),	 são	 considerados	 ideais	 para	 os	
pacientes	que	gostam	de	preenchedores	que	são	temporários,	mas	que	durem	mais	
que	o	colágeno.	Alérgicos	ao	colágeno	bovino,	assim	como	pacientes	de	primeira	vez	
que	desejam	o	tratamento	no	mesmo	dia,	podem	se	beneficiar	destes	derivados	do	
ácido	hialurônico,	uma	vez	que	não	necessitam	de	 teste	cutâneo.	De	 forma	geral,	
ele	 possui	 contraindicações	 semelhantes	 aos	 outros	 preenchedores,	 todavia,	 são	
absolutamente	contraindicados	em	casos	de	reação	prévia	grave	aos	derivados	do	
AH;	pacientes	com	alergias	graves	manifestadas	por	histórico	de	anafilaia;	pacientes	
com	múltiplas	alergias	graves;	implantação	para	aumento	de	mamas;	implantação	em	
músculo,	tendão,	ossos	e	vasos	sanguíneos	(NARINS;	MICHAELS;	COHEN,	2009).
Há	diversos	produtos	de	AH	no	mercado	como	o	Restylane®	e	Perlane®.	A	
maior	distinção	entre	esses	produtos	é	a	 fonte	do	AH	e	o	 tamanho	da	partícula	
polimerizada,	que	variam	nas	aplicações	clínicas.	A	concentração	de	AH	em	cada	
produto	 também	é	diferente,	o	que	explica	parcialmente	a	durabilidade	variável	
entre	os	diferentes	produtos	(STRAHAN;	COHEN,	2010).
As	melhores	 indicações	 para	 a	 aplicação	 do	 ácido	 hialurônico	 são	 as	 rugas	 e	
sulcos	 da	 face,	 sendo	eles:	 o	 sulco	 nasogeniano,	 região	 perioral,	 glabela,	 rugas	 da	
região	 geniana	 e	 periorbitária,	 e	 para	 o	 contorno	 e	 aumento	 dos	 lábios.	 Injeta-se	 a	
substância	por	punturas,	abaixo	da	ruga	ou	sulco,	na	derme	ou	na	junção	da	derme	
com	a	tela	subcutânea	em	pequenas	quantidades.	Pode-se	usar	também	a	técnica	da	
tunelização,	criando	um	sulco	para	a	aplicação	do	ácido	hialurônico	com	movimentos	de	
vai	e	vem	da	agulha,	ou	também,	através	da	retroinjeção,	quando	a	agulha	é	totalmente	
inserida	e	o	material	é	aplicado	retrogradativamente	(GADELHA;	COSTA,	2003).
É um material 
inerentemente 
biocompatível, com 
baixo potencial para 
desenvolvimento de 
reações alérgicas ou 
imunogênicas. 
60
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
Assista	ao	vídeo	no	link	a	seguir	e	saiba	um	pouco	mais	sobre	
o	 ácido	 hialurônico.	 Disponível	 em:	 <https://www.youtube.com/
watch?v=iZ9S1u_IHog>.	Acesso	em:	8	jun.	2018.
b) Colágenos injetáveis
Os	colágenos	injetáveis	são	preenchedores	dérmicos	temporários	usados	para	
melhorar	ou	reduzir	os	defeitos	cutâneos	resultantes	da	perda	de	tecido	mole	ou	de	
cicatrizes.	Apesar	do	desenvolvimento	de	vários	novos	preenchedores,	os	colágenos	
permanecem	como	ótima	modalidade	minimamente	invasiva	(MATARASSO,	2009).	
“Há	três	tipos	de	preenchedores	de	colágeno:	o	animal-derivado,	o	humano-derivado	
e	o	colágeno	autólogo	obtido	por	bioengenharia”	(STRAHAN;	COHEN,	2010,	p.	72).
• Colágeno bovino
Os	colágenos	tradicionais	bovino-derivados	como	o	Zyplast®	e	o	
Zyderm®	são	potencialmente	imunogênicos	e,	portanto,	não	podem	ser	
usados	no	mesmo	dia	da	consulta,	uma	vez	que	requerem	um	prévio	
teste	cutâneo	para	seu	uso.	Esses	colágenos	derivados	da	derme	de	
bovinos	diferem	entre	 si	 no	percentual	 total	 de	colágeno	 (STRAHAN;	
COHEN,	2010).
 
A	 molécula	 de	 colágeno	 bovino	 se	 torna	 imunologicamente	
compatível	 com	 a	 espécie	 humana	 a	 partir	 da	 remoção	 dos	
telopeptídeos	através	de	um	processo	digestivo	pela	enzima	protease	
(pepsina),	ficando,	então,	ambas	as	moléculas,	humana	e	bovina,	muito	
parecidas	(MOLINARO,	2009).
Hanke	 et	 al.	 (2016)	 afirmam	 que	 a	 incidência	 de	 respostas	 alérgicas	 aos	
produtos	 de	 colágeno	 bovino	 e	 sua	 duração	 limitada	 incentivaram	 a	 procura	
contínua	 por	 um	 preenchimento	 dérmico	 ideal	 e,	 assim,	 colágenos	 humanos	
que	 não	 necessitavam	 de	 testes	 cutâneos	 acabaram	 por	 substituir	 largamente	
o	colágeno	bovino.	No	entanto,	 todos	os	colágenos	caíram	no	desuso	devido	à	
introdução	de	preenchimentos	mais	seguros.	
Os colágenos 
tradicionais 
bovino-derivados 
como o Zyplast® 
e o Zyderm® são 
potencialmente 
imunogênicos 
e, portanto, não 
podem ser usados 
no mesmo dia da 
consulta, uma vez 
que requerem um 
prévio teste cutâneo 
para seu uso.
61
Dermatologia Estética Capítulo 2 
• Colágeno humano sintético
O	colágeno	humano	sintético	possui	a	mesma	consistência	e	propriedades	da	
injeção	de	colágeno	bovino,	mas	são	cultivados	a	partir	de	uma	única	cultura	de	
células	de	fibroblastos	humanos	e,	diferentemente	de	outros	produtos	derivados	
de	humanos,	não	são	de	natureza	cadavérica.	Como	não	são	de	origem	animal,	
têm	a	 vantagem	de	não	necessitar	 de	 teste	 cutâneo	 inicial	 para	excluir	 o	 risco	
de	hipersensibilidade	e,	portanto,	podem	ser	injetados	no	mesmo	dia	da	consulta	
inicial	(MATARASSO,	2009).
QUADRO	1	– COLÁGENO	COMPARADO	AOS	HILANOS	
COMO	PREENCHEDORES	TECIDUAIS
Colágeno Ácido hialurônico
Compatibilidade Espécies e tecido específico
Idêntica em todas as 
espécies e tecidos
Duração	tecidual Dura	3-5	meses Dura	6-12	meses
Origem Bovino	ou	humano Animal	ou	bacteriana
Padrão	de	perda Perda	de	volume	gradual Degradação	isovolêmica
Viscosidade Viscosidade constante Viscosidade	dinâmica	(diminui	com	a	pressão)
Anestesia 0,3%	de	lidocaína	incluída Não	tem	lidocaína
Desconforto Dor	à	injeção	levemente menor
Dor	à	injeção	
levemente maior
Correção-alvo 50%-100%	de	supercorreção Sem	supercorreção
Teste	cutâneo	pré-
procedimento?
Teste	cutâneo	duplo	
é	necessário
Não	é	necessário	
teste	cutâneo
Prevalência de alergia 3%	da	população	tem alergia
<0,4%	da	população	
tem alergia
Envio e armazenamento Refrigerado Temperatura	ambiente
FONTE:	Narins,	Michaels	e	Cohen	(2009)
62
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
c) Lipoenxertia nos sulcos faciais e lábios/ preenchimento com gordura 
autóloga
Na	estética,	a	lipoenxertia	pode	ser	empregada	na	correção	de	sulcos,	rugas	
faciais,	contorno	 labial	e	aumento	de	volume	dos	 lábios,	dorso	das	mãos,	entre	
outros.	A	 técnica	 consiste	 em	 obter	 um	 enxerto	 de	 tecido	 adiposo	 de	 regiões,	
como	a	dos	 joelhos,	 regiões	 internas	e	externas	das	coxas,	flancos,	nádegas	e	
região	abdominal.	A	gordura	é	aspirada	com	uma	seringa	e	depois	 lavada	com	
soro	 fisiológico	 para	 eliminar	 os	 resíduos	 de	 sangue	 e	 gordura	 liquefeita,	 na	
própria	seringa.	A	área	receptora	é	demarcada	e	anestesiada	somenteno	ponto	
em	que	a	cânula	será	introduzida	na	pele.	A	enxertia	é	realizada	através	da	injeção	
do	conteúdo	da	seringa,	 recuando-se	 lentamente	(movimento	de	retroinjeção)	e	
sentindo	o	cordão	elevado	que	se	forma	na	superfície	da	pele,	melhorando	seu	
aspecto	inicial	(SABATOVICH,	2009;	YARAK;	VILLAÇA	NETO;	GOLCMAN,	2008).
A	gordura	 tem	a	vantagem	de	produzir	 volume	e	a	possibilidade	
de	 ser	 utilizada	 em	 grandes	 quantidades,	 sendo	 um	 excelente	
preenchedor	de	volume.	É	considerado	excelente	substância	para	as	
pregas	nasolabiais,	bochechas	e	linhas	de	marionete.	As	desvantagens	
da	 utilização	 de	 gordura	 é	 a	 necessidade	 de	 o	 paciente	 ter	 áreas	
de	 deposição	 de	 gordura	 e	 a	 técnica	 em	 si	 que	 requer	 aspiração	
e	 injeção	 (GLADSTONE;	 SOMOANO,	 2009).	 Além	 disso,	 podem	
ocorrer	 complicações	 (não	 tão	 frequentes)	 como	 hematomas,	 edema	
e	 infecções,	 necrose	 do	 enxerto,	 pseudocisto,	 infiltração	 da	 gordura	
intravascular	e	lesão	de	tecidos.	(UTIYAMA,	2003).		
 
A	melhor	indicação	para	este	procedimento	é	quando	os	pacientes	desejam	
parecer	eles	mesmos,	só	que	mais	jovens	ou	menos	cansados,	e	os	resultados	
serão	excelentes	 se	os	pacientes	 puderem	 retornar	 entre	 quatros	a	 seis	 vezes	
para	 procedimentos	 de	 retoque,	 completando	 o	 rejuvenescimento	 em	 várias	
etapas.	Caso	 isso	não	ocorra,	o	 resultado	pode	não	ser	satisfatório,	da	mesma	
forma	que	se	o	tratamento	for	realizado	de	forma	agressiva	se	aumenta	o	risco	de	
deslocamento	da	gordura	e	de	edema	em	longo	prazo	(DONOFRIO,	2009).
d) PMMA e Etilmetacrilato
O	 polimetilmetracrilato	 (PMMA)	 é	 um	 material	 sintético	 inerte,	 utilizado	
desde	a	década	de	1930	em	aplicações	variadas	na	medicina.	Não	é	um	material	
absorvível,	 o	 que	 dá	 ao	 implante,	 um	 caráter	 definitivo.	 Estudos	 histológicos	
evidenciam	 que	 duas	 semanas	 após	 a	 aplicação,	 as	microesferas	 que	medem	
de	 30	 a	 40	 micras	 de	 diâmetro	 são	 envolvidas	 por	 um	 tecido	 de	 fibroblastos,	
macrófagos	 e	 algumas	 células	 gigantes,	 e	 após	 quatro	 meses	 elas	 são	
encapsuladas	(GADELHA;	COSTA,	2003).
A gordura tem 
a vantagem de 
produzir volume e a 
possibilidade de ser 
utilizada em grandes 
quantidades, sendo 
um excelente 
preenchedor de 
volume. 
63
Dermatologia Estética Capítulo 2 
	 Observa-se,	 portanto,	 pelas	 suas	características,	 que	o	PMMA	não	é	o	
material	mais	indicado	como	alternativa	para	correções	estéticas,	uma	vez	que	seu	
caráter	definitivo	não	acompanha	as	mudanças	que	ocorrem	naturalmente	com	
o	passar	do	 tempo,	podendo	 trazer	um	aspecto	 indesejado	ao	paciente.	Talvez	
seja	 a	 alternativa	 mais	 econômica	 em	 casos	 distintos,	 utilizado,	 por	 exemplo,	
para	pacientes	portadores	do	HIV	com	lipodistrofia	facial.	Gladstone	e	Somoano	
(2009)	lembram	que	um	afundamento	das	bochechas	é	geralmente	observado	em	
pacientes	que	sofrem	de	 lipodistrofia	 facial	 relacionada	ao	HIV	e	que	 requerem	
um	volume	significativo	de	preenchimento,	mas	Gadelha	e	Costa	(2003)	lembram	
que	a	aplicação	excessiva	ou	em	determinadas	áreas	do	metacrilato	pode	levar	à	
formação	de	nódulos	e	a	defeitos	cosméticos.
d) Silicone líquido injetável
 
 O	 silicone	 líquido	 foi	 um	 dos	 primeiros	 produtos	 utilizados	 no	
preenchimento	 cutâneo,	 com	 uso	 do	 silicone	 puro	 indicado	 no	 preenchimento	
cutâneo,	o	siloxane.	O	silicone	líquido	injetável	possui	uma	viscosidade	similar	à	
do	óleo	mineral	e	é	também	um	tipo	de	implante	permanente.	A	aplicação	é	feita	
através	da	técnica	de	micropunturas.	Pode	ser	utilizado	em	diferentes	planos,	na	
derme	profunda	e	na	tela	subcutânea	(GADELHA;	COSTA,	2003).
	 As	 principais	 indicações	 para	 sua	 aplicação	 são	 o	 sulco	 nasogeniano,	
lábios,	 mento	 e	 lóbulos	 de	 orelhas	 (GADELHA;	 COSTA,	 2003).	 Os	 pacientes	
também	 podem	 obter	 correção	 duradoura	 de	 cicatrizes,	 rítides	 e	 depressões,	
bem	como	o	aumento	duradouro	dos	lábios	e	de	outras	atrofias	e	deformidades	
do	 contorno	 facial.	 O	 uso	 em	 lipoatrofia	 associada	 ao	 HIV	 é	 positivamente	
relatado,	uma	vez	que	traz	uma	significativa	melhora	na	vida	do	paciente	que	é	
afetado	psicologicamente	pela	doença	e	sofre	com	a	má	imagem	corporal,	baixa	
autoestima,	isolamento	social	e	barreiras	nas	carreiras.	A	permanência,	sensação	
natural	 e	 baixo	 custo	 do	 SLI	 tornam-no	 preenchedor	 ideal	 para	 este	 distúrbio	
(PRATHER;	JONES,	2009).
	 Existem	diversos	debates	a	 respeito	da	 segurança	e	dos	 riscos	do	SLI	
para	 aumento	 do	 tecido	mole,	 com	 relatos	 de	 complicações	 após	 a	 aplicação.	
Por	outro	lado,	outros	profissionais	defendem	que	o	uso	criterioso	da	substância	
é	 extremamente	 seguro,	 com	 o	 mínimo	 de	 complicações	 (PRATHER;	 JONES,	
2009).	O	que	se	percebe	é	que	há	situações	específicas,	como	a	utilização	de	
volumes	excessivos	e	complicações	desastrosas	pelo	uso	de	silicone	adulterado,	
de	categoria	não	médica,	por	profissionais	inexperientes	ou	não	licenciados	que	
foram	amplamente	divulgadas,	influenciando	negativamente	na	confiabilidade	do	
produto.	As	complicações	potenciais	de	uso	do	silicone	são	a	formação	de	nódulo	
e	 de	 granuloma,	 ulceração,	 migração,	 doença	 do	 tecido	 conjuntivo	 e	 infecção	
(STRAHAN;	COHEN,	2010).
64
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
Atividades de Estudos:
1)	 O	 laser	 é	 utilizado	 para	 procedimentos	 estéticos	 com	múltiplas	
funções.	 Qual	 o	 princípio	 básico	 de	 ação	 desse	 recurso	 nas	
disfunções	estéticas?
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2)	 Existem	 duas	 formas	 para	 o	 laser	 atuar	 no	 rejuvenescimento.	
Explique-as.
	 ____________________________________________________
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____________________________________________________
____________________________________________________
3)	 Por	 que	 a	 luz	 intensa	 pulsada	 (IPL)	 não	 é	 considerada	 como	
laser?
	 ____________________________________________________
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4)	 Explique	qual	é	a	função	dos	preenchedores.
	 ____________________________________________________
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Dermatologia Estética Capítulo 2 
5)	 Explique	 em	 poucas	 palavras	 o	 que	 é	 o	 preenchedor	 de	 ácido	
hialurônico.
	 ____________________________________________________
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____________________________________________________
6)	 Qual	a	principal	desvantagem	do	colágeno	bovino?
	 ____________________________________________________
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7)	 Descreva	sobre	o	polimetilmetracrilato	(PMMA).
	 ____________________________________________________
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4 Toxina Botulínica
 
O	uso	estético	da	toxina	botulínica	teve	seu	início	em	1987,	quando	Jean	e	
Alistair	Carruthers	observaram	a	melhora	das	rítides	glabelares,	ou	seja,	as	rugas	
na	região	glabelar,	em	pacientes	tratados	para	o	blefaroespasmo,	e,	em	1992,	foi	
divulgado	o	primeiro	uso	da	 toxina	botulínica	da	dermatologia	no	 tratamento	de	
linhas	glabelares.	Desde	então	o	uso	da	toxina	botulínica	para	o	rejuvenescimento	
facial	tem	aumentado,	sendo	amplamente	realizado	na	atualidade	(MALLIPEDDI;	
WEITZUL,	2010).
66
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
O blefaroespasmo	é	uma	contração	involuntária	das	pálpebras	
e	da	musculatura	facial	que	ocasiona	desconfortos,	cansaço	da	região	
dos	 olhos	 e	 pode	 interferir	 na	 visão.	 Pode	 ter	 origem	 emocional,	
ingestão	de	determinadas	substâncias	como	a	cafeína	em	excesso	ou	
a	incidência	de	alguns	tipos	de	luzes	artificiais	nos	olhos.	No	entanto,	
em	muitos	casos	não	apresentam	uma	causa	definida.
Há	 uma	 diversidade	 de	 toxinas	 botulínicas,	 embora	 usadas	 por	 várias	
especialidades,	 de	 acordo	 com	as	 indicações,	 as	 toxinas	 botulínicas	 só	 devem	
ser	 usadas	 pelo	 dermatologista	 especialista	 para	 uso	 estético,	 além	 de	 ser	
preferível	aplicar	a	toxina	botulínica	após	as	outras	técnicas	de	tratamento,	como	
o	laser,	a	luz	intensa	pulsada	ou	o	preenchedor,	quando	se	opta	pelos	múltiplos	
procedimentos	(TAMURA,	2007;	CUCÉ,	2010).
A	marca	mais	popular	BOTOX®	(Allergan)	foi	introduzida	no	Brasil	em	1992	
para	o	tratamento	da	hiperidrose	e	doenças	neurológicas	e	em	2000	foi	aprovada	
para	uso	cosmético.	O	frasco	contém	100	unidades	(U)	de	toxina	botulínica	com	
NaCl	 0,9	mg	 e	 de	 albumina	 humana	 0,5	mg	 e	 sua	 carga	 proteica	 é	 de	 ~5	 ng	
(TAMURA,	2007).
A	 toxina	 botulínica	 é	 uma	 exotoxina	 obtida	 da	 bactéria	 anaeróbica	 Gram-
positiva chamada Clostridium botulinum, que	 é agente	 etiológico	 do	 botulinismo.	
Existem	oito	sorotipos	(A,	B,	C,	D,	E,	F	e	G),	sendo	A	o	mais	potente.	Essa	toxina	
age	seletivamente	na	terminação	nervosa	motora	colinérgica,	 inibindo	a	liberação	
do	neurotransmissor	acetilcolina	na	pré-sinapse	da	 junção	neuromuscular	em	um	
processo	dose-dependente	em	quatro	passos	(BAGATIN;	TALARICO	FILHO,	2008):	
• Ligação	ao	receptor	seletivo	de	alta	afinidade	para	a	acetilcolina	
e	 para	 a	 toxina	 botulínica	 sorotipo	A	 da	 membrana	 celular	 do	
neurônio	motor	pré-sináptico.
• Internalização	por	meio	da	invaginação	da	membrana	celular	ao	
redor	do	complexo	toxina-receptor,	formando-se	uma	vesícula	no	
interior	da	célula	nervosa	(endocitose).	
• Translocação,	que	é	a	liberação	da	toxina	no	citoplasma.	
• Bloqueio	do	impulso	nervoso	por	 impedir	a	fusão	das	vesículas	
de	acetilcolina	à	membrana	celular,	não	afetando	a	síntese	e	o	
armazenamento.
67
Dermatologia Estética Capítulo 2 
Para	promover	o	conforto	e	analgesia	durante	a	aplicação,	a	toxina	botulínica	
pode	 ser	 utilizada	em	pequenos	 objetos	 plásticos	 congelados,	 aparatos	 de	 vidro	
com	líquido	resfriado,	compressas	geladas	ou	bolsas	plásticas	contendo	balões	ou	
luvas	descartáveis	com	água	gelada.	Aparelhos	de	massagem	vibratória	 também	
podem	ser	utilizados	para	esse	fim,	sendo	um	dos	pontos	de	maior	efeito	o	osso	
mandibular	na	região	do	mento.	A	massagem	delicada	com	a	ponta	do	dedo	próximo	
à	área	da	injeção	também	pode	ser	utilizada	para	reduzir	a	dor	(TAMURA,	2007).
A	toxina	botulínica	do	tipo	A	e	do	tipo	B	são	substâncias	purificadas,	derivadas	
a	partir	de	uma	bactéria.	A	injeção	dessa	substância	bloqueia	os	sinais	nervosos	
musculares,	enfraquecendo	o	músculo	de	modo	que	não	se	contraia,	diminuindo	
as	 rugas	 faciais	 indesejadas	 (SBCP,	 2017).	 Gadelha	 (2004)	 lista	 as	 principais	
indicações	para	o	uso	da	toxina	botulínica	a	seguir:
• Rugas	glabelares,	frontais	e	periorbitárias.
• Rugas	do	dorso	nasal	(coelho).
• Elevação	das	pálpebras.
• Levantamento da ponta no nariz.
• Rugas	periorais.
• Sorriso gengival.
• Levantamento	do	ângulo	da	boca.
• Rugas	mentonianas.
• Bandas cervicais.
• Rugas	do	colo.
• Assimetrias	faciais.
FIGURA	6	– APLICAÇÃO	DE	TOXINA	BOTULÍNICA	NO	TRATAMENTO	
DAS	RUGAS	DINÂMICAS	DA	FRONTE.	(A)	MARCAÇÃO	DOS	
PONTOS	DE	INJEÇÃO.	(B)	APÓS	APLICAÇÃO
FONTE:	Bagatin	e	Talarico	Filho	(2008a)
Para	evitar	 complicações	e	alcançar	 os	melhores	 resultados,	 é	 necessário	
um	 conhecimento	 profundo	 da	 anatomia	 facial.	 Entender	 o	 efeito	 da	 paralisia	
em	 determinado	músculo	 é	 a	 chave	 para	 alcançar	 o	 resultado	 desejado	 exato	
(MALLIPEDDI;	WEITZUL,	2010).
68
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
FIGURA	7	– PRINCIPAIS	MÚSCULOS	DA	EXPRESSÃO	FACIAL	RELEVANTES	
PARA	QUIMIODENERVAÇÃO	COM	A	TOXINA	BOTULÍNICA
FONTE:	Mallipeddi	e	Weitzul	(2010)
A	 técnica	de	aplicação	consiste	em	manter	o	paciente	 levemente	 reclinado	
o	qual	 deve	movimentar	 as	 áreas	em	questão,	 destacando,	 assim,	 a	 força	e	 a	
quantidade	de	músculos	envolvidos,	o	que	influenciará	na	quantidade	de	unidades	
a	serem	injetadas.	A	 injeção	é	angulada	perpendicularmente	à	pele	e	dentro	da	
barriga	do	músculo	quando	possível.	No	entanto,	quando	a	pele	é	mais	fina,	como	
no	torno	dos	olhos	e	dos	lábios,	as	injeções	são	feitas	superficialmente	no	plano	
subcutâneo	(MALLIPEDDI;	WEITZUL,	2010).
Complemente	 os	 seus	 estudos	 acessando	 o	 site	 a	 seguir.	
Disponível	 em:	 <http://www2.cirurgiaplastica.org.br/cirurgias-e-
procedimentos/minimamente-invasivos/toxina-botulinica/>.	 Acesso	
em:	8	jun.	2018.
69
Dermatologia Estética Capítulo 2 
5 Peelings Químicos
O peeling químico	consiste	na	aplicação	de	um	agente	esfoliante	
na	pele,	resultando	na	destruição	de	partes	da	epiderme	e/ou	derme,	
seguido	da	regeneração	desses	tecidos.	A	técnica	de	aplicação	produz	
uma	lesão	programada	que	resulta	em	rejuvenescimento	da	pele	com	
redução	ou	desaparecimento	das	queratoses	e	alterações	actínicas,	
discromias	 pigmentares,	 rugas	 e	 cicatrizes	 superficiais	 (KEDE,	
2009).	 Sua	 classificação	 se	 baseia	 na	 profundidade	 histológica	 da	
penetração	do	agente	basicamente	em	superficial,	médio	ou	profundo	
(SINGH-BEHL;	TUNG,	2010).
Tipo Alvo
Superficial Epiderme	a	derme	papilar	(0,06	mm)
Médio Derme	papilar	a	reticular	superior	(0,45	mm)
Profundo Derme	reticular	média	(0,6	mm)
TABELA	1	– CLASSIFICAÇÃO	DOS	PEELINGS QUÍMICOS
FONTE:	Singh-Behl	e	Tung	(2010)
TABELA	2	– CLASSIFICAÇÃO	DOS	AGENTES	DE	PEELING
Muito superficial Superficial Médio Profundo
Ácido	glicólico	
30	a	50%
(1	a	2	min)
Ácido	glicólico	
50	a	70%
(2	a	20	min)
Ácido	glicólico	70%
(3	a	30	min) Fenol
Solução	de	Jessner
(1	a	3	camadas)
Solução	de	Jessner
(4	a	10	camadas) ATA	35	a	50%
Fórmula	de	
Baker-Gordon
ATA	10%
(1	camada)
Ácido	salicílico	
20	a	30%
Solução	de 
Jessner+ATA	35%
ATA	10	a	20% Ácido	glicólico 70%+ATA	35%
Tretinoína	1	a	5% Fenol	88%
FONTE:	Bertino	(2004)
O peeling químico 
consiste na 
aplicação de um 
agente esfoliante na 
pele, resultando na 
destruição de partes 
da epiderme e/ou 
derme, seguido da 
regeneração desses 
tecidos. 
Como	 podemos	 observar,	 os	 peelings podem atingir variados níveis de 
profundidade,	de	muito	superficial	ao	profundo,	no	entanto,	abordaremos	os	mais	
profundos	que	são	praticados	pelos	médicos.	Jahara	(2010)	afirma	que,	de	todos	
os peelings, somente	o	muito	superficial	e	o	superficial	podem	ser	realizados	por	
70
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
profissionais	que	não	são	médicos,	poisse	trata	de	um	procedimento	superficial,	
mesmo	assim,	o	profissional	deve	ter	conhecimento	aprofundado	do	assunto.	De	
acordo	com	Kede	 (2009),	o	muito	superficial	apenas	afina	ou	 remove	o	estrato	
córneo,	o	superficial	produz	necrose	em	toda	a	epiderme,	o	médio	produz	necrose	
de	toda	epiderme	ou	parte	dela,	ou	de	toda	derme	papilar,	e	o	profundo	produz	
necrose	da	epiderme	e	da	derme	papilar,	que	se	estende	até	a	derme	reticular.	
A	profundidade	dependerá	de	variáveis	 como	o	agente	esfoliante	 (a	 solução,	a	
concentração	do	agente,	quantidade	de	camadas	aplicadas,	técnica	de	aplicação,	
duração	 do	 contato	 com	 a	 pele,	 frequência),	 a	 integridade	 da	 epiderme,	 a	
espessura	da	pele	e	a	oclusão	dos	agentes.	Essas	variáveis	podem	 fazer	com	
que	a	classificação	dos	agentes	seja	relativa.
Entre	os	agentes	químicos	mais	utilizados	no	peeling, estão	o	ácido	retinoico,	
o	ácido	salicílico,	a	solução	de	Jessner,	o	ácido	glicólico,	o	ácido	 tricloroacético	
e	o	fenol.	Também	é	possível	utilizar	associações	entre	os	agentes	químicos,	no	
chamado peeling	combinado,	ou	então	combiná-los	com	outras	substâncias	para	
promover	um	peeling profundo	(CUCÉ,	2010).
A	técnica	de	aplicação	do	peeling consiste	em	limpar	a	região	a	ser	tratada	
com	loção	de	 limpeza,	e	realizar	um	desengorduramento	com	álcool	e	acetona.	
Em	 seguida,	 aplica-se	 o	 ácido	 respeitando-se	 as	 unidades	 anatômicas:	 região	
frontal,	 região	malar	 direita	 e	 esquerda,	 dorso	 nasal,	 região	 supralabial,	 região	
mentoniana,	 pálpebra	 superior	 e	 inferior.	 Também	 é	 importante	 lembrar	 que	 o	
profissional	deve	aplicar	o	peeling médio	ou	profundo,	1	cm	abaixo	do	arco	da	
mandíbula,	 1	 cm	além	da	 linha	 de	 implantação	 dos	 cabelos	 e	 nos	 lóbulos	 das	
orelhas	(BERTINO,	2004).
a) Peeling médio
Os peelings de	 média	 profundidade	 causam	 injúria	 controlada	 à	
derme	 papilar	 e,	 ocasionalmente,	 à	 camada	mais	 profunda	 da	 derme	
reticular	 superior.	 Esta	 lesão	 leva	 à	 necrose	 epidérmica,	 edema	 da	
derme	papilar	e	inflamação	que	resultará	na	melhoria	do	fotodano	e	das	
rugas	superficiais.	Portanto,	suas	indicações	incluem	os	danos	actínicos,	
proliferações	epidérmicas	como	ceratoses	seborreicas	e	lentigos	solares,	
e	discromias,	cicatrizes	e	rugas	superficiais,	bem	como	a	uniformização	
de	áreas	da	pele	fotodanificada	(SINGH-BEHL;	TUNG,	2010).
Segundo	Jahara	(2010),	corroborando	com	os	dados	da	 tabela	anterior,	os	
peelings médios	podem	ser	realizados	com	as	seguintes	substâncias:	
• Ácido	tricloroacético	(ATA)	35%	a	50%:	aplica-se	de	três	a	quatro	
camadas	do	produto.
Os peelings de 
média profundidade 
causam injúria 
controlada à 
derme papilar e, 
ocasionalmente, 
à camada mais 
profunda da derme 
reticular superior.
71
Dermatologia Estética Capítulo 2 
• Ácido	 glicólico	 70%:	 aplicando-se	 uma	 camada	 do	 produto	 e	
deixando	agir	por	3	a	30	minutos.
• Jessner	 +	 ATA	 35%:	 aplica-se	 de	 uma	 a	 quatro	 camadas	 de	
Jessner,	 espera-se	 três	 minutos	 para	 avaliar	 o	 grau	 de	 frost 
(lesão	da	junção	dermoepidérmica)	e	aplica-se	o	TCA	com	uma	
a	duas	camadas.
• Ácido	glicólico	+	ATA	35%:	aplica-se	o	ácido	glicólico,	no	momento	
em	que	o	paciente	relatar	a	sensação	de	“pinicar”,	deve-se	lavar	
o	local	com	água	corrente,	enxugar	e	em	seguida	aplicar	de	uma	
a	duas	camadas	do	TCA.
• Jessner	+	ácido	glicólico	40%	a	70%:	aplica-se	de	1	a	2	camadas	de	
jessner	e	por	cima	aplica-se	o	ácido	glicólico,	esperando	o	eritema.
Como nos peelings superficiais,	 a	 pele	 deve	 ser	 preparada,	 removendo	 os	
lipídios	ao	utilizar	um	sabonete	delicado,	seguido	pelo	agente	desengordurante	como	
o	álcool	ou	a	acetona.	Para	a	aplicação	do	ácido	tricloroacético	(ATA),	por	exemplo,	
usa-se	gaze	ou	grandes	aplicadores	de	algodão,	iniciando-se	geralmente	pela	fronte,	
avançando	para	as	bochechas,	nariz,	queixo,	região	do	lábio	superior	e,	finalmente,	
pálpebras	 superiores.	As	 regiões	 perioral	 e	 periorbitárias	 são	 tratadas	 por	 último,	
devido	a	maior	sensibilidade	destas	áreas.	O	 frosting da pele tratada normalmente 
começa	entre	1	e	2	minutos	após	a	aplicação	(SINGH-BEHL;	TUNG,	2010).
FIGURA	8	– PEELING	QUÍMICO	MÉDIO	COM	ÁCIDO	TRICLOROACÉTICO	
A	35%.	(A)	INÍCIO	DO	FROST. (B)	FROST SÓLIDO	FINAL
FONTE:	Bagatin	e	Teixeira	(2008b)
b) Peeling profundo
O peeling profundo,	como	a	própria	denominação	indica,	é	o	tipo	de	peeling 
mais	 agressivo	 e,	 conforme	 Jahara	 (2010),	 as	 substâncias	 utilizadas	 para	 este	
tipo de peeling são	o	Fenol	Baker	 e	Gordon	 (fenol	modificado)	Multi Peel que,	
após	a	aplicação,	 realiza-se	uma	oclusão	 local.	A	aplicação	exige	cuidados	e	o	
pós-operatório	é	complexo.
72
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
O peeling de	 fenol,	 por	 ter	 ação	que	 se	estende	até	 a	 derme	 reticular,	 é	
indicado	nos	processos	que	se	localizam	nesses	níveis,	sendo	a	mais	importante	
indicação,	 o	 grau	 intenso	 de	 fotoenvelhecimento	 com	 presença	 de	 rugas	
profundas	e	 também	em	alguns	casos	de	queratoses	actínicas	e	de	cicatrizes	
(BURATINI;	TALARICO,	2009).
O peeling profundo	realizado	com	o	 fenol	na	 fórmula	de	Baker	e	Gordon,	
após	aplicado	na	pele,	 70%	do	 fenol	 é	absorvido	em	30	minutos,	 sendo	75%	
deste	eliminado	pelos	rins	e	outros	25%	metabolizados	pelo	fígado.	A	aplicação	
do	 fenol	 deve	 ser	 realizada	 mediante	 monitoramento	 do	 paciente	 devido	 à	
toxicidade	cardíaca	(BERTINO,	2004).
O	 fenol	 não	 é	 indicado	 para	 tratamento	 de	 lesões	 carcinomatosas,	
portadores	 de	 doenças	 hepáticas,	 renais,	 cardíacas	 e	 autoimunes;	 em	
pacientes	 diabéticos	 insulinodependentes;	 em	 gestantes	 ou	 lactantes;	 na	
presença	 de	 herpes	 simples,	 sendo	 necessário	 o	 tratamento	 preventivo	 nos	
pacientes	 com	 antecedente	 positivo	 para	 herpes	 recidivante;	 em	 cicatrizes	
hipertróficas	 e	 queloides;	 pacientes	 com	 depressão;	 durante	 tratamento	
quimioterápico;	 antecedente	 de	 radioterapia	 na	 área	 a	 ser	 tratada;	 paciente	
em	 uso	 de	 isotretinoína	 oral	 e	 sensibilidade	 conhecida	 ao	 fenol	 (BURATINI;	
TALARICO,	2009).
Devido	 aos	 riscos	 e	 à	 toxicidade	 apresentada	 pelos	 peelings 
profundos	 em	 contrapartida	 ao	 objetivo	 de	 sua	 aplicação,	 deve-se	
pensar	sobre	a	necessidade	da	aplicação.	Bertino	 (2004)	defende	a	
ideia	de	que	repetidas	esfoliações	superficiais	e	médias	são	preferíveis	
às	 esfoliações	mais	 profundas,	 pois	 estas	 envolvem	maiores	 riscos	
tanto	 quanto	 às	 complicações	 já	 citadas	 e,	 também,	 a	 períodos	
mais	 longos	 de	 recuperação.	 As	 esfoliações	 superficiais	 e	 médias	
apresentam	baixo	risco	e	criam	benefícios	cumulativos	superiores	aos	
resultados	de	uma	única	esfoliação.
Os peelings também	 podem	 ser	 aplicados	 em	 regiões	 corporais	 para	
tratamento	 de	 diversas	 dermatoses	 como	 efélides,	 melanoses,	 queratoses	
actínicas,	fotoenvelhecimento,	rugas	finas,	hiperpigmentações	pós-inflamatórias,	
acne	 em	 atividade	 e	 suas	 sequelas,	 cicatrizes,	 queratose	 pilar	 e	 estrias.	 No	
entanto,	 regiões	 corporais	 como	 pescoço,	 colo,	 dorso	 das	mãos,	 antebraços,	
dorso,	abdômen	e	pernas	possuem	menor	número	de	 folículos	pilossebáceos,	
quando	comparado	com	a	 face,	o	que	resulta	numa	reepitelização	mais	 lenta,	
maior	 dificuldade	 na	 cicatrização	 e	 maior	 risco	 de	 complicações	 e	 cicatrizes,	
portanto,	 a	 quimioesfoliação	 corporal	 deve	 ser	 preferencialmente	 superficial	
e seriada, estando contraindicados os peelings mais	 profundos	 (BAGATIN;	
TEIXEIRA,	2008).
 As esfoliações 
superficiais e 
médias apresentam 
baixo risco e 
criam benefícios 
cumulativos 
superiores aos 
resultados de uma 
única esfoliação.
73
Dermatologia Estética Capítulo 2 
6 Dermoabrasão 
A	dermoabrasão	cirúrgica	profunda	é	um	método	cirúrgico	que	consiste	na	
remoção	da	epiderme	e	da	derme	superficial	da	pele	através	de	lixas	abrasivas,	
manualmente	controladas,	reconstruindo	uma	nova	camada	epidérmica	e	dérmica	
superficiala	partir	dos	anexos	da	pele	profunda.	Pode	ser	indicada	para	sequela	
de	acne,	ceratoses	actínicas	e	seborreicas,	cloasma	e	melasma,	tatuagens,	rugas	
finas	e	de	profundidade	média,	estrias,	cicatrizes	causadas	por	diferentes	tipos	de	
trauma	e	também	para	vitiligo,	poiquilodermia,	sirigomas,	adenomas	sebáceos	e	
rinofima	(MACHADO	FILHO;	SABATOVICH,	2009).
O	procedimento	de	dermoabrasão	pode	ser	realizado	em	ambiente	hospitalar	ou	
no	consultório.	Considera-se	ideal	que	a	pele	seja	condicionada	por	duas	semanas	
com	ácido	retinóico	a	0,05%,	o	qual	acelera	a	reepitelização,	diminui	a	formação	de	
mílio	e	reduz	a	hiperpigmentação	pós-inflamatória.	A	pele	é	desengordurada	com	
sabão	antisséptico,	e	as	áreas	a	serem	tratadas	são	demarcadas.	A	anestesia	pode	
ser	geral,	 local,	por	meio	de	bloqueios	da	face,	ou	ainda,	preferencialmente,	pela	
associação	dos	últimos	dois	métodos	(ORDONES;	ROSA,	2008).
FIGURA	9	–	TÉCNICA	CIRÚRGICA	DE	DERMOABRASÃO
A B
C D
74
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
C D
Legenda: (A) marcação da área a ser abrasada com azul-de-etileno; (B) dermoabrasor com motor 
elétrico e brocas com lixas de diferentes tamanhos e formatos; (C) técnica de abrasão superficial 
com lixa grossa; (D) técnica de abrasão superficial com lixa mais fina (para afinamento 
e acabamento); (E) quinto dia pós-operatório e; (F) décimo dia pós-operatório.
FONTE:	Machado	Filho	e	Sabatovich	(2009)
Os	 pacientes	 submetidos	 à	 dermoabrasão	 são	 orientados	 a	 permanecer	
em	 casa	 durante	 aproximadamente	 um	mês,	 até	 que	 a	 crosta	 formada	 após	 a	
aplicação	venha	a	cair	e	apresente	uma	nova	pele	renovada	que,	por	se	tratar	de	
uma	pele	bastante	fina	e	sensível,	não	deve	ser	exposta	ao	sol	ou	à	aplicação	de	
cosméticos sem o devido acompanhamento médico. Além disso, é recomendado 
o	uso	de	antibióticos	para	evitar	infecções	(RUSENHACK,	2010).
A técnica é contraindicada em casos de acne em atividade, 
cicatrizes	 extensas	 pós-queimadura,	 radiodermite,	 ptoses,	 diabéticos	
e	 para	 pacientes	 que	 sejam	 alérgicos	 aos	 anestésicos	 ou	 aos	
medicamentos	utilizados	no	procedimento	e	 fototipos	de	pele	V	e	VI.	
Quanto	mais	ativos	 forem	os	melanócitos,	maior	será	a	probabilidade	
de	a	região	ficar	manchada	após	o	procedimento	(MACHADO	FILHO;	
SABATOVICH,	2009;	RUSENHACK,	2010).
Diferentemente	da	microdermoabrasão,	que	é	mais	superficial	e	é	
realizada	por	profissionais	diversos	da	área	da	estética,	a	dermoabrasão	
é	considerada	como	uma	 técnica	de	esfoliação	cirúrgica	que	envolve	
riscos	e	resultam	numa	recuperação	tecidual	mais	delicada.
Diferentemente da 
microdermoabrasão, 
que é mais 
superficial e é 
realizada por 
profissionais 
diversos da área 
da estética, a 
dermoabrasão é 
considerada como 
uma técnica de 
esfoliação cirúrgica 
que envolve riscos 
e resultam numa 
recuperação tecidual 
mais delicada.
75
Dermatologia Estética Capítulo 2 
7 Subcisão
A	subcisão	consiste	em	uma	 técnica	em	que	é	 realizada	uma	 incisão	com	
uma	 agulha	 em	 uma	 região	 previamente	 anestesiada,	 seguida	 de	movimentos	
direcionais,	gerando	elevação	do	tecido	para	deslocamento	de	tecido	fibroso	para	
tratamento	de	cicatrizes	traumáticas,	cicatrizes	de	acne,	estrias,	rugas,	fibroedema	
geloide	 e	 outros	 problemas	 (CUCÉ,	 2010).	 Após	 a	 penetração	 da	 agulha,	 os	
movimentos	 realizados	 por	 sob	 a	 pele	 fazem	 com	 que	 a	 fibrina,	 inflamação	 e	
células	preencham	a	derme	abaixo	das	estrias	(OLIVEIRA	FILHO,	2004).
Atividades de Estudos:
1)	 Explique	as	indicações	para	a	aplicação	da	toxina	botulínica.
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2)	 O	que	são	peelings	químicos	de	média	profundidade	e	profundos?
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3)	 Cite	as	alterações	estéticas	que	podem	ser	 tratadas	com	o	uso	
dos peelings	químicos.
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76
 Estética	nas	Intervenções	Médicas
4)	 Estabeleça	 as	 vantagens	 das	 esfoliações	 superficiais	 e	médias	
em	relação	aos	peelings	profundos.
	 ____________________________________________________
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5)	 Descreva	 como	 é	 realizada	 a	 dermoabrasão	 e	 quais	 as	 suas	
indicações.
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8 Algumas Considerações
Neste	segundo	capítulo	de	Estética	nas	Intervenções	Médicas,	completamos	
nosso	conhecimento	abordando	as	intervenções	médicas	estéticas	minimamente	
invasivas	somando	às	cirurgias	plásticas	estéticas	que	vimos	no	capítulo	anterior.	
Todo	esse	conhecimento	é	de	suma	importância	para	que	possamos	compreender	
melhor	 as	 escolhas	 dos	 procedimentos	 estéticos	 no	 pré	 e	 pós-cirúrgicos	 que	
serão	abordados	à	frente.
Para	que	o	conteúdo	dessa	disciplina	fique	ainda	mais	completo,	no	próximo	
capítulo	serão	apresentadas	 informações	sobre	a	pele,	com	enfoque	especial	na	
cicatrização,	uma	vez	que	as	características	da	pele	em	si,	já	estão	bem	abordadas	
em	outras	disciplinas	do	curso,	além	de	que	trabalhar	com	o	pós-operatório	implica	
diretamente	no	conhecimento	dos	estágios	da	regeneração	tecidual.
Com	toda	essa	 informação,	definir	o	que	é	possível	ou	não	dentro	da	área	
da	estética	para	otimizar	o	que	é	realizado	nas	intervenções	médicas	é	o	objetivo	
a	ser	alcançado	até	o	final	da	disciplina,	garantindo	um	 trabalho	 responsável	e	
eficaz	do	profissional	da	estética.
77
Dermatologia Estética Capítulo 2 
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	Procedimentos Pré-Cirúrgicos na Estética
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