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Sistema de Ensino Presencial Conectado
CURSO SUPERIOR DE ENFERMAGEM
NOME COMPLETO 
A importância da saúde física, mental e social dos profissionais de saúde durante a pandemia
NITERÓI
2021
werusca Cristina coelho
werusca Cristina coelho
A importância da saúde física, mental e social dos profissionais de saúde durante a pandemia
Trabalho apresentado ao Curso Superior de Enfermagem da Instituição Anhanguera, para as disciplinas de Gestão, Qualidade e Segurança do Paciente.
Tutor EAD: Danielle Zoratto Burkle Massi
NITERÓI
2021
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1 QUESTÕES ÉTICAS	4
2.2 RELAÇÕES MAIS HIBRIDAS ENTRE TRABALHO E VIDA	6
2.3 CUIDADO AO CUIDADOR”, EM ÂMBITO PÚBLICO, PRIVADO E MESMO CIVIL	6
2.4 CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE	9
3	CONCLUSÃO	12
REFERÊNCIAS	13
INTRODUÇÃO
O coronavírus é uma doença encarregada de provocar síndromes respiratórias e gastrointestinais, consistindo de um RNA vírus da espécie Nidovirales do grupo Coronaviridae. Quando contaminam as pessoas, seus sintomas são de gripe comum, são capazes de ocasionar infecções graves especialmente em grupos de risco, como crianças e idosos. A propagação é favorecida por meio do contato direto e exposto a objetos infectados que servem como canal de transmissão, bem como por excreções ou secreções de uma pessoa contaminada, especialmente através de gotículas respiratórias. 
A pandemia ocasionada pela Covid-19 tem acometido negativamente a saúde mental dos trabalhadores da área de saúde, principalmente aqueles que trabalham na linha de frente da doença, porque lidam cotidianamente com o medo de se contaminarem e infectar outras pessoas, a ausência de equipamentos de proteção individual (EPI) e a excesso de trabalho também tem interferido na saúde desses profissionais. 
Esta pesquisa busca justificar a assistência das instituições de saúde concedida aos profissionais em tempo de pandemia. O coronavírus revelou a importância da saúde dos trabalhadores, principalmente da linha de frente e pouca são as organizações que se importa com este fato. A saúde geral quando bem cuidada poderá reduzir erros e trazer segurança a esses profissionais. 
Os profissionais da saúde dia após dia tem enfrentado situações de trabalho inconstantes, em um meio definido pela ausência de infraestrutura adequada, segurança e pelos riscos que ele possui. Isto levam a graus elevados de esgotamento profissional, qualidade de vida precária, assistência à saúde e adoecimento físico e emocional. Portanto, o estudo buscou responder como a pandemia vem afetando a saúde dos profissionais de saúde?
Este trabalho tem como objetivo geral compreender como a Covid-19 tem impactado a vida dos profissionais da área de saúde comprometendo assim o seu trabalho. Possui como objetivos específicos: demonstrar a importância das questões éticas no cuidado ao paciente; apresentar estratégias de como prestar assistência aos profissionais de saúde em tempos de pandemia; e conceituar cultura de segurança e sua relevância para as instituições de saúde, paciente e profissionais. 
DESENVOLVIMENTO
2.1 QUESTÕES ÉTICAS
A Covid-19, patologia ocasionada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), mostrou restrições das organizações de saúde em países de todos as categorias de renda. A carência de mecanismos médicos e fármacos fundamentais acarreta decisões árduas e uma reordenação das atividades existentes, com suporte em diretrizes éticas, para assegurar terapêutica e atendimento humanizado (JUNQUEIRA, 2020). 
Conforme Santana (2018) a ética na assistência de enfermagem é uma questão bastante abordada. O cuidado desses profissionais precisa acompanhar os princípios éticos da profissão e necessita a todo momento preservar o paciente que está sendo assistido. A conduta ética é uma assistência recíproca que resguarda o indivíduo e o profissional, e ela é concordada e reforçada pelos grupos profissionais e entidades de classes, bem como por toda a comunidade e foi produzida analisando atuações de cuidado tradicionalmente desenvolvidas. 
Para o cuidado em saúde pública devido ao acontecimento atual, de pandemia, é essencial que tenha sistemas assistenciais e gerenciais consolidadas da concepção ética para cumprir imposições de atitudes conscientes, fundamentais e cautelosas. Logo, programar ações que visam ao máximo favorecer os doentes e não prejudicar a população em um todo na situação de colapso sanitário precisa ser o referencial para encarar a covid-19. Necessitamos proporcionar uma estabilidade entre a responsabilidade do cuidar focado no paciente que é o centro da ética clínica seja qual for a situação e concentrar nos deveres com a comunidade, possibilitando equidade de acesso a recursos de saúde, riscos e vantagens próprias desse tempo de crise que está sendo enfrentado (SILVA, 2021). 
Principalmente na pandemia, os profissionais estão tratando com quesitos éticos, como a ausência de equipamentos, de capacitações, excesso de trabalho e de aceitação dos cidadãos às medidas de prevenção, que os torna mais vulneráveis a testar sensações negativas, complicações psicológicas e aflição moral (CARAM et al., 2021). 
De acordo com Silva (2021) os desafios éticos no campo de saúde são normais mesmo em condições do dia a dia, pois a assistência em saúde atende ao padecimento humano. Atuar dentro de modelos éticos precisa ser a parcela complementar da atuação dos profissionais durante o cuidado em saúde. Podemos exemplificar situações de indivíduos com risco de morte referente a seriedade da doença, aqueles que não possuem competência de tomar decisões sobre interferências de suporte de vida e de outras terapêuticas agressivas. 
A dimensão ética do dever dos profissionais de saúde está apresentada em todas as atitudes dos métodos de cuidar ou de gerenciar as tarefas assistenciais. É atribuição de todos os profissionais garantir ao indivíduo o direito a um cuidado sem riscos e prejuízos tanto físico como psicológico. Diante de estabelecida doença causada por erros ao paciente, o profissional é capaz de responder civil, eticamente e penalmente. Esses acontecimentos prejudiciais sucedem, constantemente, da negligência, do atuar de maneira imprudente ou, além disso, do realizar atitudes assistenciais sem a apropriada habilidade ou perícia (PUGGINA; SILVA, 2009). 
Segundo Caram et al. (2021), para que os profissionais de saúde compreendam que seu dever moral é agir de maneira ética e eficaz no atendimento as pessoas contaminadas, por proceder da sua obrigação como profissão. Concomitantemente, esses profissionais contestam sua exposição ao contágio e sobrecarga de trabalho, sendo definido o empecilho entre sua responsabilidade profissional e a sensação de medo e insegurança.
Perante essas condições permanece claro a imposição e a relevância das Comissões de Bioética Clínicas para contestar os costumes da realidade auxiliando aos profissionais, procuradores legais e pacientes a pensar sobre as decisões prováveis e fazer escolhas esclarecidas fundamentada nos princípios dos indivíduos e obrigações profissionais na procura de fazer ao máximo os padrões viáveis que estão em discussões. Não tem a ver com reconhecer o que é correto ou errado, mas sim o que é capaz, prudente para que a escolha seja mais apropriada (JUNQUEIRA, 2020).
Silva (2021) ressalta que para conservar o parâmetro ético é preciso preservar uma estabilidade entre a obrigação de cuidar que presume a dedicação ao paciente, o não abandonar os deveres legais e éticos e a responsabilidade de amenizar a angústia e obedecer seus princípios e direitos. A obrigação de cuidar e suas divisões são o ponto fundamental da ética clínica através de diretrizes à beira do leito, o progresso de políticas organizacionais e educação continuada baseada na ética para os profissionais, verifica-se a isso, as responsabilidades desses trabalhadores no propósito de propiciar a equidade moral entre os indivíduos e a paridade referente a riscos e vantagens na comunidade. 
2.2 RELAÇÕESMAIS HIBRIDAS ENTRE TRABALHO E VIDA
As relações mais hibridas entre a vida pessoal e o trabalho estão ligados a níveis sociais que antigamente eram desassociados, mas ultimamente, diante de tudo que está sendo vivido, os indivíduos têm misturado a sua vida pessoal da profissional, e isso tem abalado a vida dessas pessoas e especialmente a dos profissionais de saúde (SANTANA, 2018). 
Os trabalhadores do âmbito de saúde, principalmente os que estão na linha de frente, estão esgotados. Sendo que esse cansaço provém não apenas da proximidade com o grande índice de casos e mortalidades de pessoas, entes queridos e colegas de profissão, como também das modificações importantes que a pandemia vem acarretando em seu bem-estar tanto pessoal como profissional (LEONEL, 2021). 
Esses profissionais, por colocarem o seu emprego a própria vida pessoal, acabam se prendendo muito aos pacientes, se achando encarregado e admitindo uma sobrecarga emocional que não precisavam transportar, e isso começa a afetar a sua vida pessoal e profissional, fazendo com que muitas das vezes ocorram erros de procedimentos realizados ao paciente e podendo ainda acarretar diversos problemas para a sua saúde tanto física como psicológica.
2.3 CUIDADO AO CUIDADOR”, EM ÂMBITO PÚBLICO, PRIVADO E MESMO CIVIL
As modificações realizadas, ultimamente, no mundo dos trabalhadores têm ressoado na saúde das pessoas e do coletivo dos profissionais de maneira abundante (ELIAS; NAVARRO, 2006). 
Segundo Teixeira et al. (2020) os profissionais de saúde representam um grupo de risco para o coronavírus por terem contato direto com pessoas contaminadas, fazendo assim com que adquiram uma elevada quantidade de partículas do vírus. Além do mais, estão sujeitos a grande exaustão ao atender estes indivíduos, muitos em condições graves, em condições de trabalho, constantemente, inapropriadas. 
A preservação da saúde desses profissionais, é essencial para impedir a propagação do vírus da Covid-19 nas instituições de saúde e nas residências dos mesmos, sendo preciso aplicar normas de controle de infecções (via aérea, padrão e contato) e providenciar equipamentos de proteção individual, inserindo máscaras N95, óculos, luvas, aventais e protetores faciais. Além do que, necessita-se preservar a saúde psicológica dos profissionais de saúde, devido ao esgotamento que estão sujeitos a possuir em tempos de pandemia (TEXEIRA et al, 2020).
Frequentemente, as condições de trabalho dos profissionais da área da saúde envolvem amplas jornadas, ritmo excessivo, depreciação profissional, dentre outros motivos que provocam o esgotamento físico e psíquico. Atualmente, estas situações são otimizadas pela quantidade de indivíduos contaminados e pela carência de EPIs apropriados, condições que aumentam o estresse em razão do medo de se contaminar ou de propagar a doença aos seus familiares. O trabalho para esse grupo da saúde, inesperadamente, tornou-se apavorante devido a insegurança pessoal (MIRANDA et al., 2020). 
Ainda que ações preventivas sejam realizadas, os trabalhadores da saúde passam por circunstâncias sem precedentes, havendo de realizar escolhas difíceis que são capazes de acarretar danos psicológicos a um grande período, ocasionados por prejuízos morais (MIRANDA et al., 2020). 
De acordo com Teixeira et al. (2020), este cenário de pandemia exige grande cuidado ao profissional da saúde, no que diz respeito às questões que afetam a saúde mental. Tem sido habitual o relato da elevação dos sintomas de angústia, ausência da qualidade do sono, elevação da utilização de drogas, sintomas psicossomáticos, depressão e medo de se contaminarem ou transmitirem o vírus. 
O medo de ser contaminado, o convívio com a aflição do paciente ou a morte do mesmo, assim como a apreensão dos familiares relacionada a ausência de fornecimentos médicos, informações inconstantes sobre diversos métodos, solidão e angústia com os seus familiares foram questões reveladas em outra pesquisa que tratou sobre o sofrimento psicológico e o padecimento mental desses profissionais, podendo levar, muita das vezes, a resistência em trabalhar (LEONEL, 2021).
Miranda et al. (2020) relata que na tentativa de reduzir os efeitos deste agravamento na saúde mental e física dos profissionais, verifica-se nas mídias sociais e em canais de comunicação a ajuda de peritos em saúde mental no oferecimento de suporte emocional e instruções sobre costumes salubres, planejando a conservação da saúde desses indivíduos.
Desta forma buscando ajudar estes profissionais da saúde, Lemos et al. (2018), fala sobre algumas ações que podem ser feitas pelas instituições de saúde para garantir o cuidado ao cuidador no seu ambiente de trabalho, como: 
Oferta de materiais no tempo certo - nesse caso, os materiais necessários (de higiene pessoal, de limpeza, outros) para cuidar da saúde das pessoas mais idosas.
Ambiente higienizado - de modo que o trabalho do cuidador possa ser mais facilitado e focado naquilo que realmente importa, que é a saúde do idoso.
Alimentação de qualidade - que seja capaz de deixar o profissional nutrido para lidar com a jornada de trabalho.
Remuneração justa - que seja compatível com a experiência e dedicação do profissional para lidar com pacientes que estão nos mais delicados quadros de saúde.
Disponibilização de EPIs – protegendo este profissional da contaminação e trocando esses equipamentos no tempo correto (LEMOS et al., 2018, p. 7).
Nessa concepção, vêm sendo sugeridos estratégias de eventualidade para cuidado psicossocial e o progresso da saúde mental desses trabalhadores em diversas condições, bem como verifica-se iniciativas de organizações profissionais da área mental (ELIAS; NAVARRO, 2006).
As práticas elaboradas envolvem o atender e o acolher à crise, com interferência psicossocial ágil, mas também a segurança de um grupo de condutas de caráter preservativo, no intuito de reduzir as possibilidades dos profissionais sofrerem lesões sociais e psicológicas a um médio período e principalmente ações que proporcionem lugares seguros e apropriados para a saúde mental dos mesmos. Como método de apoio aos trabalhadores que estão na linha de frente estão sendo sugeridos atos de Primeiros Cuidados Psicológicos (PCP) através de sistemas de apoio mental tanto online como presencial para uma inicial percepção das carências de alerta da parte psicológica (TEIXEIRA et al., 2020). 
Segundo Puggina e Silva (2009), no que se refere à saúde mental dos profissionais do âmbito da saúde, diversos artigos relatam ações de estímulo e prevenção da saúde desses trabalhadores e indicam a urgência de se debater melhor este tema, ressaltando a formação de grupos de apoio psíquicos aos profissionais, promovendo cursos online e outros métodos que englobam micro práticas executadas no ambiente hospitalar. 
2.4 CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE
A Cultura de Segurança do Paciente (CSP) é apontada como um relevante elemento basilar dos serviços que beneficia o estabelecimento de ações segura e redução de acidentes de segurança. A palavra cultura de segurança foi usado a princípio pela International Atomic Energy Agency (IAEA). No ambiente de saúde, a CSP foi estabelecida pela Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ) como artigo de valores, comportamentos, ideias, competências e modelos de comportamento de equipes e de pessoas. Isto define o comprometimento, caráter e capacidade no manuseio da segurança em saúde de uma instituição (ANDRADE et al., 2018). 
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) recomenda a cultura de segurança constituída em cinco atributos instrumentalizados para o gerenciamento de uma entidade, como, a cultura onde os trabalhadores, englobando profissionais comprometidos na gestão e cuidado, responsabilizam-se pela sua segurança, dos pacientes, colegas e entes queridos; a cultura que privilegia a segurança além de metas de finanças e operações; que incentiva e restitui a identificação, a denúncia e a solução de complicações referente a segurança; que proporciona o conhecimento institucionalbaseado em incidentes; e por fim, que propicia instrumentos, estrutura e comprometimento para a preservação eficiente da segurança (BRASIL, 2013).
De acordo com Brasil (2014), a implicação e o envolvimento do paciente e sua família no método de cuidado na prática habitual em alguns hospitais brasileiros é um significante planejamento para abranger mais os pacientes dentro do seu cuidado. Esse elemento precisa ser um dos instrumentos da estratégia local de segurança do paciente das associações de saúde.
São elementos da cultura de segurança, conforme Lemos et al. (2018), o comprometimento da autoridade com a proteção, ao diálogo aberto fundamentado na confiabilidade, o conhecimento institucional, uma conduta não punitiva para o relato de acontecimentos desfavoráveis, o trabalho em grupo, e a crença dividida na relevância da segurança. 
Segundo Oliveira et al. (2014) as eventualidades inadequadas são frequentemente relacionadas a falha humana específica, mas é preciso levar em conta como desencadeadores as situações de trabalho, as questões fundamentais e a dificuldade das ações realizadas. As condições que induzem ao risco de acontecimentos adversos envolvem desenvolvimento tecnológico com carente melhoria dos instrumentos humanos, desinteresse, erro na utilização da sistematização da assistência de enfermagem (SAE), atribuição de cuidados sem fiscalização apropriada e excesso de trabalho. 
Para o profissional de enfermagem, o acontecimento de eventualidades inapropriadas pode ocasionar vários problemas, decorrente do esgotamento emocional, os princípios éticos e às advertências legais ao que está sendo exibido. Desta forma, é significante a aplicação em cultura de segurança, através da divulgação da concepção de segurança do paciente e de um debate não punitivo acerca das ocorrências impróprias (DUARTE et al., 2015). 
Nesta concepção, o aperfeiçoamento da cultura de segurança impõe um empenho de todo o esquema de saúde, que engloba abrangentes condutas visando aprimoramento dos procedimentos, gestão de risco e segurança ambiental (BRASIL, 2014). 
Portanto, o Ministério da Saúde elaborou como uma das estruturas do PNSP a constituição e o instauração de um conjunto de seis regulamentos fundamentais, que foram determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que precisam ser instalados para assegurar um desempenho assistencial seguro e favorecer para a capacitação do cuidado em todas as organizações de saúde nacional. Deste modo, os protocolos são a identificação do paciente; precaução de úlcera por pressão; utilização e manejo de fármacos; segurança na prescrição; ações de higienização das mãos em locais de saúde; cirurgia segura e precaução de quedas (BRASIL, 2014). 
Desta maneira, para que a cultura de segurança se estabeleça, é de grande relevância que haja por meio dos gestores e profissionais, o entendimento da falha e os resultados desse, possuindo como suporte a responsabilidade ética na procura pelo aperfeiçoamento do cuidado e na realização de planos que objetivem a segurança do indivíduo como um todo. Assim, deve-se levar em conta a aprendizagem da cultura de segurança ambiental em que é exercida a assistência da saúde, a fim de que, consigam exercer melhorias. Para isso, também é preciso procurar a compreensão de como os profissionais enxergam essa cultura na sua realidade (SOUZA et al., 2019). 
CONCLUSÃO
Compreende que os profissionais de saúde têm passado por um período ímpar resultante da pandemia, pelo excesso de trabalho, pela particularidade de elevada propagação do vírus e manuseio de instrumentos individuais de proteção. Um experimento vivido tanto pela rede privada como pública no pais, e inclusive em ambiente mundial.
Acredita-se que, gerenciar as fontes de risco, tanto os trabalhadores como os seus entes queridos e a organização serão favorecidos visto que a repercussão da doença é dividida, tanto pelos valores financeiros e sociais como pela consequência na segurança do paciente e na condição de trabalho fornecido aos indivíduos. 
O Covid-19 expôs questões difíceis para o cuidado da saúde desses trabalhadores da saúde. É notório a urgência de se ter um trabalho em grupo com toda equipe da instituição, englobando a gerência. Necessita-se criar métodos que impossibilite a exaustão, padecimento e que os profissionais que estão na frente da pandemia se sintam amparados. Portanto, é preciso que as organizações evitem que os funcionários encarem uma sobrecarga de trabalho, produza um local acolhedor e disponha uma rede de suporte psicológico a todos. É essencial que possua essa atenção com todo o grupo para impedir prejuízos sem precedentes na saúde física e mental dos mesmos. 
Levando em consideração da importância e carência de pesquisas que falem sobre este tema tão atual, entende-se que as informações presentes neste trabalho colaborarão com as instituições e ajudarão na saúde dos profissionais da área de saúde no combate a pandemia, assim como o fortalecimento de ações de precaução e de terapêutica de manifestações psicológicas como aflição e depressão, com centro na promoção da saúde em âmbito ocupacional.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, L. E. L. et al. Cultura de segurança do paciente em três hospitais brasileiros com diferentes tipos de gestão. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 1, p. 161-172, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014, 40 p. 
BRASIL. Portaria n. 529, de 1 de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, p. 43, 2 abr. 2013.
CARAM, C. S. et al. Sofrimento moral em profissionais de saúde: retrato do ambiente de trabalho em tempos de COVID-19. Revista Brasileira de Enfermagem, [S. I.], v. 74, n. 1, p. 1-8, 2021.
DUARTE, S. C. M. et al. Eventos adversos e segurança na assistência de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 68, n. 1, p. 144-154, jan/fev. 2015.
ELIAS, M. A.; NAVARRO, V. L. A relação entre o trabalho, a saúde e as condições de vida: negatividade e positividade no trabalho das profissionais de enfermagem de um hospital escola. Revista Latina Americana de Enfermagem, v. 14, n. 4, p. 517-525, jul/ago., 2006.
JUNQUEIRA, A. Coronavírus: desafios éticos no tratamento e com os cuidados paliativos. Revista Veja, [S. I.], v.4, n. 18, mai., 2020.
LEMOS, G. C. et al. A cultura de segurança do paciente no âmbito da enfermagem: reflexão teórica. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, [S. I.], v. 8, n. 26, p. 1-8, 2018.
LEONEL, F. Pesquisa analisa o impacto da pandemia entre profissionais de saúde. Fiocruz, Rio de Janeiro, mar., 2021.
MIRANDA, F. M. A. et al. Condições de trabalho e o impacto na saúde dos profissionais de enfermagem frente a covid-19. Cogitare Enfermagem, [S. I.], v. 25, n. 1, p. 1-8, 2020.
OLIVEIRA, R. M. et al. Estratégias para promover segurança do paciente: da identificação dos riscos às práticas baseadas em evidências. Esc. Anna Nery, v. 18, n. 1, p. 122-129, 2014.
PUGGINA, A. C. G.; SILVA, M. J. P. Ética no cuidado e nas relações: premissas para um cuidar mais humano. Rev. Min. Enferm., [S. I.], v. 13, n. 4, p. 599-605, out/dez., 2009.
SANTANA, L. L. Riscos psicossociais e saúde mental em ambiente hospitalar: com a voz o trabalhador. 2018. 235p. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2018.
SILVA, J. Diretrizes éticas para as instituições responderem ao enfrentamento da pandemia da covid-19. Revista Migalhas, v. 3, n. 2, p. 2-5, jan., 2021.
SOUZA, C. S. et al. Estratégias para o fortalecimento da cultura de segurança em unidades de terapia intensiva. Revista de Enfermagem Uerj, Rio de Janeiro, v. 27, n. 1, abr., 2019.
TEIXEIRA, C. F. S. et al. A saúde dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 9, p. 3465-3474, 2020.

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