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CONCEITUAÇÃO TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL

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CONCEITUAÇÃO TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
Por: Leandro Mauerwerk
- A Psicologia Social é a ciência que estuda a forma como as pessoas se
influenciam e se relacionam entre si. Em outras palavras, é uma ciência
empírica procurando explicar o comportamento social do ser humano.
- A partir dos relacionamentos com os outros, podemos observar uma grande
variedade de fenômenos psicológicos, tais como: cooperação, altruísmo,
agressão, competição.
- “Psicologia Social é o estudo científico da influência recíproca entre as
pessoas (interação social) e do processo cognitivo gerado por esta interação
(pensamento social).” (Rodrigues et al., 2000, p. 13)
- Psicologia Social historicamente:
a. 1898: os primeiros experimentos foram relatados;
b. 1924: publicação do primeiro texto;
c. 1930: assumiu a forma que conhecemos hoje;
d. Pós 2ª GM: começou a se destacar como o campo significativo que é
hoje, com a divulgação de um vasto volume de pesquisas.
- Características da Psicologia Social: Segundo Helmuth Krüger (1986), os
aspectos mais característicos da Psicologia Social são sete: individualismo,
experimentalismo, microteorização, etnocentrismo, pragmatismo (ou
utilitarismo), cognitivismo e a-historicismo.
a. Individualismo: refere-se à orientação utilizada pelos psicólogos
sociais ao determinar o objeto de pesquisa. Esta orientação dominante
se evidencia no estudo de processos psicológicos individuais,
relacionados com estímulos e situações sociais.
b. Experimentalismo: o uso da metodologia experimental permite confiar
mais nos resultados obtidos, através de pesquisas em Psicologia
Social. É, especialmente, desta forma, que a Psicologia Social se
destaca principalmente do senso comum. “Alguns autores como D.
Myers (2000) afirmam que a Psicologia Social enfrenta duas críticas
contraditórias: por um lado é considerada como trivial porque muitas
vezes documenta o que parece ser óbvio; por outro lado, ela é vista
como uma ciência perigosa porque o conhecimento que dela se
deriva, pode ser usado para manipular as pessoas.”
c. Microteorização: os psicólogos sociais propõem teorias que organizam
suas observações e indicam previsões práticas e hipóteses que
podem ser testadas.
d. Etnocentrismo; epicentro da Psicologia social é nos EUA. Desta
característica derivam-se duas dificuldades. Em primeiro lugar, o
etnocentrismo na Psicologia Social afeta a validade externa da sua
produção científica, impedindo a derivação de hipóteses e teorias
generalizáveis ao menos no plano transcultural. Em segundo lugar, o
etnocentrismo leva à falta de entendimento, em outras sociedades
fora, principalmente, dos Estados Unidos, dos conceitos, derivações
teóricas, esclarecimentos e derivações práticas relacionados com
processos psicossociais. Segundo Krüger (1986), o ideal seria que:
“(...) houvesse uma orientação que contemplasse o interesse científico
pela obtenção de hipóteses e teorias psicossociológicas de aplicação
transcultural.
e. Pragmatismo: o que a ciência faz é descobrir primeiro as leis que
regem os fenômenos, constituindo objeto de seu estudo. A Psicologia
Social faz processo inverso, após entender os fenômenos estudados
através da metodologia científica, o psicólogo social deve procurar
como aplicar as suas descobertas científicas a problemas específicos
de ordem prática.
f. Cognitivismo; estuda o processo cognitivo pelo qual formamos
impressões sobre nós mesmos, em relação ao mundo social, onde
vivemos, assim como sobre o ambiente social ao qual pertencemos.
g. a-historicismo: a preocupação do psicólogo social não é tanto a origem
dos comportamentos apresentados, mas a sua correlação com
circunstâncias observáveis.
Percepção Social e Comportamento Social
- Percepção social é aquilo que absorvemos do ambiente através dos nossos
sentidos.
- - Perceber as pessoas é muito diferente de perceber pessoas.
- Proxêmica (Hall): aproximação entre as pessoas (geralmente em ambientes
que não conhecemos ninguém) relacionado a diversos fatores como sexo,
status, papel social, entre outros.
- Percepção de pessoa: contribuição de cada um de nós na obtenção de
informações dos objetos examinados. Essa percepção é subjetiva.
Características dessa subjetividade:
a. Seletividade: percepção de apenas um subconjunto de estímulos (uma
parte).
b. Qualidade de ser organizada e significativa:
c. Categorização:
d. Formação de impressões:
- Comunicação não verbal: representada pelas expressões faciais, o tom de
voz, os gestos, a linguagem corporal, e o modo de olhar. Existem pelo menos
seis grandes manifestações emocionais: raiva, felicidade, surpresa, medo,
nojo e tristeza.
- Atribuição de causalidade (Heider): necessidade que temos de conhecer
nossas fontes de experiência. Analisa como explicamos o comportamento
das pessoas. Normalmente, existem dois grupos de fatores relevantes: os
fatores ambientais e os fatores pessoais ou de personalidade.
- Erro fundamental de atribuição: em muitas ocasiões consideramos que os
outros são responsáveis pelo que acontece e quando se trata de nós
mesmos, consideramos que as nossas ações foram determinadas pelas
circunstâncias.
- Teoria da inferência correspondente (Heider): estudo de como inferimos
disposições ou características internas de personalidade.
- Modelo de covariação (Kelley): explica como decidimos em fazer uma
atribuição interna ou externa, ou seja, para poder explicar porque alguém fez
o que fez, podemos usar informações relativas à maneira como o sujeito vem
agindo.
- Três tipos de informação:
a. Consenso: forma como a pessoa avaliada se comporta frente ao
mesmo estímulo.
b. Distintividade: como o sujeito avaliado reage frente a outros estímulos.
c. Consistência: frequência com a qual o comportamento observado
frente ao estímulo específico se apresenta em tempo e em situações
diferentes.
A formação do ser social
- Autoconceito: representa as crenças específicas pelas quais definimos
quem somos. Representa nossos autoesquemas, ou seja, os modelos
mentais que utilizamos para representar o que somos para nós mesmos.
Estes autoesquemas afetam de forma significativa a maneira como
processamos as informações sociais.
1. Papéis sociais: papéis que ocupamos na nossa sociedade.
2. Comparações sociais: podemos nos conhecer melhor através da
comparação com o outro.
3. Experiências: sucesso e fracasso. Servem para orientar a
autoavaliação.
- Autocontrole percebido: o senso de controle age como moderador do bem
estar subjetivo. Tem poder de gerar confiança diante das experiências.
- Tendenciosidade personalista: é o viés que adotamos quando justificamos
nossos atos ou quando nos comparamos aos outros. Com muita frequência
aceitamos créditos quando nos informam de nossos sucessos, mas somos
altamente resistentes a aceitar os nossos fracassos (culpamos os outros).
- Socialização e "eu social": processo de participação/pertencimento a um
grupo; aprendizagem de códigos, crenças e valores significativos para o
grupo.
- Desenvolvimento moral (Kohlberg): evolução dos princípios morais que
partem de uma ética concreta dependente das figuras parentais até atingir
um nível mais individual e complexo.
- Três Níveis:
a. Pré-convencional: Punição e obediência - Orientada às expectativas
dos outros.
b. Convencional: Contrato social e direito - Realismo instrumental.
c. Pós-convencional: Lei e ordem - Ética universal.
Processos grupais
- Definição de grupos:
a. Grupo não social: conjunto de pessoas que se encontram em um
mesmo lugar ao mesmo tempo sem necessariamente interagir ou se
influenciar significativamente.
b. Grupo social: várias pessoas que possuem uma relação estável e
partilham objetivos em comum com a consciência de que fazem parte
de um mesmo grupo.
- Tipos de grupos:
a. Categoria social: tem um atributo reconhecível a partir de um
observador externo. Grupos sociológicos (categorizados por gênero,
idade, profissão…).
b. Grupo psicológico: autoidentificação dos membrosque se sentem
pertencentes à mesma categoria social. Difere do grupo sociológico
por não ter um observador externo.
c. Grupo mínimo: são pessoas que passam a ser classificadas de forma
casual dentro de um mesmo grupo e que começam a atuar em função
dessa identificação, chegando a interagir uns com os outros. Formam
os grupos sociais.
d. Grupos compactos: são grupos sociais onde seus membros passam a
cooperar entre si visando o alcance de objetivos interdependentes.
e. Organização social: são grupos sociais que se organizam definindo
uma estrutura de poder reconhecível com papéis e normas que
regulam as interações entre seus membros.
f. Grupos naturais: se formam independentemente das considerações de
estudiosos e especialistas.
g. Grupos artificiais: estes grupos são organizados e identificados pelo
pesquisador com o fim de avaliar os efeitos da manipulação de
variáveis sobre seus membros.
- Interações sociais e os processos grupais:
a. Facilitação social: a presença de outros melhora o nosso desempenho
em tarefas simples, as quais executamos de maneira mais rápida e
efetiva do que quando estamos sozinhos.
b. Vadiagem social: refere-se à tendência de membros de um grupo
gastar menos esforços na realização de tarefas em grupo em
comparação dos esforços mostrados quando realizam as mesmas
tarefas sozinhos.
c. Liderança: todo grupo tem a necessidade de ter um líder. identificável
a partir dos traços da personalidade, juntamente com o âmbito social
de cada situação de grupo.
d. Conflito e cooperação; auto intuitivo. Dilema social.
e. Coesão e normas grupais: coesão grupal pode ser definida como a
quantidade de pressão exercida sobre os membros de um grupo a fim
de que nele permaneçam. Enquanto as regras são a manutenção de
um grupo. Os membros de um grupo usam as mesmas para julgar e
avaliar as percepções, sentimentos e ações de seus seguidores.

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