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Cadeia de transporte de elétrons e fosforilação oxidativa Aqui é o último passo na oxidação da glicose, vem depois do ciclo de krebs e é onde temos a maior parte de produção de ATP. Tivemos a produção de 4 ATPs ate agora nessa oxidação da glicólise por meio de fosforilação a nível de substrato. Aqui vamos ver duas rotas que são acopladas, juntas. Um não ocorre sem o outro. A cadeia ocorre previamente para que a fosforilação oxidativa ocorra, caso contrário, o ambiente não fica favorável para a síntese de ATP que ocorre na fosforilação oxidativa. O número de ATP produzido na fosforilação oxidativa varia de pessoa pra pessoa, porém nos livros tem um numero bem definido, mas é importante saber que as pessoas produzem números diferentes de ATP. Tem um gradiente de prótons que também facilita a entrada de piruvato para dentro da matriz da mitocôndria. Tem um composto, o 2,4 dinitrofenol que desacopla essas duas cadeias o que levava ao emagrecimento em algumas pessoas, ou seja, toda energia utilizada pela celula para produzir ATP será dissipada, principalmente na forma de calor, o que se ocorrer de forma muito intensa, você pode gerar tanta energia na forma de calor que leva a condições super serias, o individuo queima por dentro basicamente. Produzimos mais ou menos 1KG de ATP por KG de peso, portanto, uma pessoa com 70KG produz 70KGde ATP e pra isso precisa de 2.000 Kcal por dia (que é o tanto que precisamos ingerir por meio de alimentos para conseguir ter substrato suficiente para produzir a quantidade de ATP necessária, que nesse caso aqui é 70kg, ou seja, precisamos ingerir 2000 kcal para termos como substrato para a produção de 70KG de ATP), pra suprir essa demanda de energia. Ou seja, precisamos produzir muuuitos ATPs por dia, muito mesmo. Kcal é o tanto de energia que um determinado alimento irá fornecer com toda a sua quebra no organismo, esse processo é feito queimando mesmo esse alimento em um equipamento pra ter essa noção. Os atps produzidos na fosforilação a nível de substrato (os 2 da via glicolítica e os 2 do ciclo de Krebs) são sempre fixos. Já os ATPs em uma fosforilação oxidativa são os únicos que não são fixos, que podem variar de individuo pra individuo. Portanto, com a mesma quantidade de glicose ingerida as pessoas podem produzir quantidades diferentes de ATP dependendo do seu metabolismo. Lembrando que na oxidação completa da glicose temos a formação de 6 CO2, 6 H2O e 36 – 38 ATP. Cada via vai gerar o que ta descrito na imagem abaixo: O CO2 já foi produzido em 6, 2 no aceitil coa e 4 no ciclo de Krebs. E ate o final do ciclo de Krebs temos varias coenzimas produzidas, 10 NADH e 2 FADH, agora eles precisam ser oxidados, liberarem os seus elétrons para que voltem a ser oxidados e assim conseguirem pegar outros elétrons. Portanto, na cadeia de transporte de elétrons essas coenzimas entregam seus elétrons para que fiquem oxidados e possam ser reduzidos novamente. E ai a fosforilação ta acoplada nesse processo todo ai e que temos a formação de ATP. A glicólise começa a ocorrer no citosol, piruvato vai pra matriz mitocondrial, ocorre o ciclo de Krebs e na membrana mitocondrial interna ocorre a fosforilação oxidativa e essa cadeia de transporte de elétrons. Mitocondria Tem uma membrana mitocondrial interna que faz curvas, chamadas de cristas mitocondriais que aumentam a área de superfície da mitocôndria. A matriz mitocondrial é o que tem entre as cristas mitocondriais. A membrana externa é permeável e ai existe um espaço chamado de intermembrana, que é o que tem entre as duas membranas, a externa e a interna. O ATP produzido na mitocôndria, vai ser liberado na matriz mitocondrial que vai precisar sair dessa mitocôndria para ser utilizado por toda a celula, pra isso, ele vai precisar de transportadores que façam isso. No final da cadeia de transporte de elétrons tem que ter uma molécula que vai receber os elétrons dessa cadeia, que no caso é o oxigênio. Portanto, ele é super importante justamente por ser esse aceptor final de elétrons dessa cadeia que pegaram esses elétrons do NADH e do FADH2 (que agora reduzidos voltam para serem reaproveitados) e, quando isso ocorre, esse oxigênio é reduzido em água. Essa cadeia então só transporta os elétrons para o oxigênio e isso é um fator super importante (gradiente de prótons) para produzirmos ATP na fosforilação oxidativa. Dessa forma, NADH e FADH são receptores intermediários de elétrons mas não finais. Na imagem abaixo, as coenzimas reduzidas chegam na cadeia de transporte de elétrons que liberam os elétrons e esse prótons para o oxigênio, ficando oxidado novamente (reoxidação) e pronto para pegar mais elétrons nessa cadeia novamente. A cadeia de transporte de elétrons é formada por 4 complexos proteicos presentes na membrana interna mitocondrial, complexo 1, 2, 3 e 4 em que todos são estáveis nessa membrana e os elétrons vão passando de complexo em complexo sem pular nenhum. Além disso, existem outros dois complexos que já são móveis nessa membrana e que possuem nomes específicos (coenzima Q e citocromo C). Potencial de transferência de elétrons ou potencial de oxiredução (E0): é a medida de afinidade por elétrons, ou seja, indica a afinidade que aquele composto tem com os elétrons, ou seja, quanto menor esse E0, maior facilidade do composto em questão em liberar elétrons e mais difícil dele em receber elétrons, justamente por ter uma afinidade menor aos elétrons. Agora quanto maior esse E0, mais facilidade em receber elétrons e mais difícil de transferir elétrons. Quanto menor o E0, menos ele gosta de elétrons. E ai quando tivermos um piruvato para converter em lactato, usamos o NADH que passa a NAD+, ele doa elétrons pro piruvato pra conseguir virar lactato, e o NADH doa elétrons pro piruvato pq esse NADH tem E0 menor, menor afinidade, que ta transferindo para um composto que tem maior afinidade, já que o piruvato tem o E0 maior (imagem abaixo). Com isso, o NADH vai transferir elétrons pro oxigênio, pq ele tem um E0 menor que o do oxigênio, então um com maior afinidade pega os elétrons de um que tem menor afinidade. Com isso, reações que acontecem por transferência de elétrons de compostos com EO menor para compostos com E0 maior, são favoráveis. E ai na cadeia de transporte de elétrons é quase isso que ocorre. Cadeia de transporte de elétrons Então temos aqueles 6 compostos la e o grande objetivo dela é transferir elétrons do NADH para o oxigênio. O NADH tem um E0 bem negativo, de -0,32, então um quer muito pegar elétrons e o outro quer muito transferir elétrons. Já o do oxigênio é bem positivo, portanto, essa transferência é super favorável tanto que não conseguimos transferir elétrons do NADH direto pro oxigênio de tao favorável que ela é pq se ocorresse diretamente muita energia seria dissipada e a célula não iria conseguir utilizar. E ai o que a célula usou como alternativa? Ela vai transferindo lentamente os elétrons do NADH até ele conseguir ir pro oxigênio, com isso, a perda de energia é bem pequena. Agora vamos ver o passo a passo dessa cadeia: Nessa cadeia, o NADH que chegou nessa cadeia de transporte de elétrons transfere os seus elétrons para o complexo numero 1 da cadeia de transporte de elétrons, que é um complexo bem grande assim na membrana mitocondrial interna e tem um E0 de -0,30, que é maior que o E0 do NADH que é de -0,32, com isso, é favorável a transferência de elétrons do NADH para esse complexo I. O complexo I vai transferir os seus elétrons para o complexo de número 3, mas pra isso ele precisa de um intermediário, chamado de coenzima Q (o primeiro complexo móvel) e ai ele transfere os elétrons pro Q que é favorável também já que o E0 dessa coenzima Q é bem maior, e esse Q que vai transferir os elétrons para o complexo de número 3. O E0 do complexo 3 é de 0,20, sendo um processo favorável também. O complexo 3 precisa transferir os elétronspro complexo 4 mas pra isso ele usa um intermediário também, que é o outro complexo móvel chamado de citocromo C, que recebe os elétrons do complexo 3 por um processo favorável também. Esse citocromo C transfere os elétrons pro complexo 4 (também processo favorável pq o E0 do citocromo C é menor do E0 do complexo 4) e ai esse complexo 4 transfere os elétrons pro oxigênio, que também é uma transferência favorável que é reduzido a H2O. Ou seja, os elétrons vao sendo transferidos por meio de uma transferência favorável por meio desses complexos até chegar no oxigênio. Com isso, concluímos que os elétrons passam dos carreadores com menor potencial de reduão (mais negativos) para aqueles com maior potencial (mais positivo), sendo um processo favorável termodinamicamente. O complexo 2 é o que vai receber elétrons que estão presentes apenas no FADH2 e ai em seguida os passos serão os mesmos, e o complexo I apenas do NADH. O complexo 2 é chamado de succinato desidrogenase, que também ta presente no ciclo de Krebs. Uma molécula de oxigênio recebeu os elétrons e serão formadas duas moléculas de água. Aqui nessa imagem abaixo é quase o mesmo de cima, em que temos os 4 complexos fixos, os 2 móveis (coenzima Q ou ubiquinona e o citocromo C). Além dos potenciais de redução que vao organizar essa ordem de passagem dos elétrons, como que esses elétrons fixam em um complexo e esse complexo transfere pro outro? Bom, esses complexos são proteínas que possuem dentro um grupo prostético (subs não proteicas que compõem uma proteína como o grupo heme na hemoglobina), que normalmente são compostos por metais, principalmente ferro, que gostam de pegar elétrons. Esse grupo prostético pode ser até mesmo o grupo Heme, como o que ocorre no citocromo C mas que tem um F um pouco diferente. Esses compostos de I a IV tem nomes mas não precisamos saber e nem os detalhes de como os elétrons passam dentro de cada complexo nessa cadeia. Temos um bombeamento de prótons (prótons são liberados) da matriz pro espaço intermembrana todas as vezes que o complexo I transfere os elétrons pra coenzima Q, que são 4 prótons. O complexo II não transporta prótons para fora, da matriz pro espaço intermembrana, ou seja, não tem o bombeamento de prótons. A coenzima Q é lipídica, por isso consegue ser móvel e esses elétrons que ela recebe, ela pode receber de outros locais também como do NADH produzido na via glicolítica la do citosol (mas pra isso precisam entrar na mitocôndria e ai vamos ver mais adiante como isso ocorre), sendo uma molécula carreadora intermediária. O complexo 3 também pode ser chamado de complexo dos citocromos bc1 e recebe elétrons apenas que estão vindo da coenzima Q. Nesse complexo também temos o bombeamento de prótons da matriz para o espaço intermembrana quando ele passa seus elétrons para o citocromo C. O citocromo C passam os elétrons pro complexo 4, que transfere esses elétrons ate chegarem no oxigênio. O oxigênio é reduzido a agua usando 4 protons da matriz mitocondrial e os elétrons que ele recebeu, ai cada molécula de oxigênio é separada e se junta com dois elétrons, formando duas águas. . Esse oxigênio bombeia mais 2 prótons para o espaço intermembrana. Nesse ciclo dessa cadeia, conseguimos bombear 10 prótons para o espaço intermembrana e 4 da matriz foram utilizados pelo oxigênio. Esses prótons que saíram criam um gradiente que é útil para a síntese de ATP. A partir dessa cadeia de transporte de elétrons, temos a fosforilação oxidativa que ocorre por um complexo que ta grudado na membrana mitocondrial interna e parte ta voltado para a matriz mitocondrial. Esse complexo é chamado de ATP sintase ou FoF1 ATPase, que é responsável por sintetizar ATP. Modelo quimiosmótico O gradiente de prótons que ta sendo formado durante a cadeia de transporte, é a força motriz que o complexo da ATP sintase precisa pra formar ATP, relação essa chamada de modelo quimiosmótico. Quando esses elétrons estão fluindo por essa cadeia, prótons são transferidos para o espaço intermembrana, que deixa esse espaço mais positivo e a matriz mais negativa, criando um potencial elétrico ali nessa região (gradiente de prótons), o que da força para a ATPase conseguir sintetizar ATP. Com isso, tem mais H+ fora do que dentro, criando um potencial químico ali também além desse elétrico, em que na matriz ta mais alcalino e no espaço ta mais ácido – portanto, potencial eletroquímico. E ai o que ocorre é o seguinte: a oxidação dos transportadores de elétrons leva ao bombeamento de prótons gerando o gradiente eletroquímico. Os prótons que estão do lado de fora, quando eles retornam para a matriz mitocondrial, eles não retornam atravessando a matriz pq ela é impermeável, eles retornam pra dentro da matriz (o que é favorável pq tem mais do lado de fora) utilizando um transportador, que é justamente a ATP sintase que tem um poro e é por esse poro que os H+ entram na matriz e ai toda vez que esse transporte ocorre eles ativam a atp sintase por força cinética, ela gira, se movimenta na membrana mitocondrial interna toda vez que passa um H+. E ai toda vez que ela gira, ela tem energia suficiente para formar um ATP. Essa atp sintase tem um gerador (F1) e um motor (Fo, que é o poro). Esse poro tem um eixo segurando ele e embaixo desse eixo (que vai unir essas duas partes) tem o F1. E ai o próton passou pelo FO e aciona o F1 pq muda sua conformação. Mais uma vez, a parte do F0 que ta ancorada na mmemrbana mitocondrial interna gira, se movimenta nessa parte da membrana. O eixo é chamado de gama, que gira junto quando o F0 gira, que ai altera a conformação de F1 para que sua afinidade mude para ter alta afinidade de ADP e fosfato e baixa afinidade com o ATP. E ai em seguida, ela funde os dois, ADP e P e forma ATP. E ai logo depois esse ATP tem que se desligar. A cada próton que passa a F0 gira em torno de 120 graus pq quando entra H+ ele roda subunidade Y que roda também as subunidades alfa beta. A ATPsintase parte F1 é formada por 3 dímeros de cadeias alfa beta, e cada dímero se liga a ADP e P. Ai quando entra um H, ela gira e expõe um sitio livre ali, que entra ADP e P. Em seguida, entra mais um H e ai ela da outro giro e expõe outro sitio livre e também junta ADP + P, formando o ATP. Em seguida, entra mais um H, expõe outro sitio e ai ela libera o ATP. Com isso, precisamos de 3 voltas para ter um ATP sintetizado e liberado. Em uma mitocôndria pode ter cerca de 10 mil complexos de ATP sintase. Portanto, cada volta que cada dímero dá, conseguimos formar até 3 ATPs porque cada dímero vai ta num estado diferente de ADP + P. Ou seja, entra, junta e libera – em cada volta, e ai se um dímero ta ligando ADP + P, outra ta sintetizando ATP e outra ta desligando o ATP. Transportador de ATP Esses ATPs produzidos la na matriz precisam de ADP e de fosfato, pra isso, temos translocadores chamados de simportador (para o fosfato) e antiportador (para o ADP) na membrana mitocondrial interna que conseguem colocar pra dentro da matriz mitocondrial o ADP e o fosfato. O simportador coloca fosfato pra dentro da matriz e tira H+ pra fora, pro espaço intermembrana e isso ocorre pq o fosfato aproveita que o próton ta indo pra fora e entra. O antiportador coloca ADP pra dentro da matriz e ATP pra fora que foi produzido pela ATP sintase. Portanto, pra um fosfato entrar, um próton tem que sair, portanto, pra ATP sintase funcionar, precisa entrar 3 protons na atp sintase pra ela rodar e 1 proton precisa entrar no simportador pra que o fosfato entre, portanto, pra cada ATP produzido precisamos de 4 prótons. Quando o NADH entra na cadeia de transporte, 10 protons são colocados pra fora na cadeia de transporte de elétrons, ao total, pela passagem dos elétrons, mas usamos 4 pra produção de um ATP, portanto, pra cada 10 prótons conseguimos fazer 2 ATPs e meio – 2,5 ATPs por molécula de NADH que entrana cadeia de transporte. Já para o FADH2, se ele entrar nessa cadeia de transporte, ele impulsiona apenas 6 prótons pra fora, tendo como produção um atp e meio – 1,5 ATP. Portanto, se usar apenas elétrons de FADH2 vou produzir menos atp do que quando comparado com o NADH, porque para cada NADH temos 2,5 ATPs e cada FADH2 temos 1,5 ATPs. Com isso, com a oxidação completa da glicose, temos 2NADH da glicólise, 2 da oxidação do piruvato e 6 pelo ciclo de Krebs, tendo como resultado 10 NADH e uma produção total de 25 ATP, já que cada NADH vai produzir 2,5 ATPs. Na glicólise, produzimos 2 ATPs também e no ciclo de Krebs + 2 ATPs e no ciclo de Krebs temos 2 FADH2, que vai produzir 3 ATPs. Com isso tudo, temos 25 atp + 3 do fadh + 2 atps vindo da glicólise + 2 do ciclo de Krebs = 32 ATPs que produzimos com a oxidação total da glicólise. Essa quantidade de ATP varia de pessoa pra pessoa, pela própria variabilidade mesmo mas também dependendo do tecido, isso pq os 2NADH produzidos na glicólise são citosólicos e precisamos fazer eles entrarem na matriz pra que eles entreguem os elétrons na cadeia de transporte, na membrana externa eles passam, já que ela é permeável e na membrana mitocondrial interna tem lançadeiras em alguns tecidos que pegam e colocam na matriz esse NADH de forma indireta. A lançadeira do malato aspartato, por exemplo, é uma lançadeira presente no coração, fígado e rim. Na membrana mitocondrial interna temos o transportador malato alfa cetoglutarato e o glutamato aspartato. E ai o que ocorre é que: os NADH estão no espaço intermembrana e os elétrons dessas coenzimas são passados para o oxaloacetato (que vira malato quando pega os elétrons e ai o transportador alfa cetoglutarato transporta esse malato do espaço intermembrana para a matriz mitocondrial). Esse malato é convertido em oxaloacetato na matriz e, nessa conversão, ele libera elétrons e o NAD+ que tava ali na matriz pega esses elétrons e vira NADH. Esse oxaloacetato da matriz precisa voltar pra buscar mais elétrons, e ai pra isso precisamos de algumas transformações já que esse oxaloacetato não consegue atravessar a membrana mitocondrial interna. Pra isso, esse oxaloacetato é transformado em aspartato (o oxaloacetato ganha um grupo amino do glutamato – glutamato esse que vira alfacetoglutarato) com isso, o aspartato e o alfacetoglutarato é transportado pelo transportador glutamato aspartato, que sai e fica no espaço intermembrana. E ai nesse espaço, o grupo amino do aspartato volta pro alfacetoglutarato, tendo como produtos oxaloacetato e glutamato. Portanto, NADH citosolico é transportado de forma indireta para a matriz mitocondrial pela lançadeira malato aspartato. Todas essas reações acima são reversíveis. Além dessa lançadeira, tem uma outra que pode ajudar a passar os elétrons desse NADH. Essa lançadeira é chamada de glicerol 3-fosfato e ta muito presente em mm esquelético e encéfalo. Aqui, o NADH citosolico que ta no espaço intermembrana vai dar os elétrons para o diidroxiacetona fosfato que vai transformar em glicerol 3 fosfato. Esse glicerol vai pra membrana mitocondrial interna que ai encontra uma outra enzima la que tem um FAD, com isso, o glicerol quando chega nessa enzima vai transferir os elétrons dele para o FAD, que é reduzido em FADH2. Esse FADH2 passa os elétrons para a coenzima Q que vai levar esses elétrons para o complexo 3 e ai segue o caminho dos elétrons la dos complexos. Portanto, os elétrons aqui serão entregues na cadeia transportadora de elétrons por um FADH2, com isso, teremos a produção de menos ATP quando comparamos com a lançadeira malato aspartato. Essa reação do NADH para FADH2 é irreversível pq o FADH2 tem uma afinidade maior por elétrons, relação do E0. Para cada FADH, produzimos 1,5 ATP e para cada NADH, produzimos 2,5 ATP. Agentes que interferem na síntese de ATP São agentes utilizados, na maioria das vezes, na pesquisa e que irão inibir alguma coisa na cadeia de síntese de ATP. A interrupção na cadeia de transporte de elétrons, interrompe o transporte de prótons e ai bloqueia todo o processo pq não cria o gradiente eletroquímico. Com isso, reduz ATP mas aumenta NADH que continua chegando com os elétrons mas não consegue passar eles pra cadeia de elétrons. Além disso, temos pouco NAD+ consequentemente, com isso, o ciclo de Krebs vai ta inibido por falta de NAD+. Proteínas desacopladoras (endógenas) São pp que desviam a volta dos prótons pela atp sintase, ou seja, invés dos prótons voltarem pela atp sintase, voltam por essas pp, com isso, o gradiente de prótons começa a ser desfeito. O DNP é uma pp desacopladora que é uma substância lipofílica que no espaço intermembrana rouba os prótons que estão nesse espaço, e ai carregando esses prótons ele consegue atravessar a membrana interna e ir pra matriz mitocondrial, nessa matriz ele solta esses prótons, por isso que é um desacoplador exógeno. Com isso, ele desfaz o gradiente quimiosmótico que leva a uma maior produção de calor pelo corpo para tentar produzir energia compensatória.
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