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...…..TE���, TE����LI���� E �S���TA ���T�A�…..... Conceito de Texto: Texto é uma manifestação da linguagem, uma mensagem usada para transmitir informação de um autor para um leitor. Pode ser definido como tudo aquilo que é dito por um emissor e interpretado por um receptor. Dessa forma, tudo que é interpretável é um texto. Outra forma de conceituação é pensar que tudo aquilo que produz um sentido completo, que seja uma mensagem compreensível, é um texto. Tipos de Textos Um texto é, conforme já definido, uma manifestação da linguagem. Não obstante, agrupar e organizar os diversos tipos de texto em categorias comuns pode ser interessante para melhor compreender o conceito em questão. Resumidamente, é possível dizer que existem três tipos de textos: • Verbais: valem-se de palavras; • Não verbais: não se valem de nenhuma palavra, apenas de imagens. • Mistos: valem-se de imagens e palavras. Leitura, compreensão e interpretação Para que um texto existir é necessário que ele seja lido por alguém. Entretanto, esse processo, a leitura, não é simples. pois,não significa apenas concatenar letras, formando palavras em uma frase. É necessário que o leitor saiba questões de ordem contextual, conseguir relacionar o texto com outras leituras prévias,e com a bagagem cultural do leitor. Nesse sentido, embora existam parâmetros que balizam a interpretação de texto, ler é um processo individual. É importante lembrar, é claro, que isso não significa que cada leitor lê o que bem entender. É muito importante ficar atento aos possíveis significados das palavras, aos elementos do contexto. Produção de texto: Para produzir um texto, um sujeito articula sua língua — procura escolher as melhores palavras e ordens sintáticas possíveis —, relaciona-se com outras pessoas e diz algo que, para ele, é importante ou necessário.Esse complexo processo de produção de texto é inerente ao ser humano desde sua origem. Produzimos textos, pois sentimos a extrema necessidade de nos comunicarmos com o mundo. Nesse sentido, é fundamental praticar diversos tipos, porque, assim, será possível aprimorar nossa capacidade de melhorar e ampliar as relações sociais. Gêneros textuais É possível perceber que, da imensa quantidade de textos produzidos diariamente, notam-se certas semelhanças entre alguns. Tais semelhanças, que podem ser de diversas ordens, permitem reunir textos em grupos, os quais se chamam gêneros textuais. Alguns gêneros comuns no cotidiano são: Narrativo: Conto maravilhoso; Conto de fadas; Fábula; Lenda; Narrativa de ficção científica; Romance; Conto; Piada. Relato: Relato de viagem; Diário; Autobiografia; Curriculum vitae; Notícia; Biografia; Relato histórico. Argumentativo: Texto de opinião; Carta de leitor; Carta de solicitação; Editorial; Ensaio; Resenhas críticas. Expositivo: Texto expositivo; Seminário; Conferência; Palestra; Entrevista de especialista; Texto explicativo; Relatório científico; Instrucional: Receita; Instruções de uso; Regulamento; Textos prescritivos; Texto e contexto o texto é produzido em um dado espaço e momento. o contexto é composto por ceário e tempo. informações contextuais: >quem fala o texto; > quem o escuta; > quais são as ideologias, > ética e moral do instante da produção >execução textuais, entre outros elementos. Para interpretar um texto, é fundamental levar em consideração tais informações vinculadas ao contexto. Diferenças entre gêneros e tipos textuais: Tipos Textuais Gêneros textuais Os tipos textuais são caracterizados por propriedades linguísticas, como vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais etc. Possuem função comunicativa e estão inseridos em um contexto cultural. São eles: narração, argumentação, descrição, injunção (ordem) e exposição (que é o texto informativo). Geralmente variam entre 5 e 9 tipos. Possuem um conjunto ilimitado de características, que são determinadas de acordo com o estilo do autor, conteúdo composição e função. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) . São infinitos os exemplos de gêneros: receita culinária, blog, e-mail, lista de compras, bula. >tipologia textual está relacionada com a forma como um texto apresenta-se e é caracterizada pela presença de certos traços linguísticos predominantes. > O gênero textual exerce funções sociais específicas, que são pressentidas e vivienciadas pelos usuários da língua. “por que é importante saber a diferença entre gêneros e tipos textuais?”. Saber as diferenças elencadas no quadro acima é fundamental para a correta distinção entre gêneros e tipos textuais, pois quando conhecemos as características de cada um desses elementos, fica muito mais fácil interpretar um texto. Texto Injuntivo e Texto Prescritivo: Os textos de natureza instrucional podem se classificar em injuntivo e prescritivo. O texto injuntivo se caracteriza como tal pelo fato de a intenção estar voltada para instruir o interlocutor acerca de um determinado procedimento.Não possui aquela essência coercitiva, apenas sugere como algo deve ser feito. exemplo: *O discurso manifestado por um livro de autoajuda qualquer; * O mesmo discurso revelado por um manual de instruções, o qual instrui o interlocutor a proceder de uma forma definida; * Os procedimentos manifestados mediante uma receita culinária, visto que a intenção é a mesma, embora nada impeça que o leitor opte por um ingrediente em vez do outro. O texto prescritivo, de antemão já assume um caráter um tanto quanto coercitivo, imposto, regido por condições inquestionáveis de atuação, ou seja, “proceda sempre dessa forma e não opte por demais alternativas”. Nessa categoria se enquadram: * Aqueles discursos manifestados nas cláusulas de um determinado contrato; * Os mesmos retratados nos artigos da Constituição ou do Código de Processo Penal; * As regras preconizadas pela gramática normativa, tendo em vista o padrão formal da linguagem; * As instruções materializadas nos editais de concursos públicos em geral, entre outras circunstâncias cuja finalidade assim se define. A textualidade A textualidade é o conjunto de características básicas de todo texto. Ela é responsável por garantir que, em uma situação comunicativa, algo seja compreendido como um texto, e não um aglomerado de palavras e frases justapostas. O texto não é composto apenas pela base material (palavras e frases), mas também por elementos pragmáticos, ou seja, extratextuais. Um exemplo, a aplicação a um contexto indica que, ao gritar “Fogo!”, essa única palavra ganha valor de texto, pois comunica uma situação de perigo, bem como solicita ajuda. Sendo assim, o ouvinte/leitor reconhece, em uma situação real, que essa expressão transmite uma mensagem maior, mas que, devido às próprias características do contexto, não pode ser explicada em longas frases. O estudo da textualidade explica quais fatores fazem com que “Fogo!” possa ser um texto. Quais são os elementos da textualidade? são características superficiais que se aplicam à matéria textual (palavras e frases). Eles são responsáveis por auxiliar na construção do sentido, garantindo a compreensão e interpretação do leitor. Falamos em três elementos principais, que se relacionam internamente no texto. • Clareza das palavras: refere-se à boa escolha vocabular. Toda palavra possui um significado denotativo, mas é importante atentar a quais outros sentidos elas podem evocar, evitando toda escolha que for prejudicial ao sentido. É importante que o vocabulário seja preciso e objetivo. • Expressividade: é o complemento da clareza vocabular. Ela se concentra no modo geral como o autor trabalha com as palavras, escolhe-as com objetividade e organiza-as com estratégia e direcionamento, permitindo que o sentido esteja acessível ao leitor. • Originalidade: refere-se ao aspecto autoral das produções textuais. Nenhum texto é totalmente novo, mas repetir informações conhecidas ou reproduzir ideias não é interessante ao texto. fatores da textualidade São sete os fatores da textualidade, dois linguísticos e cinco pragmáticos: •Coerência: trabalha no aspecto lógico, semântico e cognitivo do texto. Ela é a propriedade que garante a construção de um novo sentido, a partir das relações entre diferentes ideias e conceitos utilizados. Um texto coerente apresenta ideias conectadas e explicadas, bem como evita contradições. • Coesão: é a materialização da coerência, por meio dos elementos conectivos (conjunções, pronomes, preposições, etc.),responsáveis por estabelecer e caracterizar a natureza das relações entre as ideias do texto. • Intencionalidade: refere-se ao esforço linguístico do locutor (escritor/falante) em expressar a sua mensagem, por meio de um texto coerente e coeso. • Aceitabilidade: é o fator referente ao interlocutor (ouvinte/leitor), pois indica a expectativa do receptor em compreender a mensagem do texto. O sentido não se constrói somente pela intenção do autor, mas também pela abertura e conhecimento de mundo do leitor. • Situacionalidade: indica o contexto no qual o texto está inserido, analisando a pertinência ou não da produção textual para a situação comunicativa. • Informatividade: é o fator que avalia o equilíbrio entre as novas informações e as informações já conhecidas. Nenhum texto produz um sentido totalmente novo, pois sempre considera conhecimentos já existentes. O autor, desse modo, deve balancear os conhecimentos que serão retomados e quais novos serão apresentados. • Intertextualidade: refere-se à presença de marcas, semânticas ou formais, de textos produzidos anteriormente no novo texto. Como dito anteriormente, o texto não pode apresentar informações totalmente novas, por isso nos referimos a outros textos para acrescentarmos ou criticarmos seu sentido. Todo texto apresenta intertextualidade, mas nem sempre ela vem indicada explicitamente. Diferença entre texto e textualidade: A textualidade é o conjunto de características que permitem que uma produção seja reconhecida como texto, ou seja, são os atributos de toda produção textual. O texto é o produto da textualidade, uma manifestação verbal, oral ou escrita, na qual os elementos linguísticos são organizados e estruturados pelo locutor, com o intuito de permitir que o interlocutor compreenda a intenção do sentido e possa interagir com ele, criticando-o ou refletindo sobre. Coerência textual: a coerência textual é construída através dos conhecimentos sociocognitivos de cada leitor. A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição dos significados do texto. Três princípios básicos são necessários para compreendermos melhor o que é coerência textual: 1) Princípio da Não Contradição: Um texto deve apresentar situações ou ideias lógicas que em momento algum se contradigam; 2) Princípio da Não Tautologia: A tautologia nada mais é do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão da informação; 3) Princípio da Relevância: Um texto com informações fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda que cada fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias não dialogam entre si, então elas são irrelevantes. É importante ressaltarmos que o uso adequado dos conectivos também colabora na construção de um texto coerente: a coesão textual é um importante mecanismo de estruturação do texto, presente em dois movimentos essenciais: restrospecção e prospecção. Lembre-se de que a coerência é um princípio de interpretabilidade, portanto, cabe a você depreender os sentidos do texto. Bons estudos! Tipos de coerência: ⇒ Coerência sintática: Oração assim escreve uma coerência sintática, a ninguém ainda que conheça não. Não entendeu nada? Pois é, ainda que não conheça a coerência sintática, ninguém escreve uma oração assim. Esse é o princípio básico da sintaxe: construir frases nas quais os elementos da oração estejam dispostos na ordem correta. Além disso, a coerência sintática evita a ambiguidade e garante o uso adequado dos conectivos. ⇒ Coerência semântica: Quando falamos em semântica, estamos nos referindo ao desenvolvimento lógico das ideias, ou seja, à construção de argumentos harmônicos e livres de contradições. A Semântica é a área da Linguística que estuda o significado das palavras, isto é, as relações entre os signos e os seus referentes. ⇒ Coerência temática: Quando você recebe um determinado tema para discorrer sobre, você escolhe enunciados que estejam de acordo com a proposta. ⇒ Coerência Pragmática: Você sabe o que é pragmática? Trata-se da parte da Linguística que estuda o uso da linguagem tendo em vista a relação entre os interlocutores e a influência do contexto comunicacional. Todos os textos, sejam eles orais ou escritos, devem obedecer à coerência pragmática. Quando você faz uma pergunta, por exemplo, a sequência de fala esperada é uma resposta. Quando você faz um pedido, é pragmaticamente impossível que simultaneamente você dê uma ordem. Quando essas expectativas são quebradas, temos um claro exemplo de incoerência pragmática. ⇒ Coerência Estilística: O estilo diz respeito à variedade linguística adotada em um texto. Se você optou pelo uso da variedade padrão, é coerente que você a preserve em todo o texto. Não faz o menor sentido começar uma redação utilizando uma linguagem culta e de repente alterar o estilo e empregar a linguagem coloquial, não é mesmo? ⇒ Coerência Genérica: está relacionada à escolha adequada do gênero textual. Existe um gênero disponível para cada ato de fala e escrita: por exemplo, se a intenção de quem escreve é anunciar algum produto para a venda, provavelmente ele optará pela linguagem utilizada nos classificados de um jornal. Se a intenção é contar uma história, o conto ou a crônica são opções possíveis. Para que um texto seja considerado coerente, ele deve apresentar uma relação lógica e harmônica entre suas ideias. Não basta que ele tenha coesão: é fundamental que as suas partes também estejam conectadas no plano semântico, evitando assim deslocamentos de informações, lapsos e excesso de ideias e argumentos incoerentes. É importante ressaltar que coerência e coesão são dois elementos que devem caminhar lado a lado em um texto, pois enquanto um deles ocupa-se com o plano da significação (coerência), outro trabalha auxiliando a estruturação das ideias (coesão). Tipos de coesão: ⇒ Coesão por Referência: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de termos, descuido que pode tornar desagradável a leitura de um texto: Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos professores da escola. Em vez de: Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro ano foram acompanhados pelos professores da escola. ⇒ Coesão por Substituição: são empregadas palavras e expressões que retomam termos já enunciados através da anáfora. Observe o exemplo: Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles serão suspensos. Em vez de: Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamento volte a acontecer, os alunos serão suspensos. Coesão por elipse: Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem que isso comprometa a clareza de ideias da oração: Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga. Em vez de: Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga. ⇒ Coesão por conjunção: Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto através do emprego adequado de conjunções: Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão. ⇒ Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Observe o exemplo: Machado de Assis é considerado o maiorescritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. ⇒ Coesão Referencial é aquela que cria um sistema de relações entre as palavras e expressões de um texto, permitindo ao leitor identificar os termos a que se referem. O termo referente é aquele que indica a entidade ou situação a que o falante se refere. Observe o exemplo: O cachorro latiu. Ele fica irritado quando há pessoas na rua, mas é um animal bastante amável. Nesse caso, podemos dizer que o termo referente é o cachorro. Todas as vezes que o referente é retomado no texto, podemos utilizar palavras para orientar os leitores, indicando se devem voltar atrás para recuperar algo que foi dito ou se devem procurar a informação mais adiante no texto. A coesão referencial pode ocorrer por meio de algumas figuras de construção/sintaxe, como as anáforas, catáforas e elipses, e as correferências não anafóricas (contiguidades, reiterações). ⇒ Coesão Sequencial: A Coesão Sequencial é aquela que cria nos textos as condições para sua progressão. As diversas flexões de tempo e de modo dos verbos, bem como as conjunções, são, de modo geral, os responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da coesão sequencial nos textos. Isso significa que os mecanismos de coesão sequencial são utilizados para garantir a articulação entre as partes do texto e para estabelecer relações entre as informações. O controle dos mecanismos coesivos contribui com a progressão temática e promove boa articulação das ideias, informações e argumentos no interior do texto no qual está a base da coerência textual. Observe alguns termos responsáveis pela coesão sequencial nos textos: Os operadores argumentativos são elementos linguísticos que servem para evidenciar o caráter argumentativo do texto. Eles costumam ser representados por conectivos (como preposição e conjunção) e atuam na inteligibilidade (coerência e coesão) da redação. Além disso, os operadores podem desempenhar diferentes funções com seu uso adequado, como comparações, justificativas, exemplificações e outros. Por outro lado, seu mau uso pode confundir o sentido e enfraquecer a argumentação.
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