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REGIÃO POPLÍTEA E PERNA FOSSA POPLÍTEA A fossa poplítea é um compartimento do membro inferior preenchido por gordura. Quando o joelho é fletido, ela se apresenta como uma depressão em forma de losango (posterior à articulação do joelho) LIMITES SUPERFICIAIS Margem superolateral: m. bíceps femoral Margem superomedial: m. semimembranáceo Margens inferiores: m. gastrocnêmio (cabeça medial e cabeça lateral) Posteriormente: fáscia poplítea e teto LIMITES PROFUNDOS Superiormente: linhas supracondilares (medial e lateral) Inferiormente: m. sóleo da tíbia Esses limites circundam um assoalho em forma de losango formado pela face poplítea do fêmur CONTEÚDO · Extremidade da v. safena parva · Artérias e veias poplíteas · Nervos tibial e fibular comum (a divisão do n. isquiático ocorre acima da fossa) · N. cutâneo femoral posterior · Linfonodos e vasos linfáticos poplíteos FÁSCIA DA FOSSA POPLÍTEA A tela subcutânea que recobre a fáscia poplítea contém a v. safena parva; 3 nervos subcutâneos (ramo terminal do n. cutâneo femoral posterior, n cutâneos surais medial e lateral) A fáscia poplítea em si, é uma lâmina forte, contínua superiormente com a fáscia lata e inferiormente com a fáscia muscular da perna. Muitas vezes a fáscia é perfurada pela veia safena parva Todas as estruturas neurovasculares que seguem da coxa até a perna atravessam a fossa poplítea (em sentido superficial para profundo). Na dissecção, primeiro são encontrados nervos, depois veias, e mais profundamente as artérias NERVOS DA FOSSA POPLÍTEA O nervo isquiático termina no ângulo superior da fossa, dividindo-se em n. tibial e n. fibular comum N. TIBIAL É o maior ramo medial, encontra-se me posição profunda e protegida, mas é o mais superficial. Ele divide a fossa em planos sagitais, passando do ângulo superior até o inferior Ainda na fossa poplítea, o nervo tibial emite ramos para os músculos sóleo, gastrocnêmio, plantar e poplíteo. O n. cutâneo sural medial é derivado do n. tibial. O cutâneo sural medial recebe o ramo fibular comunicante do n. fibular comum para formar o n. sural N. FIBULAR COMUM É o menor ramo lateral, segue acompanhando a margem medial do m. bíceps femoral. Ele deixa a fossa poplítea, passando superficialmente à cabeça lateral do m. gastrocnêmio, e depois posterior à cabeça da fíbula, espiralando-se por seu colo N. CUTÂNEO FEMORAL POSTERIOR Seus ramos terminais suprem a pele Sobrejacente à fossa poplítea, atravessando profundamente a fáscia lata ARTÉRIAS ARTÉRIA POPLÍTEA Continuação da a. femoral, inicia-se quando ela passa pelo hiato dos adutores. Segue sentido inferolateral, muito próxima à capsula articular do joelho, estendendo-se sobre a fossa intercondilar, terminando na margem inferior do m. poplíteo, onde se divide em a. tibial anterior e posterior. RAMOS GENICULARES A artéria poplítea emite 5 ramos geniculares que irão suprir a cápsula e ligamentos da articulação do joelho. São as seguintes: a. superior lateral; a. superior medial; a. média; a. inferior lateral; a. inferior medial. Elas participam da formação de uma rede articular no joelho, mantendo a vascularização da perna durante a flexão do joelho OUTRAS a. descendente do joelho: ramo superomedial da a. femoral ramo descendente da a. circunflexa femoral lateral: superolateral a. recorrente tibial anterior: ramo da a. tibial anterior, inferomedial VEIAS VEIA POPLÍTEA Início inferior à fossa poplítea, na margem distal do m. poplíteo, como continuação da veia tibial posterior. Em seu trajeto, ela se situa próximo à artéria poplítea, posteromedialmente a ela, mas lateral ao n. tibial. Na parte superior, onde há varias válvulas, forma-se a veia femoral VASOS LINFÁTICOS LINFONODOS POPLÍTEOS SUPERFICIAIS Pequenos, na tela subcutânea. Um deles é situado na extremidade da veia safena parva LINFONODOS POPLÍTEOS PROFUNDOS Circundam os vasos e recebem linfa da cápsula articular do joelho Os vasos linfáticos dos linfonodos poplíteos seguem pelos vasos femorais até os linfonodos inguinais profundos ORGANIZAÇÃO DA PERNA Os músculos de cada compartimento (separados pelos compartimentos fasciais anterior, lateral e posterior) contêm a mesma função e inervação COMPARTIMENTO ANTERIOR Age na dorsiflexão (extensão), localiza-se anteriormente à membrana interóssea, entre a face lateral da tíbia e face medial da fíbula A fáscia da perna nesse compartimento é densa superiormente. Inferiormente, formam-se os retináculos, que unem os tendões dos músculos desse compartimento antes e depois de cruzarem a articulação talocrural durante a dorsiflexão Retináculo superior dos músculos extensores Faixa forte de fáscia muscular, seguindo da tíbia até a fíbula, próxima aos maléolos Retináculo inferior dos músculos extensores Faixa em forma de Y, fixada lateralmente à face anterossuperior do calcâneo MÚSCULOS São 4 músculos dorsiflexores da articulação talocrural: tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos e fibular terceiro M. TIBIAL ANTERIOR É o dorsiflexor mais medial e superficial, situado na face lateral da tíbia, é o dorsiflexor mais forte. O: côndilo lateral e metade superior lateral da tíbia; membrana interóssea I: face medial e inferior do cuneiforme medial; base do 1º metatarso N: n. fibular profundo (L4 e L5) A: dorsiflexão e inversão do pé M. EXTENSOR LONGO DOS DEDOS É o mais lateral dos músculos anteriores da perna, com a maior parte inserida na face medial da fíbula e na membrana interóssea O: côndilo lateral da tíbia; face medial da fíbula; membrana interóssea I: falanges média e distal dos 4 dedos laterais N: n. fibular profundo (L4 e L5) A: extensão dos 4 dedos laterais e dorsiflexão M. EXTENSOR LONGO DO HÁLUX Situa-se profundamente entre os músculos acima, passa profundamente aos retináculos dos músculos extensores O: parte média da face anterior da fíbula e membrana interóssea I: face dorsal da base da falange distal do hálux N: n. fibular profundo (L4 e L5) A: extensão do hálux e dorsiflexão M. FIBULAR TERCEIRO É uma parte separada do extensor longo dos dedos, mas compartilha sua bainha sinovial, porém insere-se no quinto metatarso em vez de em uma falange O: terço inferior da face anterior da fíbula; membrana interóssea I: dorso da base do 5º metatarso N: n. fibular profundo (L4 e L5) A: dorsiflexão e inversão do pé COMPARTIMENTO LATERAL DA PERNA Compartimento eversor, é o mais estreito dos 3 da perna. Limitado pela face lateral da fíbula e pelos septos intermusculares anterior e posterior. Esse compartimento termina inferiormente ao retináculo superior dos músculos fibulares (entre tíbia e calcâneo) MÚSCULOS Contém os músculos fibular longo e fibular curto. ambos são eversores do pé, elevando sua margem lateral M. FIBULAR LONGO É o mais longo e superficial dos fibulares. Ele atravessa o compartimento inferior dos músculos fibulares, entrando em um sulco na face anteroinferior do cuboide, cruzando a planta do pé em sentido oblíquo até inserção no 1º metatatarso e cuneiforme medial O: cabeça e dois terços superiores da face lateral da fíbula I: base do 1º metatarso e cuneiforme medial N: n. fibular superficial (L5 – S2) A: eversão do pé e flexão plantar M. FIBULAR CURTO Fusiforme, situado profundamente ao FL, mais curto que ele. Esse musculo faz um sulco na face posterior no maléolo lateral O: dois terços inferiores da face lateral da fíbula I: face dorsal da tuberosidade lateral na base do 5º metatarso N: n. fibular superficial (L5 - S2) A: eversão do pé e flexão plantar COMPARTIMENTO POSTERIOR DA PERNA É o maior dos três compartimentos da perna, com ação de flexão plantar. O compartimento posterior é dividido pelo septo intermuscular transverso em grupo muscular profundo (menor) e grupo muscular superficial (maior) GRUPO DE MÚSCULOS SUPERFICIAIS DO COMPARTIMENTO POSTERIOR Inclui os músculos gastrocnêmio, sóleo e plantar. Os músculos gastrocnêmio (2 cabeças) e sóleo compartilham um tendão comum, o tendão do calcâneo (Aquiles) que se fixa ao calcâneo. Assim, juntos, eles formam o músculo tríceps sural TENDÃO DO CALCÂNEOÉ o mais espesso e forte do corpo todo, é continuação da aponeurose plana formada na panturrilha, onde terminam os ventres do m. gastrocnêmio. Recebendo também fibras carnosas do m. sóleo em sua face profunda, tornando-se mais espesso. Até inserirem-se na tuberosidade do calcâneo. A bolsa subcutânea calcânea, situada entre a pele e o tendão, permite o movimento da pele sobre ele. A bolsa tendínea calcânea (retrocalcânea) é profunda e situa-se entre o tendão e o calcâneo, permitindo deslizamento do tendão sobre o osso M. GASTROCNÊMIO É o mais superficial do compartimento posterior, formando a parte mais proeminente da panturrilha. É um músculo fusiforme, com duas cabeças (a medial é maior que a lateral), as quais se unem na margem inferior da fossa poplítea, formando os limites inferomedial e inferolateral da dossa. A maioria de suas fibras é do tipo branca de contração rápida O: cabeça lateral – face lateral do côndilo lateral do fêmur cabeça medial – face poplíetea do fêmur, superior ao côndilo medial I: face posterior do calcâneo através do tendão do calcâneo N: n. tibial (S1, S2) A: flexão plantar no tornozelo, flexão da perna M. SÓLEO Localizado profundamente ao m. gastrocnêmio. É um grande músculo plano, tendo uma inserção proximal em forma de U invertido, havendo o arco tendíneo do m. sóleo O: face posterior da cabeça da fíbula e quarto superior de sua face posterior; terço médio da margem medial da tíbia I: face posterior do calcâneo através do tendão calcâneo N: n. tibial (S1 e S2) A: flexão plantar M. PLANTAR Pequeno, com ventre curto e tendão longo, musculo vestigial, presente em 90% das pessoas O: extremidade inferior da linha supracondilar lateral do fêmur, ligamento poplíteo oblíquo I: face posterior do calcâneo N: n. tibial (S1 e S2) A: auxilia o m. gastrocnêmio na flexão plantar GRUPO DE MÚSCULOS PROFUNDOS DO COMPARTIMENTO POSTERIOR 4 músculos formam esse grupo: m. poplíteo, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux e tibial posterior Apenas o musculo poplíteo atua na articulação do joelho, enquanto os demais agem na flexão plantar do tornozelo M. POPLÍETO É fino, triangular, formando a parte inferior do assoalho da fossa poplítea. A bolsa do m. poplíteo situa-se profundamente ao m. poplíteo. O: face lateral do côndilo medial; menisco lateral I: face posterior da tíbia superior à linha para o m. sóleo, mais medialmente N: n. tibial (L4, L5, S1) A: flete fracamente o joelho M. FLEXOR LONGO DO HÁLUX Potente flexor das articulações do hálux, seu tendão segue posteriormente à extremidade distal da tíbia, ocupa um sulco na face posterior do tálus, em seguida cruza profundamente o tendão do m. flexor longo dos dedos, indo até a falange distal do hálux. É o mais lateral O: 2/3 inferiores da face posterior da fíbula; parte inferior da membrana interóssea I: base da falange distal do hálux N: n. tibial (S2 e S3) A: flexão do hálux e flexão plantar fraca no tornozelo M. FLEXOR LONGO DOS DEDOS é menor que o flexor longo do hálux. Segue diagonalmente até a planta do pé, superficialmente ao tendão do FLH. É o mais medial dos posteriores O: parte medial da face posterior da tíbia inferior à linha para o m. sóleo I: bases das falanges distais dos dedos 2 à 5 N: n. tibial (S2 e S3) A: flexão dos 4 dedos laterais; flexão plantar M. TIBIAL POSTERIOR É o mais profundo do compartimento, situa-se em posição intermediária entre os m. FLH (lateral) e FLD (medial). Distalmente, ele insere-se no navicular O: membrana interóssea; face posterior da tíbia; face posterior da fíbula I: tuberosidade do navicular; cuneiforme; cuboide e sustentáculo do tálus; bases dos metatarsos 2, 3 e 4 N: n. tibial (L4 e L5) A: flexão plantar; inversão do pé
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