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Fontes do Direto Empresarial

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Fontes do direto empresarial
Fonte de direito = todos os modos pelos quais se estabelecem as regras jurídicas, podendo, assim, serem divididas em
· Fontes materiais, as quais os elementos concorrem para a criação de leis, 
· Formais, que compreendem as fontes externas que se manifestam em direito.
Podemos dividir as fontes de direito em primárias ou diretas e em secundárias e ou indiretas. 
As primárias, ou diretas, são as leis comerciais, que podem ser modificadas, revogadas ou até mesmo podem ampliar as normas existentes no Código Comercial. Como vimos, o Código Comercial no Brasil foi criado em 1850, sendo que entrou em vigor em 1º de janeiro de 1851, revogando a legislação comercial presente antes dele, sendo oficialmente o corpo básico das normas jurídicas aplicadas à matéria comercial (MARTINS, 2013). Não apenas os costumes e os atos praticados de forma cotidiana influenciam a criação de leis, mas há outras fontes do direito. Entre tais fontes, podemos considerar regulamentos, leis e tratados internacionais. Quanto às leis e regulamentos, são frutos da influência do Poder Público em sua tarefa de legislar. Já em relação aos tratados internacionais, temos como exemplo as Leis Uniforme de Genebra, que tratam de forma universal sobre os títulos de câmbio (MARTINS, 2013).
As fontes subsidiárias ou indiretas do direito comercial são as leis que o influenciam e que são necessárias para a sua manutenção; são elas: lei civil (utilizada quanto assuntos de responsabilidade e maioridade), os usos e costumes, a jurisprudência, a analogia e os princípios gerais do direito (MARTINS, 2013).
Os princípios gerais do direito consistem na igualdade entre as partes ou a isonomia das partes de acordo com o artigo 125, inciso I do Código de Processo Civil, possibilitando, assim, as partes serem tratadas de forma idêntica, e com ampla possibilidade de fazer valer em juízo as suas alegações. 
Todos os envolvidos em um processo devem conhecer e ter ciência do que ocorre para que possam se defender e apresentar prova. Por fim, a ampla defesa: ninguém pode ser acusado sem um julgamento e um defensor, sendo que, em sua ausência, o Estado fornecerá um (Lei 1.060/1950, a conhecida Lei de Assistência Judiciária). 
Princípios jurídicos do direito comercial, temos: 
· Livre iniciativa; 
· Livre movimentação interna de capitais; 
· Livre empreendimento; 
· Liberdade de contratar; 
· Regime Jurídico Privado; 
· Livre concorrência; 
· Função social da empresa; 
· Preservação da empresa (MARTINS, 2013).
Livre iniciativa, 
Consiste na busca por vantagem e na obtenção de lucro, o qual pode ser compreendido como a remuneração do capital aplicado na atividade empresarial, sendo que se tem autonomia individual para a realização de um trabalho e dos valores sociais do trabalho. Desse modo, temos a liberdade de agir empresarialmente e o dever de conservar os valores sociais do trabalho. 
Livre movimentação interna de capitais,
O empresário tem a garantia de que os investimentos lícitos podem ocorrer sem a necessidade de uma autorização estatal.
Livre empreendimento 
Possibilita ao empresário a liberdade de ação econômica, desde que por meio de atos lícitos, e que os objetivos sociais da empresa sejam cumpridos. 
Liberdade de contratar,
Consiste em que ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude de lei, devendo o empresário buscar constantemente novas estratégias para atender às demandas do mercado (MAMEDE, 2011). 
Regime Jurídico Privado, 
O Estado deve respeitar o interesse e o regime da empresa, sendo o reconhecimento de sua condição de patrimônio jurídico específico, bem jurídico passível de titularidade e de transferência (cessão, onerosa ou gratuita, total ou parcial, ou sucessão causa mortis) (MAMEDE, 2011). 
Livre concorrência
Consiste no estímulo do estabelecimento de um ambiente de concorrência dos agentes privados a bem do mercado e da ordem econômica. 
Constitui infração à ordem econômica e a livre concorrência: 
• limitar, falsear ou de qualquer forma vir a prejudicar a livre concorrência ou iniciativa; 
• dominar o mercado de bens ou serviços; 
• aumentar os lucros de forma arbitrária; 
• exercer de forma abusiva posição dominante, controlando, assim, grande parte do mercado em forma monopólio (MAMEDE, 2011). 
Função social da empresa 
Consiste no elemento de compreensão e adequação aos fins sociais e econômicos da empresa, a sua razão de ser na sociedade, preservando, de acordo com a lei específica, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitando a poluição do ar e das águas (BRASIL, 2011).
Princípio da preservação da empresa, 
Considera o fomento da atividade empresária, para que possa cumprir o seu papel social. Assim, temos interesse na continuidade das atividades de produção de riqueza e na circulação de bens ou na prestação de serviços da empresa à sociedade, e não apenas na obtenção de lucro (MAMEDE, 2011).
Vistos os princípios do direito comercial, podemos analisar suas características, as quais são: 
· Simplicidade: o direito comercial busca soluções para as diversas relações jurídicas de forma simples, visando atender de forma pronta as necessidades econômicas do comércio; 
· Internacionalidade: o Direito Comercial constitui um laço com outros países e nações, o que traz à tona a necessidade de regras aplicáveis a todos os povos; 
· Rapidez: dinâmico, busca simplificar as relações a fim de atender, de forma ágil, às necessidades das questões empresariais; 
· Elasticidade: renova-se de forma constante ao aceitar e absorver regras e usos trazidos pelas relações comerciais ocorridas no cotidiano do âmbito empresarial; 
· Onerosidade: o direito comercial é oneroso, visto que as relações comerciais visam ao lucro (MAMEDE, 2011).
Assimile O direito comercial é um ramo do direito privado que busca resolver os litígios do cotidiano empresarial, utilizando-se para isso de outros ramos do direito, como o Código Civil, por exemplo, e, na ausência de um embasamento legal próprio, aplicam-se a analogia, jurisprudência e princípios gerais do direito.
Referência: Direito empresarial - Danylo Augusto Armelin

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