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CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 1 Muito bem, meus caros alunos e futuros Fiscais do ICMS-RJ Nesta aula de hoje, veremos os seguintes assuntos: Balanço Patrimonial: Estrutura, Classificação de Contas, Arrendamento Mercantil – Leasing, Critérios de Avaliação de Ativos e Passivos – Estoques, Imobilizados, Instrumentos Financeiros, Ajustes e Valor Presente. A destacar na aula de hoje, as diversas novidades trazidas pelo processo de convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais IFRS. Vamos, então às nossas questões!! Balanço patrimonial Estrutura 70. (Analista Contador / TRT 23ª Região / 2011) O processo de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) foi iniciado com a edição da Lei no 11.638/2007 e complementado com a edição da Lei no 11.941/2009 e de diversos pronunciamentos técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis). Uma das modificações introduzidas nesse processo de convergência que influiu na estrutura do balanço patrimonial foi a: a) extinção do Ativo Diferido, sendo seu saldo obrigatoriamente estornado contra a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. b) criação do Ativo Não Permanente. c) extinção do Ativo Realizável a Longo Prazo. d) obrigação de estornar as reservas de reavaliação constituídas até 31- 12-2007, alterando a constituição do PL. e) extinção do grupo de Resultados de Exercícios Futuros, sendo seu saldo reclassificado para o Passivo Não Circulante. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 2 Comentários Questão importante sobre as mudanças na estrutura do balanço patrimonial trazidas pelo processo de convergência. Abarca os conhecimentos sobre o artigo 178 da nossa Lei das S.A. Veja a estrutura de grupos e subgrupos do BP antes da Lei 11.638/2007, que inaugurou o processo de convergência: Com a edição da citada da lei, tivemos como única novidade: a criação do Intangível, fazendo-se uma divisão no Imobilizado. Neste grupo permaneceram, apenas os bens tangíveis utilizados na atividade operacional da empresa, enquanto os intangíveis, antes também classificados no imobilizado, passaram a ser classificados no Intangível!! Veja como ficou a estrutura!! Mas as mudanças mais importantes ocorreram mesmo com a edição da Lei 11.941/2009. Veja o que mudou: a) O Ativo divide-se apenas em dois grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. b) O Ativo Realizável a Longo Prazo que era um grupo passa a ser um subgrupo do Ativo Não Circulante. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 3 c) Não existe mais o Ativo Permanente: os seus subgrupos Investimentos, Imobilizado e Intangível passam a ser subgrupos do Ativo Não Circulante. d) Não existe mais o Ativo Diferido. e) O Passivo Exigível a Longo Prazo passa a ser chamado de Passivo Não Circulante f) Não existe mais o grupo dos Resultados de Exercícios Futuros. Comentando algumas outras alternativas, o ativo diferido foi, de fato, extinto, porém seu saldo deveria ser transferido ao resultado como despesa ou reclassificado para o Intangível caso preenchidos os requisitos para classificação neste grupo. O Ativo Realizável a Longo Prazo não foi extinto, mas apenas rebaixado de grupo para subgrupo. Já as reservas de reavaliação poderiam ser estornadas até 31.12.2008 ou mantidas até sua total realização. 71. (Analista MPE AP / 2012) O ativo não circulante é composto por: a) investimento, imobilizado, estoques de produtos originários da atividade da empresa. b) estoques de produtos originários da atividade da empresa, caixa, bancos. c) intangível, imobilizado, reservas de capital. d) ativo realizável a longo prazo, reservas de capital, financiamentos. e) ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. Comentários Conforme vimos na questão anterior, o ativo não circulante é composto de: realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. O gabarito procurado é a letra e). CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 4 72. (Analista MPE AP / 2012) No ativo, as contas serão dispostas: a) em direitos e obrigações para com os acionistas. b) pelo valor presente líquido de liquidação. c) em ordem decrescente de grau de liquidez. d) pela capacidade de gerar receitas futuras. e) pelo valor de aquisição atualizado monetariamente. Comentários De acordo com o que determina o Art 178 da Lei 6404/76, “No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”. Significa dizer que os grupos reúnem contas que representam elementos patrimoniais com características semelhantes. Assim, o Ativo Circulante, por exemplo, reúne os bens e direitos realizáveis até o término do exercício social seguinte. Critério de Disposição das Contas no Ativo: Conforme o §1º do Art 178, as contas no ativo serão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez, ou seja, primeiro aquelas com maior liquidez (maior facilidade em se transformar em dinheiro) e depois as de menor liquidez. Não por acaso, a primeira conta do Ativo Circulante é a conta “Caixa” que representa o próprio numerário disponível na empresa. Critério de Disposição das Contas no Passivo: Apesar da Lei 6404/76 não fazer menção ao critério de classificação nas contas do passivo, utilizamos, por analogia com as contas do Ativo, o critério da ordem decrescente do grau de exigibilidade, ou seja, primeiro aquelas com maior exigibilidade (menor prazo para pagamento) e depois aquelas de menor exigibilidade. O gabarito procurado é a letra c). CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 5 Classificação de Contas nos Grupos e Subgrupos 73. (TRE AL – 2010 / FCC) São características de um ativo imobilizado ser: a) intangível, ter vida útil superior a um ano e ter substância econômica. b) tangível, ter substância econômica e poder gerar benefícios futuros. c) destinado ao negócio da empresa, ter vida útil superior a um ano e não gerar benefícios econômicos futuros. d) de propriedade da empresa, não ter substância econômica e poder gerar benefícios econômicos futuros. e) tangível, ter vida útil inferior a um ano e poder ou não gerar benefícios econômicos futuros. Comentários Questão a respeito das características do Imobilizado. Para respondê-la, precisamos observar que foi publicado o Pronunciamento CPC 27, aprovado pela Deliberação CVM 583/2009 e pela Resolução CFC 1.177/2009. A primeira característica sai do artigo 179, inciso IV da LSA: “ IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)” Tese corroborada pelo item 6 do mencionado CPC: “Ativo imobilizado é o item tangível que:” Perceba, portanto, que o imobilizado contem, hoje, apenas, os bens com existência física, uma vez que os direitos intangíveis saíram deste grupo para compor o Intangível, como comentado na questão 69!! A segunda característica citada no gabarito será o fato de possuir substância econômica, ou seja, ser passível de avaliação econômica, ou, em outras palavras, ser mensurável em termos de valor. Finalmente, devemos observar uma outra característica que, diga- se de passagem, nem é exclusiva do imobilizado, mas de qualquer ativo (está inclusive no conceito de ativo). Veja o que dizo item 7 (a) da norma citada: “7. O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se: CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 6 (a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade;” Ou seja, ativos são gastos que gerarão aumentos nos lucros da sociedade. Vale notar, também, que, de acordo com a citada norma, o imobilizado deve ter uma vida útil econômica superior a 1 ano. Outra observação útil é que, conforme veremos nas questões de arrendamento mercantil (leasing), é possível que um bem que não seja de propriedade jurídica da sociedade esteja em seu imobilizado!! O gabarito procurado é a letra b). 74. (TCM CE – 2010 / FCC) Despesas financeiramente quitadas que por sua natureza serão atribuídas ao próximo exercício social devem ser classificadas no: a) Patrimônio Líquido. b) Ativo Diferido. c) Ativo Investimentos. d) Passivo Circulante. e) Ativo Circulante. Comentários Questão a respeito de despesas pagas antecipadamente. Alguns tipos de contratos como os de seguros, aluguéis, assinaturas de jornais e revistas, dentre outros, têm a particularidade de terem seus prêmios pagos antecipadamente em relação à ocorrência do fato gerador. Vale dizer que o contratante paga o prêmio na data da assinatura do contrato e só vai usufruir o serviço oferecido pelo contratado a medida que o tempo passe. Note, portanto, que se a contratante, na data do pagamento, não usufruiu os serviços oferecidos, não houve fato gerador para o reconhecimento de uma despesa. Assim, o valor pago antecipadamente por algo que ainda não usufruiu será considerado um direito da empresa, registrado na conta de Ativo Circulante, caso realizável até o fim do exercício seguinte ou no Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo, caso vencível após aquele prazo. Somente, a medida que o tempo passe, em base mensal, é que vamos apropriar a despesa ao resultado, reduzindo o direito da empresa. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 7 Vale você relembrar a resolução da questão 10 deste nosso curso para verificar mais detalhes. A classificação das despesas antecipadas no ativo circulante está prevista no artigo 179, I da Lei das S.A: “ I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;” O gabarito procurado é a letra e). 75. (Analista TRF 1ª Região – 2010 / FCC) Denomina-se propriedade para investimento: a) o bem destinado à venda no decurso ordinário das atividades, ou em vias de construção ou desenvolvimento para tal venda. b) a propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente, no futuro próximo, ou para desenvolvimento e revenda. c) o bem em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros. d) a propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro. e) o bem mantido para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios. Comentários Questão baseada em conceitos contidos no Pronunciamento CPC 28, aprovado pela Deliberação CVM 584/2009 e pela Resolução CFC 1.178/2009. Vejamos o que diz o item 5 da citada norma: “Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio.” Trata-se, pois, de imóveis ou terrenos que a empresa mantem, não para uso operacional (tal como um imobilizado) ou para venda (como um CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 8 estoque), mas para auferir aluguéis ou lucrar com a valorização do capital aplicado na compra do bem (como comprar um terreno em um bairro e esperar a valorização imobiliária do local para vendê-lo). Pode ser o caso de contas que envolvam imóveis ou terrenos fora de uso ou alugados a terceiros. São, como sempre foram, classificados no Ativo Não Circulante Investimentos. Note, finalmente, que, caso a empresa passe a ter intenção de vender o bem em, no máximo, 1 ano, este deve ser classificado como “Mantido para Venda” no Ativo Circulante”. O gabarito procurado é a letra e). 76. (ICMS SP-2009 – FCC) A empresa Solidária S.A. emprestou para os quatro diretores do grupo R$ 1.000.000,00. O evento foi formalizado por meio de contrato de mútuo, com juros de mercado, para pagamento em doze meses. Em conformidade com a lei societária vigente, esse fato deve ser registrado como: a) empréstimos a diretores − ativo não-circulante. b) empréstimos a diretores - passivo circulante. c) adiantamento a diretores - passivo circulante. d) adiantamento a diretores - ativo não-circulante. e) empréstimos a diretores - ativo circulante. Comentários Questão que envolve os conceitos do artigo 179, inciso II da Lei das S.A, mais precisamente aqueles que envolvem as “Operações Não Usuais com Pessoas Ligadas”. O comando legal assim dispõe: “II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;” A classificação deste tipo de operação independe do prazo previsto para realização, uma vez que, por serem transações efetuadas com pessoas ligadas à empresa, e das quais a empresa não depende para tocar seu CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 9 objeto social, esta não demandará os esforços necessários para efetuar a cobrança no prazo previsto. Portanto, qualquer que seja o prazo de vencimento, o crédito decorrente destas transações será classificado no ARLP. É o caso da questão, em que a sociedade efetua um empréstimo a quatro de seus diretores. Tal direito deve ser classificado no ARLP. Note que, para tal classificação ocorrer, são necessárias três condições ao mesmo tempo: O crédito deve ser decorrente de venda, adiantamento ou empréstimo; se for, por exemplo, uma aquisição de ações de coligada, deve ser classificada no Ativo Não Circulante Investimentos, visto que, apesar de ser transação não usual com pessoa ligada, não é decorrente de venda, adiantamento ou empréstimo. O negócio deve ser não usual, na exploração do objeto da empresa; assim, se a empresa comercial vende seus produtos a pessoa ligada, a classificação deve ser de acordo com o prazo, visto que a operação é usual, apesar de ser venda a pessoa ligada. A operação deve ocorrer com uma das pessoas ligadas listadas no inciso, se for um empréstimo efetuado a um terceiro qualquer, deve ser classificado de acordo com o prazo de realização, porque, apesar de ser transação não usual decorrente de venda, esta não está ocorrendo com pessoa ligada. Note que empregados não satisfazem esta condição!! Bons exemplos de contas sempre classificadas no ARLP são: Adiantamento a Diretores e Empréstimos a Coligadas. O gabarito procurado é a letra a). 77. (ICMS RO / 2010 – FCC) Para atender às necessidades de informações dos usuários da contabilidade, o Balanço Patrimonial possui uma estrutura própria em que as contas contábeis são classificadas em grupos e subgrupos. Em relação a este assunto, considere: CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardosowww.canaldosconcursos.com.br 10 I. O terreno onde funciona o estacionamento para os funcionários da empresa é um Ativo Imobilizado. II. Os títulos do tesouro nacional com vencimento em oito anos, mas disponíveis para venda pela empresa, devem ser classificados no Ativo Circulante. III. As ações de outras empresas, cuja intenção da administração é vendê-las em até 3 anos, devem ser classificadas em Investimentos. IV. O valor do adiantamento a fornecedores de matéria-prima pode ser classificado como Ativo Circulante. V. As subvenções governamentais para investimentos são consideradas Reserva de Capital. Está correto o que se afirma APENAS em: a) II, IV e V. b) III e V. c) I e II. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Comentários Nesta questão, vamos analisar as diferentes situações trazidas pelos itens: I. O terreno onde funciona o estacionamento para os funcionários da empresa é um Ativo Imobilizado. Conforme visto em questões anteriores, se o terreno é tangível e está em efetivo uso operacional, deve ser classificado no Imobilizado. Correta. II. Os títulos do tesouro nacional com vencimento em oito anos, mas disponíveis para venda pela empresa, devem ser classificados no Ativo Circulante. A nova redação do artigo 183, I da Lei das S.A trouxe uma classificação para os direitos, títulos de crédito e instrumentos financeiros, dependendo da intenção da sociedade quanto a estes ativos: Serão destinados a negociação imediata, caso a empresa os adquira para venda no mesmo dia ou em curtíssimo prazo. Pode ser o caso de ações que a empresa adquira para “day-trading” (compra as ações hoje e CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 11 vende ainda hoje ou amanhã, obtendo lucros (ou perdas) de curtíssimo prazo). São classificados no ativo circulante. Serão disponíveis para venda futura caso a empresa pretenda negociá-los, porém em um momento posterior e não imediatamente, como no caso anterior. Pode ser o caso, também, de ações que a empresa compra hoje, pensando em vendê-las quando atingirem um determinado preço alvo no futuro. Normalmente, estão no ativo circulante, pois a intenção de venda é no curto prazo. Finalmente, podem ser mantidos até o vencimento, caso a empresa não deseje vendê-los, mas exercer seu direito na data de vencimento. Pode ser o caso de um título do governo. Na questão, os títulos do governo, apesar de vencíveis em 8 anos (se a empresa classificasse-os como mantidos até o vencimento, estariam no realizável a longo prazo), estarão no ativo circulante pois a empresa tem intenção de vendê-los. Correto. III. As ações de outras empresas, cuja intenção da administração é vendê-las em até 3 anos, devem ser classificadas em Investimentos. Quando uma empresa adquire ações de outra, dizemos que a primeira possui uma participação societária na segunda. Tais participações podem ser temporárias ou permanentes: Participações Temporárias – Quando a investidora intenciona alienar esta participação, dizemos que esta participação é temporária, visto que possui caráter especulativo. Deve ser classificada no Ativo Circulante caso intencione vender até o término do exercício social seguinte àquele em que as adquiriu. Do contrário, ou seja, caso a intenção de venda seja após o fim do exercício seguinte, deve classificá-la no Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo. Participações Permanentes - Quando a investidora não intenciona alienar esta participação, dizemos que esta participação é permanente, visto que possuem caráter estratégico. Estas participações são classificadas no Ativo Não Circulante Investimentos. Note que, se há intenção de venda após o fim do exercício seguinte, a participação é temporária de ANC RLP. Falsa. IV. O valor do adiantamento a fornecedores de matéria-prima pode ser classificado como Ativo Circulante. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 12 Não deve haver dúvidas que, se adiantamos um recurso a um fornecedor de matéria-prima, passamos a ter um direito contra este. Caso a expectativa seja receber o produto no curto prazo (regra), tal direito estará classificado no Ativo Circulante. Do contrário, estaria no ANC RLP. Correta. V. As subvenções governamentais para investimentos são consideradas Reserva de Capital. As subvenções governamentais para investimentos (uma das formas de incentivos fiscais oferecidos pelo poder público) eram classificadas como reservas de capital antes da Lei 11.638/2007. Com o advento de tal comando, estas passaram a ser consideradas receitas diferidas (CPC 07 – Deliberação CVM 646/2010) a serem apropriadas ao resultado ao longo do tempo de realização do investimento. Veremos o assunto com riqueza de detalhes quando falarmos em patrimônio líquido. Falsa. O gabarito procurado é a letra d). 78. (TCM PA – 2010 / FCC) Um terreno não destinado à manutenção da atividade da companhia e cuja intenção da empresa é permanecer com ele, deve ser classificado, no Balanço Patrimonial, no ativo: a) Investimento. b) Imobilizado. c) Intangível. d) Diferido. e) Realizável a Longo Prazo. Comentários Nesta questão, vamos analisar o artigo 179, III da Lei das S.A, que dita a composição do ativo não circulante investimentos. Neste artigo, encontraremos classificado em tal grupo, além das participações permanentes em outras sociedades (como visto na questão anterior), a chamada classificação residual do ativo, ou seja, aquilo que não pode estar classificado em nenhum outro lugar do ativo, seja no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo, pois a empresa não tem intenção de vender, seja no Imobilizado ou Intangível, pois não está em efetivo uso operacional, estará no investimentos por definição. É o caso dos terrenos fora de uso, trazidos pela questão. Se não está destinado ao uso, não é imobilizado. Se a empresa não é uma imobiliária que vende terrenos, não é estoque e não está no circulante. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 13 Sendo um terreno fora de uso, pode ser entendido como uma propriedade para investimento, conforme visto na questão 72. O gabarito procurado é a letra a). 79. (Analista MP SE 2009 – FCC) São evidenciadas como Passivo Não Circulante as contas correspondentes a: a) subvenção para investimentos, fornecedores de equipamentos e receitas antecipadas. b) receitas relativas a exercícios futuros deduzidas dos custos ou despesas correspondentes. c) receitas antecipadas e de dividendos, quando não pagos imediatamente. d) empréstimos bancários e prêmios na emissão de debêntures. e) operações de financiamentos e empréstimos de longo prazo. Comentários Vamos analisar as alternativas e comentar a correta classificação das contas previstas: a) subvenção para investimentos (*1) (Passivo Circulante ou Não Circulante), fornecedores de equipamentos (Passivo Circulante) e receitas antecipadas (*2) (Passivo Circulante ou Não Circulante). b) receitas relativas a exercícios futuros deduzidas dos custos ou despesas correspondentes (antes classificado no REF, hoje no Passivo Circulante ou não circulante como qualquer receita antecipada). c) receitas antecipadas (Passivo Circulante ou Não Circulante) e de dividendos (*3) (ativo circulante), quando não pagos imediatamente. d) empréstimos bancários (Passivo Circulante ou Não Circulante) e prêmios na emissão de debêntures (*4) (Passivo Não Circulante). e) operações de financiamentos e empréstimos de longo prazo (Passivo Não Circulante). Observações: (*1) Subvenções a Apropriar são receitas diferidas que serão alocadas ao resultado ao longo do prazo de investimento; CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 14 (*2) Valores recebidosantecipadamente por conta de uma receita cujo fato gerador ainda não ocorreu. Exemplo: adiantamento de clientes; (*3) Dividendos a Receber; (*4) Valor recebido na emissão de debêntures (títulos de dívida de emissão da própria empresa) que supera o valor nominal dos títulos. Antes tratados como reservas de capital, hoje são receitas diferidas a serem apropriados ao resultado ao longo do prazo de resgate do título. Mais detalhes na aula sobre o PL. O gabarito procurado é a letra e). 80. (Fiscal ISS-SP / 2012) Considere os itens patrimoniais, a seguir, de uma sociedade anônima de capital aberto: I. Ações de outras empresas em que não há intenção de vendas. II. Ações adquiridas de sua própria emissão. III. Financiamento a ser pago em 15 meses após a data do Balanço Patrimonial. I, II e III são classificados, respectivamente, como: a) ativo não circulante - aplicação financeira, ativo não circulante − investimentos e passivo não circulante. b) ativo circulante, ativo não circulante – aplicação financeira e passivo não circulante. c) ativo não circulante − investimentos, patrimônio líquido e passivo não circulante. d) ativo não circulante − investimentos, patrimônio líquido e passivo circulante. e) ativo realizável a longo prazo, ativo não circulante − investimentos e passivo não circulante. Comentários Vamos analisar e comentar a correta classificação das contas: I. Ações de outras empresas em que não há intenção de vendas. Como já visto em questão anterior, dizemos que uma participação é considerada permanente quando a investidora não intenciona alienar esta participação, visto que possui caráter estratégico. Esta participação é classificada no Ativo Não Circulante Investimentos. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 15 II. Ações adquiridas de sua própria emissão. São as nossas velhas conhecidas “Ações em Tesouraria”. Conforme previsão no artigo 178, §2ª, III da Lei das S.A, são contas retificadoras do Patrimônio Líquido. III. Financiamento a ser pago em 15 meses após a data do Balanço Patrimonial. Classificam-se como de curto prazo os direitos ou obrigações que sejam realizáveis ou exigíveis até o término do exercício social seguinte, ou seja, até 12 meses após a data do balanço. Ao contrário, aqueles que sejam realizáveis ou exigíveis após este prazo (o que é o nosso caso) serão considerados de longo prazo e, no caso de obrigações, estarão no Passivo Não Circulante. O gabarito procurado é a letra c). 81. (Analista MPE-AP / 2012) Os custos de capitação de recursos (aumento de capital com emissão de ações) efetivamente realizada, como gastos com advogados, contratação de agente financeiro e outros, realizados para a captação de recursos por meio de emissão de títulos e valores mobiliários devem ser registrados na conta: a) de despesa do exercício em que ocorrer a capitalização. b) redutora do capital social no patrimônio líquido. c) de reserva de capital no patrimônio líquido. d) redutora de investimento para o qual o recurso for capitado. e) de despesa do ano em que o gasto for realizado. Comentários Questão baseada no Pronunciamento Técnico CPC 08 – Custos e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários – aprovado pela Deliberação CVM 649/2010, em seus itens 4 a 7. Veja o que diz o item 5: “Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital.” CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 16 Assim, se uma empresa aumenta seu capital em R$ 100,00, incorrendo em custos de transação de R$ 5,00, deverá registrar: Capital Social Custos de Transação Caixa 100 (1) (1) 5 (1) 95 Ficando seu PL com o seguinte aspecto: Capital Social 100 (-) Custos de Transação (5) (=) Valor Contábil 95 O gabarito procurado é a letra b). 82. (Fiscal ISS-SP / 2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima de capital aberto, fez uma captação de recursos, via debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de transação no montante de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em relação ao mercado, houve prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil. Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,: a) despesa financeira de R$ 100 mil. b) passivo de R$ 2,3 milhões. c) receita financeira de R$ 200 mil. d) reserva de capital de R$ 200 mil. e) ativo de R$ 2,1 milhões. Comentários Questão baseada no Pronunciamento Técnico CPC 08 – Custos e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários – aprovado pela Deliberação CVM 649/2010, em seus itens 11 a 18. As debêntures (artigos 52 a 74 da LSA) são instrumentos de dívida que podem conferir a seus detentores direitos contra a companhia emitente, tais como: correção monetária, juros, participações nos lucros, prêmio de reembolso e conversibilidade em ações, dependendo da escritura de emissão de cada série deste tipo de título, podendo duas os mais vantagens ser acumuladas em cada série. São emitidas no intuito de captação CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 17 de recursos junto ao público, servindo como alternativa às taxas de juros extorsivas praticadas nos empréstimos bancários. O debenturista é, assim, credor e não sócio da sociedade. Tais instrumentos possuem valor nominal e podem ser negociados no mercado por um valor superior ao nominal, fruto do otimismo do mercado em geral ou com a empresa em particular. Neste caso, dizemos que o valor que exceder o valor nominal será denominado “Prêmio na Emissão de Debêntures”. O prêmio na emissão de debêntures que era tratado como reserva de capital, com a edição das Leis 11.638/2007 e 11.941/2009, passou a ser classificado no PNC, como uma “receita diferida”, ajustando para mais o saldo da conta “Debêntures a Resgatar”, devendo ser apropriado ao resultado conforme o decurso de tempo em direção à data de resgate. Os custos de transação são aqueles efetuados com a emissão destes títulos, tais como: gastos com elaboração de prospectos e relatórios; com remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores etc.); com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows); com taxas e comissões; e custos de registro e serão tratados, inicialmente, como redutores da conta “Debêntures a Resgatar”, devendo ser apropriados ao resultado como “despesas financeiras” ao longo do prazo de resgate. Havendo prêmio na emissão, poderão ser compensados com estes. No caso em discussão, percebendo inicialmente que os juros são posfixados e serão reconhecidos apenas ao longo do prazo de resgate da debênture, vejamos os lançamentos envolvidos, cortando três zeros: Debênt. a Resgatar Prêmios a Amortizar Caixa 2.200 (1) 200 (1) (1) 2.300 Custos de Transação (1) 100 E, neste momento, o passivo não circulante passaria a apresentar a seguinte configuração: CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 18 Debêntures a Resgatar 2.200,00 (-) Custos de Transação (100,00) (+) Prêmios a Amortizar 200,00 (=) Valor Contábil 2.300,00 Feito isso, apropriaremos o prêmio ao resultado como receita ao longo do prazo de resgate, o mesmo ocorrendo com os custos de transação, só que tratados como despesas. O gabarito procurado éa letra b). Arrendamento Mercantil (Leasing) De acordo com o Art 179, inciso IV da Lei das S.A, classificam-se no Ativo Não Circulante Imobilizado: “os direitos que tenham por objeto bens corpóreos (materiais) destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens .” Esta parte final grifada foi trazida pela Lei 11.638/2007 como uma novidade. Como sabemos, quem, normalmente, detém os benefícios, riscos e controle sobre os bens é o proprietário destes. Ora, se estivéssemos falando de bens de propriedade da empresa, o legislador não precisaria se preocupar em fazer tal ressalva!! É, portanto, o caso da empresa possuir os benefícios, riscos e controle sobre os bens sem ser a proprietária jurídica destes. É o caso do arrendamento mercantil (leasing) financeiro, como veremos. A respeito do tema arrendamento mercantil (leasing) e seu correto tratamento contábil, devemos observar a Deliberação CVM 645/2010 que aprova o Pronunciamento Técnico Nº 06 do CPC. O arrendamento mercantil é uma operação com a natureza de um financiamento que virá a possibilitar ao empresário (arrendatário) obter os bens de que necessita para o desenvolvimento de suas atividades sem que tenha que adquiri-lo de forma imediata. Quem os adquire será uma instituição financeira (arrendador) que repassará os bens à sociedade que passará a usufruir os benefícios, riscos e controle dos bens por estar na posse dos mesmos. O arrendatário, em contrapartida, paga prestações periódicas (pagamentos mínimos), com a possibilidade de compra do bem ao final do contrato pagando apenas um valor denominado valor residual. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 19 Existem, em termos de prova, dois tipos principais de leasing: Leasing Financeiro – Caracterizado quando o valor presente dos pagamentos mínimos abrange a quase totalidade do valor do bem na data do contrato, demonstrando a essência de compra e venda desde o início do contrato. Assim, o valor residual é significativamente inferior ao valor de mercado do bem, na data da opção, uma vez que o bem já foi quase que totalmente pago ao longo das parcelas do contrato. Com a edição da Lei, no leasing financeiro, passa a ser obrigatório o registro do bem no Imobilizado do arrendatário desde o início do contrato, mesmo que juridicamente ainda não pertençam a este. Sendo este o caso, o bem passará a sofrer a depreciação normalmente a partir desta data. Leasing Operacional (ou Renting) – Em função de ser um arrendamento de bens, normalmente, de alta obsolescência ou de uso por prazo determinado, não existe interesse do arrendatário em permanecer com o bem ao fim do contrato. Neste caso, o arrendador cobra mensalmente em suas prestações apenas o valor relativo ao aluguel. Não é fundamental haver opção de compra ao final. Perceba que este é um contrato que muito mais se assemelha a uma locação. Por este motivo as prestações pagas sempre foram e deverão continuar sendo tratadas como despesas. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 20 83. (ICMS RO / 2010 – FCC) Uma empresa adquiriu um veículo por arrendamento mercantil financeiro que será pago em 48 prestações mensais de R$ 1.000,00 cada. O valor presente das prestações é de R$ 30.673,00 e a taxa de juros compostos implícita no arrendamento mercantil é de 2% ao mês. No momento da aquisição, a empresa deve reconhecer, em reais, a) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de 17.327,00. b) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de 613,46. c) um ativo de 30.673,00. d) um passivo de 48.000,00. e) um ativo de 48.000,00 e uma receita financeira de 17.327,00. Comentários Como visto, no leasing financeiro, o bem é registrado no patrimônio da arrendatária desde o início pelo seu valor justo ou pelo valor presente dos pagamentos mínimos, o que for inferior. Registraremos, também, as obrigações de pagar os pagamentos mínimos e, fundamental, notaremos que, na data de assinatura do contrato, a empresa arrendatária ainda não incorreu nos juros do contrato, uma vez que seu fato gerador é o decurso do tempo do contrato. Portanto, não cabe falar em despesas financeiras, como em algumas alternativas e, muito menos, em receitas financeiras no arrendatário. Devemos, sim, tratar os juros como despesas diferidas em contas como “Juros a Vencer” ou “Encargos Financeiros a Transcorrer”, retificadoras das obrigações de pagar as parcelas do contrato, no passivo, reduzindo, também, as obrigações a valor presente, como veremos um pouco mais a frente, ainda nesta aula. Veja o lançamento: Note que nem me darei o trabalho de calcular os juros de curto ou longo prazo, pois não sabemos o método de amortização utilizado no banco e isto nada importa para a resolução da questão!! Perceba que o bem é registrado no imobilizado pelo seu valor presente dos pagamentos mínimos na data, ou seja, R$ 30.673,00. O gabarito procurado é a letra c). CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 21 84. (Analista TRF 1ª Região – 2011 / FCC) Uma operação de arrendamento mercantil efetuada no prazo de cinco anos, na qual identifica-se a transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes ao bem objeto do contrato, cuja propriedade será transferida ao arrendatário no final do contrato, deverá ser registrada a) no Realizável de Longo Prazo. b) em conta de Ajustes Patrimoniais. c) como item do Ativo Diferido. d) em conta do Imobilizado. e) como uma Despesa Diferida. Comentários Note, pelo enunciado, que menciona a transferência dos riscos e benefícios e a transferência de propriedade ao final do contrato, que se trata de um leasing financeiro. Como visto na questão anterior, o bem objeto de um leasing financeiro é registrado na arrendatária como um ativo imobilizado. O gabarito procurado é a letra d). Critérios de Avaliação de Ativos e Passivos 85. (Infraero Técnico 2009 – FCC) Quanto aos critérios estabelecidos pela Lei das S/A para avaliação de bens do ativo, é correto afirmar que: a) os investimentos permanentes em coligadas e controladas são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização de seu valor. b) os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. c) as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, quando destinadas à negociação ou disponíveis para venda, devem ser avaliadas pelo seu valor de emissão ou custo de aquisição, o que for maior. d) os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, acrescido de provisão para ajusta-lo ao valor de mercado, quando este for superior. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 22 e) os direitos classificados no intangível deverão ser avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de exaustão. Comentários Vamos analisar e comentar as alternativas: a) os investimentos permanentes em coligadas e controladas são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização de seu valor. Afirmativa que envolve uma combinação do artigo 183, III, com o artigo 248, tudo da Lei das S.A. De acordo com estes preceitos, os investimentos permanentes podem ser avaliados por dois métodos: custo de aquisição ou equivalênciapatrimonial. Dentro deste contexto, as participações em coligadas e controladas serão avaliadas por equivalência patrimonial. Veremos mais detalhes em capítulo mais adiante. Falsa. b) os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. Leitura do artigo 183, §4º da Lei das S.A, afirma, em outras palavras, que mercadorias fungíveis (que podem ser trocadas por outro de mesma espécie sem que se note a diferença), tais como produtos agrícolas (arroz, feijão, milho, etc) podem ser avaliados pelo valor de mercado, uma vez que não possuem custo de aquisição para a empresa, uma vez que surgem originariamente (do solo, por exemplo). Correta. c) as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, quando destinadas à negociação ou disponíveis para venda, devem ser avaliadas pelo seu valor de emissão ou custo de aquisição, o que for maior. Conforme visto no quadro resumo da questão 75, tais ativos, quando destinados a negociação ou disponíveis para a venda, de acordo com o artigo 183, I, a) serão avaliados a valor justo. Falsa. d) os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, acrescido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for superior. Tentativa de leitura do artigo 183, II da Lei das S.A. que envolve os critérios de avaliação de estoques, matérias-primas, materiais de CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 23 consumo, etc. São avaliados ao custo de aquisição reduzido de provisão para ajustá-la ao valor de mercado quando este for inferior. e) os direitos classificados no intangível deverão ser avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de exaustão. De acordo com o artigo 183, VII, o intangível é avaliado ao custo de aquisição reduzido da amortização acumulada. Falsa. O gabarito procurado é a letra d). Estoques e Matérias-primas 86. Em relação ao tratamento dos estoques, é correto afirmar que: a) todos os tipos de estoques, independentemente da forma ou uso, quando evidenciados no balanço, devem estar mensurados pelo valor realizável líquido. b) aos custos dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços, produzidos e segregados para projetos específicos, devem ser atribuídos valores pelo método Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS). c) a prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso. d) o custo dos estoques de prestador de serviços deve incluir as margens de lucro e os gastos gerais não atribuíveis que são frequentemente incluídos nos preços cobrados pelos prestadores de serviços. e) o custo de aquisição dos estoques, em conformidade com o estabelecido nas normas contábeis atuais, compreende o preço de compra, os impostos de importação, os tributos, recuperáveis ou não, demais gastos atribuíveis à aquisição de produtos acabados, os materiais e serviços, os descontos comerciais, os abatimentos e outros itens semelhantes inerentes ao processo de realização. Comentários Questão que envolve os critérios de mensuração e avaliação de estoques, trazidos pelo CPC 16 aprovado pela Deliberação CVM 575/2009. a) todos os tipos de estoques, independentemente da forma ou uso, quando evidenciados no balanço, devem estar mensurados pelo valor realizável líquido. Os estoques devem ser avaliados ao custo ou CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 24 ao valor de mercado (segundo o CPC 16, valor realizável líquido), dos dois o menor. Assim, não são todos avaliados a valor realizável líquido. Conteúdo do item 9 do CPC 16. Falso. b) aos custos dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços, produzidos e segregados para projetos específicos, devem ser atribuídos valores pelo método Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS). Conteúdo do item 23 do CPC 16, os estoques que não são intercambiáveis, ou seja, são facilmente diferenciáveis, devem ser avaliados ao seu custo específico e não ao PEPS. A propósito, métodos como PEPS, Custo Médio ou mesmo o hoje proibido UEPS somente são utéis quando as mercadorias são todas iguais e não sabemos, na hora da venda, qual delas dar saída. Falso. c) a prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso. Conteúdo do item 28 do CPC 16 consagra o procedimento conhecido de comparar o custo ao valor realizável líquido, reduzindo o primeiro ao segundo, se este último for inferior. Correta Veja o seguinte exemplo: A Cia Rio Antigo adquiriu, em 31.06.20X0, mercadorias para revenda no valor de R$ 100.000,00, sendo R$ 60.000,00 do produto A e R$ 40.000,00 do produto B. Ao término do exercício social, verificou-se que, seus valores realizáveis líquidos valiam R$ 57.000,00 e R$ 45.000,00, respectivamente. Os valores a provisionar são dados pela tabela abaixo: Produto “A” Produto “B” Custo de Aquisição 60.000 40.000 Valor Realizável Líquido 57.000 45.000 Valor a Provisionar 3.000 Zero CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 25 Lançamento: Desp Ajuste a Vr. Realiz. Líquido Prov. Ajuste a Vr. Realiz. Líquido 3.000,00 3.000,00 Obs: Note que o fato do Produto B estar subavaliado contabilmente não altera o fato do produto A estar superavaliado e, assim, necessitar de ajuste. Em outras palavras, o valor maior do produto B não compensa o menor do produto A. Eles devem ser tratados isoladamente. Passaremos à seguinte configuração no nosso Ativo Circulante: Estoques Produto A 60.000,00 (-) PRVRL (3.000,00) 57.000,00 Produto B 40.000,00 (=) Valor Contábil dos Estoques 97.000,00 d) o custo dos estoques de prestador de serviços deve incluir as margens de lucro e os gastos gerais não atribuíveis que são frequentemente incluídos nos preços cobrados pelos prestadores de serviços. Assertiva que traz o item 19 do CPC 16, a respeito do que é considerado o custo dos estoques. Naturalmente, o custo não deve incluir margens de lucro. Tampouco gastos gerais que não podem ser diretamente atribuíveis ao custo do serviço, tais como luz ou água do escritório devem ser incluídos. Falso. e) o custo de aquisição dos estoques, em conformidade com o estabelecido nas normas contábeis atuais, compreende o preço de compra, os impostos de importação, os tributos, recuperáveis ou não, demais gastos atribuíveis à aquisição de produtos acabados, os materiais e serviços, os descontos comerciais, os abatimentos e outros itens semelhantes inerentes ao processo de realização. Conteúdo associado ao item 11 da citada norma. Sabemos, do estudo de operações com mercadorias, que tributos recuperáveis, como o ICMS, não devem ser incluídos no custo. Da mesma forma, os descontos comerciais (incondicionais) e os abatimentos devem ser abatidos da compra bruta, não compondo, assim, o custo final do estoque. Falso. O gabarito procurado é a letra c). CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 26 87. (TCE GO 2010 / FCC) De acordo com a Lei no 6.404/76, considera-se valor de mercado dos bens ou direitos destinados à venda o valor:a) de reposição. b) do custo histórico. c) estimado. d) presente líquido. e) líquido de realização. Comentários É bastante conhecida na contabilidade a ideia de avaliar os bens destinados a venda (estoques) pelo seu valor de custo ou de mercado, dos dois o menor. Inclusive, vimos isto na questão anterior. O problema, que muitos não atentam, é: o que é valor de mercado? Ocorre que o artigo 183, §1º da Lei das S.A explica o que é considerado valor de mercado (hoje, valor justo) dos diversos tipos de ativo. Para os estoques, temos que observar o item b): “b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;” Portanto, para estoques e produtos em fabricação ou acabados, o valor de venda no mercado, reduzido das despesas diretamente ligadas a venda do item. Assim, imagine que um determinado produto de nosso estoque pudesse ser vendido no mercado por R$ 100,00, mas, para efetuar tal venda, a empresa incorreria nas seguintes despesas: embalagem: R$ 2,00, entrega (frete): R$ 8,00, comissões: R$ 5,00 e cobrança bancária: R$ 3,00: Preço de Venda 100,00 (-) Embalagem (2,00) (-) Fretes (8,00) (-) Comissões (5,00) (-) Cobrança Bancária (3,00) (=) Valor Realizável Líquido 82,00 O gabarito procurado é a letra e). CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 27 88. (Analista MP SE 2009 – FCC) Na determinação do valor justo, quando referentes a matérias- primas, considera-se o: a) preço líquido de realização mediante venda no mercado deduzidos apenas dos impostos. b) preço pelo qual possam ser repostas, mediante compra no mercado. c) valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação. d) preço líquido de realização obtido no mercado incluída apenas a margem de lucro. e) valor líquido pelo qual possam ser alienadas a terceiros. Comentários Questão que segue a mesma linha da anterior. Desta vez, queremos saber o que devemos considerar valor de mercado (hoje valor justo) para as matérias-primas. Novamente recorreremos ao 183, §1º da Lei das S.A.: “a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado” Note, então, que, ao contrário dos estoques que são destinados a venda (temos preocupação com o preço de venda no mercado), as matérias- primas que não serão vendidas, mas processadas, terão seu valor de mercado avaliado em função do preço de reposição por compra!! O gabarito procurado é a letra b). Imobilizados 89. (Fiscal ISS-SP / 2012) No reconhecimento inicial, NÃO compõe o custo de um item do ativo imobilizado os: a) custos com a promoção de produtos gerados por tal ativo. b) impostos não recuperáveis sobre a compra. c) custos de fretes e manuseio. d) custos de montagem. e) custos de preparação do local de instalação. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 28 Comentários Questão sobre critérios de avaliação de um imobilizado, trazido pelo artigo 183, V da Lei das S.A. V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; Assim, se, por exemplo, registramos a depreciação de R$ 1.000,00, sofrida por uma determinada máquina adquirida por R$ 120.000,00, após o primeiro mês de uso, no nosso Balanço Patrimonial teríamos a seguinte configuração: Ativo Imobilizado Máquinas e Equipamentos 120.000 (-) Depreciação Acumulada (1.000) (=) Valor Contábil 119.000 A questão aqui é identificar o que deve ou não compor o custo de um imobilizado. Para isso, vamos recorrer ao Pronunciamento Técnico CPC 27, aprovado pela Deliberação CVM 583/2009. Este nos ensina no item 16 que os impostos não recuperáveis sobre a compra (alternativa b) e todos os gastos efetuados pela sociedade para que o imobilizado esteja no local e nas condições pretendidas pela administração devem ser incorporados ao custo deste bem. Assim, segundo o item 17, são alguns exemplos de custos diretamente atribuíveis ao bem: custos de preparação do local; (alternativa e) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); (alternativa c) custos de instalação e montagem; (alternativa d) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e O reconhecimento de custos no valor contábil de um imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. Assim, não compõem o custo, segundo o item 19: CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 29 o custos de abertura de nova instalação; o custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais); (alternativa a) o custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e o custos administrativos e outros custos indiretos. O gabarito procurado é a letra a). Instrumentos Financeiros, Direitos e Títulos de Crédito 90. (Infraero Contador 2009 – FCC) De conformidade com o estabelecido pela Lei no 11.638/07, as aplicações em instrumentos financeiros, quando destinadas à negociação ou disponíveis para venda, devem ser avaliadas pelo valor: a) de custo. b) justo. c) de entrada. d) presente. e) de reposição. Comentários Questão sobre critérios de avaliação de instrumentos financeiros, direitos e títulos de crédito, trazida pelo artigo 183, I da Lei das S.A. Inicialmente, vale lembrar a classificação criada pela Lei 11.638/2007 para este tipo de ativos, vista na questão 75. Serão destinados a negociação imediata, caso a empresa os adquira para venda no mesmo dia ou em curtíssimo prazo. Pode ser o caso de ações que a empresa adquira para “day-trading” (compra as ações hoje e vende ainda hoje ou amanhã, obtendo lucros (ou perdas) de curtíssimo prazo). São classificados no ativo circulante. Serão disponíveis para venda futura caso a empresa pretenda negociá-los, porém em um momento posterior e não imediatamente, como no caso anterior. Pode ser o caso, também, de ações que a empresa compra hoje, pensando em vendê-las quando atingirem um determinado preço alvo no futuro. Normalmente, estão no ativo circulante, pois a intenção de venda é no curto prazo. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 30 Finalmente, podem ser mantidos até o vencimento, caso a empresa não deseje vendê-los, mas exercer seu direito na data de vencimento. Pode ser o caso de um título do governo. Veja a redação do item a) do citado dispositivo: “ - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda” O gabarito procurado é a letra b). 91. (TCM PA – 2010 / FCC) Uma empresa adquiriu em 31/10/X9 um ativo financeiro no valor de R$ 5.000,00, classificado na data de aquisição em “mantido até o vencimento”. Este título remunera à taxa de 1% ao mês e o seu valor justo, um mês após a sua aquisição, era de R$ 5.080,00. De acordo com estas informações, em 30/11/X9, a empresa deveria registrar: a) na Demonstração de Resultado, receita financeira de R$ 80,00. b) no Patrimônio Líquido, ajustede avaliação patrimonial de R$ 30,00. c) na Demonstração de Resultado, receita financeira de R$ 50,00 e no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 30,00 (saldo credor). d) na Demonstração de Resultado, receita financeira de R$ 80,00 e no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 30,00 (saldo devedor). e) na Demonstração de Resultado, receita financeira de R$ 50,00. Comentários Ainda seguindo a linha dos critérios de avaliação de instrumentos financeiros, vamos a uma questão prática sobre aqueles classificados como “mantidos até o vencimento”. Como vimos na questão anterior, estes títulos devem ser avaliados pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito, conforme o item b) do inciso I do artigo 183. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 31 Observe, então, que registraremos o bem, inicialmente, ao custo de aquisição e, decorrido um mês, atualizaremos seu valor pelo reconhecimento da receita financeira decorrente de sua remuneração (1% ao mês). Em 31/10/X9 Instrumentos Financeiros – MAV a BCM 5.000 Em 30/11/X9 Instrumentos Financeiros – MAV a Receita Financeira 50 Vr. Original Atualizado R$ 5.050 Note que o valor atualizado do bem, em 30/11/2009 era de R$ 5.050,00!! Neste mesmo momento, devemos verificar seu valor provável de realização (chamado na questão de valor justo) e compará-lo, buscando registrar o bem pelo menor dos dois valores: Instrumento Vr. Original Atualizado Vr. Justo Valor a Provisionar 5.050 5.080 Nenhum Note que o valor original atualizado é menor que o valor justo e, portanto, não há nenhum ajuste a fazer. Caso ocorresse o contrário, deveríamos reduzir o valor original atualizado ao valor justo por meio do reconhecimento de uma provisão. O gabarito procurado é a letra e). 92. (Analista Contador / TRT 20ª Região / 2011) A empresa Valor e Geração S.A. fez uma aplicação em CDB de 720 dias. A empresa classificou a aplicação como um instrumento financeiro com finalidade de disponibilidade para venda. Dessa forma, deve a empresa registrar na data do fato e posteriormente o CDB pelo valor: CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 32 a) da transação e a valor justo. b) justo e a valor de custo amortizado. c) de mercado e a valor de custo amortizado. d) médio de mercado e pelo valor de custo amortizado. e) de face do papel e pela média do custo da carteira da empresa. Comentários Ainda na linha dos instrumentos financeiros (note como a banca gosta disso!!), vamos agora a um caso de ativo classificado como “disponível para venda”. Para ilustrar o assunto, vamos utilizar um exemplo numérico. Imagine que tal CDB tenha sido adquirido por R$ 1.000,00. Como determina o princípio do registro pelo valor original, vamos registrá-lo, inicialmente, pelo custo de aquisição (valor da transação) Aplicações em CDB – Disponíveis p/ Venda A BCM 1.000 Feito isso, devemos lembrar que este tipo de ativo deve ser avaliado a valor justo. No caso específico deste tipo de ativo, tal avaliação a valor justo se dará com contrapartida em Ajustes de Avaliação Patrimonial, no PL da empresa. Assim, se a aplicação tiver valor justo de R$ 1.050,00, um mês após sua aquisição, faremos: Aplicações em CDB – Disponíveis p/ Venda A AAP 50 Note que o comando é avaliar a valor justo. Significa que, mesmo sendo este maior que o custo, eu irei aumentar o valor do ativo, embora isto, aparentemente contrarie a prudência!! Caso a aplicação, ao contrário, valesse não mais R$ 1.050,00, mas R$ 950,00, teríamos: AAP A Aplicações em CDB – Disponíveis p/ Venda 50 O gabarito procurado é a letra a). CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 33 Ajustes a Valor Presente de Ativos e Passivos De acordo com o Art. 183, inciso VIII, incluído pela Lei 11.638/2007: “VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.” De acordo com a redação do art. 184, inciso III, com redação dada pela Lei 11.638/2007: “as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados a seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.” Esse procedimento destina-se a excluir juros embutidos nas operações a prazo, pois as empresas tendem a dar a estas operações tratamento igual ao das operações à vista, deixando de reconhecer no exercício apropriado receitas ou despesas financeiras incluídas nas operações e apurando resultados distorcidos. Assim, os elementos integrantes do ativo e do passivo, quando decorrentes de operações de longo prazo, devem ser ajustados ao seu valor presente, mediante descontos que considerem os juros embutidos. Se houver efeitos relevantes, serão também ajustados os ativos ou passivos decorrentes de operações de curto prazo. Esses tratamentos permitem a homogeneização das operações e possibilitam a comparação de demonstrações, independentemente de as empresas operarem à vista ou a prazo. Tal assunto foi regulamentado pela Deliberação CVM 564/2008. Ajustes a Valor Presente Ativos 183, VIII Passivos 184, III LP LP Demais Demais CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 34 93. (TJ AP 2009 / FCC) A empresa Fatura S.A. precisa trazer a valor presente uma nota fiscal de R$1.061.208,00, na data da emissão, a qual foi faturada para 90 dias, com 2% de taxa de juros ao mês. Considerando que a empresa inclui seus encargos financeiros de forma composta, o valor presente da nota fiscal será de, em R$, a) 1.000.000,00 b) 1.001.139,62 c) 1.001.208,00 d) 1.020.000,00 e) 1.022.123,63 Comentários Nesta primeira questão sobre o assunto, vamos tratar de ajuste a valor presente de ativos. Trazer um determinado valor futuro (a empresa só terá direito a receber o valor total da venda daqui a 90 dias) a valor presente significa expurgar os juros. Então, nesta questão que se resolve de maneira muito mais matemática que contábil, basta expurgar os juros do valor futuro e trazê-lo a data presente. Para isso, basta dividir o valor futuro pela taxa de juros aplicada de maneira composta durante os 3 meses do prazo. Assim: $ 1.061.208,00 ÷ (1,02)3 = $ 1.000.000,00 O gabarito procurado é a letra a). 94. (TCM PA – 2010 / FCC) Em 31/12/X1, a empresa JJD realizou uma venda no valor de R$ 50.000,00, para ser recebida em 31/01/X3. Sabe-se que o prazo, normalmente concedido pela empresa é de 60 dias e que se a venda fosse feita à vista seu valor seria de R$ 42.000,00 (valor presente). De acordo com a legislação vigente e sabendo que a empresa utiliza conta redutora de ativo para registrar a operação, ela deveria reconhecer no momento da venda, em reais, receita de vendas de: a) 50.000,00 e duplicatas a receber de 50.000,00. b) 50.000,00 e despesa financeira de 8.000,00. c) 42.000,00 e duplicatas a receber de 42.000,00. d) 42.000,00 e duplicatas a receber de 50.000,00. e) 42.000,00 e receita financeira de 8.000,00. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 35 Comentários Agora, vamos tratar dos aspectos contábeis dos ajustes a valor presente. Inicialmente, note que o prazo da operação é longo, característica deste tipo de ajuste, como já sabemos. Vale destacar que antes da criação destes ajustes, o lançamento seria feito da seguinte forma. Duplicatas a Receber LP A Receitade Vendas 50.000 Com um simples lançamento, cometíamos dois erros: na data da venda não temos direito a receber R$ 50.000. Vale notar que só teremos direito a este valor na data de vencimento e que o cliente pode, a qualquer momento, antecipar o pagamento e a empresa seria obrigada a descontar os juros ainda não transcorridos. Tampouco, temos uma receita de R$ 50.000 na data da venda. Entregamos um produto que vale R$ 42.000 e, assim, temos fato gerador de receita (a entrega do produto) neste valor. Os R$ 8.000 são os juros embutidos cujo fato gerador da receita somente se materializará com o decurso do tempo, coisa que ainda não ocorreu. Desta forma, nosso procedimento será de registrar o direito no longo prazo pelo seu valor original (cheio de juros), mas retificá-lo pela conta “Juros Ativos a Vencer” que representará a receita de juros ainda não apropriada ao resultado por não ter havido fato gerador e fará o papel de ajustar o direito a valor presente. Já na receita, reconheceremos apenas o valor presente, que corresponde ao valor do produto entregue de fato. Assim, o lançamento procurado é: Duplicatas a Receber LP 50.000 A Juros Ativos a Vencer 8.000 A Receita Bruta de Vendas 42.000 E o ativo não circulante realizável a longo prazo teria a seguinte configuração: CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 36 Duplicatas a Receber LP 50.000 (-) Juros Ativos a Vencer (8.000) (=) Valor Presente 42.000 A medida que o tempo avançasse (fato gerador ocorrendo) e a empresa auferisse a receita financeira, ela faria o seguinte lançamento: Juros Ativos a Vencer A Juros Ativos O gabarito procurado é a letra d). 95. (TCE GO 2010 / FCC) A empresa KKK adquiriu um veículo financiado que será pago em 30 prestações mensais de R$ 2.000,00 cada. O valor do veículo à vista (valor presente) é de R$ 45.000,00. De acordo com a Lei no 11.638/07, a empresa deve reconhecer no momento da aquisição, em reais, um: a) ativo de 45.000,00. b) passivo financeiro de 15.000,00. c) passivo de 45.000,00 e uma despesa financeira de 15.000,00. d) ativo de 45.000,00 e uma despesa financeira de 15.000,00. e) ativo de 60.000,00 e uma receita financeira de 15.000,00. Comentários Desta vez, vamos tratar dos aspectos contábeis dos ajustes a valor presente de passivos. Antes da criação destes ajustes, o lançamento narrado no enunciado seria feito da seguinte forma. Veículos 60.000 A Fornecedores 24.000 A Fornecedores LP 36.000 Mais uma vez, com um simples lançamento, cometíamos dois erros: na data da compra não temos obrigação de pagar R$ 60.000. Vale notar que só teremos obrigação de pagar tal valor na data de vencimento e que a empresa pode, a qualquer momento, antecipar o pagamento e o fornecedor seria obrigado a descontar os juros ainda não transcorridos. Tampouco temos um veículo que vale R$ 60.000. Este valor está inflado CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 37 com os juros, provocando uma superavaliação do ativo e contrariando a prudência. O valor de mercado do bem é apenas R$ 45.000!! Desta forma, nosso procedimento será de registrar a obrigação no longo prazo (passivo não circulante) pelo seu valor original (cheio de juros), mas retificá-lo pela conta “Juros a Vencer” que representará a despesa de juros ainda não apropriada ao resultado por não ter havido fato gerador e fará o papel de ajustar a obrigação a valor presente. Já o veículo será registrado pelo seu valor de mercado na data da compra!! Veículos 45.000 Juros a Vencer CP 6.000 Juros a Vencer LP 9.000 A Credores por Financiamento CP 24.000 A Credores por Financiamento LP 36.000 Perceba que não cabe falar em despesa financeira na data da compra!! E o passivo não circulante, por exemplo, teria a seguinte configuração: Fornecedores LP 36.000 (-) Juros a Vencer (9.000) (=) Valor Presente 27.000 A medida que o tempo avançasse (fato gerador ocorrendo) e a empresa incorresse na despesa financeira, ela faria o seguinte lançamento: Juros Passivos A Juros a Vencer O gabarito procurado é a letra a). CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 38 Questões para sua Resolução Balanço patrimonial Estrutura 70) (Analista Contador / TRT 23ª Região / 2011) O processo de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) foi iniciado com a edição da Lei no 11.638/2007 e complementado com a edição da Lei no 11.941/2009 e de diversos pronunciamentos técnicos do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis). Uma das modificações introduzidas nesse processo de convergência que influiu na estrutura do balanço patrimonial foi a: a) extinção do Ativo Diferido, sendo seu saldo obrigatoriamente estornado contra a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. b) criação do Ativo Não Permanente. c) extinção do Ativo Realizável a Longo Prazo. d) obrigação de estornar as reservas de reavaliação constituídas até 31- 12-2007, alterando a constituição do PL. e) extinção do grupo de Resultados de Exercícios Futuros, sendo seu saldo reclassificado para o Passivo Não Circulante. 71) (Analista MPE AP / 2012) O ativo não circulante é composto por: a) investimento, imobilizado, estoques de produtos originários da atividade da empresa. b) estoques de produtos originários da atividade da empresa, caixa, bancos. c) intangível, imobilizado, reservas de capital. d) ativo realizável a longo prazo, reservas de capital, financiamentos. e) ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 72) (Analista MPE AP / 2012) No ativo, as contas serão dispostas: a) em direitos e obrigações para com os acionistas. b) pelo valor presente líquido de liquidação. c) em ordem decrescente de grau de liquidez. d) pela capacidade de gerar receitas futuras. e) pelo valor de aquisição atualizado monetariamente. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 39 73) (TRE AL – 2010 / FCC) São características de um ativo imobilizado ser: a) intangível, ter vida útil superior a um ano e ter substância econômica. b) tangível, ter substância econômica e poder gerar benefícios futuros. c) destinado ao negócio da empresa, ter vida útil superior a um ano e não gerar benefícios econômicos futuros. d) de propriedade da empresa, não ter substância econômica e poder gerar benefícios econômicos futuros. e) tangível, ter vida útil inferior a um ano e poder ou não gerar benefícios econômicos futuros. 74) (TCM CE – 2010 / FCC) Despesas financeiramente quitadas que por sua natureza serão atribuídas ao próximo exercício social devem ser classificadas no: a) Patrimônio Líquido. b) Ativo Diferido. c) Ativo Investimentos. d) Passivo Circulante. e) Ativo Circulante. 75) (Analista TRF 1ª Região – 2010 / FCC) Denomina-se propriedade para investimento: a) o bem destinado à venda no decurso ordinário das atividades, ou em vias de construção ou desenvolvimento para tal venda. b) a propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente, no futuro próximo, ou para desenvolvimento e revenda. c) o bem em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros. d) a propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro. e) o bem mantido para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no curso ordinário dos negócios. 76) (ICMS SP-2009 – FCC) A empresa Solidária S.A. emprestou para os quatro diretores do grupo R$ 1.000.000,00. O evento foi formalizado por meio de contrato de mútuo, com juros de mercado, para pagamento em doze meses. Em conformidade com a lei societária vigente, esse fato deve ser registrado como: CURSOSEM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 40 a) empréstimos a diretores − ativo não-circulante. b) empréstimos a diretores - passivo circulante. c) adiantamento a diretores - passivo circulante. d) adiantamento a diretores - ativo não-circulante. e) empréstimos a diretores - ativo circulante. 77) (ICMS RO / 2010 – FCC) Para atender às necessidades de informações dos usuários da contabilidade, o Balanço possui uma estrutura própria em que as contas contábeis são classificadas em grupos e subgrupos. Em relação a este assunto, considere: I. O terreno onde funciona o estacionamento para os funcionários da empresa é um Ativo Imobilizado. II. Os títulos do tesouro nacional com vencimento em oito anos, mas disponíveis para venda pela empresa, devem ser classificados no Ativo Circulante. III. As ações de outras empresas, cuja intenção da administração é vendê-las em até 3 anos, devem ser classificadas em Investimentos. IV. O valor do adiantamento a fornecedores de matéria-prima pode ser classificado como Ativo Circulante. V. As subvenções governamentais para investimentos são consideradas Reserva de Capital. Está correto o que se afirma APENAS em: a) II, IV e V. b) III e V. c) I e II. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 78) (TCM PA – 2010 / FCC) Um terreno não destinado à manutenção da atividade da companhia e cuja intenção da empresa é permanecer com ele, deve ser classificado, no Balanço Patrimonial, no ativo: a) Investimento. b) Imobilizado. c) Intangível. d) Diferido. e) Realizável a Longo Prazo. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 41 79) (Analista MP SE 2009 – FCC) São evidenciadas como Passivo Não Circulante as contas correspondentes a: a) subvenção para investimentos, fornecedores de equipamentos e receitas antecipadas. b) receitas relativas a exercícios futuros deduzidas dos custos ou despesas correspondentes. c) receitas antecipadas e de dividendos, quando não pagos imediatamente. d) empréstimos bancários e prêmios na emissão de debêntures. e) operações de financiamentos e empréstimos de longo prazo. 80) (Fiscal ISS-SP / 2012) Considere os itens patrimoniais, a seguir, de uma sociedade anônima de capital aberto: I. Ações de outras empresas em que não há intenção de vendas. II. Ações adquiridas de sua própria emissão. III. Financiamento a ser pago em 15 meses após a data do Balanço Patrimonial. I, II e III são classificados, respectivamente, como: a) ativo não circulante - aplicação financeira, ativo não circulante − investimentos e passivo não circulante. b) ativo circulante, ativo não circulante – aplicação financeira e passivo não circulante. c) ativo não circulante − investimentos, patrimônio líquido e passivo não circulante. d) ativo não circulante − investimentos, patrimônio líquido e passivo circulante. e) ativo realizável a longo prazo, ativo não circulante − investimentos e passivo não circulante. 81) (Analista MPE-AP / 2012) Os custos de capitação de recursos (aumento de capital com emissão de ações) efetivamente realizada, como gastos com advogados, contratação de agente financeiro e outros, realizados para a captação de recursos por meio de emissão de títulos e valores mobiliários devem ser registrados na conta: a) de despesa do exercício em que ocorrer a capitalização. b) redutora do capital social no patrimônio líquido. c) de reserva de capital no patrimônio líquido. d) redutora de investimento para o qual o recurso for capitado. e) de despesa do ano em que o gasto for realizado. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 42 82) (Fiscal ISS-SP / 2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima de capital aberto, fez uma captação de recursos, via debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de transação no montante de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em relação ao mercado, houve prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil. Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,: a) despesa financeira de R$ 100 mil. b) passivo de R$ 2,3 milhões. c) receita financeira de R$ 200 mil. d) reserva de capital de R$ 200 mil. e) ativo de R$ 2,1 milhões. Arrendamento Mercantil (Leasing) 83) (ICMS RO / 2010 – FCC) Uma empresa adquiriu um veículo por arrendamento mercantil financeiro que será pago em 48 prestações mensais de R$ 1.000,00 cada. O valor presente das prestações é de R$ 30.673,00 e a taxa de juros compostos implícita no arrendamento mercantil é de 2% ao mês. No momento da aquisição, a empresa deve reconhecer, em reais, a) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de 17.327,00. b) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de 613,46. c) um ativo de 30.673,00. d) um passivo de 48.000,00. e) um ativo de 48.000,00 e uma receita financeira de 17.327,00. 84) (Analista TRF 1ª Região – 2011 / FCC) Uma operação de arrendamento mercantil efetuada no prazo de cinco anos, na qual identifica-se a transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes ao bem objeto do contrato, cuja propriedade será transferida ao arrendatário no final do contrato, deverá ser registrada a) no Realizável de Longo Prazo. b) em conta de Ajustes Patrimoniais. c) como item do Ativo Diferido. d) em conta do Imobilizado. e) como uma Despesa Diferida. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS ICMS-RJ 2013 Prof. Cláudio Cardoso www.canaldosconcursos.com.br 43 Critérios de Avaliação de Ativos e Passivos 85) (Infraero Técnico 2009 – FCC) Quanto aos critérios estabelecidos pela Lei das S/A para avaliação de bens do ativo, é correto afirmar que: a) os investimentos permanentes em coligadas e controladas são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização de seu valor. b) os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil. c) as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, quando destinadas à negociação ou disponíveis para venda, devem ser avaliadas pelo seu valor de emissão ou custo de aquisição, o que for maior. d) os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, acrescido de provisão para ajusta-lo ao valor de mercado, quando este for superior. e) os direitos classificados no intangível deverão ser avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de exaustão. Estoques e Matérias-primas 86) Em relação ao tratamento dos estoques, é correto afirmar que: a) todos os tipos de estoques, independentemente da forma ou uso, quando evidenciados no balanço, devem estar mensurados pelo valor realizável líquido. b) aos custos dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de bens ou serviços, produzidos e segregados para projetos específicos, devem ser atribuídos valores pelo método Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS). c) a prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso. d) o custo dos estoques de prestador de serviços deve incluir as margens de lucro e os gastos gerais não atribuíveis que são frequentemente incluídos nos preços cobrados pelos prestadores de serviços. CURSOS EM PDF – CTB GERAL – EXERCÍCIOS
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