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CCJ0008-WL-PA-22-Sociologia Jurídica e Judiciária-Antigo-34102

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			 Plano de Aula: Direito e anomia
			 SOCIOLOGIA JUR�DICA E JUDICI�RIA
			
		
		
			Título
			Direito e anomia
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				
			
			Número de Semana de Aula
			
				14
			
 
 Tema
		 SOCIOLOGIA JUR�DICA E DESVIO SOCIAL: CASO BRASILEIRO E A ECONOMIA GLOBAL DO CRIME
		
		 Objetivos
		 
·        Compreender o conceito de anomia;
·        Distinguir os grupos anômicos;
·        Refletir sobre o papel das políticas públicas na minoração dos desequilíbrios sociais que geram comportamentos anômicos; 
·        Conhecer a dinâmica do crime organizado em escala mundial.
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 
1 – Noção de anomia. Anomia na visão de Émile Durkheim e Robert Merton. Conceito: Origem e causa de comportamentos anômicos.
2 - Anomia e ineficácia do Direito, poder e pluralismo cultural. Conceito: Questões ao Direito ocasionadas pela anomia. 
3 - Violência urbana na sociedade brasileira: um caso de anomia? Conceito: Discussão sobre aplicabilidade das teorias sobre anomia aos casos.
4 – Criminalidade e globalização. Conceito: Políticas públicas e anomia. Globalização do crime e sociedade mundial.
 
Indicação bibliográfica:
SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: introdução a uma leitura externa do Direito. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. Capítulo indicado: Conflitos, integração e mudanças sociais. O papel das normas jurídicas.
	
	 Aplicação Prática Teórica
 
CASO 1 
Autoridades do Rio de Janeiro se manifestaram sobre o caso das milícias que impõem o terror nas favelas do Rio de Janeiro.  O Bom Dia Brasil teve acesso a gravações telefônicas feitas pela polícia. O esquema da milícia imposto aos moradores na Favela da Palmeirinha e em outras quatro comunidades é revelado em novos trechos das escutas telefônicas feitas pela polícia com autorização da Justiça. As milícias são grupos armados, formados por policiais militares, bombeiros e ex-policiais, que exploram moradores em troca de uma suposta segurança.  
 
- Mulher não-identificada: Zero, eles venderam a casa. Ela vai pagar os 10%. Ela não tem o dinheiro agora para pagar 10%. Poderia parcelar os 10% em três vezes? 
- “Zero�: Negativo. Se ela vai dar o dinheiro lá inteiro, ela pode dar aqui inteiro também. 
Segundo as investigações, os policiais acusados abriam empresas fantasmas para fornecer ilegalmente serviços de TV a cabo e gás e cobravam mais caro do que as empresas autorizadas.   Até o lazer dos moradores tinha preço. Como no caso de um empresário que queria instalar um parque de diversão na favela, mas teria que dar dinheiro à milícia. Sete milicianos foram presos, mas o alivio dos moradores durou pouco. No domingo, pichações indicavam a presença de uma facção do tráfico de drogas que costuma impor regras semelhantes às da milícia.  “Se combatermos a milícia e se porventura o tráfico se instalar, cabe a nós também combater o tráfico, afirmou o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. O Ministério Público pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal de três policiais militares. Além da movimentação financeira constatada nas escutas telefônicas, os investigadores descobriram em nome dos acusados bens que têm valores incompatíveis com o salário de um policial militar. (Disponível em http://g1.globo.com/bomdiabrasil/, 26.08.2008).
a)    Faça uma breve análise sobre a atuação dos personagens milicianos, fundamentando a sua resposta em um dos tipos de comportamentos identificados por Merton.
b)    Explique, tendo o texto anterior como referência, se o esquema da milícia imposto aos moradores na Favela da Palmeirinha e em outras comunidades pode gerar conflito de normas entre esses moradores, deflagrando uma situação de anomia.
 
CASO 2
Várias experiências internacionais apontam que para lidar de maneira efetiva com o crime organizado seja necessário estabelecer uma política nacional de contenção desse fenômeno, que é ao mesmo tempo local e transnacional. Tal política deve ser vigorosamente implementada e coordenada pelo poder central, de maneira que múltiplos e diversificados esforços governamentais possam ser carreados numa única direção, com igual finalidade. Define-se crime organizado como atividade conduzida por qualquer grupo de criminosos, com estrutura corporativa, com objetivo de obtenção de recursos financeiros e poder, através de atividades ilegais, freqüentemente recorrendo à violência no sentido de inspirar medo e intimidação das pessoas. O Estado pode ter uma participação importante no crime organizado, tanto numa eventual parceria quanto pela tolerância a ele. Isso possibilita que muitas vezes atue num ambiente "livre de riscos", demonstrando pouco ou nenhum receio de ser infiltrado, reprimido e erradicado . Alguns autores entendem que "o crime organizado passou a ser, singularmente, a maior ameaça global desde o fim da Guerra Fria". A importância do crime organizado, e em decorrência, da própria criminalidade transnacional, estaria centrada no seu grande alcance geográfico, bem como no incomum poder que detêm, fruto da enorme quantidade de recursos que pode movimentar (adaptado de DANTAS, Crime organizado, disponível em http://www.fenapef.org.br/htm/com_noticias_exibe.cfm?Id=45534).
 
No caso brasileiro, quais têm sido as principais incidências do crime organizado, na perspectiva de uma economia global do crime?
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