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PS029 Criminologia Geral

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1 
 PS029 – C RIMINOLOGIA G ERAL 
 T RABALHO CONV . ORDINÁRIA 
 ALUNA: Lorrane Pereira da Costa 
 USUÁRIO: BRPSMPC4401611 
 DATA: 6/4/2023 
 CASO 1 - Faça uma análise criminológica sobre “El Chapo” Guzmán. Você deve buscar 
 informações sobre suas esferas sociais, seus possíveis problemas biológicos ou 
 psicopatológicos, suas interdependências sociais e a posição do primeiro delito na 
 seção longitudinal de sua vida. 
 Joaquín Archivaldo Guzmán Loera, que devido a sua altura ficou conhecido como “El 
 Chapo”, “o baixinho”, é um narcotraficante mexicano, antigo comandante da Alianza de Sangre , 
 também conhecida como Cartel de Sinaloa. 
 Foi capturado pela primeira vez em 1993 na Guatemala, onde foi extraditado para o 
 México e condenado a 20 anos por assassinato e tráfico de drogas.Por meio de suborno, 
 conseguiu escapar da prisão federal de segurança máxima em 2001. 
 El Chapo é o mais velho de uma prole de sete irmãos. Filho de mãe pobre 
 desempregada, bem como de pai alcoólatra e violento, situação esta que o levou a trabalhar 
 desde cedo vendendo balas e frutas para auxiliar no orçamento familiar, e como via de 
 consequência, evadiu-se da escola. 
 Aos 15 anos de idade, já plantava e vendia maconha escondido do genitor, entregando 
 o dinheiro à sua mãe, pois se o pai o soubesse, gastaria em apostas e prostituição. 
 2 
 Com a descoberta, o seu genitor o expulsou de casa, vindo a residir com o avô, o que 
 levou a conviver com o seu tio Pedro Alviles Perez, traficante internacional de drogas que o 
 incentivou a trabalhar consigo e assim, se tornou assassino pessoal que realizava a proteção 
 deste. 
 A ascensão de Guzmán se deu após a morte do tio pela Polícia Federal. El Chapo 
 passou a gerir os negócios dele, vindo a ser extremamente metódico e cruel. Aos 21 anos, se 
 tornou um dos maiores narcotraficantes do México, dado ao monopólio da distribuição do 
 material, bem como pelas riquezas e articulações políticas, inclusive com o Governo. 
 Na década de 70, em virtude do forte comércio e acordos realizados no narcotráfico, El 
 Chapo se aliou a Héctor Luiz Palmas Salazar, outro grande narcotraficante no México, os quais 
 traçaram novas rotas para os Estados Unidos, o que os levaram a trabalhar com Miguel Ángel 
 Félix Gallardo, “El Padrinho”, um dos principais chefes da máfia, dando-lhes o controle sobre o 
 Cartel de Sinaloa. 
 Guzman possuía grandes laboratórios dentro da floresta mexicana com produção em 
 larga escala de cocaína, heroína e metanfetamina. Se tornou ainda maior, vindo a se tornar o 
 maior controlador do mercado narcotraficante entre México, EUA, Ásia e Europa, além de 
 outros países subsidiados por estes. 
 É possível perceber que o perfil criminológico de El Chapo não é de difícil compreensão, 
 tendo em vista o tipo de lar onde foi criado, bem como as alianças criadas durante a sua 
 adolescência e maturidade. 
 A situação de vulnerabilidade sofrida por Guzman se amolda à Teoria da Subcultura 
 Delinquente, conhecida como teoria da oportunidade diferencial, desenvolvida por Richard 
 Clowar e Lloyd Ohlin, afirma que “os jovens diante da reprovação social sofrida, sempre os 
 3 
 impedindo de ascender socialmente, terminavam praticando ações ilícitas para atingir os 
 objetivos da cultura dominante, posto que os meios legais eram negados a esses excluídos.” 
 Com isso, o meio delinquente se torna um abrigo para pessoas reprováveis como El 
 Chapo. Alexandre Rocha Almeida de Moraes e Ricardo Ferracini Neto (2019, p. 313), relatam 
 ainda sobre o meio onde El Chapo foi criado e porque esse ponto foi primordial no 
 desenvolvimento de sua personalidade delitiva, pois "se o jovem vive em ambiente onde a 
 criminalidade é comum, ele terá maior facilidade de acesso a um meio ilegítimo para alcançar 
 seu objetivo do que a um meio legítimo. Estes meios legítimos ficarão mais distanciados e cada 
 vez mais dificultados por barreiras sociais impostas. Assim, por uma questão de oportunidade 
 diferenciada, o jovem usará dos meios que estão de forma mais facilitada à sua disposição, 
 muitas vezes, o meio ilícito." 
 Assim, o que El Chapo viveu e amadureceu no seu meio social, vindo a ter um fim 
 específico de enriquecer às custas do tráfico de drogas, promovendo de forma sistêmica a sua 
 liderança impondo-a por meio de assassinatos, apossando-se de terras alheias, guerreando por 
 sua autoridade no Cartel de Sinaloa, Foi assim, o único meio de sobrevivência e satisfação 
 encontrado em sua trajetória. 
 Referências Bibliográficas 
 Contreras, E. Gravioto, J. M. (2018). EL CHAPO: série da netflix. Direção: Estados Unidos . 
 Recuperado de: 
 https://www.netflix.com/watch/80132967?trackId=14170286&tctx=2%2C1%2C50dd5fbb-b991-4 
 804-a46d-12860e4773bf-51217915%2C69e23b73-b14a-4c2f-bdce-362697a7d62f_35585257X3 
 XX1575807891609%2C69e23b73-b14a-4c2f-bdce-362697a7d62f_ROOT >. 
 Gonzaga, C. (2018). Manual de Criminologia . 1ª ed. São Paulo: Saraiva educação. 
https://www.netflix.com/watch/80132967?trackId=14170286&tctx=2%2C1%2C50dd5fbb-b991-4804-a46d-12860e4773bf-51217915%2C69e23b73-b14a-4c2f-bdce-362697a7d62f_35585257X3XX1575807891609%2C69e23b73-b14a-4c2f-bdce-362697a7d62f_ROOT
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 4 
 GRILONAUTAS2. (2016). Perfil Psicológico de “El Chapo ”. Recuperado de: 
 https://www.youtube.com/watch?v=PrxSndvcU8E >. 
 Istoé, G. (2019). El Chapo, traficante que vendia doces na infância, aguarda a prisão perpétua . 
 Recuperado de: 
 https://istoe.com.br/el-chapo-traficante-que-vendia-doces-na-infancia-aguardaaprisao-perpetua/ 
 Moraes, A.R.A.; Neto, R.F (2019). Criminologia. 1ª ed. Salvador: Juspodivm. 
 Caso 02 - Medo do Delito - Elabore um questionário para investigar o medo do delito por 
 parte dos habitantes de sua população. Utilize uma amostra mínima de 20 pessoas. Uma 
 vez coletados os dados, será preciso avaliar se a percepção do medo é mais ou menos 
 realista, levando em conta a delinquência real encontrada em sua população. Você 
 também deve relacionar o medo com variáveis demográficas, como sexo, idade, nível de 
 escolaridade e classe social. 
 O medo é o sentimento natural que nos protege em situações de risco, como o instinto 
 de sobrevivência que nos faz aguçar reflexos involuntários ou atitudes planejadas. Beato Filho 
 (2009) alega que o ambiente e a percepção de risco são fatores importantes e estão 
 relacionados com aspectos emocionais de medo e preocupação. Quando a percepção de risco 
 aumenta, a segurança passa a ser uma questão e as emoções atreladas ao medo são 
 desencadeadas, deixando os indivíduos alertas e mais propensos a tomar atitudes como correr 
 ou lutar. 
 Contudo, há ainda o medo recorrente e a preocupação constante, que afastam o alerta 
 convenientede quando estamos em circunstâncias de risco. Cegando-nos quanto a percepção 
 de risco real. E ainda, podem ocorrer mutuamente, não sendo independente uma da outra, mas 
 se influenciam intervindo tanto na análise preditora quanto no produto de emoção. 
https://www.youtube.com/watch?v=PrxSndvcU8E
https://istoe.com.br/el-chapo-traficante-que-vendia-doces-na-infancia-aguarda-a-prisao-perpetua/
 5 
 Em outra via, há ainda os comportamentos protetivos e ações restritivas. Os 
 comportamentos protetivos são aqueles que visam prover a segurança pessoal por meio de 
 medidas que resguardam contra ameaças em caso de um atentado, já as ações restritivas 
 motivadas pelo medo do crime são aquelas que afetam o cotidiano e implica evitar 
 determinados comportamentos com o objetivo de minimizar as chances de vitimização ( Cardia 
 (2003). 
 Enfim, diante dos conceitos aprendidos, realizamos a pesquisa do medo do delito com 
 20 pessoas que foram abordadas no maior supermercado da área nobre da cidade de Boa 
 Vista/RR. 
 A pesquisa foi realizada com moradores residentes na área residencial dos bairros 
 Caçarí e Paraviana, local este que as pessoas popularmente conhecem como de baixa 
 periculosidade e sob ordem policial. Isso foi refletido em nossa pesquisa: 
 O bairro em tela possui um núcleo habitacional costumeiramente conhecido com estabilidade 
 financeira e familiar, o que refletiu grandemente em nossa pesquisa, uma vez que apontamos 
 6 
 45% do público de pessoas casadas e de renda familiar superior a 5 salários mínimos. É o que 
 sentimos na pesquisa: 
 O bairro é antigo e isso pode ter refletido na faixa etária a ser entrevistada, onde apenas 
 25% dos entrevistados são pessoas abaixo de 30 anos - 20% entre 18 e 30 anos, mais 5% 
 abaixo de 18 anos. Quanto ao gênero, as mulheres abordadas, ao tomarem conhecimento 
 7 
 sobre o tema, foram mais suscetíveis a responder o questionário, o que refletiu na resposta 
 cuja diferença atingiu 55% de público feminino, em face de 45% do masculino. 
 Foi nítido durante abordagem que as mulheres se interessavam pelo tema e 
 expressavam as suas inseguranças com a violência local, bem como extensa ao território da 
 capital. 
 Talvez se a idade possa contribuir com essa insegurança feminina, vez que o público 
 mais jovem teve menos interesse em responder o questionário sobre o tema violência em um 
 bairro conhecido por sua segurança. 
 Sobre a etnia, o público da pesquisa é de massa parda e de brancos. Em se tratando de 
 um bairro popularmente conhecido como “nobre”, é bem possível que tenha influenciado na 
 nossa pesquisa: 
 De acordo com a pesquisa encomendada pelo Banco Mundial ao Núcleo de Pesquisa 
 Afro do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e ao Instituto de Referência 
 8 
 Negra Peregum, as oportunidades empregatícias no nosso país não costumam beneficiar 
 negros e possivelmente, este fator possa ter influenciado na nossa pesquisa local. 
 Sendo assim, diante do cenário de um bairro com moradias de valor acima do popular, 
 seria notório que o não encontraríamos um público expressivamente negro durante as 
 abordagens nesta localidade, o que totalizou a quantia de apenas 5% dos entrevistados foram 
 de pessoas negras. 
 9 
 Os bairros Caçarí e Paraviana são, além de região de moradores antigos, uma 
 expressiva massa de casas e não de edifícios ou condomínios, diferentemente de outras 
 localidades centrais e periféricas que possuem tal tipo de massa. 
 Esse fato, de acordo com a nossa pesquisa, parece refletir no número de habitantes por 
 moradia, pois se trata de famílias cujo núcleo corresponde entre 3 a 4 pessoas, não havendo a 
 presença de público numeroso em grande parte dos núcleos de entrevistados. Tal situação é 
 costumeiramente encontrada em famílias de alta renda. 
 Diante deste cenário, por óbvio, acreditamos que não encontraríamos mazelas sociais 
 com grande público de desordeiros às ruas, imóveis depredados ou sujeira nos logradouras tão 
 popularmente encontrados em bairros periféricos. 
 Contudo, para o nosso espanto, foi possível observar que mesmo que a pesquisa sendo 
 realizada em um bairro com atenção do poder público, ainda assim houve uma considerável 
 presença de caos apontados por nossos entrevistados: 
 10 
 Nota-se que a presença de ruído, música alta, gritaria e confusão foi o item mais votado 
 entre os entrevistados, talvez seja reflexo do horário em que essas pessoas permanecem em 
 suas residências: 
 Esse dado pode ser intimamente ligado à faixa etária anteriormente explorada, onde o 
 maior público de entrevistados estão acima dos 30 anos de idade, ou seja, permanecem o turno 
 11 
 do dia em atividade laboral, enquanto que descansam em suas residências no período noturno, 
 ao qual é propício de incômodo sonoro de festas particulares ou públicas. 
 Houve um expressivo número de votos no item que aponta a presença de pedintes e de 
 terrenos baldios, ou seja, propício ao acobertamento de pontos de violência, inclusive, a 
 resposta dos entrevistados quanto ao questionamento de assaltos foi ligeiramente alto, vindo a 
 atingir assim, 35% destes: 
 Como havia dito anteriormente, esta região possui a presença do poder público, com 
 incentivo ao esporte, à cultura, além dos serviços de saúde, transporte público e policiamento, o 
 que reflete na diminuição da periculosidade e influência das mazelas sociais aos que ali 
 residem, como bem apontado pelos entrevistados: 
 12 
 13 
 14 
 Essa presença de atividades do poder público traz a sensação da presença de 
 segurança e ordem, o que reflete nas respostas dos entrevistados que percebem que há 
 iluminação pública, pavimentação, promoção ao esporte e cultura, policiamento, postos de 
 saúde, entre outros. 
 Torna-se não propício ao aumento da criminalidade e proporciona a sensação de 
 segurança vista em nossa pesquisa com entrevistados desta região. 
 Referências Bibliográficas 
 Beato Filho, C. C.; Caminhas, D. A. Medo do crime em Minas Gerais: um olhar 
 aproximativo de suas causas. In: Anais do XIV Congresso Brasileiro de Sociologia, Sociedade 
 Brasileira de Sociologia, Rio de Janeiro, 2009. 
 Cardia, N. Exposição à violência: seus efeitos sobre valores e crenças em relação a 
 violência, polícia e direitos humanos . Lusotopie, nº 10, p. 299-328, 2003. 
 Tokarnia, M. (2022). Jovens negros têm menos acesso ao mercado de trabalho, diz 
 pesquisa . Recuperado de: 
 https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-11/jovens-negros-tem-menos-acesso-ao 
 -mercado-de-trabalho-diz-pesquisa 
 CASO 3 - Faça uma descrição das instâncias de controle social formal de seu país. A 
 descrição deve fornecer dados sobre estrutura e funções. 
 15 
 Conceitua-se controle social como “qualquer influência volitiva dominante, exercida por 
 via individual ou grupal sobre o comportamento de unidades individuais ou grupais, no sentido 
 de manter-se uniformidade quanto a padrões sociais.” (Souto e Souto, 2003, pp.187-188). 
 Sendo assim, qualquer instrumento que seja capaz de influenciar o ser humano a seguir 
 o ritmo da pacificidade na convivênciaem sociedade, é tido como Controle Social. Manifesta-se 
 “através da família, da educação, da medicina, da religião, dos partidos políticos, dos meios 
 massivos de comunicação, da atividade artística, da investigação científica etc” (Zaffaroni, 2011, 
 p. 63). 
 De acordo com os doutrinadores Alfonso Serrano Maíllo e Luiz Regis Prado (2016, 
 p.243): [...]existe uma série de sanções sociais informais que também possuem um sólido efeito 
 preventivo: a maioria das pessoas não delinque, pois, caso forem descobertas, teriam de 
 enfrentar a desaprovação de sua família e de seus amigos, colocando em perigo seu trabalho e 
 muitas outras coisas, tendo, assim, um custo elevadíssimo para o sujeito. (Maíllo; Prado, 2016, 
 p.243) 
 Assim, o Controle Social se divide em informal e formal, onde o primeiro é volátil, 
 característico de pequenos grupos sociais, tais como: família, círculo de amizades, igreja, 
 colegas de trabalho, pequenas sociedades, tribos, aldeias, entre outros; onde é executado por 
 recomendações e reprovação de condutas discordantes do acordado realizado entre o grupo 
 sem a necessária formalização. 
 Com esse entendimento, Gomes e Molina (2000, p. 121) dissertam o seguinte: 
 Os agentes de controle social informal tratam de condicionar o 
 indivíduo, de discipliná-lo através de um largo e sutil processo que 
 começa nos núcleos primários (família), passa pela escola, pela 
 profissão, pelo local de trabalho e culmina com a obtenção de sua 
 aptidão conformista, interiorizando no indivíduo as pautas de conduta 
 16 
 transmitidas e aprendidas (processo de socialização) (Gomes; Molina, 
 2000, p.121). 
 Quanto ao formal, é afeto às atividades reguladoras das autoridades estatais para que 
 haja o controle das atitudes transgressoras das normas de conduta, disciplinado pelo sistema 
 jurídico, quais sejam: Justiça, Ministério Público e Polícia, auxiliados por leis e seus 
 regulamentos. 
 Segundo Muñoz Conde (2005, p. 8;11), “Para regular a convivência entre os homens, 
 estabelecem-se normas vinculantes que devem ser respeitadas pelas pessoas enquanto 
 membros da comunidade. O acatamento dessas normas é uma condição indispensável para a 
 convivência em sociedade. A ordem jurídica e o Estado não são, por conseguinte, mais que um 
 reflexo ou superestrutura de uma determinada ordem social incapaz, por si mesma, de regular 
 a convivência de um modo organizado e pacífico. Na medida em que a ordem social seja 
 auto-suficiente, poderemos prescindir da ordem jurídica e do Estado”. 
 Em nosso país, o controle social formal é classificado em três instâncias, cuja primeira é 
 de incumbência da Polícia, enquanto que a segunda está a cargo do Ministério Público e a 
 terceira por conta do Poder Judiciário. 
 Gonzaga (2019) afirma o seguinte sobre o controle social formal: 
 Para completar o estudo acerca dos controles sociais, destacam-se os 
 chamados formais, ou seja, exercidos sob a influência e coordenação 
 do Estado. Os principais estudados na área da Criminologia são a 
 Polícia, o Ministério Público e o Poder Judiciário.” (Christiano Gonzaga, 
 2019, p. 75) . 
 Sigamos assim a descrição da atividade de cada órgão listado. 
 Primeira Instância - Polícia 
 17 
 A primeira instância possui cunho preventivo e repressivo exercido pelas forças policiais. 
 Esta é incumbida de fiscalizar os atos criminosos garantindo a ordem pública e assim evitar o 
 cometimento de atos reprováveis à sociedade. 
 No artigo 144 da Constituição Federal/88, há a organização da polícia, visto que no 
 Brasil temos múltiplos órgãos policiais: 
 Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e 
 responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem 
 pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos 
 seguintes órgãos: 
 I - polícia federal; 
 II - polícia rodoviária federal; 
 III - polícia ferroviária federal; 
 IV - polícias civis; 
 V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
 VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. 
 § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, 
 organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se 
 a: 
 I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em 
 detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas 
 entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras 
 infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional 
 e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; 
 II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
 contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de 
 outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; 
 III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de 
 fronteiras; 
 IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da 
 União. 
 18 
 § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e 
 mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da 
 lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
 § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e 
 mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da 
 lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
 § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, 
 incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia 
 judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 
 § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da 
 ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das 
 atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de 
 defesa civil. 
 § 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do 
 sistema penal da unidade federativa a que pertencem, cabe a 
 segurança dos estabelecimentos penais. 
 § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças 
 auxiliares e reserva do Exército subordinam-se, juntamente com as 
 polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos 
 Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
 § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos 
 responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a 
 eficiência de suas atividades. 
 § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à 
 proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
 § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos 
 relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. 
 § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem 
 pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias 
 públicas: 
 I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além 
 de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o 
 direito à mobilidade urbana eficiente; e 
 II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos 
 Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus 
 agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. 
 19 
 Em resumo, a Polícia Federal trata de assuntosde interesse da ordem pública nacional. 
 Apura delitos que afetam o país, além de emitir passaportes, bem como realiza o combate à 
 corrupção, pois é crime que causa prejuízo aos bens e recursos públicos da União. 
 Enquanto que, a Polícia Rodoviária Federal além de fiscalizar, realiza patrulha e 
 policiamento nas rodovias e estradas federais, além de atender às vítimas de acidentes e 
 verificar o cumprimentos das leis de trânsito pelos motoristas. O mesmo prevalece para a 
 polícia ferroviária, onde só altera o local de fiscalização, qual seja, ferrovias. 
 Já a Polícia Civil realiza a investigação de crimes previstos na legislação. Ela é a 
 responsável por elaborar os boletins de ocorrência e periciar provas e indícios de crime que 
 auxiliem na resolutividade dos crimes praticados em sua jurisdição. 
 No que tange a Polícia Militar, exerce o patrulhamento em espaços públicos e atende às 
 chamadas de emergência, enquanto que, realiza abordagens e revistas de pessoas suspeitas 
 nas ruas. Já o Bombeiro exerce a atividade de defesa civil. 
 Quanto à Polícia Penal, esta é responsável pela custódia daqueles que estão cumprindo 
 pena. Incumbida da manutenção da ordem e disciplina de todo o sistema prisional. 
 Segunda Instância - Ministério Público 
 O Ministério Público é o órgão que, munido das informações angariadas pelas polícias, 
 realiza o processamento judicial. 
 Na Constituição Federal/88, o artigo 127 reza as seguintes funções institucionais: 
 I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
 II – zelar elo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de 
 relevância pública aos direitos assegurados na Constituição , 
 promovendo as medidas necessárias a sua garantia. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 20 
 III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
 patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses 
 difusos e coletivos; 
 IV – promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para 
 fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na 
 Constituição ; 
 V – defender judicialmente os direitos e interesses das populações 
 indígenas; 
 VI – expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua 
 competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, 
 na forma da lei complementar respectiva; 
 VII – exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei 
 complementar mencionada na Constituição ; 
 VIII – requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito 
 policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações 
 processuais; 
 IX – exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que 
 compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação 
 judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
 Enfim, é o Ministério Público que proporciona à população a sensação de que o trabalho 
 policial foi útil para o ingresso de uma ação penal, a qual poderá recair no exercício de uma 
 possível punição para aqueles que violaram as leis mostrando à sociedade que há a prática da 
 justiça nas mãos da justiça penal. 
 Terceira Instância - Poder Judiciário 
 É no Poder Judiciário que aquele que está sendo acusado tem o direito de exercer o 
 devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa antes de possíveis condenações. 
 Há duas instâncias de processamento dos casos que são levados ao Judiciário, dos 
 quais, o primeiro grau é a porta de entrada por onde se inicia a maior parte dos processos que 
 são analisados e julgados por um juiz, são as varas ou seções judiciárias onde atuam o juiz de 
 Direito, enquanto que a segunda instância é o meio de recorrer daquilo que foi julgado. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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 A a Constituição Federal /88, nos artigos 92 ao 126 prevê que a organização do Poder 
 Judiciário é composta por vários órgãos que estão divididos por área de atuação em dois graus 
 de jurisdição, quais sejam: Justiça Comum, Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça 
 Militar. 
 Referência Bibliográfica 
 Durkeim, E (1995). As Regras do Método Sociológico. Lisboa: Editorial Presença. 
 Gomes,L. F.; Molina, A.G. (2000). Criminologia: introdução a seus fundamentos teóricos: 
 introdução às bases criminológicas da lei 9.099/95 - Lei dos Juizados Especiais Criminais. São 
 Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 
 Muñoz Conde, F. (2005). Direito penal e controle social. Tradução de Cintia Toledo 
 Miranda Chaves. Rio de Janeiro: Forense. 
 Sabadell, A. L. (2010). Manual de sociologia jurídica. São Paulo. 
 Zaffaroni, E.R., (2011). et al. Direito Penal brasileiro. Teoria geral do Direito Penal. Rio 
 de Janeiro: Revan. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988

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