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ED IX Avaliação 2021

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ESTUDOS DISCIPLINARES IX Avaliação 2021 COM GABARITO 
 
PERGUNTA 1 
Analise o texto e a charge a seguir. 
Já se sabe que problemas psicológicos atingem grande parte da população ativa: a pressa para 
fazer mais em menos tempo, a urgência para terminar e entregar as tarefas, a pressão por 
resultados, a ansiedade, a autocobrança para ser o melhor profissional, além dos problemas 
externos à empresa, que também podem influenciar negativamente o rendimento do colaborador. 
Por esse motivo, líderes e empresas precisam prestar muita atenção ao que acontece com os seus 
colaboradores, pregar valores positivos entre eles, compreender suas dificuldades circunstanciais 
e oferecer-lhes apoio e respeito. As relações dentro de uma empresa não precisam ser baseadas 
apenas em competitividade. Com a empatia, é possível construir, no ambiente de trabalho, laços 
de convivência preponderantemente respeitosos. 
Disponível em: http://oreporterregional.com.br/noticia/809/empatia. Acesso em: 26 set. 2018 (com 
adaptações). 
 
 
Disponível em: http://b2midia.com.br/new/wp-content/uploads/2017/01/empatia2.jpg. Acesso em: 
08 mai. 2018. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, é possível criar uma interação pessoal mais positiva entre líderes e 
colaboradores, além de laços de convivência mais respeitosos no ambiente corporativo. 
II. A charge direciona seu foco para o exercício de se colocar no lugar de outra pessoa, para o 
exercício da empatia. 
III. Os elementos visuais da charge remetem a um ambiente sincero e natural, mas carregado de 
sentimentos como o egocentrismo e o individualismo. 
IV. A charge e o texto denunciam a agressividade à qual os colaboradores estão sendo submetidos 
no ambiente corporativo. 
É correto o que se afirma em: 
a. I, II, III e IV. 
b. I, II e III, apenas. 
c. II, III e IV, apenas. 
d. I e II, apenas. 
e. I, II e IV, apenas. 
 
 
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PERGUNTA 2 
Leia os fragmentos dos textos a seguir. O primeiro aborda a lenda das cobras Norato e Caninana. 
O segundo apresenta a definição da lenda como gênero textual. 
 
Texto 1 
No paranã do Cachoeiri, entre o Amazonas e o Trombetas, nasceram Honorato e sua irmã Maria, 
Maria Caninana. A mãe sentiu-se grávida quando se banhava no rio Claro. Os filhos eram gêmeos 
e vieram ao mundo na forma de duas serpentes escuras. Cobra Norato era forte e bom. Nunca fez 
mal a ninguém. Maria Caninana era violenta e má. Alagava as embarcações, matava os náufragos, 
atacava os mariscadores que pescavam, feria os peixes pequenos. No porto da Cidade de Óbitos, 
no Pará, vive uma serpente encantadora, dormindo, escondida na terra, com a cabeça debaixo do 
altar da Senhora Sant'Ana, na Igreja que é da mãe de Nossa Senhora. ... se a serpente acordar, a 
Igreja cairá. Maria Caninana mordeu a serpente para ver a Igreja cair. A serpente não acordou, mas 
se mexeu. A terra rachou, desde o mercado até a Matriz de Óbidos. Cobra Norato matou Maria 
Cananina porque ela era violenta e má. E ficou sozinho, nadando nos igarapés, nos rios, no silêncio 
dos paranãs. 
CASCUDO, L. C. Lendas brasileiras para jovens. São Paulo: Global, 2015. 
Texto 2 
Lenda: narrativa ou crendice acerca de seres maravilhosos ou encantatórios, de origem humana 
ou não, existente no imaginário popular. Trata-se de história, também chamada legenda, cheia de 
mistério e fantasia, de origem no conto popular, que nasceu com o objetivo de explicar 
acontecimentos que teriam causas desconhecidas. Nessa busca do maravilhoso, o ser humano 
sempre procurou dar sentido à movimentação dos astros, à migração de animais, aos fenômenos 
naturais, etc. Essa narrativa de caráter maravilhoso pode também se referir a um fato histórico que, 
centralizado em torno de algum herói popular (revolucionário, santo, guerreiro), se amplifica e se 
transforma sob o efeito da invocação poética ou da imaginação popular. Desse modo, como o conto 
popular oral, apresenta algumas características básicas: (i) rica em ações e situações antigas; (ii) 
permanência no tempo; (iii) de autoria anônima ou desconhecida; (iv) transmissão e divulgação de 
geração em geração entre pessoas e comunidades; (v) convergência das ações para o tema ou 
foco da lenda, como a busca, por exemplo, de um mundo feliz, de paz, de justiça, etc.; (vi) sequência 
lógica no tempo e no espaço narrativo; (vii) destaque de algum personagem por seus poderes 
sobrenaturais ou atos de heroísmo; (viii) relação direta da história com o momento histórico da 
região e da comunidade que a cria; (ix) final emblemático, com desenlace maravilhoso ou 
extraordinário. 
COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. A história da lenda do texto 1 tem fundo maniqueísta, pois revela a disputa entre o bem e o mal, 
com final moralista. 
II. De acordo com o texto 2, a lenda caracteriza-se como crendice fantasiosa e imaginativa e, por 
isso, não tem validade no conhecimento dos fenômenos (naturais ou sociais). 
III. Na lenda do texto 1, observam-se algumas características enumeradas pelo texto 2, como a 
busca de justiça, o destaque de algum personagem por seus poderes sobrenaturais ou atos de 
heroísmo e o desenlace maravilhoso ou extraordinário. 
É correto o que se afirma somente em: 
a. I. 
b. II. 
c. III. 
d. I e III. 
e. II e III. 
 
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PERGUNTA 3 
(Enade 2018). Leia o infográfico a seguir. 
 
 
 
 
Disponível em: https://cib.org.br/wp-content/uploads/2018/06/2018.06.26.Top5_Portugues.pdf. 
Acesso em: 18 jul. 2018 (com adaptações). 
Considerando o infográfico apresentado, avalie as afirmativas. 
I. A distribuição da área plantada com transgênicos no mundo reflete o nível de desenvolvimento 
econômico dos países. 
II. Os Estados Unidos da América têm a maior área plantada de algodão transgênico no mundo. 
III. O hemisfério norte concentra a maior área de produção transgênica. 
IV. A área de produção de soja transgênica é maior no Brasil do que na Argentina. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a. I e II. 
b. I e IV. 
c. III e IV. 
d. I, II e III. 
e. II, III e IV. 
 
PERGUNTA 4 
Leia os textos a seguir. 
Texto 1 
Brasil tem mais de 244 mil patentes e 422 mil marcas na 'fila' para registro 
 
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Com prazo médio de 11 anos para analisar uma patente, Brasil ocupa a 30ª posição no ranking 
mundial do setor. O maior entrave é o baixo número de examinadores no Inpi. 
Daniel Silveira 
O Brasil fechou 2016 com um estoque de mais de 244 mil patentes e 422 mil marcas aguardando 
análise de registro. A lentidão desses processos afeta a competitividade e a capacidade de 
inovação da indústria nacional, segundo especialistas. Para analisar uma marca, o Instituto 
Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) demora cerca de 30 meses. Para patente, o prazo médio 
é de 10,8 anos, deixando o país na 30ª posição do ranking mundial de patentes. Os Estados Unidos, 
primeiro colocado, levam em média 2 anos e meio para analisar um pedido. Segundo o presidente 
do Inpi, o ideal seria reduzir os prazos para 4 anos, no caso das patentes, e 18 meses para marcas. 
“É o que permitiria que o Brasil pudesse assinar e participar do protocolo de Madri, que é um 
mecanismo jurídico que permite a apresentação de um pedido de marcas em vários países”, 
afirmou Pimentel. O Inpi empossou, nesta terça-feira (2), 70 novos servidores que serão 
encarregados pela análise de pedidos de registrosde marcas e patentes no país. Com o reforço 
no quadro, o instituto espera aumentar, até o ano que vem, em 160% a produção de patentes em 
relação a 2015 e em 14% o número de exames de marcas até 2020. (...) De acordo com o ministro 
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, a demora para o registro de marcas e 
patentes no Inpi é um “problema histórico e de longa data” que não será solucionado com a 
nomeação destes novos servidores. Segundo Pereira, são estudadas medidas para dinamizar o 
processo. “A equipe técnica do instituto está desenhando e redesenhando os processos que, nós 
cremos, poderá minimizar a situação”, disse. (...) Embora o aumento do quadro de pessoal permita 
ampliar o volume de análise, o estoque de patentes deverá se manter estável até 2020. O de 
marcas poderá cair 21% em relação ao ano passado. 
Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/brasil-tem-mais-de-244-mil-patentes-e-422-
mil-marcas-na-fila-para-registro.ghtml. Acesso em: 17 set. 2018 (com adaptações). 
Texto 2 
Brasil tem recorde de patentes em 2017 
Concessão de patentes é a maior em 17 anos. Um total de 6.250 pedidos foram deferidos pelo 
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). 
Ariadne Sakkis 
 
Em 2017, o Brasil teve o maior número de patentes concedidas nos últimos 17 anos. Levantamento 
da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que 6.250 pedidos foram deferidos pelo 
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), o mais alto desde o ano 2000, quando o país 
concedeu 6.695 pedidos. O número também é 30% maior em relação ao de 2016. "O resultado 
também reflete melhorias e contratações feitas pelo Inpi ao longo do ano", afirma o gerente-
executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves. Apesar do número recorde de 
concessões, o total de depósitos de patentes teve redução de 7,6% em relação a 2016, com 28.667 
 
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pedidos. Segundo o Inpi, as solicitações vieram de 84 países. Entre os 10 países que mais 
depositaram pedidos de patentes de invenção, estão: Estados Unidos (31%), Brasil (21%), 
Alemanha (7%), Japão (7%), França (5%), Suíça (4%), Holanda, China e Reino Unido (3% cada) e 
Itália (2%). 
Disponível em: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/inovacao-e-tecnologia/brasil-tem-
recorde-de-patentes-em-2017/. Acesso em: 17 set. 2018 (com adaptações). 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta. 
a. O principal entrave que afeta a competitividade e a capacidade de inovação da indústria nacional 
é a lentidão nos processos de análise de patentes, que duram cerca de 4 anos no Brasil e dois 
anos e meio nos Estados Unidos. 
b. A meta de aumento de análise de patentes em 160% para 2016, em relação a 2015, foi 
ultrapassada, já que, em 2015, foram concedidas 3.862 patentes e, em 2016, 4.771. 
c. Dos 244 mil pedidos de patentes que esperam registro no Inpi, o Brasil é detentor de 21% deles, 
o que perfaz um total aproximado de 51 mil pedidos. 
d. O número de pedidos de patentes de 2016 (28.667) corresponde a pouco mais de 11% do total 
de pedidos de patentes que esperam registro no Inpi. 
e. As contratações feitas pelo Inpi em 2017 constituem o principal motivo do aumento de concessão 
de pedidos de patentes, já que o número de pedidos de novos registros teve elevação entre 2015 
e 2016. 
 
PERGUNTA 5 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/491596115554673681/. Acesso em: 20 set. 2018. 
Gente que comenta sem ler 
Reflexões sobre uma epidemia digital 
Danilo Venticinque 
Clique em qualquer notícia de um grande portal, vá à seção de comentários e faça sua aposta: 
quantas pessoas realmente leram todo o texto antes de comentar? Quando comecei no jornalismo, 
ingênuo, acreditava que todos liam tudo. Os anos me tornaram cético. Hoje, tenho certeza de que 
o número é próximo de zero. Na internet, quase todos nós lemos muito mal. Num universo de leitura 
fragmentada, os comentaristas conseguem se destacar negativamente. Ao contrário dos outros 
 
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maus leitores, que prestam conta apenas às suas consciências, quem comenta deixa registrada, 
definitivamente, a sua falta de atenção. Só não morrem de vergonha disso porque sabem que 
ninguém notará suas falhas. Afinal, se quase ninguém lê as notícias, é seguro apostar que mesmo 
o mais absurdo dos comentários passará despercebido por todos. Exceto, é claro, por outros 
comentaristas. Quanto maior a audiência de uma notícia, maior a chance de a caixa de comentários 
se transformar numa sala de bate-papo delirante, sem nenhuma relação com o assunto original. 
Não importa se o texto é sobre a Petrobras, sobre novas marcas de esmalte ou sobre o álbum da 
Copa: sempre haverá uma desculpa para transformá-lo em palco para brigas políticas. Quando a 
vontade de expressar uma opinião é irresistível, a lógica é o que menos importa. 
(...) Sempre há um ou outro justiceiro que gasta seu tempo apontando incoerências nos 
comentários alheios. São criaturas exóticas: leem não só os textos, como também os comentários 
– e ainda se dão ao trabalho de notar quando não há qualquer relação entre uma coisa e outra. Os 
esforços desses bravos heróis são em vão: a horda de comentaristas enfurecidos imediatamente 
os descartará como lacaios de algum partido político ou, pior ainda, metidos a intelectuais. Bem-
feito. Quem mandou gastar seu tempo lendo um texto na internet? Comentários em redes sociais 
são ainda piores. Lá, não é necessário nem mesmo clicar na notícia para palpitar sobre ela. Basta 
ler o título do post que um amigo compartilhou e o campo de comentários estará logo abaixo, com 
todos os seus encantos. (...) No último primeiro de abril, o site da National Public Radio (NPR) 
aplicou uma pegadinha impiedosa em seus leitores: publicou, no Facebook, um texto com o título 
"Por que a América não lê". Centenas de pessoas comentaram o assunto. Algumas discordavam, 
indignadas. Outras concordavam e discorriam longamente sobre as causas desse fenômeno. O 
texto da notícia, que ninguém leu, explicava a piada e dizia algo como "os americanos leem, mas 
temos a impressão de que eles só olham o título antes de comentar". Eu não saberia dizer 
precisamente o que estava escrito lá: confesso que não li o texto da NPR. Vi o link no Facebook de 
um ou dois amigos e decidi comentar sobre o assunto mesmo assim. Por muito tempo, acreditei 
que a multidão que comenta sem ler era a escória da internet. Que o mundo seria melhor se 
lêssemos todos os textos antes de palpitar sobre eles. Eu estava errado. Hoje penso exatamente 
o contrário. A enorme maioria dos textos que circulam pela internet é inútil. Os comentaristas 
ensandecidos simplesmente decidiram parar de perder tempo com esse tipo de bobagem. São 
seres mais evoluídos do que nós. Basta aplicarem em algo útil todas as horas de leitura superficial 
que economizam e logo dominarão o mundo. Saber comentar sem ler é uma habilidade 
indispensável para ser bem-sucedido no mundo digital. Se você ainda não aderiu, pare de ler agora 
e junte-se a nós. Seja bem-vindo ao futuro. O próximo passo rumo à iluminação digital é aprender 
a não ler e não comentar. As discussões na internet, convenhamos, nunca mudaram a opinião de 
ninguém. Nos meus anos menos esclarecidos, li muitos debates em seções de comentários. Nunca 
vi um crítico do governo terminar uma discussão com "pensando bem, acho que a culpa não é da 
Dilma". Ou um ativista, após longas réplicas e tréplicas, decidir dar o braço a torcer: "diante de 
todos os argumentos aqui expostos, cheguei à conclusão de que #vaitercopa". As discussões 
virtuais são tão dispensáveis quanto as notícias que as antecedem. Abençoado seja quem guarda 
sua opinião para si e cultiva o silênciodigital. É o que vou fazer agora. Até a próxima semana. 
 
Disponível em: https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/04/gente-
que-bcomenta-sem-lerb.html. Acesso em: 20 set. 2018. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A charge apresenta um posicionamento oposto ao do artigo, uma vez que ela critica o ato de 
comentar sem ler e o autor do texto afirma que “comentar sem ler é uma habilidade indispensável 
para ser bem-sucedido no mundo digital”. 
II. A charge faz referência aos conhecidos macacos (“não vejo”, “não falo”, “não ouço”) e, ao 
modificar as características deles, elogia aquele que, em vez de ficar mudo, manifesta-se nas redes 
sociais. 
 
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III. De acordo com o artigo, o número de pessoas que comentam textos sem ler não é minoritário. 
É correto o que se afirma somente em: 
a. I e II. 
b. II e III. 
c. I e III. 
d. I. 
e. III. 
 
PERGUNTA 6 
(Enade 2018). Leia a imagem e os textos 1 e 2 a seguir. 
 
 
Texto 1 
A frase em latim “Ex Africa semper aliquid novi”, do escritor romano Caio Plínio, dita há 2.000 anos, 
significa “da África sempre há novidades a reportar”. A partir dessa ideia, o curador alemão Alfons 
Hugs montou a exposição “Ex Africa”, que conta com 18 artistas de oito países africanos e dois 
artistas brasileiros. A ideia da mostra é retratar a produção artística africana sem estereótipos aos 
quais estamos acostumados, como objetos de artesanato e referências iconográficas. 
Disponível em: https://www.1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/. Acesso em: 12 jul. 2018 (com 
adaptações). 
 
Texto 2 
Até as vésperas da era colonial era comum encontrar as imagens positivas sobre a África. Árabes 
e europeus descreveram as formas políticas africanas altamente elaboradas e socialmente 
aperfeiçoadas, entre as quais se alternavam reinos, impérios, cidades-estado, entre outras. Após 
a conferência de Berlim (1885), que definiu a partilha colonial da África, essas imagens “simpáticas” 
começaram a sombrear. Reinos e Impérios foram substituídos pelas tribos primitivas, em estado 
de guerra permanente, umas contra outras, para justificar e legitimar a Missão Civilizadora, que até 
hoje alimenta o imaginário da África no Brasil. 
VIEIRA, F. S.S. Do eurocentrismo ao afropessimismo: reflexão sobre a construção do imaginário 
“África” no Brasil. Em Debate. PUC-Rio, n. 03, 2006 (com adaptações). 
Com base nos textos apresentados, avalie as afirmativas. 
I. A África tem sido pensada, por muitos, como um único país, compreendida de forma monolítica, 
como se fosse formada por uma cultura única, ou, até mesmo, um lugar de povos sem cultura 
alguma, o que contribui e reforça a exclusão social das obras africanas do sistema de artes visuais. 
 
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II. Construídas sob a égide do clichê da miserabilidade, as clássicas representações sobre a África, 
que retratam o continente como um celeiro da tradição, do arcaísmo, da produção manufaturada e 
artesanal, são estereótipos que precisam ser superados, por serem incompatíveis com a 
multiplicidade de expressões artísticas africanas. 
III. Os estereótipos sobre o continente africano foram construídos a partir de interesses políticos, 
culturais e econômicos que sustentaram, durante séculos, projetos de exploração e ações 
excludentes. 
É correto o que se afirma em: 
a. I, apenas. 
b. III, apenas. 
c. I e II, apenas. 
d. II e III, apenas. 
e. I, II e III. 
 
PERGUNTA 7 
O infográfico a seguir, apresentado pelo IBGE e publicado pelo jornal O Globo, apresenta o 
comportamento do desempenho da indústria brasileira entre os anos de 2014 e 2016. Nesse 
infográfico, mostram-se as quedas percentuais da produção industrial em relação ao mês anterior. 
 
Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/2017-sera-ano-do-estancamento-da-queda-da-
industria-dizem-economistas-20855088. Acesso em: 12 set. 2018. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Entre 2014 e 2016, o desempenho da indústria brasileira foi negativo, com trinta e quatro quedas 
consecutivas. 
II. A queda de desempenho menos intensa para o setor industrial foi registrada em dezembro de 
2016, com índice de -0,1%. 
 
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III. No período representado no gráfico, a queda da produção acumulada para a indústria geral foi 
de 16,9%, sendo as indústrias de bens de capital e de consumo de bens duráveis as mais afetadas. 
IV. A queda menos intensa em dezembro de 2016 foi um indicativo seguro de que indústria 
brasileira teve um comportamento de desempenho positivo nos períodos subsequentes. 
É correto o que se afirma em: 
a. I, II e III, apenas. 
b. I, II, III e IV. 
c. II, III e IV, apenas. 
d. I e II, apenas. 
e. II e III, apenas. 
 
PERGUNTA 8 
Leia o texto a seguir. 
 
O mundo mediado por algoritmos: Sistemas lógicos que sustentam os programas de computador 
têm impacto crescente no cotidiano 
Bruno de Pierro – Revista Pesquisa Fapesp 
 
Os algoritmos estão em toda parte. Quando a bolsa sobe ou desce, eles geralmente estão 
envolvidos. Segundo dados divulgados em 2016 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
(Ipea), robôs investidores programados para reagir instantaneamente ante determinadas situações 
são responsáveis por mais de 40% das decisões de compra e venda no mercado de ações no país 
– nos Estados Unidos, o percentual chegou a 70%. O sucesso de uma simples pesquisa no Google 
depende de uma dessas receitas escritas em linguagem de programação computacional, que é 
capaz de filtrar em segundos bilhões de páginas na web – a importância de uma página, definida 
por um algoritmo, baseia-se na quantidade e na boa procedência de links que remetem a ela. Na 
fronteira da pesquisa em engenharia automotiva, conjuntos de algoritmos utilizados por carros 
autônomos processam informações captadas por câmeras e sensores, tomando instantaneamente 
as decisões ao volante sem intervenção humana. (...) Um algoritmo nada mais é do que uma 
sequência de etapas para resolver um problema ou realizar uma tarefa de forma automática, quer 
ele tenha apenas uma dezena de linhas de programação ou milhões delas empilhadas em uma 
espécie de pergaminho virtual. “É o átomo de qualquer processo computacional”, define o cientista 
da computação Roberto Marcondes Cesar Junior, pesquisador do Instituto de Matemática e 
Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP). (...) A construção de um algoritmo segue três 
etapas. A primeira consiste em identificar com precisão o problema a ser resolvido – e encontrar 
uma solução para ele. “O desafio é mostrar que a solução do problema existe do ponto de vista 
prático, que não se trata de um problema de complexidade exponencial, aquele para o qual o tempo 
necessário para produzir uma resposta pode crescer exponencialmente, tornando-o impraticável”, 
explica o cientista da computação Jayme Szwarcfiter, pesquisador da Universidade Federal do Rio 
de Janeiro (UFRJ). A segunda etapa consiste em descrever a sequência de passos no idioma 
corrente, para que todos possam compreender. Por último, essa descrição é traduzida para alguma 
linguagem de programação. Só assim o computador consegue entender os comandos – que podem 
ser ordens simples, operações matemáticas e até algoritmos dentro de algoritmos –, tudo em uma 
sequência lógica e precisa. (...) Um dos casos em que os algoritmos estão sendo utilizados é na 
automatização de investigações sobre pornografia infantil. Constantemente, os policiais apreendem 
grandes quantidades de fotos e vídeos no computador de suspeitos. Se existirem arquivos com 
pornografia infantil, o algoritmo ajuda a encontrá-los. “Expusemos o robôa horas de vídeos 
pornográficos da internet para extrair dados. Tivemos que ensinar a ele o que é pornografia”, conta 
Rocha. Depois, para que pudesse distinguir a presença de crianças, o algoritmo precisou “assistir” 
 
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a conteúdos de pornografia infantil apreendidos. “Essa etapa foi realizada estritamente por técnicos 
da polícia. Nós da Unicamp não tivemos acesso a esse material”, salienta. Rocha conta que a 
análise dos arquivos era feita sem muita automação. “Ao tornar esse processo mais eficiente, os 
investigadores da Polícia Federal ganharam tempo e capacidade para analisar maiores 
quantidades de dados”. O impacto dos algoritmos é objeto de análise de outros campos do 
conhecimento. “Algoritmos já estão desempenhando um papel moderador. Google, Facebook e 
Amazon conquistaram um poder extraordinário sobre o que encontramos hoje no campo cultural”, 
avalia Ted Striphas, professor de história da cultura e da tecnologia na Universidade do Colorado, 
Estados Unidos e autor do livro Algorithmic culture (2015), que examina a influência dessas 
ferramentas. O antropólogo norte-americano Nick Seaver, pesquisador da Universidade Tufts, nos 
Estados Unidos, dedica-se atualmente a um projeto baseado em pesquisa etnográfica e entrevistas 
com criadores de algoritmos de recomendação de músicas em serviços de streaming. Seu 
interesse é compreender como esses sistemas são desenhados para atrair usuários e chamar a 
sua atenção, trabalhando na interface de áreas como aprendizado de máquina e publicidade on-
line. “Os mecanismos que controlam a atenção e suas mediações técnicas tornaram-se objeto de 
grande preocupação. A formação de bolhas de interesse e de opinião, as fake news e a distração 
no campo político são atribuídas a tecnologias desenhadas para manipular a atenção dos usuários”, 
explica. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Um algoritmo, usado para resolver problemas de qualquer natureza, é uma forma organizada e 
sequencial de etapas. 
II. Considerando o número de linhas de código dos algoritmos apresentados no infográfico, 
podemos concluir que, para uma pessoa qualquer, é muito mais difícil usar o Facebook ® do que 
utilizar um Boeing 787. 
III. Para que um robô pudesse reconhecer pornografia infantil, foi necessário que ele fosse instruído 
por programadores da polícia, que inseriram em seus programas linhas de programação. 
IV. As fake news são desenhadas por algoritmos para manipular a atenção de usuários de 
computadores. 
É correto o que se afirma apenas em: 
a. I e II. 
b. I. 
c. III e IV. 
d. IV. 
e. I, III e IV. 
 
PERGUNTA 9 
(Enade 2018). Leia o texto e analise a ilustração a seguir. 
 
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As questões relacionadas a organismos geneticamente modificados deixaram, há muito tempo, de 
ser discutidas no âmbito acadêmico-científico. Também na arte, a transgenia ganhou lugar, 
ocupando o imaginário e a criatividade de artistas. Nesse campo, o brasileiro Eduardo Kac transita 
pela zona fronteiriça entre arte, ciência e tecnologia. Os trabalhos de Eduardo Kac têm sido exibidos 
em exposições internacionais. Em seu currículo, constam obras de arte transgênicas, como GFP 
Bunny, uma coelha geneticamente modificada cujo pelo emite fluorescência verde ao ser iluminado 
por luz ultravioleta. Ela foi batizada com esse nome em razão da proteína verde fluorescente (green 
fluorescente protein) obtida de uma água-viva do Pacífico e injetada em óvulos de coelhos albinos, 
procedimento efetivamente realizado em um centro de pesquisa na França. 
Disponível em: www.g1.globo.com/Noticias/PopArte/. Acesso em: 18 ago. 2018 (com adaptações). 
 
 
FONTAINE, C. Fotografia. Título: Alba, the fluorescent bunny, 2000. 
Disponível em: www.ekac.org/gfpbunny.html #gfpbunnyanchor. Acesso em: 18 ago. 2018 (com 
adaptações). 
A partir das informações apresentadas, avalie as afirmativas. 
I. A obra GFP Bunny, de Eduardo Kac, contribui para a ampliação dos horizontes artísticos por 
meio do uso da engenharia genética como técnica de criação artística. 
II. A obra GFP Bunny suscita várias questões, entre as quais se inclui a de caráter ético, como, por 
exemplo, a dos limites da pesquisa científica e do uso de aplicações tecnológicas. 
III. As obras de arte biotecnológicas promovem a circulação de conceitos do campo da arte e de 
técnicas laboratoriais, mas, ao mesmo tempo, banalizam a singularidade da produção do artista. 
É correto o que se afirma em: 
a. I, apenas. 
b. III, apenas. 
c. I e II, apenas. 
d. II e III, apenas. 
e. I, II e III. 
 
PERGUNTA 10 
(Enade 2018). Leia os textos 1 e 2 a seguir. 
 
http://www.ekac.org/gfpbunny.html
 
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Texto 1 
Com base em dados de 2015, estima-se que, no Brasil, haja em torno de 100 mil pessoas em 
situação de rua. A população que vivencia situação de rua é formada por pessoas que, em sua 
maioria, possuem menos que o necessário para atender às necessidades básicas do ser humano, 
estando no limite da indigência ou da pobreza extrema, com comprometimento da própria 
sobrevivência. A situação desse grupo excluído e marginalizado pode decorrer de diversos fatores, 
como desemprego estrutural, migração, uso prejudicial de álcool e outras drogas, presença de 
transtornos mentais, conflitos familiares, entre outros. 
HINO, P.; SANTOS, J. O.; ROSA, A. S. Pessoas que vivenciam situação de rua sob olhar da saúde. 
Revista Brasileira de Enfermagem. v. 71. Suplemento 1, p.732-740, 2018 (com adaptações). 
 
Texto 2 
O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 
(MDS) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), lançou uma 
campanha que objetiva valorizar a saúde como um direito humano de cidadania e ressaltar que as 
pessoas em situação de rua têm o direito de ser atendidas na rede de serviços do SUS. 
Disponível em: http://portalsaude.gov.br/index.php/cidadao/principal/campanhas-
publicitarias/19330-campanha-pop-rua. 
Acesso em: 11 set. 2018 (com adaptações). 
A respeito da população que vivencia situação de rua e considerando os textos apresentados, 
avalie as afirmativas. 
I. Na elaboração de políticas públicas, devem ser considerados os fatores pessoais e contextuais 
que levam pessoas a viver em situação de rua, o que exige o trabalho de equipes multidisciplinares, 
com o objetivo de assegurar direitos de saúde, dignidade e cidadania a essa população. 
II. A inexistência de endereço fixo que possibilite fazer cadastros oficiais e estabelecer contato 
quando necessário inviabiliza a inserção dos indivíduos em situação de rua nas políticas públicas 
de saúde, educação e moradia. 
III. A homogeneidade do grupo de pessoas que vivem em situação de rua contribui para o 
desenvolvimento das estratégias de acolhimento e de atendimento pelas equipes envolvidas em 
campanhas dirigidas a esse público. 
IV. A falta de moradia convencional e o comprometimento da identidade, da segurança, do bem-
estar físico e emocional e do sentimento de pertencimento são problemas vivenciados pelas 
pessoas que vivem em situação de rua e requerem atenção do poder público. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a. I e III. 
b. I e IV. 
c. II e III. 
d. I, II e IV. 
e. II, III e IV.