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Economia e Administração PROF. ELTON DIETRICH Matemática Financeira: Regimes de Capitalização Juros: Juros são uma recompensa para que uma pessoa ou uma instituição financeira deixe de receber hoje o que irá receber somente no futuro ou, no caso da poupança ou investimento, é uma recompensa pela abstinência de tomar posse hoje de um bem que ela necessita ou deseja, para faze-lo somente no futuro. Juro pode ser entendido como o custo do crédito ou a remuneração pelo capital aplicado durante um período de tempo. No caso de capital aplicado, ou seja, o adiamento do consumo, são formadas poupanças, extremamente importantes para a geração de novos investimentos na economia de um país. Matemática Financeira: Taxa de Juros Taxa de Juros: Taxa de juros é o coeficiente que determina o valor do juro, isto é, quanto o capital investido deverá ter de retorno durante um período de tempo. O valor da taxa de juros varia bastante, ele é afetado por: ◦ ações especulativas; ◦ crises econômicas; ◦ abundância ou falta de créditos; ◦ riscos envolvidos na operação; ◦ tempo de duração e o valor da operação (empréstimo ou investimento); ◦ações do governo; entre outras. Matemática Financeira: Taxa de Juros simples e composta Regime de Capitalização Simples - O valor dos juros, independente do período/ tempo é sempre calculado sobre o valor inicial do empréstimo, não se registrando juros sobre os juros acumulados ou juros sobre juros. Ano Saldo no início de cada ano Juros apurados para cada ano Saldo devedor no final de cada ano Crescimento anual do saldo devedor Início 1º ano - - 1.000,00 - Fim do 1º ano 1.000,00 0,10 X 1.000,00 = 100,00 1.100,00 100,00 Fim do 2º ano 1.100,00 0,10 X 1.000,00 = 100,00 1.200,00 100,00 Fim do 3º ano 1.200,00 0,10 X 1.000,00 = 100,00 1.300,00 100,00 Fim do 4º ano 1.300,00 0,10 X 1.000,00 = 100,00 1.400,00 100,00 Fim do 5º ano 1.400,00 0,10 X 1.000,00 = 100,00 1.500,00 100,00 Matemática Financeira: Taxa de Juros simples e composta Regime de Capitalização Composta, ou Juros Compostos, leva em conta os juros que são auferidos ao final de cada período de tempo. Ano Saldo no início de cada ano Juros apurados para cada ano Saldo devedor no final de cada ano Início 1º ano - - 1.000,00 Fim do 1º ano 1.000,00 0,10 X 1.000,00 = 100,00 1.100,00 Fim do 2º ano 1.100,00 0,10 X 1.100,00 = 110,00 1.210,00 Fim do 3º ano 1.210,00 0,10 X 1.210,00 = 121,00 1.331,00 Fim do 4º ano 1.331,00 0,10 X 1.331,00 = 133,10 1.464,10 Fim do 5º ano 1.464,10 0,10 X 1.464,10 = 146,41 1.610,51 Tipos de Regimes de Capitalização Regime de Capitalização: é o processo em que os juros são formados e incorporados ao capital inicial. Capitalização contínua: Regime em que a incorporação dos juros é processada em intervalos bem reduzidos, um dia por exemplo. Como não é um processo prático não é usado. Capitalização Descontínua: É o regime onde os juros auferidos são incorporados ao capital somente no final de cada período. Exemplo é a poupança. ◦ Se o capital for resgatado antes do final do período de apuração os juros de todo o período são perdidos pois estes são incorporados somente no dia que a aplicação faz aniversário (mês, semestre, ano, etc.). Cálculo dos Juros Simples onde: J = valor dos juros expressos em unidades monetárias; C = Valor do capital investido ou emprestado. É expresso em unidades monetárias i – Taxa de juros, expressa em sua forma unitária; (i de interest ou juros em Inglês) n – Prazo ou número de períodos . Por dedução Algébrica: J = C x i x n 𝑪 = 𝑱 𝒊 𝒙 𝒏 𝒊 = 𝑱 𝑪 𝒙 𝒏 𝒏 = 𝑱 𝑪 𝒙 𝒊 Regras Tanto o prazo da operação como a taxa de juros devem, necessariamente, estar expressos em uma mesma unidade de tempo. ◦ Se a taxa de juros está expressa em meses, exemplo 2,5% ao mês, e o período em trimestre ou anos, estes últimos devem ser convertidos para meses. ◦ 1 trimestre = 3 meses ◦ 1 ano = 12 meses ◦ 60 dias = 2 meses (mês comercial, considerar sempre 30 dias) Taxa percentual e taxa unitária As taxas de juros podem ser apresentadas na forma percentual ou na forma unitária. Para efeito de cálculos usar sempre a forma unitária; Taxa Percentual Taxa Unitária 1,5% 0,015 8% 0,08 17% 0,16 86% 0,86 120% 1,20 1,500% 15,0 Exemplo Um capital de R$ 80.000,00 é aplicado à taxa de 2,5% ao mês durante um trimestre. Determine o valor dos juros acumulados neste período. C = R$ 80.000,00 i = 2,5% a.m ou 0,025 (taxa unitária) n = 1 trimestre ou 3 meses J = ? J = Cin J = 80.000,00 * 0,025 * 3 J = R$ 6.000,00 Exercícios 1 – Um negociante tomou um empréstimo pagando uma taxa de juros simples de 6% ao mês durante 9 meses. Ao final deste período, calculou em R$ 270.000,00 o total de juros auferidos na operação. Determinar o valor do empréstimo. 2 – Um capital de R$ 40.000,00 foi aplicado num fundo de poupança por 12 meses, produzindo um rendimento financeiro de R$ 9.680,00. Qual a taxa de juros oferecida por esta operação? 3 – Uma aplicação de R$ 250.000,00, rendendo a uma taxa de juros de 1,8% ao mês produz, ao final de um determinado período, juros no valor de R$ 27.000,00. Calcular o prazo da aplicação. Montante Um capital aplicado a uma taxa periódica de juros por um determinado tempo produz um valor acumulado chamado de MONTANTE. O montante é identificado pela letra M. Montante é a soma do capital aplicado mais os juros auferidos durante o período da aplicação ou empréstimo. 𝑴 = 𝑪+ 𝑱 Como 𝑱 = 𝑪 𝒙 𝒊 𝒙 𝒏 Então 𝑴 = 𝑪+ 𝑪 𝒙 𝒊 𝒙 𝒏 Ou 𝑴 = 𝑪 𝒙 ( 𝟏 + 𝒊 𝒙 𝒏) Capital a partir do Montante Se for fornecido o valor do Montante, o período e a taxa de juros, Por transformação algébrica temos: 𝑪 = 𝑴 (𝟏+𝒊 𝒙 𝒏) O valor do Capital aplicado é chamado de Valor Presente e o Montante é chamado de Valor Futuro A expressão 𝟏 + 𝒊 𝒙 𝒏 é chamada de fator de capitalização, ou seja, se multiplicarmos o valor do capital investido por esta expressão teremos o valor futuro. Exercícios: 1 - Uma pessoa aplica R$ 18.000,00 à taxa de 1,5% ao mês durante 8 meses. Qual o valor apurado (montante) ao final deste período? M = C (1 + i*n) M = ? C = R$ 18.000,00 i = 1,5% ou 0,015 n = 8 M = 18.000,00 (1 + 0,015 * 8) M = 18.000,00 * 1,12 M = R$ 20.160,00 Exercícios: 2 – Uma dívida de R$ 900.000,00 irá vencer em 4 meses. O credor está oferecendo um desconto de 7% ao mês caso o devedor antecipasse o pagamento para hoje. Calcule o valor que deveria ser pago se esta oferta fosse aceita. Taxa Proporcional e Taxa Equivalente Toda a operação de capitalização envolve dois prazos: 1 - Prazo a que se refere a taxa de juros 2 - Prazo de capitalização ou ocorrência de juros Supondo um empréstimo bancário a uma taxa nominal de 24% ao ano: Se a periodicidade de ocorrência ou capitalização dos juros for ao final dos 12 meses, ou seja, se os juros incidirão sobre o capital somente no final do período, os dois prazos são considerados coincidentes. Exemplo: Crédito Direto ao Consumidor CDC (taxa e capitalização mensal) Se a periodicidade de capitalização dos juros for diferente (normalmente inferior) ao prazo da taxa de juros, devemos ratear o prazo da taxa ao período de capitalização. Exemplo: Caderneta de polpação onde a taxa é anual (6%) e a capitalização dos juros é mensal (0,5% ao mês) Para efeito de cálculo, prazos diferentes devem ser expressos na mesma base de tempo Taxa proporcional em juros simples No sistema de juros simples, para achar a taxa proporcional quando os prazos não são coincidentes, devemos dividir a taxa de juros considerada na operação, pelo número de períodos de capitalização. Exemplo: Uma taxa de 18% de juros ao ano que será capitalizada mensalmente (12 meses): 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑝𝑜𝑟𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 18% 12 = 1,5% ao mês. Aplicação: Operações de curtíssimo prazo como: cálculo de juros de mora, descontos bancários, apuração de juros sobre saldo devedor da conta bancária, etc. Em juros simplesestas taxas são chamadas também de nominal ou linear; Taxas de juros simples equivalentes: As taxas de juros simples se dizem equivalentes quando, aplicadas a um mesmo capital e pelo mesmo intervalo de tempo, produzem o mesmo montante linear de juros: Exemplo: Um capital de R$ 500.000,00, se aplicado a 2,5 ao mês ou 15% ao semestre, pelo prazo de um ano, produz o mesmo montante linear de juros 1 – J (2,5% a.m.) = R$ 500.000,00 * 0,025 * 12 = R$ 150.000,00 2 – J (15% a.s.) = R$ 500.000,00 * 0,15 * 2 = R$ 150.000,00 OBS: Este assunto será tratado com mais profundidade em juros compostos. Exemplo: 1 – Calcular a taxa anual proporcional a: (a) 6% ao mês, (b) 10% ao bimestre. ◦A) i = 6% *12 = 72% ao ano; ◦B) i = 10% * 6 = 60% ao ano 2 – Calcular a taxa de juros semestral proporcional a: (a) 60% ao ano, (b) 9% ao trimestre. ◦A) i = 60% / 2 = 30% ao semestre; ◦B) i = 9% / 3 * 6 = 18% ao semestre; Exercícios: 1 – Demonstre se 36% ao ano é proporcional a 12% ao trimestre%. 2 – Calcular o montante de um capital de R$ 600.000,00 aplicado à taxa de 2,3% ao mês pelo prazo de um ano e 5 meses; 3 – Uma dívida de de R$ 30.000,00 que irá vencer dentro de um ano é saldada 3 meses antes. Para sua quitação antecipada, o credor concede um desconto de 15% ao ano. Antecipar o valor da dívida a ser pago antecipadamente. Juro exato e Juro comercial: Em operações de curto prazo, é comum o prazo ser definido em número de dias. Neste caso o número de dias pode ser calculado de duas maneiras: A) Tempo Exato – Usa-se o calendário do ano civil onde são computados 365 dias. O juro apurado neste caso é chamado de Juro Exato 12% ao ano equivale a 𝟏𝟐% 𝟑𝟔𝟓 𝒅𝒊𝒂𝒔 = 0,032877% ao dia A) Ano comercial– Usa-se o calendário com meses de 30 dias onde são computados 360 dias. O juro apurado neste caso é chamado de Juro comercial ou ordinário 12% ao ano equivale a 𝟏𝟐% 𝟑𝟔𝟎 𝒅𝒊𝒂𝒔 = 0,0333333% ao dia Equivalência Financeira Dois ou mais capitais representativos de uma certa data, dizem-se equivalentes quando, a uma certa taxa de juros, produzem resultados iguais numa data comum ou Data Focal. Este é um conceito importante para a análise de investimentos e de riscos; Exemplo: R$ 120.00 vencíveis daqui a um ano e R$ 100,00 na data de hoje são equivalentes a uma taxa de juros simples de 20%, pois. M = 120,00 C = 100,00 i = 20% ao ano ou 0,20 n = 1 ano M = C * (1 + 0,20 * 1) -> M = 100,00 * 1,20 -> M = 120,00 C = M / ( 1 + 0,20 * 1) -> C = 120,00 / 1,20 -> C = 100,00 Equivalência Financeira Graficamente: M = 100,00 * (1 + 0,20 * 1) C = 120,00 / ( 1 + 0,20 * 1) R$ 100,00 R$ 120,00 Exemplo: Determinar se R$ 438.080,00 vencíveis daqui a 8 meses é equivalente a se receber hoje R$ 296.000,00, admitindo-se uma taxa de juros simples de 6% ao mês C = 296.000,00 M = 438.080,00 i = 6% ou 0,06 n = 8 meses M = 296.000,00 * (1 + 0,06 * 8) M = 296.000,00 * 1,48 = 438.080,00 C = 438.090,00 / (1 + 0,06 * 8) C = 438.080,00 / 1,48 = 296.000,00 Equivalência de Capitais Representação Gráfica Os capitais A1, A2, B1, B2 e B3 dizem-se equivalentes se, quando expressos em valores de uma data comum ou data focal e a mesma taxa de juros, apresentam resultados iguais. Sendo a data de comparação, ou momento focal = 0, tem-se: 𝑨𝟏 ( 𝟏+𝒊 𝒙 𝟏) + 𝑨𝟐 ( 𝟏+𝒊 𝒙 𝟐) = 𝑩𝟏 ( 𝟏+𝒊 𝒙 𝟑) + 𝑩𝟐 ( 𝟏+𝒊 𝒙 𝟒) + 𝑩𝟑 ( 𝟏+𝒊 𝒙 𝟓) Sendo o momento 6 escolhido como fata focal temos: 𝑨𝟏 𝟏 + 𝒊 𝒙 𝟓 + 𝑨𝟐 𝟏 + 𝒊 𝒙 𝟒 = 𝑩𝟏 𝟏 + 𝒊 𝒙 𝟑 + 𝑩𝟐 𝟏 + 𝒊 𝒙 𝟐 + 𝑩𝟑 𝟏 + 𝒊 𝒙 𝟏 0 1 2 3 4 5 n A1 A2 B1 B2 B3 Exemplo: Vamos supor que A deva para B R$ 130.000,00 e irá restituir este valor em dois pagamentos de: 1 – R$ 50.000,00 de hoje em 4 meses; 2 – R$ 80.000,00 de hoje em 8 meses; Devido a sua previsão de fluxo de caixa, A está com dificuldades de pagar desta forma e fez a seguinte proposta: 1 – R$ 10.000,00 na data de hoje; 2 – R$ 30.000,00 de hoje em 6 meses; 3 – R$ o restante (X) de hoje em 12 meses; Sabendo-se que B cobra uma taxa de 2% ao mês, pede-se apurar o valor a ser pago no final de 12 meses de maneira que este valor seja equivalente ao que ele receberia originalmente. Solução do problema: Considerando a data focal = 0 (hoje) 𝟓𝟎.𝟎𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝟏+𝟎,𝟎𝟐 𝒙 𝟒 + 𝟖𝟎.𝟎𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝟏+𝟎,𝟎𝟐 𝒙 𝟖 = 10.000,00 + 𝟑𝟎.𝟎𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝟏+𝟎,𝟎𝟐 𝒙 𝟔 + 𝑿 𝟏+𝟎,𝟎𝟐 𝒙 𝟏𝟐 46.296,30 + 68.695,50 = 10.000,00 + 26.785,70 + 𝑿 𝟏,𝟐𝟒 115.261,80= 36.785,70 + 𝑿 𝟏,𝟐𝟒 𝑿 𝟏,𝟐𝟒 = 78.476,10 X = 78.476,10 x 1,24 X = 97.310,40 Solução do problema Considerando a data focal = 12 ( Final do período) 𝟓𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝒙 𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟐 𝒙 𝟖 + 𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝒙 (𝟏 + 𝐗 = 𝐑$ 𝟗𝟖. 𝟒𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Juros Compostos.... Regime de capitalização onde os juros do período são acrescidos ao capital formando o montante. No período seguinte este montante passa a ser o capital do próximo período – Juros sobre Juros Fórmula de Cálculo 𝑭𝑽 = 𝑷𝑽(𝟏 + 𝒊)𝒏 Onde: FV = Valor Futuro ou Montante PV = Valor Presente ou Capital i = taxa no período n = Período Juros Compostos Por transformação algébrica Cálculo do Valor Presente ou Capital (𝟏 + 𝒊)𝒏 = Fator de Capitalização ou valor Futuro. É expresso como FCC (i , n) 𝟏 (𝟏+𝒊)𝒏 = Fator de atualização ou Valor Presente. É expresso como FAC (i , n) 𝑷𝑽 = 𝑭𝑽 (𝟏 + 𝒊)𝒏 Juros compostos Representação Gráfica OBS: por esta representação é possível observar que tanto PV como FV podem ser calculados em qualquer momento do período de capitalização FV = PV * FCC (i , n) PV = FV * FAC (i , n) PV PV FV FV Exemplos: 1. Se uma pessoa deseja obter R$ 27.500,00 dentro de um ano, quanto deverá depositar hoje numa alternativa de poupança que rende 1,7% de juros compostos ao mês? FV = R$ 27.500,00 N = 1 ano (12 meses) i = 1,7% ao mês (0,017) PV = ? 𝑃𝑉 = 𝐹𝑉 (1 + 𝑖)𝑛 𝑃𝑉 = 27.500,00 (1 + 0,017)12 𝑃𝑉 = 27.500,00 1,224197 PV = R$ 22.463,70 Valor monetário dos Juros Sabe-se que o valor dos juros (J) é apurado pela diferença entre o Valor Futuro 𝐽 = 𝐹𝑉 − 𝑃𝑉 Como 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 𝑥 1 + 𝑖 𝑛 Então 𝐽 = 𝑃𝑉 𝑥 ( 1 + 𝑖 𝑛 - 1) Valor Monetário dos Juros Diferente dos juros simples que possuem um crescimento linear durante o período, os juros compostos crescem de forma exponencial Exercício 1 Qual o valor de resgate de uma aplicação de R$ 12.000,00 em um título pelo prazo de 8 meses à taxa de juros compostos de 3,5% ao mês. Resposta: R$ 15.801,71 Exercício 2 Determinar a taxa mensal composta de juros de uma aplicação de R$ 40.000,00 que produz um montante de R$ 43.894,63 ao final de uma quadrimestre. Resposta: 2,35% a.m Exercício 3 Uma aplicação de R$ 22.000,00 efetuada em certa data produz, à taxa composta de juros de 2,4% ao mês, um montante de R$ 26.596,40 em certa data futura. Calcular o prazo da operação. Resposta: 8 meses. Exercício 4 Determinar o juro pago de um empréstimo de R$ 88.000,00 pelo prazo de 5 meses à taxa composta de 4,5% ao mês. Resposta: 21.664,02 Posso usar J = FV – PV Ou 𝐽 = 𝑃𝑉 𝑥 ( 1 + 𝑖 𝑛 - 1) Antecipação ou adiamento de pagamentos O valor presente (FV) não precisa estar obrigatoriamente ao momento zero Usar a fórmula do Valor Presente com n igual aos meses de antecipação O mesmo se aplica para o adiamento de pagamentos Usar a fórmula do Valor Futuro com n igual aos meses de atraso. OBS: Em juros compostos, problemas envolvendo FV e PV permitem capitalizações mesmo com diversos valores de prestações. Exemplo: Considere o seguinte fluxo de prestações para pagamento de uma dívida tomada: Calcula o pagamento em valor único no momento zero à taxa de 3% ao mês. 𝑃𝑉 = ൗ15.000 1,032 + ൗ 40.000 1,035 + ൗ 50.000 1,036 + ൗ 70.000 1,038 PV = R$ 145.776,15 R$ 15.000,00 R$ 40.000,00 R$ 50.000,00R$ 70.000,00 0 2 5 6 8 42 Taxas equivalentes – Juros Compostos Duas taxas equivalentes, quando aplicadas a um mesmo capital inicial (principal ou PV), durante um mesmo período de tempo, produzem o mesmo capital disponível (montante ou FV) acumulado ao final daquele período. astmd iiiii 11111 2412360 Taxas equivalentes – Juros Compostos Em juros compostos, para acharmos a taxa equivalente de uma determinada taxa apresentada, devemos usar a fórmula: Onde q = número de períodos de capitalização: Exemplo: Qual a taxa equivalente composta mensal de 10.3826% ao semestre. 𝑖6 = 6 1 + 0,103826 - 1 = 1.0166 -1 = 0,066 ou 1,66% a.m 𝑖𝑞= 𝑞 1 + 𝑖 - 1 Exemplo: Quais as taxas de juros compostos mensal e trimestral equivalentes a 25% ao ano? Mensal i = 25% a.a q = 12 meses 𝑖12= 12 1 + 0,25 - 1 𝑖12= 1,877% a.m Trimestral i = 25% a.a q = 4 trimestres 𝑖4= 4 1 + 0,25 - 1 𝑖4= 5.737% a.t Cuidados em relação a equivalência dos juros compostos Exemplo. Um banco divulga que a rentabilidade oferecida por uma aplicação é de 12% ao semestre ou 2% ao mês. Neste caso, R$ 10.000,00 renderiam R$ 11,200,00 ao final de 6 meses. Incorreto: R$ 10.000,00 aplicado por um semestre seria: 𝐹𝑉 = 10.000,00 𝑥 (1 + 0,02)6 = R$ 11.261,62 Correto 𝑖6 = 6 1,12 - 1 = 0,0191 = 1,91% a.m 𝐹𝑉 = 10.000,00 𝑥 (1 + 0.0191)6 = R$ 11.200,00 Taxa Efetiva e Taxa Nominal Taxa efetiva de juros é a taxa apurada durante todo o período ou prazo “n”. Exemplo: Uma taxa de 3,8% ao mês (juros compostos) equivale a uma taxa efetiva de 56,44% a.a. 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑖𝑓 = 1 + 𝑖 𝑞 - 1 onde q é o número de períodos 𝑖𝑓 = 1 + 0,038 12 - 1 = 56,44% ao ano - Unidade de tempo não coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização. - Exemplos (I) 12% a.a capitalizados mensalmente (II) 24% a.a capitalizados trimestralmente Uma taxa nominal de operação para um período de 1 ano por exemplo, como 36% a.a equivaleria uma taxa proporcional simples de 3% ao mês ou 36/12. Neste caso em juros composto, a taxa efetiva seria de 42,6% a.a 𝑖𝑓 = (1 + 0,36 12 )12−1 = 42,6% a.a Taxa Nominal Nomenclatura de Taxa de Juros Taxa Efetiva x Taxa Nominal Caderneta de Poupança: 6% a.a. ou 0,5 % ao mês? 0617,1 005,112 0 12 0 C CC 6,17% a.a. Taxa nominal : 6 % a.a. capitalizados mensalmente Taxa efetiva mensal: 0,5% a.m. Taxa efetiva anual: 6,17% a.a. As três taxas acima são Equivalentes pois quando aplicadas ao mesmo capital inicial, durante um mesmo prazo, produzem o mesmo montante. INFLAÇÃO É a elevação geral dos preços de todos os bens e serviços, fazendo com que o dinheiro perca valor, ou seja, aumento contínuo e generalizado dos preços A inflação alta é prejudicial para a economia de um país. Quando alta ou fora de controle, pode gerar diversos problemas e distorções econômicas. Taxas de inflação altas são aquelas que ficam acima de 6% ao ano. ◦ Desvalorização da moeda do país. ◦ Alta do dólar e aumento dos preços dos importados ◦ Diminuição dos investimentos no setor produtivo ◦ Clima econômico desfavorável ◦ Aumento da especulação financeira ◦ Elevação da taxa de juros ◦ Aumento do desemprego Topologias da inflação Inflação de demanda Inflação de custos Inflação Inercial Quando há um excesso de demanda para uma quantidade restrita de bens. Isso faz com que os preços dos bens subam. Quando ocorre aumentos nos custos de produção em virtude de quebras de safras, guerras, dificuldade de transporte, novos impostos, aumento dos custos dos insumos (Crise do petróleo em 1973 e 1979). Mesmo que todas as causas da inflação desapareçam os agentes continuam reajustando os preços, na expectativa que os preços subirão (Brasil no início dos anos 1990) •Quando um país privilegia o mercado externo em detrimento do mercado interno, a falta do produto nesse mercado interno poderá levar à inflação de demanda, conhecida como Inflação Exportada. •Quando ocorre aumento do preço de insumos no mercado internacional, pode haver uma inflação de custos, conhecida como inflação importada. Inflação exportada e Inflação importada Topologias da inflação • Em ambientes inflacionários a depreciação deve ser corrigida para que o dinheiro não perca seu valor durante o tempo Índices de Preço Procedimento estatístico que permite medir as variações ocorridas nos preços de um período para o outro No Brasil são usados vários índices de preços, originários de amostragens e critérios desiguais e elaborados por diferentes instituições Ex. IGP – Índice Geral de Preços da FGV para um determinado exercício. Índices de preços Mês Maio Junho Julho Agost o Setembro Outubro Novembr o Dezembro IGP 649,79 703,38 800,31 903,79 1.009,67 1.152,63 1.353,79 1.576,56 Para se apurar a inflação de um período devemos relacionar o índice do fim do final do período desejado com o índice do final do período anterior. Inflação do segundo semestre = 1.576,56 703,38 − 1 = 2,2414 = 124,14% Neste período os preços cresceram 2.2414 vezes. 𝐼 = 𝑃𝑛 𝑃𝑛 − 𝑡 − 1 I = taxa de inflação P = índice de preços usado n , n-t = respectivamente a data de determinação da taxa de inflação e o mês anterior ao período considerado. Cálculo da Inflação Para atualizar o valor monetário com base na inflação, basta multiplicar o valor original do bem ou serviço, verificado no início do período, pela inflação do período. Exemplo: Um imóvel comprado por R$ 60.000,00 foi vendido por R$ 80.000,00 após um ano. Considerando que a inflação no período foi de 40%, esta venda foi vantajosa ou não? 𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 80.000,00 60,000,00 − 1 = 33,31% Valor corrigido = 60.000,00 x 1,40 = 84.000,00 Não foi vantajosa a venda. Comportamento exponencial da inflação O comportamento da inflação se processa de maneira exponencial, da mesma forma que os juros compostos. Ex. Considere as taxas de inflação de 2,8%, 1,4% e 3,0% para os três primeiros meses de um ano. Um ativo de R$ 10.000,00 corrigido plenamente por esta inflação apresentaria os seguintes valores: 1º Mês = 10.000,00 * 1.028 = R$ 12.336,00 2º Mês = 12.336,00 * 1.014 = R$ 12.508,70 3º Mês = 12.508,70 * 1,030 = R$ 12.883,97 Inflação acumulada no trimestre Inflação no trimestre = 12.883,97 10.000,00 = 7,37 Inflação no trimestre = 𝑰𝒒 = ( 𝟏. 𝟎𝟐𝟖 𝒙 𝟏, 𝟎𝟏𝟒 𝒙 𝟏, 𝟎𝟑𝟎 ) − 𝟏 = 𝟕, 𝟑𝟕% Taxa Equivalente Mensal (Iq) = 3 1.0737 − 1 = 2,4% ao mês Séries Uniformes Chama-se série uniforme a uma série de "n" pagamentos (ou recebimentos) iguais e sucessivos. O primeiro ocorre no final do período 1 e o último no final do período "n" (conversão de final de período). As operações de pagamentos ou recebimentos podem ser periódicas e não periódicas e podem ser feitas pelo regime de capitalização de juros simples ou juros compostos. Tipos de Pagamentos Quanto ao tempo Temporária ou limitada: quando tem um número limitado de pagamentos; Indeterminada: quando tem um número indefinido de pagamentos. Quanto à constância ou periodicidade Periódicos: quando os pagamentos ocorrem em intervalo de tempo iguais; Não periódicos: quando os pagamentos ocorrem em intervalos de tempo variáveis. Quanto ao valor de pagamentos Fixo ou Uniformes: quando todos os pagamentos são iguais; Variáveis: quando os valores dos pagamentos ocorrem variam. d) Quanto ao vencimento do primeiro pagamento. Imediata: quando o primeiro pagamento ocorre exatamente no primeiro período da série; Diferida: quando o primeiro pagamento não ocorre no primeiro período da série, ou seja, ocorrerá em período subsequentes. e) Quanto ao momento dos pagamentos Antecipada: quando o primeiro pagamento ocorre no momento “0” da série de pagamentos (ato do negócio); Postecipada: quando o primeiro pagamento ocorre após o negócio (um período após o negócio). Classificação das Séries de pagamentos Fluxo de Caixa 0 1 2 3 4 n-1 n (tempo) PV PMT PMT PMT PMT PMT PMT 0 1 2 3 4 n-1 n(tempo) PV= valor dívida PMT = Prestações Do ponto de vista de quem vai receber os pagamentos Do ponto de vista de quem vai fazer os pagamentos Modelo padrão ou básico : quando renda ou série uniforme for, simultaneamente, temporária, constante, imediata, postecipada e periódica Temporária ou limitada – O prazo total do fluxo de caixa é conhecido a priori sendo finito em número de termos; Constantes – Os valores dos termos que compõe o fluxo de caixa serão iguais entre si; Imediata – O primeiro pagamento irá ocorrer no primeiro período da série; Postecipada - O primeiro pagamento/recebimento começa a ocorrer no final do primeiro período; Periódica – Os intervalos entre os pagamentos serão idênticos entre si. Modelo Padrão Cálculo do Valor Presente 0 1 2 3 4 n-1 n (tempo) PV PMT PMT PMT PMT PMT PMT 𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 (1+𝑖) + 𝑃𝑀𝑇 (1+𝑖)1 + 𝑃𝑀𝑇 (1+𝑖)2 + 𝑃𝑀𝑇 (1+𝑖)3 + 𝑃𝑀𝑇 (1+𝑖)4 +⋯ + 𝑃𝑀𝑇 (1+𝑖)𝑛−1 + 𝑃𝑀𝑇 (1+𝑖)𝑛 𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 𝑥 ( 1 (1+𝑖) + 1 (1+𝑖)1 + 1 (1+𝑖)2 + 1 (1+𝑖)3 + 1 (1+𝑖)4 +⋯ + 1 (1+𝑖)𝑛−1 + 1 (1+𝑖)𝑛 ) 𝑷𝑽 = 𝑷𝑴𝑻 𝒙 𝟏 − (𝟏 + 𝒊)−𝒏 𝒊 FV = PMT x (1 + i)n -1 i Exemplo: Determinado bem é vendido em 7 pagamentos mensais, iguais e consecutivos. Para uma taxa de 2,6% a.m., até que preço compensa adquirir o bem a vista. PMT = R$ 4.000,00 I = 2,6 a.m. 0,026 N = 7 PV = ? 𝑷𝑽 = 𝑷𝑴𝑻 𝒙 𝟏 − (𝟏 + 𝒊)𝒏 𝒊 𝑷𝑽 = 𝟒. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝒙 𝟏 − (𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟐𝟔)𝟕 𝟎, 𝟎𝟐𝟔 𝑷𝑽 = 𝟒. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝒙 𝟔, 𝟑𝟐𝟓𝟐𝟗𝟒 = 𝑹$ 𝟐𝟓. 𝟑𝟎𝟏, 𝟏𝟖 Exemplo: Um empréstimo de R$ 20.000,00 é concedido para pagamento em 5 prestações mensais, iguais e sucessivas de R$ 4.300,00. Calcular o custo mensal deste empréstimo. PMT = R$ 4.300,00 I = ? N = 5 PV = 20.000,00 𝑷𝑽 = 𝑷𝑴𝑻 𝒙 𝟏 − (𝟏 + 𝒊)−𝒏 𝒊 𝑷𝑽 = 𝟒. 𝟑𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝒙 𝟏 − (𝟏 + 𝒊)−𝟓 𝒊 𝒊 = 𝟐, 𝟒𝟔% Exemplo: Um empréstimo de R$ 20.000,00 é concedido para pagamento em 5 prestações mensais, iguais e sucessivas de R$ 4.300,00. Calcular o custo mensal deste empréstimo. PMT = R$ 4.300,00 I = ? N = 5 PV = 20.000,00 𝑷𝑽 = 𝑷𝑴𝑻 𝒙 𝟏 − (𝟏 + 𝒊)−𝒏 𝒊 𝑷𝑽 = 𝟒. 𝟑𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝒙 𝟏 − (𝟏 + 𝒊)−𝟓 𝒊 𝒊 = 𝟐, 𝟒𝟔% Exemplo: Uma pessoa irá necessitar de R$ 22.000,00 daqui a um ano para realizar uma viagem. Para tanto está fazendo uma economia mensal de de R$ 1.250,00 numa poupança que rende 4% ao mês. Determinar se esta pessoa terá o montante necessário. PMT = R$ 1.250,00 I = 4% - 0,04 N = 12 𝑭𝑽 = 𝟏. 𝟐𝟓𝟎, 𝟎𝟎 𝒙 𝟏. 𝟎𝟒𝟏𝟐 − 𝟏 𝟎, 𝟎𝟒 𝑭𝑽 = 𝟏. 𝟐𝟓𝟎, 𝟎𝟎 𝒙 𝟏𝟓. 𝟎𝟐𝟓𝟖𝟎𝟓 = 𝑹$ 𝟏𝟖. 𝟕𝟖𝟐, 𝟐𝟔 FV = PMT x (1 + i)n -1 i Sistemas de Amortização de Empréstimos e Financiamentos Desenvolvidos basicamente para operações de empréstimos e financiamentos de longo prazo Existem várias maneiras de amortizar uma dívida, o importante é que o processo seja previamente acordado entre o credor e o mutuário, devendo estar, preferencialmente, firmado em contrato. Para cada tipo de amortização é construída uma planilha financeira que relaciona os fluxos de pagamento e recebimento. Para este curso serão estudadas: ◦O Sistema de Amortização Constante – SAC ◦O Sistema de Amortização Francês – Tabela PRICE ou SAF Definições Básicas Encargos Financeiros (despesas) – Representam os juros da operação (custo para o devedor e retorno para o credor) ◦Pós-Fixado – Desmembramento entre juros e correção monetária (juro real) ◦Prefixados – Engloba os juros reais mais uma taxa de inflação, ou expectativa de inflação, prefixada. Amortização – Refere-se exclusivamente ao pagamento do principal. Parte do pagamento desvinculada dos juros e da correção monetária Definições Básicas Saldo Devedor – Representa o valor do principal da dívida em determinado momento, após a dedução do valor já pago a título de amortização. Prestação – É composto do valor da amortização mais os encargos financeiros devidos em determinado período de tempo ◦Prestação = Amortização + Encargos Financeiros Carência – Diferimento na data convencional de início do pagamento. Acordado entre as partes. Exemplo - FIES Sistema de Amortização Constante - SAC Amortizações do valor principal da dívida são sempre iguais ou constantes, durante todo o prazo da operação ◦O valor da amortização é obtido mediante a divisão do capital emprestado pelo número de prestações. Juros incidem sobre o saldo devedor. Como o montante da dívida é decrescente, os juros também são decrescentes. As prestações são periódicas e sucessivas e decrescem em progressão aritmética. Exemplo de construção da Tabela - SAC Supor a seguinte operação de empréstimo. ◦Valor principal: R$ 100.000,00 ◦Prazo da Operação: 5 anos ◦Taxa de Juros: 30% ao ano (efetiva) ◦Quitado em 10 prestações semestrais ◦Sem carência. Tabela - SAC Períodos (Semestres) Saldo Devedor Amortização Juros Prestação 0 R$ 100.000,00 R$ - R$ - R$ - 1 R$ 90.000,00 R$ 10.000,00 R$ 14.017,54 R$ 24.017,54 2 R$ 80.000,00 R$ 10.000,00 R$ 12.615,79 R$ 22.615,79 3 R$ 70.000,00 R$ 10.000,00 R$ 11.214,03 R$ 21.214,03 4 R$ 60.000,00 R$ 10.000,00 R$ 9.812,28 R$ 19.812,28 5 R$ 50.000,00 R$ 10.000,00 R$ 8.410,53 R$ 18.410,53 6 R$ 40.000,00 R$ 10.000,00 R$ 7.008,77 R$ 17.008,77 7 R$ 30.000,00 R$ 10.000,00 R$ 5.607,02 R$ 15.607,02 8 R$ 20.000,00 R$ 10.000,00 R$ 4.205,26 R$ 14.205,26 9 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 2.803,51 R$ 12.803,51 10 R$ - R$ 10.000,00 R$ 1.401,75 R$ 11.401,75 Total R$ 100.000,00 R$ 77.096,48 R$ 177.096,48 Expressões de cálculo do SAC 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑖𝑧𝑎çã𝑜 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 Taxa equivalente = No exemplo dado: 35% a.a. é equivalente à ? a.s 𝑖2= 2 1 + 0,30 - 1 = 1,30 - 1 = 14,0175% ao semestre 𝑖𝑞= 𝑞 1 + 𝑖 - 1 Expressões de cálculo do SAC Qual o valor dos juros em um determinado Período? Exemplo no período 7 ou sétimo semestre: 𝑗7 = 100.000,00 10 𝑥 10 − 7 + 1 𝑥 0,140175 𝑗7 = 10.000,00 𝑥 4 𝑥 0,140175 𝑗7 = 5.607,00 𝑗𝑡 = 𝑃𝑉 𝑛 𝑥 𝑛 − 𝑡 + 1 𝑥 𝑖 Expressões de cálculo do SAC Qual o valor da prestação (PMT) de um determinado Período? Exemplo no período 5 ou quinto semestre: PMT = Amortização + juros = PMT = 𝑃𝑉 𝑛 + ( 𝑃𝑉 𝑛 𝑥 𝑛 − 𝑡 + 1 𝑥 𝑖) 𝑃𝑀𝑇5 = 100.000,00 10 𝑥 1 + (10 − 5 + 1 𝑥 0,140175 𝑃𝑀𝑇5 = 10.000,00 𝑥 (1 + 6 𝑥 0,140175 𝑃𝑀𝑇5 = 10.000,00 𝑥 1.84105 = 𝑅$ 18.410,50 PMT = 𝑃𝑉 𝑛 (1 + 𝑛 − 𝑡 + 1 𝑥 𝑖) Sistema de Amortização Francês – SAF ou Tabela Price. No Sistema de Amortização Francês, as prestações são iguais, periódicas e sucessivas ◦Equivalem ao modelo padrão do fluxo de caixa ◦É o mais usado no Brasil O juros são decrescentes e as amortizações crescem pois as prestações permanecem iguais. Exemplo de construção da Tabela - SAC Supor a seguinte operação de empréstimo. ◦Valor principal: R$ 100.000,00 ◦Prazo da Operação: 5 anos ◦Taxa de Juros: 30% ao ano (efetiva) ◦Quitado em 10 prestações semestrais ◦Sem carência. Exemplo da tabela Price Períodos (Semestres) Saldo Devedor Amortização Juros Prestação 0 R$ 100.000,00 R$ - R$ - R$ - 1 R$ 94.833,05 R$ 5.166,95 R$ 14.017,50 R$ 19.184,45 2 R$ 88.941,82 R$ 5.891,23 R$ 13.293,22 R$ 19.184,45 3 R$ 82.224,79 R$ 6.717,03 R$ 12.467,42 R$ 19.184,45 4 R$ 74.566,20 R$ 7.658,59 R$ 11.525,86 R$ 19.184,45 5 R$ 65.834,07 R$ 8.732,13 R$ 10.452,32R$ 19.184,45 6 R$ 55.877,91 R$ 9.956,16 R$ 9.228,29 R$ 19.184,45 7 R$ 44.526,15 R$ 11.351,76 R$ 7.832,69 R$ 19.184,45 8 R$ 31.583,15 R$ 12.943,00 R$ 6.241,45 R$ 19.184,45 9 R$ 16.825,87 R$ 14.757,28 R$ 4.427,17 R$ 19.184,45 10 R$ - R$ 16.825,88 R$ 2.358,57 R$ 19.184,45 Total R$ 100.000,01 R$ 91.844,49 R$ 191.844,50 Expressões de cálculo do Sistema de Amortização Francês. - PRICE Cálculo da Prestação - PMT 𝑷𝑽 = 𝑷𝑴𝑻 𝒙 𝟏 − (𝟏 + 𝒊)−𝒏 𝒊 OU.. 𝑷𝑴𝑻 = 𝑷𝑽 𝟏 − (𝟏 + 𝒊)−𝒏 𝒊 𝑷𝑴𝑻 = 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝟏 − (𝟏 + 𝟎, 𝟏𝟒𝟎𝟏𝟕𝟓)−𝟏𝟎 𝟎, 𝟏𝟒𝟎𝟏𝟕𝟓 𝑷𝑴𝑻 = 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 𝟓. 𝟐𝟏𝟐𝟓𝟓𝟓 PMT = R$ 19.184,40 Expressões de cálculo do Sistema de Amortização Francês. - PRICE Cálculo da Amortização em determinado semestre. Exemplo, semestre 4 ou t = 4 ◦Primeiro calcula-se a amortização do 1º período ◦𝑎𝑚𝑜𝑟𝑡 = 𝑃𝑀𝑇 − 𝐽 𝑎𝑚𝑜𝑟𝑡1 = 𝑃𝑀𝑇 − 𝐽1 ◦𝑎𝑚𝑜𝑟𝑡1 = 𝑃𝑀𝑇 − (𝑃𝑉 𝑥 𝑖) ◦𝑎𝑚𝑜𝑟𝑡1 = 19.184,40 − 100.000,00 𝑥 0.140175 = 5.166,90 ◦ Como o crescimento da amortização é exponencial no tempo, então. ◦𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡4 = 5.166,90 𝑥 1 + 0.140175 4 −1 = R$ 7.658,60 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑡 = 𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡1 𝑥 1 + 𝑖 𝑡 −1 Expressões de cálculo do Sistema de Amortização Francês. - PRICE Saldo Devedor (SD) de qualquer período. ◦O saldo devedor é calculado pela diferença entre o saldo devedor anterior ao período e a amortização do período. Exemplo para o período t = 6 ou sexto semestre. ◦Solução: Para encontrar o saldo devedor, devemos multiplicar o valor da prestação, pelo Fator do Valor Presente para o período. ◦FVP = 𝟏 −(𝟏+𝒊)−𝒏 𝒊 onde n, neste caso, é igual a n-t ◦𝑆𝐷𝑡 = 𝑃𝑀𝑇 𝑥 1 −(1+𝑖)−(𝑛−𝑡) 𝑖 Expressões de cálculo do Sistema de Amortização Francês. - PRICE Saldo Devedor (SD) para t = 6 n total = 10 𝑡 = 6 i = 0,140175 PMT = 19.184,40 FVP = 𝟏 −(𝟏+𝟎,𝟏𝟒𝟎𝟏𝟕𝟓)−(𝟏𝟎−𝟔) 𝟎,𝟏𝟒𝟎𝟏𝟕𝟓 = 𝑆𝐷6 = 19.184,40 𝑥 1 −(1+0.140175)−(10−6) 0.140175 𝑆𝐷6 = 19.184,40 𝑥 2,912667 = R$ 55.877,90 Expressões de cálculo do Sistema de Amortização Francês. - PRICE Saldo Devedor (SD) para t = 6 n total = 10 𝑡 = 6 i = 0,140175 PMT = 19.184,40 FVP = 𝟏 −(𝟏+𝟎,𝟏𝟒𝟎𝟏𝟕𝟓)−(𝟏𝟎−𝟔) 𝟎,𝟏𝟒𝟎𝟏𝟕𝟓 = 𝑆𝐷6 = 19.184,40 𝑥 1 −(1+0.140175)−(10−6) 0.140175 𝑆𝐷6 = 19.184,40 𝑥 2,912667 = R$ 55.877,90 Expressões de cálculo do Sistema de Amortização Francês. - PRICE Cálculo dos Juros (J) para um determinado período “t” Os juros incidem sempre sobre o saldo devedor do início do período, que equivale aos saldo devedor apurado no final do período anterior ou 𝑆𝐷𝑡 −1 Para encontrar o total de juros pagos no período, basta multiplicar este Saldo Devedor apurado no final do período anterior à “t” pela taxa de juros “i” 𝐽𝑡 = 𝑆𝐷𝑡 −1 𝑥 𝑖 Aproveitando o cálculo anterior onde achamos o Saldo devedor do sexto semestre, pede-se achar os juros totais do sétimo semestre (t=7) t = 7 𝑆𝐷𝑡 − 1 =R$ 55.877,90 i = 0,140175 𝐽7 = 55.877,90 𝑥 0.140175 = 7.832,70 86 Exercícios 1) Um automóvel Gol 1000-16V, de valor à vista de R$ 24.600,00, foi comprado, dando-se um Gol GL usado na troca, avaliado em R$ 13.200,00 e com o saldo financiado em 18 parcelas mensais iguais, na taxa pré-fixada de 2,75% ao mês. Determinar o valor das prestações. (R$ 811,46) 2) Quanto deveremos depositar mensalmente numa caderneta de poupança que oferece uma taxa de juro de 1,98% ao mês, em média, para termos acumulado ao final de 10 anos um montante de R$ 84.000? considere renda antecipada. (R$ 171,41) Séries Uniformes 87 Exercícios 3) Ao adquirir uma mercadoria, uma pessoa dá como entrada 25% do preço à vista e compromete-se a efetuar mais 12 pagamentos mensais de R$ 340. Se a loja cobra a taxa de juro de 1,9% ao mês, qual é o preço à vista dessa mercadoria? (R$ 4.823,73) Séries Uniformes Exercícios: Exercício Exemplo Um título vence daqui a 4 meses apresentando um valor nominal de resgate de R$ 407.164,90. O banco propõe ao aplicador a troca deste título por outro no valor nominal de R$ 480.000,00 vencível daqui a 8 meses. Considerando que o aplicador exige uma taxa de 5% ao mês de rentabilidade, pede-se avaliar se a troca é vantajosa. Resposta: Taxa auferida pela nova proposta é de 4,2% a.m. , ou seja, a troca não é vantajosa. Exercícios: 1 – Uma pessoa deve a um banco dois títulos com valores de resgate de R$ 4.000,00 e R$ 9.000,00 vencíveis, respectivamente, em 5 e 7 meses. Desejando antecipar a liquidação de toda a dívida para o momento atual (data zero), pede-se determinar o valor a ser pago, considerando uma taxa de juros de 1,9% ao mês: R: R$ 11.529,76 Exercícios: Calcular a taxa mensal de juros compostos de uma aplicação de R$ 6.600,00 que produz um montante de R$ 7.385,81 ao final de 7 meses. R. 1,62% a.m Uma aplicação de R$ 78.000,00 gerou o montante de R$ 110.211,96 numa certa data. Sendo a taxa de 2,5% ao mês, calcular o prazo da aplicação. R. 14 meses.
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