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Resumo Atos Processuais - Processo Civil

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Atos Processuais 
PROCESSO CIVIL 
 
Forma é aquilo que dá eficácia e validade ao ato processual, o que se consegue 
com a observância do tempo, lugar e modo referente a tal ato. 
Não observada a forma prevista em lei, haverá a nulidade do ato processual. 
Todavia, respeitando o princípio da liberdade das formas e instrumentalidade 
das formas disposto no art. 188. Assim, só há nulidade se houver prejuízo, conforme 
brocardo pas de nullité sans grief (não há nulidade nem prejuízo – art. 282, §1º). 
Primazia do Mérito: a nulidade somente será reconhecida em último caso; 
sempre que possível, a causa será julgada no mérito (art. 282). 
Tramitam em segredo de justiça (art. 189, reforçando o princípio da publicidade 
do art. 8º do CPC): 
(i) quando o “interesse público ou social” assim exigirem; 
(ii) nas causas de direito de família (casamento, separação de corpos, 
divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de 
crianças e adolescentes); 
(iii) em processos nos quais constem dados protegidos pelo direito 
constitucional à intimidade; 
(iv) relativos à arbitragem e cumprimento de carta arbitral – desde que haja 
confidencialidade comprovada em juízo. 
Novidade: mesmo nos processos que tramitam em segredo de justiça, o terceiro 
que demonstra interesse jurídico na causa pode requerer ao juiz “certidão do dispositivo 
da sentença”, e da partilha de bens decorrentes de divórcio ou separação. 
Atos processuais devem ser realizados nos dias úteis, das 6h às 20h. 
São feriados, além dos declarados em lei, os sábados, os domingos e os dias em 
que não haja expediente forense. 
Processo não eletrônico: a petição deverá ser protocolada no horário de 
funcionamento do fórum ou tribunal. 
Processo eletrônico: o ato pode ser realizado a qualquer hora do dia. 
 
NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL (NJP) 
Se o processo debater direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes 
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às 
especificidades da causa e convencionar sobre seus ônus, poderes, faculdades e 
deveres processuais (CPC, art. 190). 
Isso pode ser definido antes (em cláusula contratual que tratar da solução de 
eventuais conflitos) ou durante o processo (por contrato ou petição conjunta nos autos). 
O juiz controlará a validade das convenções sobre procedimento, de ofício ou 
a requerimento. E recusará a aplicação em casos de nulidade, inserção abusiva em 
contrato de adesão ou situações em que uma parte se encontre em manifesta situação 
de vulnerabilidade (CPC, art. 190, parágrafo único). 
Exemplos de NJP: escolha de foro de eleição, definição do ônus da prova e não 
realização da audiência de conciliação ou mediação (art. 334). 
 
ATOS DO JUIZ 
 SENTENÇA: é definida como o pronunciamento pelo qual o juiz, com ou sem 
resolução de mérito, finda a fase cognitiva do procedimento comum ou 
extingue a execução. 
 DECISÃO INTERLOCUTÓRIA: é considerada todo pronunciamento judicial de 
natureza decisória que não se enquadra na definição de sentença. 
 DESPACHO: são os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de 
ofício ou a requerimento. 
 ACÓRDÃO: é o julgamento colegiado proferido pelo tribunal. 
 DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR: que é a decisão proferida por 
desembargador ou ministro (membro de tribunal, portanto), mas de forma 
individual, apenas pelo relator. 
 
DOS PRAZOS 
O CPC prevê que o ato praticado antes do início do prazo será tempestivo (art. 
218, § 4º). 
1) Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, apenas os dias 
úteis serão computados (CPC, art. 219) – sendo que essa previsão somente se 
aplica a prazos processuais e não prazos de direito material, como os 
prescricionais (CPC, art. 219, parágrafo único). 
2) Haverá suspensão de curso do prazo entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, 
período no qual não poderão ocorrer audiências – exatamente para que o 
advogado possa usufruir alguns dias de descanso e férias (CPC, art. 220). Apesar 
de prazos suspensos nesse período, pela lei o Poder Judiciário deverá seguir em 
funcionamento (CPC, art. 220, § 1º). 
Forma de contagem de prazo é a seguinte: inicialmente disponibilização no diário 
oficial, depois publicação no próximo dia útil, com a exclusão do dia do início e inclusão 
do dia do término (art. 219). 
Também há previsão de prazos para magistrados e auxiliares. O juiz proferirá: 
 Despachos em até 5 dias; 
 Decisões interlocutórias em 10 dias e 
 Sentenças em 30 dias (CPC, art. 226). 
Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, o juiz pode exceder, 
por igual tempo, os prazos a que está submetido (CPC, art. 227). 
Prazo em dobro para litisconsortes com advogados distintos (art. 229), aplicando-
se para todas as manifestações e “em qualquer juízo ou tribunal, independentemente 
de requerimento”. Contudo, não se aplica a regra do prazo em dobro nos processos 
eletrônicos (CPC, art. 229, § 2º). 
Quando houver lei expressa apontando que os prazos são em dias corridos, não 
haverá a aplicação da contagem de prazos em dias úteis do CPC. É o que acontece 
no processo penal e, também, nos procedimentos cíveis relativos ao ECA (Lei n. 
8.036/90, art. 152, § 2º, com a redação dada pela Lei n. 13.509/2017). 
 
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
O CPC prevê a existência de quatro cartas (art. 237): 
 carta precatória: realização de atos entre comarcas distintas, 
 carta rogatória: realização de atos entre países distintos, 
 carta de ordem: realização de atos entre graus de jurisdição distintos – do 
tribunal para o 1º grau, por exemplo, e 
 carta arbitral: realização de atos entre órgão do Poder Judiciário e juízo arbitral. 
 
Caso exista sentença de mérito favorável ao réu que transitar em julgado antes da 
citação, deverá o escrivão comunicar o resultado do julgamento ao réu (CPC, art. 241). 
CITAÇÃO é o ato pelo qual o réu, executado ou interessado é convocado para 
integrar a relação processual (CPC, art. 238). A citação poderá ser feita por cinco 
formas: correio, oficial de justiça, escrivão, edital ou meio eletrônico (CPC, art. 246). 
A citação por correio será a regra, salvo nas ações de estado, quando o citando for 
incapaz, pessoa de direito público ou residir em local não atingido pelo serviço postal 
(CPC, art. 247, I, II, III e IV). Também não se realizará a citação por correio se o autor, 
desde a petição inicial, requerer, de forma justificada, que ela seja feita de outra forma 
(CPC, art. 247, V). 
A citação por escrivão ou chefe de secretaria ocorrerá se o citando comparecer 
em cartório (CPC, art. 246, III). 
Citação das empresas: com exceção de microempresas e empresas de pequeno 
porte, as empresas públicas e privadas deverão manter cadastro nos sistemas de 
processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, 
que serão efetuadas preferencialmente por esse meio (CPC, art. 246, § 1º). 
Citação for para pessoa jurídica, e não for por meio eletrônico, será válido o ato se a 
carta for entregue (i) a pessoa com poderes de gerência ou (ii) a funcionário 
responsável pelo recebimento de correspondências. Ou seja, a entrega para o porteiro, 
aceita pela jurisprudência, passa a ser prevista também no CPC (art. 248, § 2º). 
Citação de pessoas físicas em condomínios edilícios ou loteamentos com controle 
de acesso: será válida a citação entregue a funcionário da portaria responsável pelo 
recebimento de correspondência; porém, o porteiro poderá negar-se a recebê-la se 
declarar, por escrito e sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está 
ausente (CPC, art. 248, § 4º). 
Citação por oficial de justiça (ou mandado) será realizada quando não for possível 
a citação por correio ou quando esta for infrutífera (CPC, art. 249). 
Muda o número de diligências necessárias à citação por hora certa: quando, por 
duas vezes, o oficial de justiça tiver procurado ocitando em seu domicílio ou residência 
sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da 
família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de 
efetuar a citação na hora que designar (CPC, art. 252). 
Por sua vez, na citação por hora certa referente a moradores de condomínios 
edilícios ou loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação feita a 
funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência (CPC, art. 
252, parágrafo único). 
Citação por edital será feita (CPC, art. 256): (i) quando desconhecido ou incerto o 
citando; (ii) quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o 
citando e (iii) nos demais casos expressos em lei (por exemplo, se o país recusar o 
cumprimento de carta rogatória – CPC, art. 256, § 1º). Para fins de citação por edital, o 
citando será considerado em local ignorado ou incerto quando infrutíferas as tentativas 
de localização do réu. E isso ocorre inclusive mediante requisição pelo juízo de 
informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de 
concessionárias de serviços públicos (CPC, art. 256, § 3º). 
Inovação é a publicação do edital na internet e não mais em jornal. 
Apesar dessa previsão de publicação do edital na internet, poderá o juiz, conforme 
as peculiaridades da comarca, determinar a publicação do edital também em “jornal 
local de ampla circulação” ou “outros meios”. 
A parte que requerer citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das 
circunstâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 salários 
mínimos (CPC, art. 258). 
Necessária a publicação de editais em três hipóteses (art. 259): I – na ação de 
usucapião de imóvel; II – nas ações de recuperação ou substituição de título ao 
portador; III – em qualquer ação em que seja necessária, por determinação legal, a 
provocação, para participação no processo, de interessados incertos ou 
desconhecidos. 
INTIMAÇÃO é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos do processo (CPC, 
art. 269). 
Pode o próprio advogado promover a intimação do advogado da parte contrária, 
por meio do correio, juntando aos autos cópia do ofício de intimação e do aviso de 
recebimento; o ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da 
decisão ou da sentença (CPC, art. 269, §§ 1º e 2º). Cabe também a intimação da 
Fazenda Pública dessa forma – devendo a intimação ser enviada para o órgão de 
Advocacia Pública responsável pela representação judicial do respectivo ente (CPC, 
art. 269, § 3º). 
Sempre que possível (ou seja, se já houver tecnologia nesse sentido), as intimações 
serão realizadas por meio eletrônico (CPC, art. 270). 
Além de seguir existindo a intimação em nome do advogado, será possível requerer 
a intimação em nome da sociedade de advogados inscrita na OAB – seja em conjunto 
com o nome do advogado, seja apenas em nome da sociedade (CPC, art. 272, §§ 1º 
e 2º). 
Conforme jurisprudência sedimentada do STJ no sistema anterior, se houver 
requerimento expresso para publicação em nome de determinado profissional, as 
intimações deverão trazer o nome desse patrono, sob pena de nulidade (CPC, art. 272, 
§ 5º). 
NOTIFICAÇÃO: não é forma de comunicação de ato processual, é medida judicial 
(procedimento especial de jurisdição voluntária) pelo qual alguém pode expressar de 
modo formal sua vontade (CPC, art. 726)

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