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Os filósofos pré-socráticos fazem parte do primeiro período da filosofia grega. Eles desenvolveram suas teorias do século VII ao V a.C. Recebem esse nome, posto que são os filósofos que antecederam Sócrates. Buscavam nos elementos natureza as respostas sobre a origem do ser e do mundo. Focando principalmente nos aspectos da natureza, eram chamados de “filósofos da physis”. Divisões da filosofia grega Período Pré-Socrático: fase naturalistaI. Período Socrático: fase antropológica-metafísicaII. Período Helenístico: fase ética e céticaIII. Correntes ou Escolas Pré-Socráticas Escola Jônica: desenvolvida na colônia grega Jônia, na Ásia Menor (atual Turquia), seus principais representantes são: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso. I. Escola Pitagórica: também chamada de "Escola Itálica", foi desenvolvida no sul da Itália, e recebe esse nome posto que seu principal representante foi Pitágoras de Samos. II. Escola Eleática: desenvolvida no sul da Itália, sendo seus principais representantes: Xenófanes de Colofão, Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia. III. Escola Atomista: também chamada de “Atomismo”, foi desenvolvida na região da Trácia, sendo seus principais representantes: Demócrito de Abdera e Leucipo de Abdera. IV. Principais Filósofos Pré-Socráticos Tales de Mileto (624 a.C.-548 a.C.): nascido na cidade de Mileto, região da Jônia, Tales acreditava que a água era o principal elemento, ou seja, era a essência de todas as coisas. I. Anaximandro de Mileto (610 a.C.-547 a.C.): discípulo de Tales nascido em Mileto, para Anaximandro o princípio de tudo estava no elemento denominado “ápeiron”, uma espécie de matéria infinita. II. Anaxímenes de Mileto (588 a.C.-524 a.C.): discípulo de Anaximandro nascido em Mileto, para Anaxímenes o princípio de todas as coisas estava no elemento ar. III. Heráclito de Éfeso (540 a.C.-476 a.C.): considerado o “Pai da Dialética”, Heráclito nasceu em Éfeso e explorou a ideia do devir (fluidez das coisas). Para ele, o princípio de todas as coisas estava contido no elemento fogo. IV. Pitágoras de Samos (570 a.C.-497 a.C.): filósofo e matemático nascido na cidade de Samos, para ele os números foram seus principais elementos de estudo e reflexão, do qual se destaca o “Teorema de Pitágoras”. V. Xenófanes de Cólofon: (570 a.C.-475 a.C.): nascido em Cólofon, Xenófanes foi um dos fundadores da Escola Eleática, se opondo contra o misticismo na filosofia e o antropomorfismo. VI. Parmênides de Eléia (530 a.C.-460 a.C.): discípulo de Xenófanes, Parmênides nasceu em Eléia. Focou nos conceitos de “aletheia” e “doxa”, donde o primeiro significa a luz da verdade e o segundo, é relativo à opinião. VII. Zenão de Eléia (490 a.C.-430 a.C.): discípulo de Parmênides, Zenão nasceu em Eléia. Foi grande defensor das ideias de seu mestre filosofando, sobretudo, acerca dos conceitos de “Dialética” e “Paradoxo”. VIII. Demócrito de Abdera (460 a.C.- 370 a.C.): nascido na cidade de Abdera, Demócrito foi discípulo de Leucipo. Para ele, o átomo era o princípio de todas as coisas, desenvolvendo assim, a “Teoria Atômica”. IX. Pré-socráticos 08/02/2019 11:05 Sócrates (470-399 a.C.) foi um filósofo ateniense da Grécia Antiga e é considerado o pai da filosofia ocidental. Filosofava dialogando com seus concidadãos pelas ruas de Atenas, nunca escreveu obra alguma. Tudo o que sabe-se sobre o filósofo advém do que escreveram sobre ele, principalmente Platão e Xenofonte. A importância histórica de Sócrates na filosofia decorre do método de avaliação crítica e racional das opiniões que usava ao questionar seus interlocutores. Por causa disso, foi levado ao tribunal de Atenas e condenado à morte. FILOSOFIA E VIDA "Sei que nada sei" - reconhecimento da ignorância - início da sabedoria. "Conhece-te a ti mesmo" - reflexão sobre a essência humana. O EPISÓDIO DO ORÁCULO DE DELFOS É a passagem de uma obra chamada Apologia de Sócrates. Nela, latão narra o julgamento e a condenação à morte de seu mestre. Sócrates se espanta com o Oráculo do deus Apolo, pois não se considera em nada sábio e decide ir consultar os sábios para provar que ele não era o homem mais sábio de Atenas. Consulta políticos, poetas, técnicos e artesãos. Na entrada do templo estava inscrito: "Conhece-te a ti mesmo". A investigação motivada pelo Oráculo é um processo de autoconhecimento, onde o filósofo, no início, achava-se ignorante, mas reconhece-se como sábio ao fim da investigação. O resultado foi o ódio que ele gerou entre os supostos sábios que se sentiram humilhados por não conseguirem responder às questões que Sócrates lhes fazia. Os jovens começaram a imitar Sócrates e também questionavam os supostos sábios da cidade. Sócrates narra o episódio do oráculo de Delfos e tenta explicar quem ele é de fato e qual é sua ocupação enquanto filósofo. Na cidade grega de Delfos, havia um templo de Apolo. O oráculo era a resposta do deus Apolo àqueles que o consultavam em seu templo. Não era uma resposta clara e direta, mas um enigma a ser decifrado, que era proferido por uma sacerdotisa chamada pítia ou pitonisa. O texto é importante pois nele Sócrates explica qual é o papel do filósofo e em que consiste sua sabedoria filosófica. Após longa investigação, descobre que sua sabedoria consiste no reconhecimento da própria ignorância e somente o homem que sabe que não sabe pode desejar conhecer. Inicia sua defesa afirmando que as acusações contra ele são caluniosas e falsas, explicando qual é seu papel na cidade e o que caracteriza a ação do filósofo. Sócrates faz sua defesa perante seus concidadãos que irão julgá-lo pelos crimes de negação dos deuses da cidade e introdução de novas divindades e de corrupção dos jovens - o que naquela época era considerado por muitos uma ameaça à ordem pública. MÉTODO SCRÁTICO/DIALÉTICO perguntas Sócrates Interlocutor (justiça, virtude, etc.) desconstrução 1. Ironia opiniões e preconceitos "parto das ideias" 2. Maiêutica reconhecimento da ignorância IDEIA CONCEITO Sócrates 08/02/2019 10:05 Resumo ativo: Sócrates Sócrates é conhecido por ser o pai da filosofia. Pouco se sabe sobre ele pois não deixara obras, os escritos sobre sua vida e seu pensamento foram registrados por seus discípulos: Platão e Xenofonte. Sabe-se que, ao se deparar com a inscrição “Conhece-te a ti mesmo” no oráculo de Delfos, o filósofo compreende que a verdade universal está encoberta dentro do homem e poderá ser revelada através da reflexão e do autoconhecimento. A partir daí, ele parte em busca dessa verdade e desenvolve seu método de avaliação crítica e racional. Conhecido como método socrático, tal método consiste em fazer questionamentos (ironia/refutação) que induzam o reconhecimento da verdade, trazendo- a “à luz” (maiêutica). Sócrates costumava dizer que não era sábio, porém era superior aos ditos sábios já que reconhecia sua ignorância — “Só sei que nada sei”. Esse era o primeiro passo para atingir o conhecimento da verdade na qual o filósofo procurava mostrar às pessoas da época. Usando seu método para questionar os ditos sábios, Sócrates foi acusado de corrupção dos jovens e impiedade, sendo julgado e condenado à morte.
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