Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Questõe� Po�tuguê� - Funçõe� d� linguage� - Ene� - Pa�t� 2 1- (Enem 2017 2° aplicação) Doutor dos sentimentos Veja quem e' e o que pensa o português António Damásio, um dos maiores nomes da neurociência atua/, sempre em busca de desvendar os mistérios do cérebro, das emoções e da consciência Ele é baixo, usa óculos, tem cabelos brancos penteados para trás e costuma vestir terno e gravata. A surpresa vem quando começa a falar. António Damásio não confirma em nada o clichê que se tem de cientista. Preocupado em ser o mais didático possível, tenta, pacientemente, com certa graça e até ironia, sempre que cabível, traduzir para os leigos estudos complexos sobre o cérebro. Português, Damásio é um dos principais expoentes da neurociência atual. Diferentemente de outros neurocientistas, que acham que apenas a ciência tem respostas à compreensão da mente, Damásio considera que muitas ideias não provêm necessariamente daí. Para ele, um substrato imprescindível para entender a mente, a consciência, os sentimentos e as emoções advém da vida intuitiva, artística e intelectual. Fora dos meios científicos, o nome de Damásio começou a ser celebrado na década de 1990, quando lançou seu primeiro livro, uma obra que fala de emoção, razão e do cérebro humano. TREFAUT, M. P. Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2014 (adaptado). Na organização do texto, a sequência que atende à função sociocomunicativa de apresentar objetivamente o cientista António Damásio é a: a)descritiva, pois delineia um perfil do professor. b)injuntiva, pois faz um convite à leitura de sua obra. c)argumentativa, pois defende o seu comportamento incomum. d)narrativa, pois são contados fatos relevantes ocorridos em sua vida. e)expositiva, pois traz as impressões da autora a respeito de seu trabalho. 2- (Enem 2016) Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que o seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista. LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993 Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto: a)ressaltar a importância da intertextualidade. b)propor leituras diferentes das previsíveis. c)apresentar o ponto de vista da autora. d)discorrer sobre o ato de leitura. e)focar a participação do leitor. 3- (Enem 2015) Perder a tramontana A expressão ideal para falar de desorientados e outras palavras de perder a cabeça É perder o norte, desorientar-se. Ao pé da letra, "perder a tramontana" significa deixar de ver a estrela polar, em italiano stella tramontana, situada do outro lado dos montes, que guiava os marinheiros antigos em suas viagens desbravadoras. Deixar de ver a tramontana era sinônimo de desorientação. Sim, porque, para eles, valia mais o céu estrelado que a terra. O Sul era região desconhecida, imprevista; já o Norte tinha como referência no firmamento um ponto luminoso conhecido como a estrela Polar, uma espécie de farol para os navegantes do Mediterrâneo, sobretudo os genoveses e os venezianos. Na linguagem deles, ela ficava transmontes, para além dos montes, os Alpes. Perdê-la de vista era perder a tramontana, perder o Norte. No mundo de hoje, sujeito a tantas pressões, muita gente não resiste a elas e entra em parafuso. Além de perder as estribeiras, perde a tramontana... COTRIM, M. Língua Portuguesa, n. 15, jan. 2007. Nesse texto, o autor remonta às origens da expressão " perder a tramontana ". Ao tratar do significada dessa expressão, utilizando a função referencial da linguagem, o autor busca: a)apresentar seus indícios subjetivos. b)convencer o leitor a utilizá-la. c)expor dados reais de seu emprego. d)explorar sua dimensão estética. e)criticar sua origem conceitual. 4- (Enem PPL 2014) Ave a raiva desta noite A baita lasca fúria abrupta Louca besta vaca solta Ruiva luz que contra o dia Tanto e tarde madrugada. LEMINSKI, P. Distraídos venceremos. São Paulo: Brasiliense, 2002 (fragmento). No texto de Leminski, a linguagem produz efeitos sonoros e jogos de imagens. Esses jogos caracterizam a função poética da linguagem, pois: a)objetivam convencer o leitor a praticar uma determinada ação. b)transmitem informações, visando levar o leitor a adotar um determinado comportamento. c)visam provocar ruídos para chamar a atenção do leitor. d)apresentam uma discussão sobre a própria linguagem, explicando o sentido das palavras. e)representam um uso artístico da linguagem, com o objetivo de provocar prazer estético no leitor. 5- (Enem 2013) Lusofonia rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz. Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada no café, em frente da chávena de café, enquanto alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então, terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café, a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não fique estragada para sempre quando este poema atravessar o atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo sem pensar em áfrica, porque aí lá terei de escrever sobre a moça do café, para evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é uma palavra que já me está a pôr com dores de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria era escrever um poema sobre a rapariga do café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão. JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008. O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. Seu caráter metalinguístico justifica-se pela: a)discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no mundo contemporâneo. b)defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico do século XX. c)abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta para assuntos rotineiros. d)tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de construção da própria obra. e)valorização do efeito de estranhamento causado no público, o que faz a obra ser reconhecida. Gabarit� 1- a 2- d 3- c 4- e 5- d
Compartilhar