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Aula 6 - Cariologia

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CARIOLOGIA
Aula 6
Professora Letícia L. Bonato
GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
O USO DO FLÚOR NA MODULAÇÃO 
DO PROCESSO CARIOSO
DISCIPLINA: CARIOLOGIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO JUIZ DE FORA
BACTÉRIAS 
ACIDOGÊNICAS
ALTERAÇÕES 
SALIVARES
CARBOIDRATOS
(SACAROSE)
HIGIENE INEFICIENTE HIGIENE EFICIENTE
SUBSTITUTOS DA 
SACAROSE
FLUXO SALIVAR 
NORMAL
FLÚOR
CÁRIE DENTÁRIA
Flúor
Durante o processo carioso, ocorre inicialmente queda do pH, acarretando
dissolução da estrutura da hidroxiapatita. O flúor, estando presente no meio, é
depositado na área desmineralizada do dente, sob a forma de FLUORAPATITA.
Flúor
Desta forma, o flúor interfere no processo de cárie através de um
processo FÍSICO QUÍMICO. Na forma de íon livre no meio bucal, é capaz de,
após o evento de desmineralização, remineralizar o dente sob a forma de
Fluorapatita – um mineral menos solúvel quando comparado à hidroxiapatita,
já que, em sua presença, o pH crítico do esmalte torna-se 4,5, e não mais 5,5,
como acontece na ausência de flúor.
Flúor
O flúor também possui efeito sobre as bactérias: inibindo enzimas
celulares e aumentando a permeabilidade do próton (H+) das membranas
celulares bacterianas sob a forma de fluoreto de hidrogênio (HF). Isso diminui
a capacidade das bactérias produzirem energia.
FUNÇÃO ANTIMICROBIANA = NÃO HÁ CONSENSO
Artigo: FLÚOR: MECANISMO DE AÇÃO E PRESCRIÇÃO TERAPÊUTICA PARA DIFERENTES 
SITUAÇÕES CLÍNICAS
KAIZA DE SOUZA SANTOS; MARCELO GADELHA VASCONCELOS; RODRIGO GADELHA VASCONCELOS 
Fluorose
A fluorose dentária origina-se da exposição do
GERME DENTÁRIO, durante o seu processo de
formação, a altas concentrações do íon flúor. Como
consequência, tem-se defeitos de mineralização do
esmalte, com severidade diretamente associada à
quantidade ingerida. Geralmente, o aspecto clínico é
de manchas opacas no esmalte, em dentes
homólogos, até regiões amareladas ou castanhas em
casos de alterações mais graves (DenBesten, 1999;
Fejerskov, 1994).
CARIOLOGIA
Aula 6
Professora Letícia L. Bonato
Fluorose
Durante a formação dos dentes, a ingestão em excesso do Flúor, pode causar
alterações na formação do mesmo.
Acredita-se, que no período de formação dentária, o flúor possa:
a. Alterar o metabolismo e função dos ameloblastos;
b. Pode inibir enzimas e proteínas que atuam durante a formação do esmalte;
c. Alterar a homeostase do cálcio, alterando a composição de diversas estruturas,
como ossos e dentes.
Esmalte poroso / alterações na mineralização
Flúor
FORMA SISTÊMICA
Pesquisas epidemiológicas clássicas sobre a prevalência das cáries dentárias, efetuadas
durante o final da década de 1930 e início da década de 1940 (EUA), demostraram um
relação inversa entre a prevalência das cáries e a concentração de fluoreto na água
ingerida.
A primeira menção de que se tem notícia recomendando oficialmente a adição de flúor à
água de abastecimento público no Brasil foi em outubro de 1952. Baixo Guandu, no
Espírito Santo, foi a primeira cidade brasileira a ter suas águas de abastecimento público
fluoretadas, apresentando os seguintes valores do índice CPO-D em escolares de 7 a 12
anos:
Flúor
FORMA SISTÊMICA
Quando se utiliza um método sistêmico, a manutenção de flúor constante na cavidade
bucal é feita da seguinte maneira:
Quando se ingere, por exemplo, água fluoretada o flúor entra imediatamente em contato
com os dentes no ato de ingestão. O flúor deglutido é absorvido pelo estômago e
imediatamente retorna à cavidade bucal através da PRODUÇÃO DE SALIVA;
Caso haja interrupção ou
diminuição do consumo
sistêmico de flúor, a quantidade
de flúor na saliva também
diminuirá.
Flúor
FORMA SISTÊMICA
Uma pesquisa brasileira mostrou que o custo médio per capita/ ano na cidade
de São Paulo foi de R$ 0,08 (US$ 0,03) em 2003. O custo acumulado em 18
anos de implantação do sistema de fluoretação no município foi de R$ 1,44
(US$ 0,94) per capita. A análise do custo–benefício da fluoretação, apenas para
o grupo etário de 7 a 12 anos, indicou uma economia de custos da ordem de
R$ 348,68 (US$ 113,95) no serviço particular e de R$ 83,68 (US$ 27,35) no
serviço público, por habitante/ano (FRIAS et al., 2006).
CUSTO FLUORETAÇÃO
CUSTO TRATAMENTO 
SETOR PARTICULAR
CUSTO TRATAMENTO 
SETOR PÚBLICO
R$ 0,8 por ano R$ 348,68 por ano R$ 83,68 por ano
Flúor
A água é um bem público e indispensável para a humanidade, porém mais
de 1 bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à água tratada, das quais 190
milhões residem no Brasil. Desde 1974, a Lei Federal nº 6.050 tornou obrigatória
a adição de fluoretos à água de consumo humano e, em 1975, a Portaria nº 635
estabeleceu os padrões para a operacionalização da medida, incluindo os limites
recomendados para a concentração do fluoreto em razão da média das
temperaturas diárias.
Quanto maior a temperatura de
uma cidade, menor a quantidade
de flúor adicionado.
Flúor
FORMA TÓPICA
Com relação aos métodos tópicos a manutenção de Flúor na cavidade bucal se faz de
maneira análoga aos sistêmicos com uma única diferença.
À semelhança dos sistêmicos o flúor é oferecido à cavidade bucal no ato de bochechar,
escovar os dentes, etc. Após certo tempo este F solúvel na saliva é eliminado da cavidade
bucal, portanto, é importante considerar qual o período do dia que reteria o flúor por
mais tempo. Assim, hipoteticamente o uso de F antes de DORMIR deve ser aconselhado,
uma vez que há redução do fluxo salivar durante o sono.
CARIOLOGIA
Aula 6
Professora Letícia L. Bonato
Flúor
FORMA TÓPICA
DENTIFRÍCIOS
SOLUÇÕES PARA 
BOCHECHO
GÉIS COM FLÚOR
VERNIZES SELANTES
MATERIAIS 
RESTAURADORES 
QUE LIBERAM 
FLÚOR
Flúor
FORMA TÓPICA
DENTIFRÍCIOS
Dentifrício fluoretado é considerado um dos métodos
mais racionais de prevenção das cáries, pois alia a remoção
do biofilme dental à exposição constante ao flúor.
É considerado como uma forma de acesso COLETIVO
ao flúor.
AUMENTA A 
CONCENTRAÇÃO DE 
FLÚOR NA SALIVA
POR CERCA DE 40 
MINUTOS APÓS A 
ESCOVAÇÃO
FORMAÇÃO DA 
FLUORAPATITA
< 
DESMINERALIZAÇÃO
Flúor
FORMA TÓPICA
DENTIFRÍCIOS
A concentração de flúor adicionada aos dentifrícios,
usualmente em torno de 1.100 ou 1.500 ppm, tem,
comprovadamente, efeito sobre a prevalência e gravidade
da cárie em populações.
No Brasil, as normas que regulamentam os dentifrícios
(Resolução nº 79 de 28 de agosto de 2000) (BRASIL, 2000)
determinam apenas que eles tenham no máximo 0,15% de
F (1.500 ppm de F).
NO BRASIL OS DENTIFRÍCIOS DEVEM TER A 
CONCENTRAÇÃO DE 1.100 A 1.500 PPM DE 
FLÚOR.
Flúor
FORMA TÓPICA
DENTIFRÍCIOS
INDICAÇÕES: Toda a população, em especial crianças
menores de nove anos de idade, deve usar em pequenas
quantidades (cerca de 0,3 gramas, equivalente a um grão
de arroz), devido ao risco de FLUOROSE DENTÁRIA.
****Dentifrícios com baixa concentração de fluoretos
ou não fluoretados NÃO SÃO RECOMENDADOS, pois não
existe comprovação de sua eficácia.
Flúor
FORMA TÓPICA
DENTIFRÍCIOS
CUIDADOS: Crianças em idade pré-escolar, na fase de
desenvolvimento do esmalte dentário dos dentes
permanentes, apresentam risco para o desenvolvimento de
fluorose dentária. Pesquisas brasileiras e internacionais
evidenciaram que esse grupo etário ingere involuntária e
sistematicamente certa quantidade de dentifrícios quando
escovam os dentes (LIMA; CURY, 2001). Pequenas
quantidades de dentifrício colocadas na escova (técnica
transversal) e monitoramento de adultos são altamente
recomendáveis, principalmente em regiões com água
fluoretada.
Flúor
CRIANÇAS QUE NÃO SABEM 
CUSPIR
CRIANÇAS QUE SABEM 
CUSPIR
CARIOLOGIA
Aula 6
Professora Letícia L. Bonato
Flúor
FORMA TÓPICA
SOLUÇÕES PARA 
BOCHECHO
Solução concentrada, normalmente de fluoreto
de sódio, para ser bochechada diária (NaF a 0,05%),
semanal ou quinzenalmente (NaF a 0,2%).
Recomenda-se bochechar 10 ml de solução,
vigorosamente, por um minuto, seguida de
expectoração.
VANTAGENS: Facilidade de aplicação e baixo
custo.
DESVANTAGENS: Contraindicado em crianças em
idade pré-escolar devido ao risco de ingestão.
Flúor
FORMA TÓPICA
SOLUÇÕES PARABOCHECHO
INDICAÇÕES: é recomendado para populações
nas quais se constate uma ou mais das seguintes
situações:
a) exposição à água de abastecimento sem flúor;
b) exposição à água de abastecimento com teores
de fluoretos abaixo da concentração indicada;
c) CPOD médio maior que 3 aos 12 anos de idade;
d) populações com condições sociais e econômicas
que indiquem baixa exposição a dentifrícios
fluoretados.
Flúor
FORMA TÓPICA
GÉIS COM FLÚOR
Gel contendo flúor, concebido para ser usado em
APLICAÇÕES PROFISSIONAIS, no ambiente restrito do
consultório ou clínica odontológica, foi difundido no
Brasil para uso em escala populacional, a partir dos
anos 1980, no âmbito dos programas de saúde
pública, como ação coletiva, integrando, a partir de
1990, os denominados “Procedimentos Coletivos” de
saúde bucal.
Flúor
FORMA TÓPICA
GÉIS COM FLÚOR
VANTAGENS: Como a frequência de aplicação é
de duas a três vezes por ano, possibilita, com um
mesmo grupo de profissionais, maior cobertura
quando comparado aos bochechos.
Não há risco de fluorose dentária, pois apesar da
alta concentração, a frequência é baixa.
CUIDADOS: Necessidade de supervisão, em
especial quando aplicado com moldeiras e em
crianças em idade pré-escolar, devido ao risco de
ingestão.
Flúor
FORMA TÓPICA
GÉIS COM FLÚOR
INDICAÇÕES: As mesmas situações mencionadas
para o uso de bochechos. Acrescenta-se a
recomendação do uso em populações onde métodos
de alta frequência são difíceis, por exemplo,
populações isoladas ou distantes dos centros
urbanos.
Flúor
FORMA TÓPICA
VERNIZES
São materiais aderentes à superfície dentária
com o objetivo de reagir com a superfície dental e
manter uma liberação de Flúor para o ambiente bucal
por um período maior de tempo.
CARIOLOGIA
Aula 6
Professora Letícia L. Bonato
Flúor
FORMA TÓPICA
VERNIZES
Inicialmente desenvolvidos como materiais restauradores
para prevenir cárie secundária (ao redor de restaurações),
eles têm sido também utilizados como selantes de fóssulas-
fissuras, na colagem de aparelhos ortodônticos fixos e no
tratamento paliativo de cárie conhecida como ART
(Tratamento Restaurador Atraumático).
INDICAÇÕES: Recomendam-se, no mínimo, duas
aplicações anuais para pacientes com atividade de
cárie.
VANTAGENS: Não há risco de fluorose.
DESVANTAGEM: Necessita profilaxia antes da
aplicação.
Flúor
FORMA TÓPICA
SELANTES
O selante dentário é um revestimento fino de
resina aplicado às superfícies de mastigação dos
dentes, principalmente nos molares e pré-molares.
Flúor
FORMA TÓPICA
MATERIAIS 
RESTAURADORES 
QUE LIBERAM 
FLÚOR
Inicialmente desenvolvidos como materiais
restauradores para prevenir cárie secundária (ao
redor de restaurações), eles têm sido também
utilizados como selantes de fóssulas-fissuras, na
colagem de aparelhos ortodônticos fixos e no
tratamento paliativo de cárie conhecida como ART
(Tratamento Restaurador Atraumático).
Os materiais de maior potencial anticárie são
classificados como cimentos de IONÔMERO DE VIDRO
(CIV).
Flúor
FORMA TÓPICA
MATERIAIS 
RESTAURADORES 
QUE LIBERAM 
FLÚOR
VANTAGENS: A grande vantagem desses
materiais é a liberação de F constantemente,
independentemente do auto uso de Flúor pelos
indivíduos, por exemplo, na forma de dentifrício
fluoretado.
DESVANTAGENS: Menor retenção e qualidade
estética parecem ser as principais desvantagens
desses materiais liberadores de fluoreto em
comparação com os resinosos convencionais.
INDICAÇÕES: São indicados para indivíduos de
alto risco de cárie e para aqueles que não usam
regulamente dentifrícios fluoretados.
Flúor e efeitos adversos à saúde humana
A absorção de flúor ocorre de maneira similar se o flúor em
questão é encontrado na natureza ou adicionado às águas.
Os elementos químicos usados no processo de fluoretação de
águas advêm da fabricação de fertilizantes tendo por base
fosfatos, cuja matéria prima provém de fontes naturais.
Oponentes da fluoretação das águas citam efeitos adversos
do flúor para a saúde geral das pessoas, o que carece de
COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA.
TOXICIDADE AGUDA PELO FLÚOR
Refere-se à ingestão, de uma única vez, de grande quantidade de flúor
provocando desde irritação gástrica até a morte. Nenhuma pessoa pode estar
exposta a concentrações iguais ou superiores a 5,0 mg/kg corporal, que
corresponde à Dose Provavelmente Tóxica (DPT).
São raríssimos os casos de intoxicação aguda letal resultante da ingestão
de fluoretos em formulações usadas para prevenção da cárie dentária.
Náuseas e vômitos têm sido relatados quando da aplicação tópica de F-gel
com moldeiras, entretanto sem nenhuma preocupação com letalidade.
Flúor e efeitos adversos à saúde humana
CARIOLOGIA
Aula 6
Professora Letícia L. Bonato
Alteração da glândula 
pineal (ciclo circadiano)
Osteoporose
Alteração de enzimas que 
atuam no reparo do DNA
Depressão do 
sistema 
nervoso 
central
OBS: Não existem 
comprovações 
científicas.
Flúor e efeitos adversos à saúde humana Conclusões
O uso e as corretas indicações do flúor, devem ser
realizadas baseados em evidências científicas.
O flúor é usado na clínica odontológica para
prevenção da cárie dentária, podendo ser utilizado de
diversas formas.
O flúor é considerado como um medicamento.
Desta forma, se utilizado em altas doses, pode ser
prejudicial.

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