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GESTÃO AMBIENTAL - 3 BIMESTRE - EXTRA

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GESTÃO AMBIENTAL 
O QUE É CADASTRO AMBIENTAL RURAL?
O CAR (Cadastro Ambiental Rural) é um registro público obrigatório, de caráter eletrônico e nacional, para imóveis rurais. O cadastro visa compor uma base de dados para auxiliar, entre outras coisas, no planejamento ambiental e combate ao desmatamento, incluindo informações relativas à Áreas de Preservação Permanente (APP), uso restrito, Reservas Legais, remanescentes de florestas, vegetação nativa e áreas consolidadas.
O CAR foi criado pela Lei nº 12.651/2012, no âmbito do SINIMA (Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente), e é regulamentado pela Instrução Normativa MMA nº 2, de 5 de maio de 2014. A realização da inscrição no CAR é necessária para a devida regularização ambiental do imóvel.
VANTAGENS 
Simplificação do processo de regularização ambiental do imóvel;
  Segurança jurídica ao produtor: estabelece prazos para recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reserva Legal (RL) e Áreas de Uso Restrito (AUR) do imóvel; 
 Suspensão de multas e outras sanções penais, em função do compromisso assumido na recuperação das áreas protegidas por meio de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e assinatura do termo de compromisso; 
 Acesso a crédito agrícola;
  Possibilidade de comercialização de Cotas de Reserva Ambiental (CRA) pelo proprietário ou possuidor do imóvel rural que possua excedente de reserva legal conservada;
  Possibilidade de recuperação de áreas degradadas em sistema agroflorestal
CONSEQUENCIAS DE NÃO FAZER O CAR 
Caso uma propriedade ou posse não esteja inscrita no CAR até o limite do prazo, seu proprietário ou posseiro poderá sofrer sanções como advertências ou multas;
  O imóvel estará em desacordo com a Lei Federal; 
 O CAR será exigido para qualquer forma de licenciamento ambiental e o proprietário que não tiver a comprovação de cadastramento poderá sofrer restrições por parte de órgãos públicos;
  Em caso de dano ambiental, não poderá recorrer aos benefícios da Lei e terá que recuperar os danos em sua totalidade; 
 Não será possível aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).
A inscrição no CAR é obrigatória para todas as propriedades e posses rurais, e o prazo de inscrição vai até 31 de maio de 2018. Para esclarecer dúvidas relativas ao CAR, você pode entrar em contato com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), bem como consultar o site: 
www.cadastroambientalrural.sc.gov.br 
Outorga de uso da água
A Outorga da Água é uma exigência legal do poder público.
 Trata-se de uma autorização para utilização de recursos hídricos superficiais (rio, córrego, ribeirão, lago, mina ou nascente) e subterrâneos (mini-poços ou poços tubulares profundos) que deve ser requerida junto ao órgão ambiental competente por todos aqueles que pretendam fazer o múltiplo uso de águas para as mais diversas finalidades, necessária quanto o uso da água não é realizada por fornecimento do poder público
TIPOS DE OUTORGAS
 – Barramento
Uma barragem, ou represa (termo popular, já que represa tecnicamente, é acumulo de água da chuva, isenta de outorga), é uma barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades de água.
 Sendo dois tipos: Barragem de nível, estrutura geralmente de concreto, objetivando a elevação do nível de água a montante a uma cota pré-determinada, tendo como principal finalidade a garantia de níveis mínimos, para as estruturas de captação instaladas; 
Barragem de regularização de vazão, estrutura construída em um curso d’água transversalmente à direção de escoamento de suas águas, alterando as suas condições de escoamento natural, objetivando a formação de um reservatório a montante, tendo como principal finalidade a regularização das vazões liberadas à jusante, por meio de estruturas controladoras de descargas. 
O reservatório de acumulação pode atender a uma ou diversas finalidades como abastecimento de água para cidades ou indústrias, aproveitamento hidrelétrico, irrigação, controle de enchentes, regularização de curso de água etc.
– Bombeamento
Interferência com equipamento motobomba para diversas finalidades como: uso na indústria, mineração, terraplanagem e outros.
 Podem ser instalados em barramentos (analisando o volume da demanda) ou diretamente do manancial (de acordo com disponibilidade hídrica local). 
A demanda média de água é definida pelo tipo e finalidade de cada bombeamento. É necessário um processo de outorga para cada conjunto de bomba, exceto quando funcionam em série ou em paralelo.
– Canalização (rego d`água)
Intervenções de desvio por gravidade, tem como parâmetros outorgados: a vazão máxima do projeto, geometria da seção do canal, área da seção ou diâmetro, altura e largura do fundo do canal e extensão. 
Caso o canal passe em mais de uma propriedade, o processo de ser formalizado em nome de todos usuários que tem a propriedade interceptada pelo rego/canal.
– Irrigação
Na finalidade de irrigação, as estimativas de demandas de água visando a outorga consideram as necessidades hídricas dos diferentes estágios de desenvolvimento das culturas e um balanço hídrico regional para atendimento da irrigação em anos críticos quanto ao clima.
Os parâmetros necessários para a estimativa da demanda são: evapotranspiração de referência, precipitação, culturas irrigadas, área irrigada, coeficientes das culturas, sistema/método de irrigação (pivô central, aspersão convencional, microaspersão, gotejamento, sulcos, inundação,…) e eficiência de cada sistema.
As estimativas das demandas buscam garantir o atendimento das necessidades hídricas para irrigação em anos críticos quanto ao clima. As margens de segurança usualmente utilizadas no dimensionamento de projetos de irrigação são de aproximadamente 80% de garantia.
As captações para irrigação podem ser diretamente do manancial verificando a disponibilidade hídrica local ou em acumulações.
– Piscicultura
Para a quantificação da demanda de água para a piscicultura, o requerente deve especificar a área de lâmina de água dos tanques e a necessidade mínima de água para a atividade. 
Os processos são formalizados para área de lâmina maiores que 5 hectares.
– Poço tubular profundo (poço artesiano)
Primeiramente deverá ser solicitada junto ao ÒRGÃO COMPENTENTE DOS RECURSOS HÍDRICOS a autorização para a perfuração do poço, fase esta correspondente à Declaração de Disponibilidade Hídrica Subterrânea – DDHS (poço profundo não perfurado). 
Posteriormente, deverá ser solicitada a captação do poço, constituindo-se então o processo de Outorga de Direito (poço profundo perfurado).
– Dispensa de outorga de uso
Precisa ser analisado a vazão e o volume considerados insignificantes passam a ser de respectivamente até 1,0 l/s (um litro por segundo) e até 5.000 m³ (cinco mil metros cúbicos). 
Também mini-poços e cisternas em zona rural ou urbana, e pisciculturas de área até 5 ha são enquadrados em usos considerados insignificantes e é obrigatório o cadastro no órgão e obtenção da Declaração de Dispensa de Outorga, todavia, estes dados acima são referência, porém, cada estado da federal podem criar procedimentos específicos.
Mata Ciliar 
As matas ciliares compreendem a vegetação que se localiza em áreas situadas nas proximidades de cursos d'água, tais como rios, lagos, olhos d'água e reservas hídricas em geral. Tal nomenclatura relaciona-se à analogia que se faz entre a função das matas para os rios e a função dos cílios para os nossos olhos: proteção.
Portanto, podemos rapidamente deduzir que as matas ciliares são importantes por representarem uma proteção natural dos cursos d'água. Tal processo ocorre quando essas matas, através de suas raízes, seguram o solo das margens dos rios, evitando casos de erosão fluvial, em que as águas desgastam as bordas que as comprimem e provocam abalos na estrutura superficial.
As matas ciliares ajudam a proteger o solo e os rios do processo de erosão
Outra forma de atuação das matas ciliares é na “filtragem”do ambiente ao redor dos rios, evitando ou diminuindo a presença de sedimentos trazidos com a água das chuvas e da poluição em forma de resíduos tóxicos e lixo, contribuindo, assim, para conservar as redes de drenagem.
A remoção das matas ciliares costuma acontecer, principalmente, para a pecuária, uma vez que as áreas úmidas ao redor dos cursos d'água favorecem a pastagem em tempos de seca. Além disso, a agricultura também é uma atividade responsável pela destruição desse tipo de vegetação, aumentando o assoreamento dos rios que, em alguns casos, tornam-se extintos.
Há que se estabelecer, todavia, a diferença entre a mata ciliar e a mata de galeria. Muitas pessoas confundem esses dois termos, pois ambos se referem às vegetações situadas próximas a cursos d'água. A principal diferença é que, nas matas ciliares, a copa das árvores (parte mais alta das espécies) não se encontra entre uma margem e a outra, o que ocorre com a mata galeria, que recebe esse nome justamente por formar uma galeria sobre os rios.
Na mata de galeria, as copas das árvores entre as duas margens encontram-se
As matas ciliares e de galeria são áreas de necessária conservação e são protegidas pela legislação, sendo categorizadas como APAs (Áreas de Proteção Permanente). 
Por esse motivo, os limites dessa vegetação precisam ser respeitados, tanto para a conservação dos rios quanto do ambiente natural que os envolve.
RESERVA LEGAL 
De acordo com a Lei 12.651/2012, todo imóvel rural deve manter uma área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal. Trata-se de área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. 
Sua dimensão mínima em termos percentuais relativos à área do imóvel é dependente de sua localização, conforme abaixo:
https://www.embrapa.br/codigo-florestal/area-de-reserva-legal-arl
APP – AREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
As atividades humanas, o crescimento demográfico e o crescimento econômico causam pressões ao meio ambiente, degradando-o. 
Desta forma, visando salvaguardar o meio ambiente e os recursos naturais existentes nas propriedades, o legislador instituiu no ordenamento jurídico, entre outros, uma área especialmente protegida, onde é proibido construir, plantar ou explorar atividade econômica, ainda que seja para assentar famílias assistidas por programas de colonização e reforma agrária.
Somente órgãos ambientais podem abrir exceção à restrição e autorizar o uso e até o desmatamento de área de preservação permanente rural ou urbana mas, para fazê-lo, devem comprovar as hipóteses de utilidade pública, interesse social do empreendimento ou baixo impacto ambiental (art. 8º da Lei 12.651/12).
As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas ciliares.
Este tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de assoreamentos, evitar transformações negativas nos leitos, garantir o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida aquática.
https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27468-o-que-e-uma-area-de-preservacao-permanente/ 
RPPN 
O que é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) institui entre as categorias de Unidades de Conservação, a possibilidade de criação de uma área protegida administrada não pelo poder público, mas por particulares interessados na conservação ambiental. Esta categoria é a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
As RPPNs foram criadas em 1990 através do Decreto 98.914, mais tarde substituído pelo Decreto nº 1.922/1996, que pretendiam promover a criação de áreas protegidas através da iniciativa dos proprietários particulares. Com a publicação da Lei no 9.985, que institui o SNUC, as RPPNs passaram a ser uma das categorias de Unidade de Conservação do grupo de uso sustentável. Elas são reguladas pelo Decreto nº 5.746/2006.
Os objetivos que justificam as RPPNs são promover a conservação da diversidade biológica, a proteção de recursos hídricos, o manejo de recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas cientificas, atividades de ecoturismo, educação, manutenção do equilíbrio climáticos e ecológico, bem como a preservação de belezas cênicas e ambientes históricos.
A iniciativa para criação de uma RPPN é ato voluntário de pessoas físicas ou jurídicas proprietárias de imóveis rurais ou urbanos que demonstram um potencial para a conservação da natureza. Uma vez que uma área se torna uma RPPN, embora o direito de propriedade se mantenha, ele não pode mais voltar atrás, o status de área protegida priva é perpétuo.
Além da conservação da área natural, o proprietário da área reconhecida como RPPN desfruta de benefícios, tais como: 
a isenção do Imposto Territorial Rural (ITR) referente à área;
a possibilidade de explorar e desenvolver atividades de ecoturismo e educação ambiental, desde que previstas no seu plano de manejo; a possibilidade de formalizar parcerias com instituições públicas e privadas na proteção, gestão e manejo da área; 
e preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às instituições oficiais de crédito.
Não há tamanho mínimo ou máximo para uma RPPN. O laudo de vistoria técnica realizado no processo de criação definirá se a área proposta tem ou não atributos para o seu reconhecimento como Reserva. A desconstituição ou redução da área só podem ser realizadas mediante lei específica (conforme o art. 22, da lei do SNUC). 
O requerimento para criação de uma reserva de âmbito federal deve ser dirigido ao ICMBio, órgão responsável pela criação e fiscalização de unidades de conservação no país. Nos âmbitos estadual e municipal, a solicitação deve ser feita ao órgão ambiental destas esferas.
De acordo com o SIMRPPN, o Sistema Informatizado de Monitoria de RPPNs, o país conta, hoje, com 640 unidades desta categoria. Os estados com maior número de reservas são a Bahia, com 102 reservas que cobrem 46.817 hectares, e Minas Gerais, com 88 reservas sobre 33.140 hectares. Embora tenha apenas 15 reservas, Mato Grosso tem a maior área protegida por reservas privadas: 172.980 hectares.
Reserva Rio das Furnas em Alfredo Wagner, Santa Catarina. Administrada pelo casal Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka, é fechada ao público, mas também devotada à conservação e pesquisas científicas. O acesso é restrito a pesquisadores que poderão estudar as 238 espécies de aves e 21 de mamíferos que habitam a reserva.
Reserva Natural Salto Morato em Guaraqueçaba, Paraná é uma RPPN federal criada e mantida pela Fundação Boticário. Foi criada para conservar a biodiversidade e os processos ecológicos da Mata Atlântica, além de incentivar a pesquisa científica e a educação ambiental. Ela abriga 325 espécies de aves, 61 anfíbios, 55 peixes, 36 répteis e 93 mamíferos, algumas ameaçadas de extinção como jacutinga, macuco, onça-parda, cateto e jaguatirica. A biodiversidade da Salto Morato atrai pesquisadores e visitantes, que têm a sua disposição alojamento e um centro de pesquisa.
VEREDA GRANDE – RPPN – PRESIDENTE OLEGÁRIO 
https://sistemas.icmbio.gov.br/simrppn/publico/detalhe/494/
REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
https://supremoambiental.com.br/servicos/outorga-de-uso-da-agua.html?gclid=CjwKCAjwybyJBhBwEiwAvz4G72LD-7vlmnw3hacgEX3yo45KDjmHVu-q-8Gc6QN-fjd-RDzjCvEK9hoCSpsQAvD_BwE
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/mata-ciliar.htm

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