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Prof. Ricardo Granata UNIDADE III História do Design e do Mobiliário Henry Ford (EUA-1863-1947). Herói da Revolução Industrial, assim como Josiah Wedgwood. Wedgwood compreendeu a necessidade e a demanda por uma produção em massa das cerâmicas. Ford implementou um novo sistema fabril – linha de montagem móvel, inspirada nas empresas de carnes embaladas de Chicago – sua principal inovação que possibilitou a produção do Modelo T em grandes quantidades em sua fábrica em Buffalo, New Jersey, em 1921. Henry Ford e o sistema norte-americano de manufatura Modelo T – preto – Ford fabrica um único modelo de carro em uma única cor: Produção inicia em 1909; No início, montagem em 14 horas; Demanda = incrementos fabris = montagem em 1 hora e 33 minutos; Com isso, redução de preço = US$ 1000,00 para US$ 360 entre 1908 e 1916. Henry Ford e o sistema norte-americano de manufatura Henry Ford e o sistema norte-americano de manufatura Figura: Ford Modelo T, de 1925 Fonte: livro-texto O modelo estandardizado de linha de montagem de fábrica voltado inicialmente à produção de armas e depois à indústria de carnes embaladas, que era baseado na estandardização, intercambiabilidade de peças, mecanização e linhas de montagens de móveis, promoveu uma alta racionalização nos modos de produção em massa dos Estados Unidos. Esse modelo ficou conhecido como “Sistema Americano de Manufatura” e contribuiu com uma importante parte na história do design. Henry Ford e o sistema norte-americano de manufatura Os primeiros produtos dos EUA possuíam uma estética crua, de máquina, que parecia pertencer ao próprio sistema de produção. Exemplo: máquinas Singer de 1851 – sem apelo estético ou um design condizente ao ambiente doméstico. Indústria vai percebendo necessidade de alteração estética de seus produtos. Percebeu que as mulheres – maiores consumidores – preferiam comprar uma máquina que tivesse uma decoração ou estivesse apoiada sobre um tampo de madeira que combinasse com os móveis de sua casa ou, ainda, que tivesse uma ligação consigo próprias ou com suas casas. Dessa forma, as indústrias: Estratégia de marketing – começou a inserir decorações em sua estrutura. (Isso aconteceu com diversos produtos industriais – Ford, por exemplo). Henry Ford e o sistema norte-americano de manufatura Henry Ford e o sistema norte-americano de manufatura Figura: máquinas Singer de 1851, 1854 e pormenor de 1885 Fonte: livro-texto Indústria automobilística: Modelo T – estética básica – foco na eficiência/preço – não sua aparência. Anos 1920 – perda em vendas para a General Motors (maior concorrente). General Motors: Modelos mais “estilosos” – opções: Cadillac, Buick, Pontiac, Chevrolet etc. Grande variedade visual. Produção sobre um único chassi, alterando linhas e cores. Henry Ford e o sistema norte-americano de manufatura Henry Ford e o sistema norte-americano de manufatura Figura: Cadillac, de 1929 Fonte: livro-texto Em relação ao chamado “sistema americano de manufatura” do início do século XX, é possível afirmar que: a) Trata-se de um retorno à produção manufaturada artesanal. b) Trata-se de um modelo de estandardização, que busca uma produção voltada à estética mecanizada, em que o maior erro e a decadência foram não se aproximar em nenhum momento de estratégias de marketing. c) É um modelo estandardizado de linha de montagem de fábrica baseado na estandardização, na intercambiabilidade de peças, na mecanização e nas linhas de montagens móveis. d) Trata-se unicamente de um sistema estandardizado de produção exclusiva de carros modelo T na cor preta. e) Trata-se unicamente de um sistema estandardizado para a produção e a exportação de eletrodomésticos. Interatividade Em relação ao chamado “sistema americano de manufatura” do início do século XX, é possível afirmar que: a) Trata-se de um retorno à produção manufaturada artesanal. b) Trata-se de um modelo de estandardização, que busca uma produção voltada à estética mecanizada, em que o maior erro e a decadência foram não se aproximar em nenhum momento de estratégias de marketing. c) É um modelo estandardizado de linha de montagem de fábrica baseado na estandardização, na intercambiabilidade de peças, na mecanização e nas linhas de montagens móveis. d) Trata-se unicamente de um sistema estandardizado de produção exclusiva de carros modelo T na cor preta. e) Trata-se unicamente de um sistema estandardizado para a produção e a exportação de eletrodomésticos. Resposta Diversas abordagens para o projeto de interiores das residências. Para Charles R. Mackintosh, Frank Lloyd Wright, De Stijl, Bauhaus e Le Corbusier, eram obras de arte. Art Nouveau – linhas simbólicas. Modernistas – linhas retas, dados científicos como tempo ou espaço para as atividades (cozinha racional). Designers industriais americanos do entreguerra – envolvidos no projeto de trens e máquinas – conceito mercadológico de “a casa dos sonhos” – olhar feminino expressava as ideias da proprietária. O lar norte-americano Meados do século XIX – as mulheres já eram o principal consumidor de artefatos para o lar – reformistas atribuíam a elas a depreciação dos valores estéticos. Contudo entre 1870/1880, alguns arquitetos (homens) – “movimento estético”: Celebravam a ligação da feminidade com a casa, o lar. Interiores tratados como as roupas, os vestidos – indutor de moda e “gosto”. Aubrey Beardsley e Oscar Wilde – movimento “esteticismo” – busca pela beleza na arte e no design. Decoradores/designers – E. W. Godwin, Bruce Talbert e Thomas Jeckyll – harmonia interior – substituição dos pesados interiores vitorianos – ambientes leves, frescos, de inspirações japonesas e cores neutras. A estética dos interiores começava a ser acessível à nova classe média. O lar norte-americano Virada do século XIX para o XX: Arquitetos e designers trabalharam de forma intensa acerca do interior doméstico, tornando-o cada vez mais importante no processo do projeto e na vida dos usuários. Escocês Arq. Charles Rennie Mackintosh e de sua mulher, a artista e designer Margaret Macdonald – pioneiro no design como um todo – interno e externo – extremo cuidado nos móveis e nos acabamentos. Europa – arquitetos/designers – Henry Van de Velde, Peter Behrens, Joseph Hoffmann – mesmas ideias integradoras do interior doméstico na arquitetura de uma forma geral. O lar norte-americano O lar norte-americano Figura: Hill House, de 1902-1902, de Charles Rennie Mackintosh Fonte: livro-texto Estados Unidos – Frank Lloyd Wright – papel importante na modelação do lar americano – “Praire House” – versão americana da casa do arts and crafts. Linhas mais horizontais, expansivas e geométricas – antítese ao molde fechado dos vitorianos. Série de casas em Oak Park, subúrbio de Chicago – interno e externo. O lar norte-americano O lar norte-americano Figura: A “Praire House” Robbie House, de Frank Lloyd Wright Fonte: livro-texto 1930 – casas americanas – ligadas ao consumo dos ideais que moldavam, por exemplo, a cozinha racional: Foco da cozinha – novos bens de consumo – a mulher moderna. Refrigerador: Centro das atenções. Invenção americana – moderno 1923. 1930 – bem de consumo durável – design específico. Gama de modelos desenvolvidos pelos designers – streamline – aerodinâmica. Impressão visual – consultores de design industrial + Frigidaire, General Electric, Sears etc. Crescimento urbano – aumento de poder de consumo do americano. O lar norte-americano 1950 – pós-guerra: Cozinhas: Cores marcantes – verde e amarelo. Refrigeradores – ainda elementos da moda. Destaque às cozinhas abertas do pós-guerra. Cozinhas – atenção dos fabricantes de eletrodomésticos. Designers – mixers, facas elétricas, cafeteiras elétricas etc. Henry Dreyfuss – Hoover; Raymond Loewy. Era da “casa dos sonhos” – pós-1945, o design dos interiores mais humanizados – reação à austeridade da casa, como uma máquina de viver, abarcando formas e modelos orgânicos, geométricos e abstratos. Lar – feminino – mulheres no design de interiores. O lar norte-americano O lar norte-americano Figuras: década de 1950 Fonte: livro-texto Em relação às residências e ao modo de vida dos norte-americanos no período entreguerras e pós-Segunda Guerra Mundial é correto afirmar que: a) É caracterizado pelo racionalismo extremo. b) É caracterizado pelo funcionalismo, pela busca por dados científicos como tempo ou espaço para as atividades para a determinação dos espaços racionais. Um exemplo disso é a cozinha racional. c) No pós-Segunda Guerra enxerga-se um design de interiores voltado para uma inspiração vitoriana. d) No pós-Segunda Guerra enxerga-se um design de interiores voltado para uma inspiração extremamente modernista, atendendo à classe média e com referências a Le Corbusier. e) No entreguerras enxerga-se as casas americanas ligadas ao consumo, aos novos bens de consumo, com a cozinha como centro das atenções. Interatividade Em relação às residências e ao modo de vida dos norte-americanos no período entreguerras e pós-Segunda Guerra Mundial é correto afirmar que: a) É caracterizado pelo racionalismo extremo. b) É caracterizado pelo funcionalismo, pela busca por dados científicos como tempo ou espaço para as atividades para a determinação dos espaços racionais. Um exemplo disso é a cozinha racional. c) No pós-Segunda Guerra enxerga-se um design de interiores voltado para uma inspiração vitoriana. d) No pós-Segunda Guerra enxerga-se um design de interiores voltado para uma inspiração extremamente modernista, atendendo à classe média e com referências a Le Corbusier. e) No entreguerras enxerga-se as casas americanas ligadas ao consumo, aos novos bens de consumo, com a cozinha como centro das atenções. Resposta Henry Dreyfuss (1904-1977): Entre os maiores designers industriais americanos. Desenvolveu os diversos produtos necessários para a vida moderna: aspiradores de pó, ferros de passar roupa, relógios-alarmes e diversos outros aparelhos. Desenvolveu projetos de tratores e locomotivas no estilo streamline. Antropometria – importante contribuição: Designing for People (Projetando para Pessoas), de 1955, e The Measure of Man (A Medida do Homem), de 1960. “Joe e Josephine” – dimensões antropométricas do homem e da mulher. Henry Dreyfuss Henry Dreyfuss Fonte: livro-texto Art déco – iniciou na Europa – 1910 até final de 1930. Origem do nome – abreviação de “artes decorativas”, proveniente da Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes – Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas – Paris, em 1925. Envolveu arquitetura, design de interiores, desenho industrial, pintura, moda, cinema, artes gráficas, entre outros. Estilo – luxo, glamour, progresso social e tecnológico. Marcado por linhas retas, geométricas. Derivação: inspiradas na aerodinâmica (streamline) das ferrovias. Henry Dreyfuss New York World’s Fair (1939-40): O design/tecnologia – novo foco futurista. Pavilhões de Ford e Eastman Kodak. O designer é o foco – Henry Dreyfuss, Raymond Loewy e Norman Bel Geddes. II Guerra Mundial: Foco dos designers deixa de ser eletrodomésticos/status/novos ricos. Designers: sobrevivência, design gráfico informativo, produtos, máquinas e subprodutos para primeiras necessidades. O design no pré e no pós-Segunda Guerra Mundial norte-americano Pós-II Guerra Mundial: Designers – importantes – transformação da guerra em paz. Reúso dos materiais – metais, plásticos e compensados moldados, tecnologia – produtos e bens de consumo. Exemplo: Talas dos Eames; VW Beetle; Jeeps. Arquitetos – nova forma estilística, natural e humana – diferente da máquina – com exceção dos escandinavos. Americanos – formas da natureza no desenho da casa contemporânea. “Casa Projetada” – Raymond Loewy e Charles and Ray Eames. Revistas de decoração. Casa é um status social – subúrbios – novos ricos – bens de consumo. O design no pré e no pós-Segunda Guerra Mundial norte-americano Pós-II Guerra Mundial: Outlets/lojas tipo Ikea – estilo e preços acessíveis – expansão do design moderno. Produção em massa computadorizada – demanda dos países no pós-guerra. Charles Eames, Eero Saarinen e George Nelson: Novo design de interiores – rejeição ao estilo de decoração vigente/decoradoras. Resgate de Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. Plantas livres, mobília moderna, luz e vidro. Cozinha – coração da casa. O design no pré e no pós-Segunda Guerra Mundial norte-americano Em relação às residências e ao modo de vida dos norte-americanos na Segunda Guerra Mundial é correto afirmar que: a) O pós-Segunda Guerra é caracterizado pelo retorno ao racionalismo extremo. b) O pós-Segunda Guerra é caracterizado pelo retorno ao austero com móveis e visuais mais densos com inspirações vitorianas. c) No pós-Segunda Guerra despontam os designers/arquitetos Charles Eames, Eero Saarinen e George Nelson com um novo design de interiores, caracterizado pela rejeição ao estilo de decoração vigente e resgate de nomes como Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. d) No pós-Segunda Guerra, a cozinha perde o destaque antes adquirido, tornando-se cada vez mais fechada e escondida. e) No pós-Segunda Guerra, os eletrodomésticos perdem o destaque antes adquirido, tornando-se cada vez mais monocromáticos. Interatividade Em relação às residências e ao modo de vida dos norte-americanos na Segunda Guerra Mundial é correto afirmar que: a) O pós-Segunda Guerra é caracterizado pelo retorno ao racionalismo extremo. b) O pós-Segunda Guerra é caracterizado pelo retorno ao austero com móveis e visuais mais densos com inspirações vitorianas. c) No pós-Segunda Guerra despontam os designers/arquitetos Charles Eames, Eero Saarinen e George Nelson com um novo design de interiores, caracterizado pela rejeição ao estilo de decoração vigente e resgate de nomes como Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. d) No pós-Segunda Guerra, a cozinha perde o destaque antes adquirido, tornando-se cada vez mais fechada e escondida. e) No pós-Segunda Guerra, os eletrodomésticos perdem o destaque antes adquirido, tornando-se cada vez mais monocromáticos. Resposta Charles (1907-1978), arquiteto, e Ray Eames (1912-1988), pintora – designers. Charles Eames, Eero Saarinen, Ray – Cranbrook Academy. Cranbrook – concurso “Organic Design in Home Furnishings” – Design Orgânico em Mobiliário Residencial – para o Museu de Arte Moderna de Nova York – cadeiras e uma série de mobiliário para sala de estar. Trabalho experimental em compensado – cadeira “concha” única. Charles e Ray – Bloomfield Hills para Los Angeles – “Kazam!”. Charles e Ray Eames Talas – Leg Splints – Marinha americana – 5000 peças. Folhas de madeira coladas umas nas outras, com uma cola à base de resina – moldadas em curva – calor e pressão – estampado “Eames Process” – o “Processo de Eames”. Conhecimento adquirido – cadeiras – Alvar Aalto – móveis além dos experimentos bidimensionais. LCW (Lounge Chair Wood) – 1942 – conforto – peça produção em massa – uma “concha” passa a peças separadas. Produção extensa – Herman Miller – diversos – casa, artefatos, brinquedos, móveis e filmes. Charles e Ray Eames Charles e Ray Eames Talas de madeira, de 1941. Fonte: livro-texto Charles e Ray Eames Fonte: livro-texto Charles e Ray Eames Fonte: livro-texto Charles e Ray Eames Fonte: livro-texto Charles e Ray Eames Fonte: livro-texto A respeito de Charles e Ray Eames e de seu trabalho como designers é correto afirmar que: a) Desenvolveram um importante trabalho junto à Bauhaus. b) Foram os precursores nos trabalhos com aço tubulardobrado. c) Desenvolveram uma importante experimentação e trabalho com compensados de madeiras posteriormente adotados na indústrias e por diversos outros designers em escala mundial. d) Apesar de seu envolvimento forte com design não tiveram influência sobre os interiores das residências norte-americanas. e) As talas para pernas foram um importante experimento com tubos de aço que depois foi aplicado no desenvolvimento de projeto de cadeiras. Interatividade A respeito de Charles e Ray Eames e de seu trabalho como designers é correto afirmar que: a) Desenvolveram um importante trabalho junto à Bauhaus. b) Foram os precursores nos trabalhos com aço tubular dobrado. c) Desenvolveram uma importante experimentação e trabalho com compensados de madeiras posteriormente adotados na indústrias e por diversos outros designers em escala mundial. d) Apesar de seu envolvimento forte com design não tiveram influência sobre os interiores das residências norte-americanas. e) As talas para pernas foram um importante experimento com tubos de aço que depois foi aplicado no desenvolvimento de projeto de cadeiras. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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