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NPJ - NUCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – NOVA AMÉRICA
RELATÓRIO AUTOS FINDOS – PROCESSO Nº 0205806-05.2015.8.19.0001
Nome: Vitória Teixeira Pinto
Matrícula: 201702038114
Trata-se de uma denúncia de notícia crime, acerca de um furto, cometido, em tese, por PAULA KARINA CRISPIM
11/05/2015 – Protocolada a denúncia emitida pelo MP, informando os fatos ocorridos, na localidade do Bairro de Copacabana, nas Lojas Americanas. Findou-se a denúncia, arrolando os dois policiais civis responsáveis pelo flagrante e uma testemunha que estava no local. 
“No dia 06 de maio de 2015, por volta das 20h00, no interior das lojas Americanas, situadas à Avenida Nossa Senhora de Copacabana, n2 1058, Copacabana, nesta Comarca, consciente e voluntariamente, em comunhão de ações e desígnios com os adolescentes Pedro Paulo de Abreu e Gabriel do Nascimento dos Santos, bem como com outras duas mulheres não identificadas, subtraíram, para si ou para outrem, duas cuecas do tipo boxer e cinco chocolates da marca Bis, pertencentes às Lojas Americanas. “
28/06/2016 – Interposição de Resposta a Acusação pela denunciada Paula Karina Crispim, utilizando-se do argumentos que tal ocorrido não configura motivos suficientes para utilização da esfera processual penal, sendo ela a última ratio. Ao final, arrolou as testemunhas: Tatiane Ferreira; Larissa de Jesus; marco Soares. Lucas Paiva. 
“...O objeto do suposto crime patrimonial, duas cuecas e cinco chocolates bis, não justifica a drástica ingerência do direito penal como última rabo para a composição dos conflitos de interesses. A mi=ma ofensividade do atuar da acusada, aliada à inexpressividade da lesão que poderia suportar o sujeito passivo —destacando-se que, em verdade, não houve dano, já que os bens foram recuperados na sua integralidade — indicam, sobremodo, a desnecessidade do concurso da sanção penal para a resolução do aparente conflito...”
14/02/2017 – Ocorrência da Audiencia de Instrução e Julgamento, onde compareceram a promotora de Justiça, o Defensor Público, a testemunha arrolada pela acusação e ausente a autoridade policial na condição de testemunha. 
16/03/2017 – Alegações Finais do MP: Requerendo a condenação da ré no crime de furto, com a qualificadora de concurso de duas ou mais pessoas. 
“… Isto posto, requer a Defesa a incidência da tentativa, em seu grau máximo, prevista no Art. 14 inciso II do Código Penal. III — DO PEDIDO a com a aplicação do Princípio da Insignificância ao caso em tela. Ex positis, requer a Defesa a ABSOLVIÇÃO da acusada Paula Karina Crispim Costa, Ademais, caso a tese absolutória não seja acolhida, requer a Defesa a incidência da tentativa prevista no art. 14 inciso, II do Código Penal. ”
16/0/2017 - Alegações Finais da Defesa, utilizando o princípio da bagatela e utilizando a argumentação da tentativa para imputação do delito. 
19/01/2018 – Sentença proferida pelo juízo, condenando, ao final, a ré em duas penas restritiva de direitos. 
“No caso em questão, é admissivel a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, visto que presentes os requisitos objetivos do artigo 44, incisos I, II e III do Código Penal. Posto isso, SUBSTITUO A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE ACIMA ESTABELECIDA, POR DUAS RESTRITIVA DE DIREITOS, consistente na prestação de serviços comunitários, em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos ou outros estabelecimentos congéneres, em programas comunitários ou estatais, a serem definidas pela Vara de Execuções Penais. “
03/07/2018 – Interposição de recurso pela defesa, reiterando a insignificância e requerendo a absolvição da ré.
“...Em conclusão, frente ao presente arrazoado, espera a apelante a reforma da r. sentença com o reconhecimento do Princípio da Insignificância, na forma do art. 386, III do Código de Processo Penal e a absolvição. ”
06/04/2018 – Razões de Apelação pelo MP, em discordância com a insignificância e reiterando a reincidência da ré. 
“...Outrossim, reincidente a ré, impunha-se a aplicação do regime semiaberto ao caso concreto, na esteira da Súmula 269 do STJ. Ademais, vedada é a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito, em razão da reincidência, conforme comando expresso do art. 44, II, do CP. Ex Positis, aguarda o Parquet o conhecimento do seu recurso, eis que presentes seus pressupostos objetivos e subjetivos e, no mérito, o seu provimento, reformando-se a douta e respeitável sentença, para reconhecer a agravante da reincidência, exasperando a pena em razão dela, impondo-se o regime semiaberto e se afastando a substituição operada...” 
04/06/2019 – Acolhimento do Recurso interposto pelo MP, substituindo a pena restritiva de direitos em pena restritiva de liberdade em 3 anos de reclusão e dias-multa, sem regime semi-aberto. 
“... por tais motivos, nega-se provimento ao recurso defensivo e dá-se provimento ao apelo ministerial para reconhecer a agravante da reincidência, fixar o regime semiaberto e afastar a substituição de pena, restando a ré condenada à pena final de 03(três) anos de reclu-são, além de 15dias-multa, fixados no valor mínimo legal, em re-gime semiaberto.”
Av. Pastor Martin Luther King Jr., nº 126, sala 300-D, Del Castilho/RJ 
CEP: 20765-971 - TEL: (21) 3296-6743

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