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Ciclo respiratório e suas fases O Ciclo Respiratório é a descrição das variações de pressão, volume pulmonar e fluxo aéreo que ocorrem durante um ciclo respiratório simples O principal gradiente de pressão, que controla a expansão e contração do pulmão durante o ciclo respiratório, ocorre entre o ar alveolar e o espaço intrapleural Pode ser dividido em 4 estágios: → Repouso (ao final da expiração) → Inspiração → Repouso (ao final de inspiração) → Expiração Quanto mais distendida a fibra mais pressão de encolhimento Durante esta fase não há movimento de ar para dentro ou para fora dos pulmões A pressão de ar nos alvéolos é igual a pressão atmosférica A pressão intrapleural, contudo, persiste negativa (cerca de -5cm/H2O, ou seja, 5 cm de água menor que a pressão atmosférica Essa pressão pleural negativa é o resultado da oposição de forças entre o pulmão e a parede torácica O volume pulmonar nesta fase é equivalente a capacidade Residual Funcional De um lado, o pulmão exerce uma força de recolhimento elástico significativo, no sentido oposto, a parede torácica tem a tendência a se expandir Estas forças opostas geram uma pressão negativa dentro do espaço pleural. Este gradiente é responsável por manter os pulmões inflados durante a posição de repouso Se a pressão negativa intrapleural for eliminada, sendo trazida para o equilíbrio com a pressão atmosférica (como acontece no pneumotórax), os pulmões colapsam sob efeito da sua força de recolhimento Pulmão colapsado com bolha de ar dentro da cavidade torácica Durante a inspiração há o movimento de ar para dentro dos pulmões e o volume dos pulmões se expande até o volume corrente, acima da capacidade residual funcional Como há movimento de ar para dentro dos pulmões, fica claro que a pressão de ar alveolar se torna levemente negativa, tornando-se inferior a pressão atmosférica e provocando o fluxo de ar no sentido intrapulmonar A pressão intrapleural também reduz, chegando entre -7 e -8cm/H2O abaixo da pressão atmosférica, essa redução ainda maior da pressão intrapleural é ocasionada pelo aumento da força de recolhimento exercida pelo pulmão, devido a sua expansão 1. O cérebro inicia o esforço inspiratório 2. Os nervos conduzem a ordem para os músculos inspiratórios 3. O diafragma e os músculos intercostais externos se contraem 4. O volume torácico aumenta à medida que a caixa torácica se expande 5. A pressão intrapleural torna-se mais negativa (força de recolhimento elástico aumentando) 6. O gradiente de pressão transmural alveolar aumenta (distensão alvéolo através da pressão) 7. Os alvéolos se expandem em resposta ao gradiente de pressão transmural aumentado. Isso faz aumentar a retração elástica alveolar 8. A pressão alveolar (Palv) cai abaixo da pressão da pressão atmosférica quando o volume alveolar aumenta, estabelecendo assim um gradiente de pressão para o fluxo de ar 9. O ar flui para dentro dos alvéolos até que a pressão alveolar entre em equilíbrio com a pressão atmosférica Final da inspiração Durante esta fase não há movimento de ar para dentro ou para fora dos pulmões A pressão de ar nos alvéolos é igual a pressão atmosférica A pressão intrapleural se encontra ainda mais negativa (- 7,5cm/H2O) ou seja 7,5 cm de água menor que a pressão atmosférica Essa pressão pleural negativa ainda maior é resultante do aumento da pressão elástica dos pulmões, decorrente da sua expansão Durante a expiração há o movimento de ar para fora dos pulmões e o volume pulmonar reduz do volume corrente de volta à capacidade residual funcional Como há movimento de ar para fora dos pulmões, fica claro que a pressão de ar alveolar neste momento é levemente positiva, acima da pressão atmosférica, gerando o fluxo de ar no sentido extrapulmonar Durante a expiração, a força de recolhimento elástico do pulmão se reduz conforme ele se contrai; em consequência, a pressão intrapleural retorna ao seu valor basal de - 5cm/H2O. Se reestabelece assim o volume basal da Capacidade Residual Funcional 1. O cérebro interrompe o comando inspiratório 2. Os músculos inspiratórios se relaxam 3. O volume torácico diminui, fazendo com que a pressão intrapleural se torne menos negativa e reduzindo o gradiente de pressão transmural alveolar 4. O gradiente de pressão transmural alveolar reduzido permite à retração elástica alveolar aumentada restituir aos alvéolos seus volumes pré inspiratórios 5. O Volume alveolar reduzido faz aumentar a pressão alveolar acima da pressão atmosférica, estabelecendo assim um gradiente de pressão para o fluxo de ar 6. O ar flui para fora dos alvéolos até que a pressão alveolar entre em equilíbrio com a pressão atmosférica Relação volume pulmonar x pressão transpulmonar durante o ciclo respiratório aumenta 500 ml no final da inspiração sem fluxo, igual a pressão atmosférica (0). Na inspiração reduz para - 1cm H2O Na expiração, aumento para 1 cm H2O no repouso, -5cm H2O Na inspiração reduz para -7,5 cm H2O Os gráficos mostram as relações entre o volume pulmonar inspiratório, a pressão alveolar, a pressão intrapleural e o fluxo aéreo durante o ciclo respiratório. Observe que a inspiração é obtida à custas de pressões intrapleurais progressivamente negativas Medida do ciclo respiratório O Volume de ar que entra e sai dos pulmões pode ser medido com um espirômetro O Fluxo de ar pode ser medido através de um pneumotacógrafo A pressão intrapleural pode ser medida através de um sensor posicionado no esôfago na altura da cavidade torácica (as pressões intrapleurais e intraesofágicas se equivalem) As pressões intra alveolares não podem ser medidas diretamente, e são calculadas É o número de ciclos respiratórios realizados por minuto A FR é regulada para proporcionar as células a quantidade ideal de energia (O2) a qualquer momento Controle da FR é feito por um sistema complexo envolvendo o SNC e seus receptores regula o suprimento de O2 e a retirada do CO2e ajusta os fluxos de acordo com as condições metabólicas Respiração é um processo que envolve o cérebro, o tronco cerebral, os músculos respiratórios, pulmões, vias aéreas, e vasos sanguíneos, todas essas estruturas têm papel estrutural, funcional e regulatório nesse processo A frequência respiratória normal varia com a idade: → Adulto: 12-20 respirações/minuto → Idosos: podem ter uma FR aumentada (até 28 respirações/minuto) → Crianças recém-nascidas: 44 respirações/minuto → Crianças a partir dos 2 anos: 26 respirações/minuto É considerado um Sinal Vital no monitoramento e exame clínico de um paciente, (junto com a pressão arterial, a temperatura e a frequência cardíaca), alterações na FR normalmente são geralmente associadas a condições patológicas aumenta o volume corrente, aumentado a FR causa a redução do volume corrente, com redução da FR aumentam a FR pela mudança dos receptores mecânicos no centro respiratório aumenta a FR pelo mesmo mecanismo da ICC aumento da pressão intracraniana ou dor intensa aumentam a FR por ação direta nos centros respiratórios reduz a FR por ação direta nos centros respiratórios
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