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1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP GABRIEL NASCIMENTO DE CARVALHO ESTUDO HISTÓRICO: A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE LOGÍSTICA E SUPRIMENTOS. MANAUS - AMAZONAS 2021 2 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ESTUDO HISTÓRICO: A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE LOGÍSTICA E SUPRIMENTOS. Trabalho como parte do exigido para obtenção de nota para graduação em Administração apresentado à Universidade Paulista – UNIP. MANAUS - AMAZONAS 2021 3 ACREDITE Você precisa ter sonhos, para que possa se levantar, todas as vezes que cair. Acreditar que a toda hora, acontecerá coisas boas e mudar o rumo da sua vida. Você precisa ter sonhos grandes e pequenos, os pequenos, são as felicidades mais rápidas, os grandes, lhe darão força para suportar o fracasso dos sonhos pequenos. Você tem que regar os teus sonhos todos os dias, assim como se rega uma planta para que cresça... Você precisa dizer sempre a você mesmo: -Vou conseguir! -vou superar! -vou chegar ao meu sonho! Fazendo isso, você estará cultivando sua luz, a luz de sempre ter esperanças, que nunca poderá se apagar, pois ela é a imagem que você pode passar para as outras pessoas, e através dessa luz que todos vão lhe admirar, acreditar em você e te seguir. Mire na Lua, pois se você não puder atingi-la, com certeza irá conhecer grandes estrelas... ou quem sabe, poder ser uma delas! Vilma Galvão 4 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CF - Compras e Fornecedores CS - Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) - Principais conceitos DRP – Planejamento dos Recursos d a Distribuição EDI - Eletronic Data Interchange FOB - Free on Board HSL - Histórico dos Sistemas Logísticos IMA - Instituto dos Contadores Gerenciais OFOS - Objetivos e Funções da Organização de Suprimentos PCP - Planejamento e Controle de Produção PPCP – É quem recebe matérias-primas e componentes do estoque e envia para a produção, manuseio e transporte interno e estoques em processo. SAGE - Sistemas de Armazenagem e Gestão de Estoques SCM - Supply Chain Management TI - Tecnologia da Informação UNIP - Universidade Paulista VGL - Visão Geral da Logística WMS - Warehouse Management System 5 SUMÁRIO Resumo 6 Introdução 7 Histórico dos sistemas logísticos 8 Pontos centrais da Logística, segundo Hélio Meirim: 9 A evolução da Logística pode ser considerada conforme a seguir: 10 Visão Geral da Logística 10 Controle de Materiais 11 Exemplos de Logística aplicada na guerra 12 A logística como estratégia para obtenção de vantagem competitiva 12 A Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) - Principais conceitos 13 Visão sistêmica da cadeia logística 14 Tipos de logísticas 15 Logística de Suprimentos 15 Logística de Produção 16 Logística de Armazenagem 16 Logística de Distribuição e Transporte 16 Objetivos e Funções da Organização de Suprimentos 16 Compras e Fornecedores 18 Os Sistemas de Armazenagem e Gestão de Estoques 21 Conclusão 25 Referências 28 6 ESTUDO HISTÓRICO: A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE LOGÍSTICA E SUPRIMENTOS. RESUMO: Até poucos anos atrás a logística empresarial, como estrutura organizada e integrada, era solenemente ignorada pela maioria das empresas manufatureiras e prestadoras de serviços. Com a abertura comercial, a partir do início da década de 90, tornou-se crescente a necessidade das empresas desenvolverem maior competitividade no mercado, porém o cenário organizacional exige que cada empresa tenha um sistema logístico integrado, pois com o aumento da concorrência é preciso produzir a quantidade certa para atender a demanda e diminuir a complexidade da cadeia de suprimentos, uma vez que a logística de suprimentos ainda a uma boa administração é capaz de otimizar os recursos disponíveis, minimizar os custos e alavancar a vantagem competitiva. No entanto, para promover a melhoria continua, é fundamental ter uma logística de suprimentos competitiva e criar elos para encontrar alternativas que promovam progressos constantes, evitando grandes transtornos.Toda empresa deve possuir uma logística de suprimentos de qualificada, como um fator diferenciado, ressaltando um fluxo efetivo ou informações e uma estrita conformidade com as necessidades dos clientes. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de delinear sobre o histórico dos sistemas logísticos, a visão geral da logística, a cadeia de suprimentos (Supply Chain) - Principais conceitos, os objetivos e funções da organização de suprimentos, as compras e fornecedores, os sistemas de armazenagem e a gestão de estoques. Após a pesquisa histórica foi constatado que a logística de suprimentos é fundamental para garantir as exigências da cadeia de suprimentos, a qualidade do produto, satisfazer as necessidades dos clientes proporcionando vantagem competitiva, gerando crescimento econômico e sustentável, pois suas atividades envolvem todas as áreas da organização. Palavras-Chave: Logística de Suprimentos, Evolução, Sistemas de Gestão. 7 INTRODUÇÃO: A necessidade por melhorias na qualidade de vida e a preservação do meio ambiente, trouxeram para o mundo contemporâneo a obrigação de países buscarem alternativas que visa não apenas a sobrevivência, mas também o desenvolvimento econômico da organização. Diante disso, as indústrias precisam. A realidade do mercado evidencia a competitividade que as empresas estão inseridas. Neste sentido, a satisfação do público-alvo ganhou maior importância no contexto da gestão, visto que possibilita a conquista e fidelização dos clientes. A satisfação é alcançada a partir de diversas ações que as empresas precisam executar, entre elas, oferecer produtos e serviços de qualidade, além de preços e prazos. Nesse ponto, destaca-se a importância estratégica da função de distribuição na logística das organizações, tendo em vista que a mesma é fundamental para que os produtos sejam entregues de forma rápida e eficiente. Em processos de serviço, as falhas parecem ser inevitáveis, pois há uma grande quantidade de fatores que influenciam no seu resultado e, alguns deles, não estão no controle direto da empresa. Este argumento é fundamentado pelo fato de que os erros são características inevitáveis de todo o esforço humano, como também na entrega de serviços. Quando a falha acontece, cabe à empresa prestadora fazer uso de estratégias para a solução do problema, de modo a não só minimizar o efeito do ocorrido, mas também garantir a manutenção do seu cliente. Neste processo, a logística tem grande importância no seu resultado, operacionalizando as estratégias desenhadas pelas empresas e, por conseguinte, viabilizando a construção e a manutenção do seu relacionamento com os clientes. Em tal cenário, pode-se afirmar que para se desenhar e implementar estratégias eficazes, faz-se necessário conhecer as variáveis que influenciam o seu sucesso, de modo não só a controlá-las, mas também a levá-las em consideração na formulação das referidas estratégias. Considerando que em operações de serviços sempre haverá falhas, a logística vem a ser importantíssima no processo de relacionamento, pois esta objetiva prover o cliente com os níveis de serviço desejados, evitando assim, que os clientes cancelem o seu vínculo com a empresa prestadora. Este trabalho visa evidenciar a importância da distribuição no processo logístico para que seja alcançada a efetividade do gerenciamento operacional, enfatizando seus principais aspectos, principalmente no que tange a coordenação do fornecimento, para melhorar as atividades logísticas, que devem serexecutadas de forma conjunta, acentuando a função e distribuição para o sucesso destas atividades. 8 1. Histórico dos sistemas logísticos Existem duas origens mais conhecidas para o termo e o significado de logística da forma como conhecemos hoje. Ambas estão intimamente relacionadas às guerras e à preparação necessária para dar conta desses momentos. A Grécia Antiga é a primeira suposição do local de origem da logística. Nesta região foi onde surgiu o termo ―logistikas‖, que significa cálculo e raciocínio, no sentido matemático. Em derivação desse termo, os militares responsáveis pelos assuntos financeiros e pela distribuição de suprimentos em meio às batalhas, eram chamados de ―logistikos‖. Nos Impérios Romano e Bizantino também era usual essa nomenclatura. A segunda suposição vem do verbo francês ―loger‖, que significa alojar ou acolher, e deu origem à palavra ―logistique‖. O termo passou a ser utilizado nos estudos do teórico Barão Antoine Henri Jomini, militar que estudou a guerra, dividindo-a em 5 grandes partes: estratégia, grandes táticas, logística, engenharia e táticas menores. Com essa divisão, ficou definido logística como ―a arte de movimentar exércitos‖. Ao acompanhar Napoleão Bonaparte na organização das guerras, execução de planejamentos estratégicos de transporte de tropas, armamentos e de distribuição de suprimentos, Jomini detectou a necessidade da logística e descreveu-a em sua obra ―Sumário da Arte da Guerra‖. Assim nascia a ideia de logística. A partir desse momento, alguns acontecimentos industriais foram marcantes na história da logística, como: a invenção das máquinas a vapor por James Watt, no século XVIII, que permitiu a produção em massa de artefatos que antes eram produzidos manualmente, de forma não escalável. Da mesma forma, a Segunda Revolução Industrial foi um avanço na história, porque trouxe grandes inovações para o que era considerado como a maior dificuldade após a criação da produção em alto volume: a distribuição em massa. Em razão dessa demanda, foram criados meios de transporte e comunicação, como trens, navios e o telégrafo. Depois, vieram os conceitos de Taylorismo (divisão do trabalho) e Fordismo (linha de produção), para introduzir de vez a automatização de processos de produção para torná-los efetivamente escaláveis e eficientes. Conforme o tempo passa e os estudos e demandas sobre logística são atualizados, as empresas percebem cada vez mais necessidades diferentes. Um exemplo é a mudança de hábitos dos próprios consumidores que estão cada vez mais críticos e exigentes na hora de escolher um https://www.truckpad.com.br/blog/demanda-de-mercado-o-que-e/ 9 produto, em razão da Sociedade de Informação. Além disso, consideram também mais do que nunca o prazo do recebimento e a praticidade na entrega. Para as empresas se manterem competitivas no mercado, é necessário utilizar estratégias de logística para organizar e melhorar a gestão, de forma que atenda a esses consumidores mais informados e conscientes, como também superar expectativas daqueles clientes que não ainda enxergam essa velocidade do mercado. Com essa visão, fica nítido que o papel da logística é muito maior do que apenas uma estratégia de distribuição eficaz. Vai desde a compra de matérias-primas, passando pela gestão de estoques e produção, controle de operações, gestão e previsão da demanda e até o planejamento de longo prazo. Por isso, a logística precisa evoluir a cada dia para manter um processo muito mais complexo de compra alinhado, do início ao fim, para agregar valor ao produto ou serviço vendido e manter as contas da empresa. Nesse contexto, muitas empresas conseguem identificar que precisam de auxílio para desenvolver toda ou parte dessa estratégia. Em alguns casos, contrata-se consultores de logística para que façam um diagnóstico da empresa e da situação atual, metrificando possibilidades e objetivos de futuro traçado em um planejamento adequado. 2 - Pontos centrais da Logística, segundo Hélio Meirim: - Visão integrada e sistêmica de todos os processos da Empresa. A ausência deste conceito faz com que cada área / departamento da empresa pense e trabalhe de forma isolada. Isto gera conflitos internos por poder e faz com que os maiores concorrentes de uma empresa estejam dentro desta mesma organização; - Fazer com que as ―coisas‖ (materiais e informações) se movimentem o mais rápido possível, conseguindo assim otimizar os investimentos em ativos (estoques); - Enxergar toda a cadeia de suprimentos como parte importante do seu processo. Seus fornecedores, colaboradores, comunidade e clientes são como elos de uma corrente e estão intimamente inter ligados. Por isso, devemos sempre avaliar se suas necessidades e expectativas estão sendo plenamente atendidas; - O planejamento (Estratégico, Tático e Operacional) e a constante Avaliação de Desempenho, por meio de indicadores, são ferramentas gerenciais essenciais para o desenvolvimento de um bom sistema logístico; - O uso de sistemas de informação (ERP, WMS, TMS) que forneçam suporte as decisões que precisam ser cada vez mais velozes e em um ambiente de incertezas e competição muito grande; https://extra.globo.com/noticias/economia/millennials-mudam-relacionamento-entre-empresas-consumidores-23054966.html 10 3. A evolução da Logística pode ser considerada conforme a seguir: a) Até 1950: Foco da maior parte da s empresas era o marketing e as funções logísticas estavam dispersas entre os diversos departamentos desta organização. Os custos com logística não eram claramente evidenciados; b) De 1950 a 1960: Começam a aparecer cargos específicos p ara controlar fluxo de materiais e transportes. Nesta década começam a surgir noções de Custos Logísticos c) Entre 1960 e 1970: Custos com transportes ganham destaque nas empresas e começam a serem avaliados; d) De 1970 a 1980: Surge a necessidade de integração das diversas áreas das empresas, visando redução de custos; busca de otimização de tempo e espaço, com objetivo de satisfazer o cliente; e) A partir de 1980: A Logística assume sua importância, principalmente em função da integração com os parceiros externos da organização. Nasce o conceito de Gestão da Cadeia de Suprimentos, cuja sigla SCM, é originada do Supply Chain Management. 4. Visão Geral da Logística Principais Atividades da Logística / Custos Logísticos Cada organização precisa conhecer o seu cus to de Logística. Para que isto ocorra, precisamos conhecer e entender o que compõem Custos Logísticos. Segundo Instituto dos Contadores Gerenciais – IMA, custos logísticos são: Os custos de planejar, implementar e controlar todo o inventário de entrada, em processo e de saída, desde o ponto de origem até o ponto de consumo (IMA -1992). O conceito de custo total é baseado no inter-relaciona mento dos custos de abastecimento, produção e distribuição, cujo objetivo é a minimização dos custos com transportes, armazenagem e movimentação de materiais/produtos, embalagem, manutenção de inventário, tecnologia de informações e tributos. Com base nestes conceitos, devemos considerar que o custeio logístico deve ser reflexo do fluxo real de materiais, desde o momento de sua aquisição, considerando sua entrada na planta fabril, seu processamento em produto acabado e terminando na entrega final ao cliente. Dentre as principais atividades, o transporte da mercadoria/produto destaca-se; porém, em determinadas organizações, as atividades da Logística compreendem: 11 Estratégia de compra, transporte, armazenagem, gerenciamento de materiais, serviços aos clientes, ordens de processamento, planejamento de produção, processamento de pedidos. 5. Controle de Materiais Toda organização precisa de um sistema de informações confiável. Estas informações que estão registradas em sistemas ou livrosapropriados, são inseridas nos mecanismos de controle, visando manter a veracidade dos registros e base para uma tomada de decisão respaldada em dados corretos. A principal fonte de informações para registro de materiais em uma organização é o Departamento de Logística, que é a área responsável pelo levantamento das necessidades de cada insumo necessário à produção, até a entrega final do produto acabado. Esta necessidade é baseada no consumo mínimo necessário à produção de cada peça ou produto, tendo em vista um levantamento prévio já feito, normalmente alimentado pela engenharia. Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. Sua correta determinação no início e no fim do período contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operação dessas companhias e envolvem problemas de administração, controle, contabilização e principalmente de avaliação.(Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. Ed. Atlas, 2000, p.101). Para dimensionar ainda mais a importância de um bom controle de estoque, Rosset al (2000) fez a seguinte afirmação: ―Numa empresa industrial típica, os estoques podem muito bem superar o nível de 15 % dos ativos‖. A Logística, como departamento ou set or de uma organização, está vinculado, normalmente, à Direção Industrial; porém, ao considerarmos a importância da Administração de Estoque, temos que também colocá-la sob orientação da Controladoria. Considerando este valor representativo e, segundo Poueri ( 2007, p.19 1), dentre as funções do Controller, está a análise de processos, onde este irá ―coordenar a revisão e avaliação, periodicamente, dos principais processos da empresa, buscando manter o custo-benefício e a eficiência‖. A Logística interna da organização deve obedecer aos procedimentos previamente implantados, visando melhorar a cada dia o controle interno. Dentre estes controles internos, a Acuracidade de Estoque é um indicador de qualidade e confiabilidade da 12 informação existente nos sistemas de controle, contábeis ou não, em relação à existência física dos itens controlados. 6 - Exemplos de Logística aplicada na guerra Alexandre foi o primeiro a empregar uma equipe especialmente treinada de engenheiros e contramestres, além da cavalaria e infantaria. Esses primitivos engenheiros desempenharam um papel importante para o sucesso de Alexandre o Gr ande, pois tinham a missão de estudar como reduzir a resistência das cidades que seriam atacadas. Os contramestres, por sua vez, operacionalizavam o melhor sistema logístico existente naquela época. Eles seguiam à frente dos exércitos com a missão de comprar todos os suprimentos necessários e de montar armazéns avançados no trajeto. Aqueles que cooperavam eram poupados e posteriormente recompensados; aqueles que resistiam, eram assassinados. O exército de Alexandre o Grande consumia diariamente cerca de 100 toneladas de alimentos e 300.000 litros de água. O exército de 35.000 homens de Alexandre o Grande não podia carrega r mais do que 10 dias de suprimentos, mas mesmo as sim, suas tropas marcharam milhares de quilômetros, a uma média de 32 quilômetros por dia. Seu exército percorreu 6.400 quilômetros, na marcha do Egito à Pérsia e Índia, a marcha mais longa da história. Outros exércitos se deslocavam a uma média de 16 ou 17 quilômetros por dia, pois dependiam do carro de boi, que fazia o transporte dos alimentos. Um carro de boi se deslocava a aproximadamente 3,5 quilômetros por hora, durante 5 horas até que os animais se esgotassem. Cavalos moviam-se a 6 ou 7 quilômetros por hora, durante 8 horas por dia. Eram necessários 5 cavalos para transportar a mesma carga que um carro de boi. 7 - A logística como estratégia para obtenção de vantagem competitiva No cenário atual, preocupar-se com a logística tornou-se fundamental nas empresas. O ambiente em que as empresas operam atualmente é muito complexo e fortemente competitivo. Portanto, elas estão buscando a diferenciação e o estabelecimento de vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes. Para alcançar esses objetivos, cada uma tenta encontrar o seu próprio caminho; porém, entre muitas delas, um ponto comum pode ser observado: a opção pela aplicação da logística, que deve ser entendida como o gerenciamento estratégico dos fluxos de materiais e das informações correlatas para levar, de forma eficiente e eficaz, os produtos de uma origem 13 a um destino. A globalização, a mudança no comportamento dos consumidores, a redução do ciclo de vida do s produtos e o enfraquecimento das marcas exigem que as organizações adquiram e desenvolvam novas competências para conquistar e manter clientes. Ampliam-se as dimensões da competitividade, a qual deixa de ser regional para ser global. A concorrência passa a acontecer entre cadeias produtivas e não mais en tre empresas isoladas. Nesse contexto, as vantagens e diferenciais competitivos são cada vez mais efêmeros. Rapidez e flexibilidade deixam de ser apenas um discurso e tornam- se obrigatórias. 8 - A Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) - Principais conceitos Supply Chain Management (Gestão da Cadeia de Suprimentos) é um processo que consiste em gerenciar os fluxos, de bens, serviços, finanças, informações de forma estratégica entre empresas e consumidores finais, visando alcançar vantagens competitivas e criação de valor para os clientes. O Supply Chain Management é a interação de diferentes processos e atividades que visam à criação de valor dos produtos e serviços para o cliente final, assim planejando e controlando o fluxo de mercadorias, informações e recursos, visando à alimentação de todo Lead Time, incluindo estratégias para focalizar a satisfação do cliente, retenção dos atuais e obtenção de novos clientes. Supply Chain Management tem representado uma nova e promissora estratégia organizacional para obtenção de vantagens competitivas, assim trazendo para as empresas uma nova mudança no desenvolvimento da visão de competição no mercado, cujo objetivo final é maximizar os potencias relacionamentos da cadeia produtiva, de forma a encantar o consumidor final. O que antes era apenas vender e entregar, hoje são otimização e integração de todas as áreas funcionais da empresa, incluindo marketing, vendas, produção, finanças, recursos humanos e tecnologia da informação, o qual se denomina Logística Integrada, reportada ao sistema Intraorganizacional ou departamentos internos de uma organização, já Integração Logística vem da visão Interorganizacional o qual aborda a necessidade de Integração entre processos diferentes, ou seja, parceiros externos, como fornecedores e clientes. Assim sendo necessário envolver toda a organização na criação de um plano estratégico de logística. O sucesso da Integração Logística consiste em um bom gerenciamento integrado dos diversos sistemas internos, eliminando retrabalhos, e externos, através de parcerias e 14 relacionamento empresarial com todos os envolvidos na cadeia de suprimentos, baseados na confiança, competência técnica e troca de informações, com objetivo de reduzir custos e acelerar o aprendizado. Assim a nova visão empresarial recomenda a avaliação de forma integrada. No ambiente dinâmico e com concorrentes oferecendo produtos similares com preços equivalentes, o fator agilidade e o custo logístico são determinantes para o sucesso ou fracasso. Assim, quanto mais próximas de uma parceria forem às relações com fornecedores e clientes, maiores as chances de envolvimento e comprometimento no processo de oferecer o melhor produto ao mercado. Como pudemos observar existe uma grande diferença entre os conceitos de Logística e Supply Chain Management.Enquanto a primeira está atrelada com uma série de processos ou atividades conhecidas como primárias (atividades fins) e secundárias (atividades de apoio), que possibilita o fluxo de materiais e informações do ponto de origem ao ponto de consumo, o segundo trata da integração, de maneira estratégica, desde o fornecedor inicial até o consumidor final, com o objetivo de agregar valor aos participantes da cadeia, com destaque para o consumidor final, assumindo desta forma, um caráter mais estratégico. 9 - Visão sistêmica da cadeia logística Certamente é um grande equívoco a análise isolada dos parâmetros específicos da Distribuição e Transporte, sem levar em consideração o processo no qual estão inseridos a interdependência que há entre eles. Daí a importância da ―Visão Sistêmica da Cadeia Logística‖, quando da análise de qualquer dos seus elementos. Logística deve ser vista como um processo abrangente que integra o fluxo de materiais e informações, desde a fase de projeto e planejamento de um produto, desenvolvimento de fornecedores, recebimento de matérias-primas e componentes, produção, armazenagem, distribuição e transporte, de forma a atender as necessidades do cliente 15 Imagem 1: Cadeia de abastecimento Fonte: Professor Luiz Roberto Camargo Aroxa 10 - Tipos de logísticas LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS - Caracteriza o início da cadeia Logística e tem com o elementos: desenvolvimento, especificação, e projeto do produto, previsão de demanda, planejamento das necessidades de novas fontes de fornecimento, compras, recebimento, estocagem de matérias-primas e componentes e seus respectivos controles. LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO - Tem início com o planejamento, programação e controle da produção (PPCP – que recebe matérias-primas e componentes do estoque e envia para a produção, manuseio e transporte interno e estoques em processo). Inclui, em alguns casos, o DRP – Planejamento dos Recursos d a Distribuição. Também a logística de produção administra as etapas que unem os materiais distribuídos. Esse trabalho inclui a coordenação do processo de montagem e de fabricação, além da administração do espaço para aplicações. Na área de construção, tal 16 logística é responsável por preparar o material para gerenciar uma determinada fase de obra em desenvolvimento LOGÍSTICA DE ARMAZENAGEM - Recebe os fluxos da produção e providencia a estocagem de produtos acabados, embalagem (unitização) e processo de pedidos. LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO E T RANSPORTE - Efetua o planejamento da distribuição (Centro de Distribuição Central e Regional, depósito local, atacadista, varejista, revendedor, loja, representante, etc) a partir dos pedidos, define as modalidades (rodoviário, ferroviário, aéreo, marítimo e fluvial) e rota s (com utilização de roteirizadores) de transporte ( próprio ou de terceiros), sendo responsável desde a expedição, a partir da retirada dos estoques, até a entrega ao cl iente final (consumidor). Além do fluxo de materiais visto acima, outro elemento importante da logística é o fluxo de informações, o qual deve ser muito bem administrado, contando atualmente com ferramentas muito importantes: O Eletronic Data Interchange – EDI e a Internet, utilizados para comunicação entre empresas, computador a computador e o Warehouse Management System – WMS, que é um software para gerenciamento de estoque, espaço, equipamentos e mão-de-bra, na produção, armazéns e centros de distribuição. 11 - Objetivos e Funções da Organização de Suprimentos Através de suas praticas o Gerenciamento da Cadeia de Suprimento desempenha importante fator otimizador de produtividade, lucratividade e nível de serviço aos clientes. Esse gerenciamento surgiu como resposta eficaz e eficiente para atender a necessidade de organizações diversas, que se integram à procura de disponibilizarem o seu produto da melhor maneira possível para o consumidor. A necessidade de manter os relacionamentos em tempos cada vez mais curtos faz do SCM uma grande vantagem competitiva e trunfo das empresas. Por isso é importante observar que as empresas no SCM não agem mais como concorrentes, defendendo só o seu "pão". Faz se necessário para o perfeito andamento dos processos, a integração, o pensamento de que a junção das empresas deve ocorrer com intuito de elos fortes como uma corrente onde o fluxo de informações seja claro para as empresas que se relacionam. O principal objetivo da Cadeia de suprimentos é planejar, administrar e controlar o fluxo de materiais desde o fornecedor de matérias primas até o consumidor final 17 eficientemente e o mais ágil possível, de forma que agregue valor a todos da cadeia. Os objetivos organizacionais buscam em uma cadeia de suprimento facilitar o controle de estoque em níveis satisfatórios mantendo um baixo valor de capital imobilizado utilizando de um continuo abastecimento das reservas utilizadas. O conceito básico da Logística é colocar o produto certo, na hora certa, no local certo e ao menor custo possível. Essa definição de Ballou define muito bem qual é a missão da logística e de uma cadeia de suprimentos bem controlada, tudo tem de agir em perfeita harmonia e perfeição para que tudo ocorra dentro do planejado para que o processo não seja prejudicado e ocorra em seu fluxo normal e continuo. Em uma cadeia integrada de alto nível a ocorrência de uma falha em um dos elos da corrente fatalmente atrapalha todo o andamento da empresa, é como um sistema de produção linear, se uma maquina para, então toda linha de produção será prejudicada. A TI (Tecnologia da Informação) é forte aliada do gerenciamento das cadeias de suprimento, já que dão suporte às organizações para que haja integração entres essas. A TI nos últimos anos se fortaleceu muito, contudo para que haja rapidez e segurança nas relações se faz necessários a utilização de varias ferramentas de softwares e um bom hardware. Assim surgem diversos sistemas de apoio como os ERPs. "Quanto mais rápida e eficientemente se movimentam os produtos da fase de matéria-prima até seus clientes, mais satisfeitos eles ficarão e mais lucro você terá". (Steen Hagengaard, CM, Columbus IT Denmark). De acordo com Chopra e Meindl "informação é essencial para tomar boas decisões de gerenciamento da cadeia de suprimentos porque ela proporciona o conhecimento do escopo global necessário para tomar boas decisões. A tecnologia da informação proporciona as ferramentas para reunir estas informações e analisá-las objetivando tomar as melhores decisões sobre a cadeia de suprimentos". Um dos principais pilares de uma Cadeia de suprimentos bem executada é ter uma informação real e precisa no tempo que ela seja necessitada, dando conectividade instantânea nas relações de fornecedores, cliente. Um exemplo claro e inconfundível da necessidade da clareza e rapidez das informações juntamente com uma execução rápida e de qualidade é a globalização. A globalização mudou os processos de relacionamento de empresas e clientes, com ela as relações não ficam mais restritas a pequenos espaços geográficos. Organizações de todo o mundo se relacionam, aproveitando a especialidade de cada uma. Um exemplo claro da importância do gerenciamento da cadeia de suprimentos é o caso da Li & Fung, que utiliza uma cadeia dispersa com mais de 7000 fornecedores e tudo andando em seu perfeito funcionamento. A empresa citada é uma "fabrica sem fumaça", ela é capaz de 18 gerenciar os suprimentos que vem de diversas partes e países em uma ação organizada e bem integralizada através de uma logística bem informatizada e executada. A cadeia dispersa é o futuro das organizações, a logística bem executada é o meio de integração entre as partes, e é capaz de disponibilizar os produtos nos seus devidos lugares estimulando a evolução das organizações e gerando competitividade no mercado.12 - Compras e Fornecedores A gestão de compras é responsável pela eficiência do processo de compras de uma empresa. Ela define uma série de estratégias que viabilizam a aquisição dos insumos de produção, no caso da indústria, e de mercadorias, no caso do varejo e de distribuidores, além de materiais de escritório e outros itens necessários para o funcionamento e manutenção da empresa. Essa atividade é responsável por realizar negociações com fornecedores, tendo a missão de, sempre que possível, reduzir custos e manter a qualidade dos materiais adquiridos. Em resumo, a gestão de compras garante que todos os suprimentos necessários para o desenvolvimento das atividades da empresa estejam disponíveis. Se essa atividade não for realizada com eficiência, a consequência pode ser parada do produto e a perda de vendas, gerando prejuízos para o negócio. Para que o setor efetive compras assertivas, a gestão deve: planejar as aquisições, determinando as especificações de compra e detalhando qualidade, quantidade, tempo e lugar da entrega; selecionar os fornecedores adequados para cada serviço ou produto; negociar os termos e condições de compra; emitir os pedidos; registrar todas as negociações e cotações; organizar e determinar o destino dos produtos; calcular as despesas com estocagem e depreciação dos produtos adquiridos; manter o fluxo contínuo de mercadorias e suprimentos necessários para a produção; fazer o checklist de recebimento e o relatório de uso na empresa. https://neogrid.com/br/blog/sincronizacao-da-cadeia-de-suprimentos-6-desafios-operacao-varejo-industria/?utm_source=blog-post&utm_campaign=blog-post-gestao-de-compras-1610 19 Como funciona na prática o processo de compra? Junto à gestão de compras, há o departamento de compras, que coloca em prática as estratégias definidas previamente. O processo começa no momento da demanda, ou seja, na necessidade de aquisição de algum item, seja matéria-prima, seja mercadoria. Esse é o gatilho para que esse setor siga em frente com o processo. Na sequência, ele faz a cotação com os fornecedores, avaliando preço, qualidade, prazo de entrega e alguns outros fatores. Nesse momento, há a negociação com os fornecedores, trabalhando condições melhores de custos, por exemplo. Feito isso, é emitido o pedido e, por fim, vem a etapa de recebimento dos produtos. Boas práticas na gestão de compras. A gestão de compras deve equilibrar fornecedores, clientes, custos, qualidade e entrega de forma eficiente. Para que isso seja possível, é necessário seguir algumas boas práticas, proporcionando maior organização do fluxo de trabalho e compreensão das demandas. Acompanhe! Alinhe as compras com a demanda do consumidor final. Alinhar as compras à real demanda, ou seja, às vendas efetivadas ao consumidor, é fundamental para uma boa gestão de compras. O varejo, por exemplo, deve comprar conforme a saída dos produtos e os níveis de estoque. O mesmo vale para o distribuidor, que só vai adquirir mais mercadorias da indústria quando necessário. A indústria, por sua vez, pode adequar sua produção conforme o consumo real. Isso significa que ela vai avaliar os níveis de estoques próprios, dos distribuidores e do varejo. A compra de matéria-prima, portanto, vai seguir essa lógica, estando alinhada com esse fluxo. Monitore os produtos e as atividades desenvolvidas na empresa. Existe alguma atividade que está sendo paralisada constantemente? Ou que apresenta atrasos e dificuldades que podem ser facilmente resolvidas e otimizadas com os produtos corretos? Há desperdício de algum material? Quais são os itens prioritários, ou seja, que impactam diretamente a produtividade da empresa? 20 Responder a essas perguntas é muito importante para definir a estratégia do setor de compras e garantir um monitoramento eficiente. Organize os processos - Essa etapa é fundamental para garantir que os serviços e produtos necessários estejam disponíveis, evitando desperdícios, paralisação de atividades, atrasos na produção, entre outros. Compare preços e negocie - Essas ações visam a obter mercadorias de qualidade com o menor custo possível, tornando os produtos e atividades desenvolvidos mais otimizados e aumentando a margem de lucro. Conheça minuciosamente os fornecedores - É importante elaborar uma lista com os fornecedores confiáveis, constando aspectos como prazo de entrega, qualidade do produto e preço. Também é importante detalhar problemas já ocorridos com os produtos. Mantenha boas relações com os fornecedores - Essa postura é essencial para conseguir boas compras e preços vantajosos. O gestor deve construir o cadastro de fornecedores para estreitar a relação com os que são mais estratégicos ao seu negócio, ou seja, com aqueles que entregam produtos essenciais, de qualidade, com preço atrativo e dentro do prazo necessário. Soluções tecnológicas como facilitadoras. Para que esse processo seja eficiente, é importante contar com a tecnologia. Um sistema de gestão empresarial (ERP) pode organizar os processos internos, pois integra as diversas áreas da empresa e cria um ambiente único de comunicação, aproximando, por exemplo, o setor de compras ao financeiro ou a área de vendas ao estoque. Além disso, existem soluções que permitem o tráfego automatizado de pedidos, documentos financeiros, logísticos e fiscais. Eles fazem troca de informações e a ligação entre os diferentes sistemas de gestão utilizados pela empresa. Os softwares automatizados são os mais interessantes para o controle de estoque de compras, uma vez que reduzem ou até mesmo eliminam problemas relacionados a erros ou ineficiência humana. Além disso, também tornam o controle o mais eficaz possível, uma vez que fica muito mais prático e rápido realizar o controle do que por meio de planilhas alimentadas manualmente. Esses softwares também tornam possível a padronização das atividades e informações, assim como o alinhamento entre as compras, o estoque e a venda. Além https://neogrid.com/br/blog/edi-alavanca-performance-das-areas-de-negocio/?utm_source=blog-post&utm_campaign=blog-post-gestao-de-compras-1610 https://neogrid.com/br/blog/5-beneficios-da-automatizacao-da-cadeia-de-suprimentos-de-ponta-a-ponta/?utm_source=blog-post&utm_campaign=blog-post-gestao-de-compras-1610 21 disso, também é possível obter relatórios com todas as informações essenciais para o negócio e listadas ao longo deste texto, as quais tornam a gestão de compras e estoque ainda mais eficiente, permitindo a tomada de decisões estratégicas. 13 - Os Sistemas de Armazenagem e Gestão de Estoques No âmbito da logística, os termos gestão de armazenagem e estoque são usados como sinônimos ou têm seus conceitos confundidos frequentemente. Essa é uma situação que pode acontecer até mesmo com profissionais da área. Porém, em um mercado no qual os detalhes impactam cada vez mais na performance e nos números das empresas, é essencial que todos os seus colaboradores estejam atualizados e preparados para desenvolver trabalhos em excelência em ambas as áreas. Quanto mais bem preparada a sua equipe, mais competitivo tende a ser o seu negócio. A atividade de gestão de estoque é considerada estratégica e sua função é controlar os aspectos relacionados ao abastecimento da linha de produção e à disponibilização de produtos para venda. Já as tarefas executadas dentro do armazém são de natureza operacional. Tais como: recebimento de materiais; separação de produtos; alocação nas prateleiras; consolidação de pedidos. Como aprimorar a gestão de estoque? A gestão de uma empresa está em constante melhoria, pois conta com a implementação de novas tecnologias, ideias e processos. Por isso, o aperfeiçoamento aqui gira em torno de decisões mais administrativas, exigindo do gestor maisexpertise como líder de equipe e negociador com os demais parceiros. https://www.bloglogistica.com.br/mercado/tecnologia-em-logistica-garante-reducao-de-custos/ 22 A seguir, confira algumas dicas de como aprimorar a gestão de estoque da sua empresa. Conte com um sistema de gestão - Atualmente, até mesmo as pequenas empresas reconhecem a importância da aquisição de sistemas de informação para a administração de materiais. No caso da gestão de estoque, essa necessidade se torna ainda mais aparente devido à obrigatoriedade de manter registros precisos. Os materiais em estoque devem ser contabilizados para apurar os custos envolvidos e estimar o preço de venda para o mercado consumidor. Os níveis de estoque também têm influência na sua capacidade de abastecer a linha de produção e atender à demanda dos consumidores. Mantenha o inventário atualizado - O número de itens em estoque — sejam eles matérias-primas, sejam produtos acabados é uma fonte de preocupação para os gestores. Por isso, a melhor forma de equilibrar os artigos consumidos e planejar o reabastecimento é realizar o controle diário das movimentações. Esse aspecto também envolve o uso de sistemas, afinal, a contagem manual de cada produto cadastrado é inviável. Além disso, a possibilidade de erros e inconsistências deve ser evitada para garantir a confiabilidade dos registros. Negocie o abastecimento com fornecedores - Uma das tendências mais relevantes, no que se refere aos processos de gestão, visa manter o estoque enxuto, ou seja, trabalhar com um inventário cada vez menor e programar as compras conforme a necessidade. Essa mudança de filosofia é capaz de reduzir os custos de manutenção dos armazéns e dos materiais parados. Desse modo, a empresa obtém uma economia significativa em seus processos. Como tornar a armazenagem mais eficiente? Por sua característica operacional, o processo de armazenagem pode ser aprimorado com medidas direcionadas à melhoria dos procedimentos de trabalho. Veja, a seguir, como fazer isso. 23 Escolha o layout ideal - O espaço físico de um armazém deve refletir as características dos tipos de materiais que abriga. Os produtos químicos, por exemplo, devem ser isolados para evitar contaminação e acidentes. Já os materiais de consumo podem ser armazenados em prateleiras para aproveitar melhor o local. O posicionamento dos produtos, a distância entre as prateleiras e a localização dos itens de acordo com a sua demanda são formas de aprimorar o manuseio de forma eficiente. Busque a automatização do manuseio As empilhadeiras e elevadores são equipamentos comuns na rotina de um depósito. Afinal, são fundamentais para a movimentação de grandes volumes ou de um número elevado de caixas empilhadas. Essa é uma forma de otimizar o tempo na separação de produtos e consolidação das cargas para transporte. As vantagens da automatização são: integração entre robótica e sistemas de gestão; possibilidade de separação computadorizada dos pedidos; ampliação do uso de esteiras para retirar os itens das prateleiras. Implemente a codificação dos itens - Com materiais diversificados e em grandes quantidades, a identificação de cada item torna-se um desafio. Uma das soluções disponíveis é a classificação de todo o estoque mantido pela empresa. A padronização é fundamental para organizar o departamento e facilitar a localização dos lotes com facilidade. As principais informações registradas são o nome do fabricante, o nome do produto e as suas características, como peso e dimensões. Quais as vantagens de uma gestão de armazenagem eficaz? Como você viu no tópico anterior, com algumas mudanças práticas e implementações de ferramentas inteligentes é possível otimizar a gestão de armazenagem. Mas, quais são as vantagens reais desse aperfeiçoamento? Entenda mais sobre os benefícios logo abaixo. https://www.bloglogistica.com.br/mercado/entenda-a-importancia-do-layout-de-armazem-e-como-ele-contribui-para-o-sucesso-da-logistica/ 24 Mais eficiência nas entregas - Ter mais eficiência nas entregas é, possivelmente, a vantagem mais clara de uma melhoria na sua gestão de armazenagem. Todas as medidas de aperfeiçoamento listadas anteriormente culminam na dinamização de processos ligados à entrega de mercadorias. Com um layout que contempla a movimentação interna, por exemplo, a equipe de trabalho consegue armazenar e retirar os produtos com mais facilidade. Da mesma forma, com a automatização é possível dinamizar a conferência de entrada de mercadorias, bem como o carregamento dos veículos de entrega. Esse conjunto de melhorias traz bons resultados na ―ponta da lança‖, que, neste caso, é a entrega para o cliente. Por sua vez, o efeito cascata tende a transformar positivamente a relação da sua marca com o consumidor. Melhor utilização de equipamentos - Um aperfeiçoamento de gestão de armazenagem também é uma oportunidade para você identificar os equívocos em relação à utilização dos equipamentos, a fim de aproveitar melhor o investimento da sua empresa. O fato é que o erro de muitos gestores quando se fala em automatização é acreditar que a sua empresa está inserida nesse conceito simplesmente porque já contam com algumas ferramentas aleatórias. O trabalho de melhoria e automatização também consiste em uma análise interna, verificando os pontos de fraqueza do seu negócio. Assim, você consegue entender quais equipamentos estão sendo corretamente utilizados e quais atividades demandam implementação tecnológica imediata, a fim de impactar positivamente o trabalho das equipes. Redução de custos - A redução de custos é o benefício resultante de todas as outras vantagens. Ou seja, não é algo imediato, mas se torna bastante perceptível a médio prazo. Ao aprimorar a sua gestão de armazenagem, a sua empresa diminui consideravelmente o número de desperdícios de materiais e de retrabalhos, por exemplo, passando a gastar menos com esses fatores. Além disso, toda a equipe se torna mais produtiva em razão das implementações pontuais de tecnologia, melhorando os números produtivos diários e alcançando as metas do negócio. 25 Por fim, a empresa passa a oferecer uma experiência completa para o cliente, facilitando a jornada de compras e cumprindo todos os prazos de entrega. O resultado desse novo cenário? Contenção de custos e aumento da fidelização dos clientes. Em suma, a gestão de estoque e armazenagem são atividades fundamentais para aumentar a competitividade e garantir que sua empresa conquiste espaço no mercado. CONCLUSÃO: A realidade do mercado evidencia a competitividade que as empresas estão inseridas. Neste sentido, a satisfação do público-alvo ganhou maior importância no contexto da gestão, visto que possibilita a conquista e fidelização dos clientes. A satisfação dos clientes é alcançada a partir de diversas ações que as empresas precisam executar: oferecer produtos e serviços de qualidade, além de preços e prazos. A competitividade no meio empresarial se apresenta no âmbito da cadeia de suprimentos, que havia sido negligenciada durante muito tempo. A adoção de sistemas de gestão mais modernos e a busca constante por processos mais eficientes tornaram-se fatores chave de sucesso no ambiente empresarial. A logística ganha uma nova dimensão, envolvendo a integração de todas as atividades ao longo da cadeia de valores: da geração de matérias primas ao serviço ao cliente final. Deixa de ter um enfoque operacional para adquirir um caráter estratégico. Neste contexto, a gestão da cadeia de suprimentos, ou supply chain management, doravante simplesmente denominado SCM, apresenta-se como resposta a este novo contexto de competitividade. A Logística tem passado por uma contínua evolução desde os anos 70, tendo atingido uma notoriedade depois da primeira guerra do Golfo noinício dos anos 90. Naquela circunstância pôde-se perceber a importância do uso estratégico da mesma e seu impacto na eficácia das operações logísticas. A logística ao longo dos séculos sempre esteve associada às atividades militares. A necessidade de suprir as tropas militares com alimentos, medicamentos, munições, e equipamentos, gerava a formação de um organizado aparato bélico cujo êxito dependia, muitas vezes, do grau de seu planejamento logístico. As organizações militares já haviam compreendido a necessidade de se ter um planejamento logístico rápido e eficiente, mas foi somente em meados do século passado que as organizações empresariais se preocuparam com esta questão. Os problemas referentes a um ineficiente planejamento logístico. Classificava as atividades empresariais em três categorias, a saber: a) atividades de produção, que 26 alteram a forma dos materiais; b) atividades de distribuição, que alteram o lugar e a propriedade das mercadorias produzidas; e, c) atividades facilitadoras que suplementam as operações de produção e distribuição. Tais atividades apresentavam uma relação de interdependência e equilíbrio e a falta de coordenação ou demasiada ênfase ou dispêndio indevido com qualquer uma delas perturbaria o equilíbrio das forças representantes de uma distribuição eficiente. Ademais, a distribuição física das mercadorias é um problema distinto da criação de demanda, sendo as falhas de distribuição decorrentes da falta de coordenação entre criação da demanda e o fornecimento físico. A importância da logística na criação de valor ao afirmar que a melhoria do sistema de transporte gera redução nos estoques, na quantidade e espaço de armazéns e na necessidade de capital de giro. Esta análise assemelha-se à política just-in-time do Sistema Toyota de Produção, ou seja, gestão eficiente da cadeia de suprimentos na direção do cliente final (jusante). A importância dos serviços como parte integrante do pacote de valor adquirido pelos consumidores ao afirmar que um serviço é, para o comprador, uma parte do produto, uma parte daquilo que se está comprando. O descompasso entre o barateamento dos meios de produção na época do apogeu da produção em massa e o encarecimento da distribuição logística, ao afirmar que aquilo que economizamos devido aos menores custos proporcionados por modernos métodos de produção, perdemo-los devido aos altos custos decorrentes dos modernos métodos de distribuição. Percebe-se que a logística já era objeto de estudo de vários autores ao longo do século passado. Porém, a clara definição dos princípios de gerenciamento logístico ocorreu somente após algumas décadas. No final da década de 80, vários autores visualizavam a logística dentro de um contexto mais abrangente na competitividade empresarial, aprimorando conceitos anteriores que focavam basicamente as atividades de compras, produção e entregas. A logística passou a ser vista como: parte do processo de gestão da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento de produtos, serviços e a informações relacionadas, desde o ponto de origem até ponto de consumo, de modo a atender às necessidades dos consumidores, de forma eficiente e eficaz. A definição abaixo é o resultado do estudo de diversos conceitos apresentados a partir do final da década de 90. Entendamos a SCM como a gestão da rede de organizações que se relacionam na direção dos fornecedores (montante) e dos clientes (jusante), dos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos, serviços e 27 informações; conciliando níveis adequados de serviço ao mercado e lucratividade do negócio (proposta dos autores). A estratégia do negócio baseada na característica dinâmica dos mercados e da cadeia de suprimentos. Isto é feito a partir do conceito de velocidade evolutiva da indústria (mudança dos produtos, processos e organização). A verdadeira capacidade essencial da empresa se concentra na habilidade de planejar e gerenciar a cadeia de fornecimento, de modo a auferir a vantagem competitiva, ainda que temporária, fornecendo uma visão holística das atividades, capacidades e conhecimento, tanto da empresa em si quanto de suas empresas aliadas, devendo monitorar todo o conjunto num mercado onde as forças competitivas se encontram em constante mutação. Desta forma, a gestão da cadeia de suprimentos, vista de forma estratégica e dinâmica, mostra que a sua sincronização depende da acuidade da informação. Recentemente têm-se identificado duas tendências em cadeia de abastecimentos: o escalonamento e a interdependência competitiva. O escalonamento se relaciona com a tendência de se reduzir drasticamente o número de fornecedores, com a alteração da base de fornecimento, que passa a ser configurada em múltiplos escalões. A segunda tendência refere-se ao reconhecimento de que competidores estão cada vez mais interdependentes. Em suma: atualmente, reconhece-se que a SCM é mais abrangente e adquire um caráter estratégico e holístico na gestão empresarial, enquanto que a logística representa um conceito interno à empresa. 28 REFERÊNCIAS: ARAÚJO, Aneide O. Gestão Estratégica de Custos Logísticos. Trabalho de Doutorado, Universidade de São Paulo, 2003. BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 1993. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial – transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas,1995. BAPTISTA, Makilim Nunes e CAMPOS, Dinael Corrêa de. Metodologias de pesquisa em ciências: análise quantitativa e qualitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2007. 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