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DESIGN WITH NATURE Ian L. McHarg 1991 - O esforço para trabalhar o planejamento ecológico da escala nacional para a local tem aumentado lentamente. NATUREZA NA METRÓPOLE Há uma necessidade de regulamentações simples, que garanta à sociedade proteger os processos naturais e a si mesma. Primeiramente devem ser descritos os processos naturais e suas interações e, em seguida, definir os graus de permissão ou proibição para determinados usos do solo. Isto feito, restará ao poder público e à justiça garantir a proteção por meio do exercício apropriado do poder de polícia. Antes de direcionar-nos para este objetivo, é necessário observar que existem dois outros pontos de vista. Eles devem ser examinados mesmo que só para que sejam derrubados. O primeiro é a visão dos economistas da natureza como uma “commodity”1 uniforme e generalizada – avaliada em termos de distância, valor da terra e desenvolvimento, e alocada em termos de acres por unidade de população. A natureza, naturalmente não é uniforme, mas varia em função do histórico geológico, clima, plantas, animais e – consequentemente – de forma intrínseca recursos e uso da terra. Lagos, rios, oceanos e montanhas não estão onde os economistas gostariam que eles estivessem, mas estão onde eles estão por razões claras e compreensivas. A natureza e intrinsecamente variável. Os planejadores geométricos oferecem uma alternativa, na qual a cidade seja circundada por um círculo verde, no qual atividades “verdes” – agricultura, instituições e semelhantes – são preservadas ou mesmo introduzidas. Esses cinturões verdes foram introduzidos por lei, para perpetuação de espaços livres e, na ausência de alternativas, tiveram sucesso – mas acontece que a natureza fora do cinturão não é diferente daquela de seu interior; que o cinturão verde pode não ser o local mais adequado para as atividades “verdes” de agricultura e lazer. O método ecológico sugere que as áreas reservadas como áreas livres na região metropolitana sejam derivadas de um processo natural da terra, intrinsecamente própria para propósitos "verdes”: este é o local para a natureza na metrópole. Uma única gota d’água no topo de uma montanha pode aparecer e reaparecer com nuvem, precipitação, como espelho d’água numa enseada, rio, lago e reservatório ou no subsolo; pode fazer parte do metabolismo, transpiração, condensação, decomposição, combustão, respiração e evaporação em uma planta ou animal. Esta mesma gota de água pode aparecer em considerações climáticas e do micro clima, suprimento d’água, enchente, controle de seca e erosão, indústria, comércio, agricultura, silvicultura, recreação, beleza natural, em nuvens, neve, torrente, rio e mar. Concluímos que é um sistema interativo único e que mudanças em qualquer das partes afetará a operação do todo. A área livre deve ser selecionada não só par promover um padrão de urbanização, mas também um padrão de desenvolvimento. Pode-se começar o tratamento de adequação para áreas verde e urbanizáveis com uma proposição simples. Além disso, ela pode ser classificada. Podem ser selecionados oito aspectos dominantes de um processo natural e classificá-los em uma ordem relativa ao valor e 1 Commodity é um termo de língua inglesa que, como o seu plural commodities, significa mercadoria, é utilizado nas transações comerciais de produtos de origem primária nas bolsas de mercadorias. (Wikipédia) intolerância para uso humano. Em ordem inversa, haverá uma grande hierarquia de adequação à urbanização. Tratamento de Valor Natural; Grau de Intolerância Adequação Intrínseca para Uso Urbano Espelhos d’água Charcos Planícies inundáveis Áreas de recarga de aqüíferos Aqüíferos Declive íngreme Florestas e exploração florestal Terras planas Terras planas Florestas e exploração florestal Declive íngreme Aqüíferos Áreas de recarga de aqüíferos Planícies inundáveis Charcos Espelhos d’água
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