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Cardiomiopatias

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Cardiomiopatias 
M4 - Isabella machado pessanha alves 
Clínica Médica I 
 CONCEITO 
- As cardiomiopatias consistem em um 
grupo heterogêneo de doenças, do ponto 
de vista fisiopatológico, que afetam 
primeiramente o miocárdio e podem ou 
não resultar alterações de outras 
estruturas do sistema cardiovascular. 
 
 
 TIPOS 
 CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA 
• ETIOLOGIAS 
- A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é 
uma doença cardíaca primária 
> hipertrofia do ventrículo esquerdo 
(HVE), sem dilatação > 
assimétrica (septo ventricular) por 
mutação de cadeia pesada beta –
miosina 
- Morte súbita cardíaca (MSC) é a 
principal causa entre jovens e atletas. 
- Prevalência: 1/500 pessoas  
- Autossômica dominante com HVE 
acentuada e “inexplicada por 
outras causas” e 2/3 dos pacientes 
apresentam história familiar 
• FISIOPATOLOGIA 
- Quando há uma sobrecarga de pressão, 
taquicardiza e noa mantém o débito 
cardíaco 
- Tríade: a Síncope por baixo débito, a 
angina por não estar oxigenando e a 
dispneia de esforço pois devido a 
câmera, vai fazer estase (estado de 
impotência). 
• SINTOMAS 
1. M a i o r i a - > a s s i n t o m á t i c a o u 
oligossintomática 
2. Dispnéia (90% dos sintomáticos) 
3. Precordialgia (30%) 
4. Palpitações 
5. Síncope e pré-síncope em 20% 
6. Morte Súbita 
• EXAME FÍSICO 
- Ictus propulsivo normolocalizado 
• frêmito sistólico ao nível da ponta 
ou na borda esternal baixa. Na hora 
d e f a z e r f o r ç a , h á u m 
t u r b i l h o n a m e n t o d e s a n g u e 
(cardiomiopatia primária) 
• p u l s o v e n o s o j u g u l a r p o d e 
apresentar onda “a” elevada pela 
contração atrial (diminuição da 
distensibilidade ventricular, ou seja, 
o VE tem a sobrecarga elevada e 
consequentemente o AE tem que 
fazer uma pressão muito grande) 
• B4 (hipertrofia) e B2  (cinética 
d i m i n u í d a ) d e s d o b r a d a 
desdobramento paradoxal (VE 
atrasa a diástole e demora para o 
foco aórtico atrasar, a pulmonar 
fecha antes do aortico) 
- Na estenose aórtica (diminuição 
do anel valvar -> sístole mais 
prolongada) 
Pulso  parvus  e  tardus (amplitude 
diminuída e retardo da elevação do pulso), 
frêmito em foco aórtico,  sopro sistólico em 
foco aórtico  que se irradia para 1º espaço e 
carótidas    
• DIAGNÓSTICO 
1. ECG 
2. HOLTER DE 24H 
3. ECO uni e dimensional com 
doppler 
OBS: Lembrar que cardiomiopatia 
primária: aumento septal 
- O ECO é o melhor exame para avaliação, 
local ização, aval iação da massa 
ventricular, avalia o grau de obstrução 
VSVE e rastreio familiar. 
4. RNM 
- E C G c o m c a r d i o m i o p a t i a 
hipertrófica 
Na cardiomiopatia hipertrófica primária a 
presença de  taquicardia ventricular não 
sustentada (TVNS) tem  importância 
prognóstica, revelando um grupo com alto 
risco para morte súbita cardíaca   
• TRATAMENTO 
- B e t a b l o q u e a d o r e s :  r e d u ç ã o 
do  inotropismo, do consumo de 
oxigênio  miocárdico, à melhora do 
r e l a x a m e n t o e d o e n c h i m e n t o 
ventricular cardíaco. 
- B l o q u e a d o r e s d o c a n a l d e 
cálcio: bloqueio beta-adrenérgico 
- Diuréticos em caso de dispneia 
- Havendo evolução para IVE -> 
tratamento igual a IC 
- HAS: tratar a hipertensão 
- Estenose aórtica: cirúrgico 
- Na miocardiopatia hipertrófica:5 a 10% 
necessitam de intervenção: 
- Ablação septal alcóolica (oclusão do 
ramo  septal  principal da artéria 
descendente  anterior, pela injeção 
de até 5 mL de álcool absoluto por 
m e i o d a t é c n i c a d e 
c a t e t e r i s m o  c o r o n a r i a n o 
percutâneo)  x miectomia 
• PREVENÇÃO DE MORTE SÚBITA 
 CARDIOMIOPATIA DILATADA 
 MIOCARDITE AGUDA 
- P r i n c i p a l e t i o l o g i a é 
v iral :  Coksackie  B,  Adenovirus, 
Influenza... 
- I n f l a m a ç ã o 
m i o c á r d i c a  i m u n o m e d i a d a  c o m 
disfunção miocitária / contrátil 
- M a i o r i a a s s i n t o m á t i c a 
ou oligossintomático 
- Clínica viral: Febre/mialgia/prostração 
- Minoria dos pacientes: 
 - Quadro grave e às vezes 
 fulminante 
 - Clínica de IVE (congestão 
 pulmonar, edema agudo, 
 choque cardiogênico, BAVT, 
 arritmias malignas e morte súbita) 
• DIAGNÓSTICO 
ECG 
 CARDIOMIOPATIA 
ALCÓOLICA 
- Álcool é a droga mais consumida no 
mundo. 
- 12% de dependência na população 
brasileira 
- Acima de 28g de etanol são lesivas 
- Diagnóstico: Histórico de etilismo na 
ausência de outra causa  identificável 
dependendo da suceptibilidade genética 
 CARDIOMIOPATIA 
CHAGÁSICA 
- 18 milhões de infectados na américa 
latina, 5 milhões de infectados no Brasil 
- Desdobramentos cardíacos: morte por 
arri tmia, insufic iência  cardíaca, 
tromboembolismo 
• HISTÓRIA NATURAL 
•  DIAGNÓSTICO
1. Anamnese
2. Exame físico
3. Laboratório -> sorologia 
4. ECG: BRS + HBAE
5. ECO
• TRATAMENTO 
CARDIOMIOPATIA PERIPARTO 
- Causa relativamente comum; 
- Surgimento de sintomas de IVE 
do  último mês de gestação a  6 meses 
puerpério; 
- Prognóstico é variável: 50 a 60% 
melhoram a função do VE nos primeiros 
6 meses; 
- R e s t a n t e c u r s a c o m e v o l u ç ã o 
desfavorável; 
- Mais comum: Multíparas,  gemelares  e 
DHEG; 
- Pode haver recorrência; 
- Diagnóstico semelhante as outras 
etiologias; 
- Não usar IECA na gestação 
 CARDIOMIOPATIA DILATADA 
 ICC 
- Quando fala do coração esquerdo, fala da 
dispneia aos pequenos esforços, dispneia 
paroxístico noturna e a ortopneia.
- No coração direito, edema MMII bilateral 
smietrico, chamado de vespertino. Também 
lembra da turgência jugular patológica. Se 
estiver com uma ICC direita, e esse 
paciente tiver hepatomegalia e turgência 
jugular patologica, vai apertar a loja 
hepatica e a turgência vai piorar (manobra 
hepatojugular, tendo a certeza da congestão 
sistêmica)
- Quando fala de dispneia, congestão 
pulmonar, é quando transuda liquido para 
dentro dos alvéolos e vai fazendo essa 
transudação também a nível espaço, de 
interstício, até de pleura. Além disso, sabe 
que a congestão está importante quando vê 
no RX uma linha reta
• EXAMES COMPLEMENTARES
1. ECG
2. ECO Trans Torácico 
3. Exames Laboratoriais (Ureia e creatinina 
alteradas)
4. RX de tórax
*Continuação de ICC no resumo de veterano*
CARDIOMIOPATIA RESTRITIVA 
- Disfunção diastólica (na abertura) por 
d o e n ç a p r i m á r i a d o m i o c á r d i o 
(infiltração e/ou fibrose miocárdica); 
- Tipo mais raro de cardiopatia: menos de 
1% dos casos de ICC; 
- Podem ser específicas do coração ou 
cursar com acometimento sistêmico; 
- Disfunção diastólica+ VE normal ou leve 
disfunção/ Aumento dos átrios; 
- Sintomas: síndrome congestiva/ baixo 
débito; 
- P o d e m o c a s i o n a r d i s t ú r b i o s d e 
condução . 
AMILOIDOSE 
- Acúmulo de substancia amilóide no 
interstício e em vários órgãos; 
- Pode ser primária, familiar e senil 
- Na primária é composta por proteínas 
de cadeia leve (imunoglobulinas), 
estando relacionada ao mieloma 
múltiplo, sendo a mais grave e mais 
comum 
- Na primária  o envolvimento cardíaco é 
comum, sendo responsável pela 
mortalidade em metade dos pacientes 
- A forma familiar é incomum: 
autossômica dominante, com 
alta penetrância  (o envolvimento 
cardíaco é limitado, mais comum em 
negros) 
- A forma senil é comum nos octagenários 
- Clínica + ECG + ECO sugerem o 
diagnóstico 
- Biópsia de gengiva, medula óssea, 
gordura periumbilical 
e endomiocárdica   
• DIAGNÓSTICO 
1. ECG 
2. ECO 
3. RMC

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